O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Apresentação pública do Plano Geral de Drenagem Pluvial de Armação de Pera


O Professor Saldanha Matos irá apresentar publicamente o Plano Geral de Drenagem Pluvial de Armação de Pêra no próximo dia 10 de fevereiro, pelas 18h00.

A sessão, que contempla, igualmente, a audição da população, irá realizar-se na sede do Clube de Futebol “Os Armacenenses”.

O objectivo central do plano é a redução das inundações que ciclicamente afectam a parte antiga da Vila, soluções essas que irão passar pelo reforço das infraestruturas existentes, aumento da capacidade de reserva, desvio de caudais da zona baixa, instalação de válvulas de marés e elevação de caudais. Será, também, contemplado neste processo a reconstrução do canal de descarga das águas pluviais para a Ribeira de Alcantarilha e instalação de um sistema de bombagem.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ABC de uma Bandeira Azul arriada definitivamente, triste estória pela pena dos co-autores Isabel Soares e Rogério Pinto




Armação de Pêra e Praia Grande, as duas praias do concelho de Silves, não vão hastear definitivamente a bandeira azul.

Porquê? Em resultado da contaminação bacteriológica das suas águas e areias!

E qual foi a causa? Tratou-se da infecção provocada pelas águas degradadas que despejam as Lagoas de Alcantarilha/Pêra e da Boca da Alagoa!

E a quem incumbia zelar para que isso não sucedesse: à Câmara Municipal de Silves!

E quem são os primeiros responsáveis da Câmara Municipal de Silves e pelo sucedido? Isabel Soares e Rogério Pinto!


Até quando permitiremos que a irresponsabilidade e a incompetência continuem a fazer história (triste) neste concelho?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A Ribeira de Armação de Pêra precisa de nós!



Sugerimos a divulgação desta imagem de apoio à ribeira de Armação nas comunicações de todos os armacenenses e amigos do ambiente e da causa desta ribeira!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Desastre ambiental em Armação de Pêra: OS RESPONSÁVEIS TÊM NOME


Depois de termos denunciado, este ano em primeira mão, a pequena catástrofe ambiental da Ribeira de Pêra, em plena praia de Armação, temos visto devidamente difundida em vários jornais: “Diário de Noticias”, “Correio da Manhã”, “Barlavento” a noticia desta atrocidade.

Apontámos até, em post mais recente, as medidas que se impõem de imediato e aquelas que são devidas no curto prazo ou médio prazo, para pôr termo a uma situação cujas circunstâncias são típicas do nível de desenvolvimento do saneamento na idade Média.

Hoje, vamos apontar o dedo aos responsáveis!

Para tanto comecemos por um pequeno enquadramento da questão:

A água é um recurso natural escasso cuja qualidade deve ser protegida, defendida quando ameaçada, e sempre gerida e tratada em conformidade com o seu uso.

Em Armação de Pêra, tal desiderato não se cumpre, uma vez que a Câmara de Silves, cobrando por um serviço que não presta, lança as águas residuais, sem qualquer tratamento, na ribeira de Pêra, como, infelizmente, pudemos constatar e, oportunamente, denunciamos neste blog.

O Decreto-Lei n.º 135/2009, de 3 de Junho veio estabelecer o regime de identificação, gestão, monitorização e classificação da qualidade das águas balneares e da prestação de informação ao público sobre as mesmas.

A gestão das águas balneares prossegue objectivos de protecção da saúde humana e de preservação, protecção e melhoria da qualidade do ambiente.

Este instrumento legal estabelece o regime de monitorização e vigilância sanitária das águas balneares e as medidas que devem ser tomadas em casos de situações inesperadas, como episódios de poluição, que tenham, ou que venham a ter, um impacto negativo na qualidade das águas balneares ou na saúde dos banhistas.

O público, passa a ter acesso, por direito próprio, a informação adequada sobre os resultados da monitorização da qualidade das águas balneares, bom como das medidas especiais tomadas a fim de prevenir riscos para a saúde.

Nesta conformidade, devem ser adoptadas todas as medidas de gestão que permitam a detecção e avaliação das causas de poluição que possam afectar as águas balneares e prejudicar a saúde das banhistas, assim como a promoção do desenvolvimento de acções para prevenir a exposição dos banhistas à poluição a as demais tendentes à redução o risco de poluição, as quais podem, em casos excepcionais, conduzir à interdição temporária da prática balnear.

Tudo isto com o dever permanente do fornecimento de informação ao público.

E a quem pertence a competência para a adopção destas medidas de gestão?

