O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Armação de Pêra.Políticos: A primeira decadente, o segundo ascendente e o terceiro inexistente! Todos surdos!


Diz um humorista politico brasileiro que: "Os políticos são como as fraldas. Devem ser trocados constantemente. E sempre pelo mesmo motivo."

Infelizmente esta verdade, se não for universal, é, pelo menos, cada vez mais evidente em Portugal também.
Nada temos contra os políticos, na essência dos princípios e das funções que desempenham na engenharia da democracia.

Porém não é nenhum absurdo o que outro humorista brasileiro afirma:"Noventa por cento dos políticos dão aos 10% restantes uma péssima reputação."
Humoristas ou não, parecem claramente pessimistas quando revelam: "Político honesto é igual a unicórnio, eu nunca vi, mas deve existir."

Na verdade, os políticos, como qualquer um de nós, erram e, errar é humano!
Mas...culpar outra pessoa dos seus erros é prática de politico, respondem ainda aqueles!

De alguns anos de democracia percorridos assistimos a um pouco de tudo, mas se folhearmos alguns compêndios, verificamos que o pessimismo dos humoristas brasileiros, tem fundamento histórico, e que dificilmente encontramos razão onde sustentar qualquer optimismo.


Do que temos presenciado, concluímos que é possível(?) regenerar a classe política.

Em primeiro lugar elegendo melhores candidatos, o que não se resolve de um dia para o outro porquanto depende em muito da regeneração dos partidos políticos nos quais assenta boa parte da tal engenharia do sistema democrático, mas também numa reforma da lei eleitoral que aproxime os eleitores dos eleitos.

Em segundo lugar, exigindo uma implementação efectiva de uma administração aberta e participativa, tão transparente quanto possível.

Em terceiro lugar, participando os cidadãos, tanto quanto possível, a todos os níveis da actividade social, associativa, comunitária e politica, vigiando de perto a actividade da classe politica, “cobrando” incisivamente os deveres de mandatários que aqueles assumiram.

Nenhuma destas premissas tendentes a regeneração da classe politica, por razões múltiplas, são de fácil implementação.

O caso do nosso concelho pode ser perfeitamente elucidativo.
Temos uma Presidente eleita com suficientes provas dadas das suas profundas limitações e, no entanto, sucessivamente sufragada.
Temos uma administração individualista e arrivista, não participativa nem participada, e tão opaca quanto possível.
Temos uma sociedade civil pouco participativa, pouco vigilante, que não cobra suficientemente as promessas incumpridas, a gestão perdulária, etc., etc.


A primeira decadente...

...o segundo ascendente...

... e o terceiro inexistente!


Deste modo, até ver, a classe politica continuará a desenvolver a sua actividade, em circuito interno, como uma casta! E, enquanto assim suceder, a deslealdade continuará a caracterizar a conduta da classe politica uma vez que não estará a cumprir os seus mandatos em sintonia com os seus mandantes!

Enquanto assim suceder e enquanto não sucederem a regeneração dos partidos, a alteração da lei eleitoral, uma administração aberta, participada e transparente e a participação dos cidadãos, cobrando os deveres de mandatários, restam à sociedade civil, entre algumas outras armas como o escárnio e o maldizer, o humor que pode ser de uma eficácia demolidora!
Bem vindos então os humoristas que nos fazem rir, porque políticos que nos fazem chorar temos de sobra!

...Um Trio de Surdos!



6 comentários:

Corre Costas disse...

Será que a falta de participação ativa de todos os cidadãos na vida da sua comunidade, não é a principal responsável pela situação que vivemos?
Quando chega a altura de assumir responsabilidades, ninguém está disponível!
Na altura de votar...os interesses pessoais e imediatos é que contam!
Os resultados da submissão e do fazer a critica de "café" em vez da livre e responsável cidadania, ai estão.

Anónimo disse...

Existem uns moços e umas moças nesta terra que não se enxergam.
O povo não vota neles, não quer saber deles, porque o que têm para oferecer é a critica fácil.
Nunca fizeram nada pela terra a não ser dizer mal do trabalho dos outros.
Toda a gente sente as dificuldades neste momento não é fácil a quem governa atender a todas as solicitações, mas também sabemos quem nos colocou nesta situação.
Deixem se criticar, apresentem é soluções!

Anónimo disse...

CARO CIDADANIA.

Desculpe mas falta aqui alguém neste Post. Falta "O INTELIGENTE", que por acaso até são dois, Domingos Garcia e José Paulo de Sousa, pela sua atitude mais recente, ou seja: Pedem agora que a Câmara os indemnize, pelo dinheiro que gastaram com advogados na sua defesa, pelo caso Vigadouro, que prescreveu. Um pede 10 mil euros e outro 5 mil.154

Corre Costas disse...

O repto que lancei foi sobre a participação ativa de todos os cidadãos nos destinos da sua comunidade; em resposta desviante, o Anónimo do costume vem falar sobre os responsáveis da crise de Armação de Pêra! não serão os mesmos que estão lá há quase 20 anos!Quem foi o responsável pela monocultura do cimento armado/habitações, em vez apostar no desenvolvimento da industria hoteleira? dava mais dinheiro e negociatas aprovar mamarrachos! hoje temos a mesmas, ou talvez menos estruturas hoteleiras que tinhamos nos anos 60. Até a zona húmida, junto do rio, que era para ser preservada, e mais tarde para um aparthotel, foi aprovada pela câmara para mais apartamentos. Vejam os exemplos de Alvor ou Carvoeiro. Matou-se Armação de Pêra, e os armacenenses se quiserem arranjar trabalho têm que sair da sua terra.

Anónimo disse...

Estão a esquecer-se da oposição inessistente!!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Como podemos esquecer uma coisa que não existe? O que existe é um grupo mafioso que usa a posição política para obter dinheiro.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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