À ARH do Algarve; à Câmara Municipal e Silves; ao Delegado de Saúde Regional; à Autoridade Municipal de Protecção Civil; e à Autoridade Marítima.

Cabe também à Câmara Municipal de Silves, a entidade responsável pela descarga, fornecer a informação relevante para a tomada de decisão!

À ARH do Algarve, ao Delegado de Saúde, com a colaboração da Autoridade Marítima, ao Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana (SEPNA) e à Câmara Municipal de Silves cabe disponibilizar a informação ao público.

Os responsáveis a quem incumbe zelar pelos interesses públicos em causa estão, pois, muito bem identificados na(s) leis que lhe conferem competências e atribuições.

E estando as omissões á vista, propôr uma acção em Tribunal, como muito bem o Dr. Fernando Serpa assegurou, contra incertos, para além de revelar desconhecimento, pode, desde logo querer dizer tratar-se de uma medida para “inglês ver” que não dignifica quem dela faz bandeira!


Este Blog denunciou a situação, pelo menos em 10 de Agosto, sendo que ela já era, para um entendido, uma consequência lógica dos factos noticiados pelo post de 4 de Agosto e para um responsável que conheça o objecto da sua responsabilidade uma certeza, muito antes do Verão.


Em face destes factos, dasafiamos publicamente estas entidades, para informarem acerca da data do conhecimento dos factos e de todas as medidas tomadas na sequência dos mesmos, em conformidade com os deveres que se encontram prescritos na Lei.

Em qualquer caso, tendo a ARH promovido análises à qualidade água da ribeira e sendo visível que existe poluição proveniente de cianobactérias, que existe uma extensa presença de fitoplâncton, que o oxigénio presente é muito baixo o que indicia a presença de matéria orgânica, e que a presença de esgotos indiciará a proliferação de Enterococos intestinais e Escherichia coli., que medidas foram entretanto tomadas?

Devemos proteger os interesses económicos de Armação de Pêra. É o que este Blog tenta fazer desde da sua fundação.

Sucede é que, os interesses económicos de Armação de Pêra nunca serão bem defendidos com uma politica de ocultação ao público das suas incapacidades infraestruturais para acolher tantas dezenas de milhar de turistas.

Pelo contrário, por este caminho os responsáveis estão a ameaçá-los de um golpe profundo e letal!

Defender os interesses económicos de Armação de Pêra, dos seus habitantes, empresários e turistas é fazer o que deve ser feito: Esgotos e tratamento de efluentes à altura das necessidades!

Necessidades inventariadas há muito, cuja realização se encontra na última das preocupações de todos aqueles responsáveis.

As Festas e Romarias têm sido sempre a prioridade do orçamento da CMSilves!


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O "Bê", "Ah", "BÁ" da Solução que se impõe e que tarda em aparecer por incompetência e irresponsabilidade das Abéculas!

O que fazer para salvar o rio e a praia de Armação de Pêra?

As questões suscitadas pelo estado de calamidade em que se encontra o Rio (ribeira de Pêra), têm sido, até aqui, tratadas neste sítio numa óptica de denúncia.

Para alguns dos visitantes em aparente paradoxo!

Por um lado, o estado de toxicidade das águas ameaça o santuário das espécies, pelo que se impõe a abertura do rio para o mar.

Por outro, a abertura do rio para o mar, põe em risco a salubridade das águas do mar e a saúde dos banhistas.

Que fazer? Questionaram-se os responsáveis de serviço.

Sacrificam-se as espécies em beneficio da saúde dos banhistas, pensaram.

Tudo muito simples...tudo muito prático...do mal o menos!

Esta simplicidade é característica dos menos dotados pela inteligência média, que nos acompanha a todos.

Sucede que a informação necessária, está disponível para as abéculas como para quaisquer interessados...

Do ponto de vista da responsabilidade exigível a estes senhores, média também, esta atitude é execrável, lamentável e bem elucidativa das suas incapacidades para o desempenho regular das atribuições que, garantiram ao eleitorado, teriam para serem eleitos e teriam para agir uma vez eleitos.

Incompetência é o epíteto mais civilizado que poderemos usar na avaliação das suas omissões!

Inventariámos por isso, pedagogicamente, um elenco da atitudes a tomar face às circunstâncias, em ordem a contribuir para a solução, depois de denunciarmos o problema, tornando-as públicas, para que as abéculas não possam alegar o desconhecimento para justificarem as suas omissões.

1.- Abrir o rio:

Salva a fauna aquática que está a morrer por falta de oxigénio porque os esgotos estão a ser lançados neste curso de água, mas com esgotos a irem para a praia vão existir problemas de saúde pública porque vai aumentar a quantidade de coliformes presentes nas águas balneares, não cumprindo o estipulado no Decreto–Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto podendo a praia ter que hastear a bandeira vermelha.

2.- Não fazer nada:

Solução habitualmente utilizada e preferida pelos responsáveis da Câmara de Silves.
É o que acontece, invariavelmente, em Armação.

Na verdade, o único objectivo que Silves vê em Armação é arrecadação dos impostos. Os prédios não fogem, logo a sua receita está sempre assegurada.

Os cidadãos contribuintes pagam o ano inteiro para o tratamento dos esgotos e a recolha dos lixos, mas, noventa e cinco por cento só utilizam os esgotos ou produzem lixo, durante três meses por ano! Bom negócio para a Silves imperial, centralista e laxista!

Daí o deixa andar... uma vez que a receita está assegurada! É a palavra de ordem.

3.- Solução urgente a curto prazo:

A Câmara de Silves deve fazer os investimentos necessários, reforçando as infra-estruturas de drenagem, para que os esgotos não corram a céu aberto para o rio com as consequências dramáticas, de todos conhecidas!Enquanto estes investimentos não forem efectuados, devem parar todas as construções que venham a aumentar a produção que aflui aos sistemas de drenagem que, hoje e desde há muito, revelam ser absolutamente insuficientes para a produção existente.

4.- Solução a implementar de imediato:

Promover o arejamento da água da ribeira através de arejadores mecânicos (como aqueles que, abaixo, identificamos) por forma a aumentar a quantidade de oxigénio na água, salvando as espécies aquáticas que estão a morrer, vedando a ribeira para que não exista o contacto de pessoas com esta água.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Armação de Pêra:Ameaça à saúde pública pode atingir os incautos!


A ausência de um qualquer aviso de alerta, parece querer atrair os incautos para um risco certo!

Tudo parece tranquilidade num vulgar dia de praia, mas não existe qualquer razão para isso!

Serenas e seguras(?) as crianças e os seus pais não imaginam os riscos que correm ao brincarem naquela água imunda!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Armação de Pêra:Lugar de morte e podridão num santuário piscícola!


As gaivotas cheiram a morte e preparam-se para um grande banquete!






Não meus senhores, não se tratam de fotografias da National Geographic sobre qualquer catástrofe ambiental num pais remoto do terceiro mundo.

A Brithish Petroleum (BP) também não é a responsável por esta mortandade!

São fotos da Ribeira de Armação de Pêra, colhidas hoje (10.08.10), onde vai escoar o esgoto a céu aberto.

Independentemente das consequências para este santuário de espécies, designadamente piscícolas e das futuras para a pesca, actividade de que dependem muitas famílias da Vila,constitui uma ameaça efectiva à saúde pública de que os banhistas serão vitimas potenciais.

É desta forma irresponsável e criminosa que a autarquia trata Armação de Pêra, a sua economia e os cidadãos em geral, canalizando as suas atenções e meios para o folclore da Feira Medieval, que é matéria bem mais divertida!

Diletante a gestão deste Município que se preocupa com minudências (o Vereador Rogério Pinto andava um destes dias ocupado a tomar notas sobre os vendedores ambulantes, enquanto os esgotos corriam a céu aberto para a Ribeira)e deixa o que é grave, permanecer grave, desinteressando-se das consequências. A isto chama-se agir dolosamente!

domingo, 8 de agosto de 2010

Armação de Pêra:Enquanto Silves reinvindica herança medieval, Armação clama pela civilização Romana!



“Aqui cumpre-se integralmente a história” afirmava Isabel Soares ao jornal: “O Algarve”, a propósito da realização da Feira Medieval em Silves, sede do concelho.

Silves teve influência árabe bastante e é esse o legado que se reivindica, anualmente, através daquela realização lúdica.

Porém, Silves gozou também dos benefícios da civilização romana, mas essa é menos lembrada.

Diríamos que a história, se é cumprida, é-o parcialmente.

Mas também os legados destas fases da história de Silves tiveram destinos diversos...

Enquanto se celebra, anualmente, a idade média que é reconhecidamente um período longo de uma certa estagnação civilizacional, a antiguidade romana, caracterizada por um desenvolvimento extraordinário em inúmeros domínios, permanece nos becos mais ensombrados da história da cidade.

Entre muitos outros avanços, os romanos deixaram para a posteridade o saneamento. A cloaca máxima de Roma, inspirou inúmeros sistemas de saneamento que proliferaram pelo Império em resultado da expansão romana. Em Portugal os achados arqueológicos não deixam margem para dúvidas acerca dos benefícios da romanização.

Sucede que, com o esmorecimento da memória acerca do nosso passado romano, parece ter sido esquecido o seu enorme legado civilizacional. É caso para dizer que foi “vazado o bebé com a água do banho”, expressão esta que tem a sua origem, curiosamente, numa prática medieval que era a que decorria do costume de tomar banho, uma vez no ano.

Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebés eram os últimos a tomar banho, portanto! Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível perder um bebe lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath water", ou seja, literalmente "não deite fora o bebé juntamente com a água do banho", que hoje usamos vulgarmente...

Tudo isto depois de decorridos mais de 600 anos sobre o hábito dos banhos públicos em Roma!

Os maus hábitos medievais, em muitos casos, entrincheirados, levam séculos a banirem-se...enquanto os bons costumes da antiguidade levam outros tantos a cumprirem-se...

Vem tudo isto a propósito do facto de, em Agosto de 2010, em Armação de Pêra, poder-se assistir à canalização dos esgotos, a céu aberto, directamente para o rio...que corre para o mar (onde todos nós nos banhamos...).

Que nos perdoem os antepassados árabes, mas, aqui por Armação, contra a vontade de Isabel Soares, preferimos pôr a tónica na componente sanguínia, que também é nossa, da civilização Romana.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Nunca é de mais recordar (sobretudo à C.M.Silves)que Armação está no séc.XXI e não na Idade Média!!



Este ano, a Feira Medieval de Silves dedica cada um dos seus dias à recriação dos mais importantes períodos históricos da sua história medieval, por entre a animação da que foi Shilb, a Bela, uma capital onde se entrecruzaram culturas, religiões, artes, muito comércio e até batalhas.
(Observatório do Algarve 05.08.10)

A Idade Média (400 a 1400 d.C.) foi um período de 10 séculos sem avanços sanitários. Lixo de todo tipo acumulava-se nas ruas, facilitando a proliferação de ratos e criando problemas sérios de saúde pública – um dos mais graves foi a epidemia da peste bubónica,também conhecida por peste Negra, que só na Europa, dizimou entre 25 a 75 milhões de pessoas.

A Feira Medieval de Silves, este ano numa versão neo-realista, começou por recriar um ambiente medieval em Armação de Pêra, Vila do concelho, onde o lixo prolifera pelas ruas e os esgotos vêm à superfície, tudo na expectativa de recriar um verdadeiro ambiente medieval.

Não se poupa a esforços a autarquia silvense para dar o toque de realismo necessário ao sucesso da invocação da idade média que aquela Feira pretende ser.

O mesmo não se pode dizer do investimento e dedicação daquela autarquia ao conceito de Vila turística, plena de património natural, em pleno século XXI, que Armação de há muito é, apesar do autêntico boicote que a gestão autárquica, diletante e irresponsável que prima pelo abandono, objectivamente constitui!

Teremos de esperar por uma Feira Romana que invoque a presença dessa civilização de referência em Silves, para eventualmente virmos a ter uma cloaca central em Armação de Pêra e por via do espectáculo, poder a Vila vir a dispôr de um saneamento à altura das necessidades.

Sim, porque só pela via do showbusiness tal poderá vir a acontecer!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Armação de Pêra:IMI para Vila de Luxo, com merda à vista nas partes baixas...

Nem a zona do Café do Presidente da Junta escapa...

De um visitante assíduo recebemos, via email, a seguinte noticia e comentário:

Os esgotos continuam a dar água pela barba aos armacenenses, sobretudo nas partes mais baixas da Vila, aliás como de há longos anos a esta parte.

Os pesados investimentos em infraestruturas, cujas obras atormentaram os armacenenses por mais de um ano, pelos vistos, se algum problema resolveram, não foi este, aquele que mais prejudica a Vila e os habitantes durante a época balnear.

O dimensionamento do esgoto continua a não suportar o caudal das descargas durante o Verão!

E a merda insiste em alcançar a superfície como se nada tivesse acontecido...

O investimento público que tanto onera a despesa pública continua a ser malbaratado em obras de fachada, mal concebidas e desastrosamente executadas.

Depois é sempre o mesmo fado: para continuar a gastar mal, aumentam-se os impostos, cortam-se benefícios sociais e deprime-se a economia, em prejuízo de todos!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Saneamento básico no Concelho de Silves

Que questões devem ser colocadas à Presidente Isabel Soares pelo Vereador Fernando Serpa


Desde o nascimento do blog do Dr. Fernando Serpa, do qual demos oportunamente noticia, aqui no “Cidadania”, que acompanhamos com atenção os seus posts sobre a actividade que desenvolve enquanto vereador, nas reuniões da Câmara Municipal de Silves.

Em dois dos textos que publicou, Reunião camarária de 11/11/2009 e Reunião ordinária de 25-11-2009 fez referência à necessidade de lhe ser apresentado “O Mapa das redes de abastecimento de água e dos esgotos” assim como informação sobre a “fiabilidade do sistema que enquadra o consumo de água”.

Verificamos que ao colocar tais questões na reunião de Câmara se encontra preocupado com a baixa percentagem da população residente no concelho, que não é servida por redes de abastecimento de água e de drenagem das águas residuais, assim como, com o funcionamento do sistema de gestão de clientes.

Achamos no entanto que as questões colocadas à Câmara Municipal deveriam ser reformuladas, devendo o Sr. Vereador pedir que lhe fosse facultado o plano geral de distribuição de água e de drenagem de águas residuais, o qual, de acordo com o artigo n.º 4 do Decreto-Lei 207/94, de 6 de Agosto,deve servir de documento orientador, para a definição da expansão ou reabilitação dos vários órgãos que compõem esses sistemas.


Recorda-se por outro lado, a entrada em vigor, no próximo dia 1 de Janeiro de 2010, do Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de Agosto, o qual vindo estabelecer o regime jurídico dos serviços municipais de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos, aponta para a necessidade do reforço duma gestão rigorosa e não só mas também para o aumento dos deveres da entidade gestora que se traduzem na necessidade da definição dos objectivos a atingir para o serviço em causa, integrados nos objectivos estratégicos nacionais definidos para o sector.

Deste modo e face a estas novas obrigações legais, seria da máxima utilidade saber acerca das medidas que se propõem implementar, incluindo metas temporais e indicadores.

Sendo pública e notória a dificuldade que a Sr.ª Presidenta tem em gerir a coisa pública com transparência, convenhamos que seria interessante conhecer que medidas de organização dos serviços estão a ser tomadas para dar cumprimento à legislação que no inicio do ano entra em vigor, tendo em vista garantir a melhoria da qualidade do serviço e da eficiência económica.

Conceitos estes cuja interpretação presidencial também seria útil conhecer!

domingo, 28 de dezembro de 2008

OS RECURSOS E O CIDADÃO EM HARMONIA

Sobre o Regulamento Municipal de Drenagem de Águas Residuais

O artigo 2º do projecto de regulamento define o seu âmbito, ou seja as regras a que deve obedecer a drenagem de águas residuais, domésticas, industriais e pluviais no Município de Silves.
Na leitura que efectuamos vemos que foram tratados com cuidado os aspectos referentes às águas residuais domésticas e industriais, no entanto sobre as águas pluviais, praticamente nem um palavra!
É óbvio que os responsáveis pela gestão da Câmara de Silves, de memoria curta, esqueceram as últimas cheias que afectaram dramaticamente o nosso concelho.
O Plano Director Municipal, assim como outros planos de pormenor já aprovados vão provocar uma maior impermeabilização dos solos e em consequência um aumento dos caudais pluviais que vão afluir às secções críticas provocando inundações, com as consequências de má memoria que todos temos bem presentes.
Gostaríamos de ver tratado este assunto neste regulamento com maior cuidado para prevenir situações de maior gravidade no futuro, como é obrigação da Autarquia, da qual pelos vistos pretende desembaraçar-se.
Relativamente ao artigo 19º n.º 4 e artigo 23º em vez da designação se limitar a: fossa séptica, gostaríamos de ver referido “sistema de tratamento individual”, já que o que é habitualmente instalado é um sistema de tratamento constituído por uma fossa séptica seguido de um sistema de infiltração no solo.
Por outro lado, regime tarifário a aplicar ao Serviço de Saneamento de Águas Residuais deverá ser transparente e reflectir nas tarifas o seu custo efectivo, razão pela qual os artigos 48º e 49º deveriam ser alterados.
É de manter a tarifa de ligação, que corresponde à quota-parte do valor do investimento feito no sistema de colecta e transporte até à entrega na Estação de tratamento ou emissário, a que corresponderá ao sistema em baixa, cuja gestão é da responsabilidade da Câmara Municipal de Silves.
Por outro lado deveria ser criada ma tarifa de conservação que reflectisse os custos de conservação, manutenção e amortização do sistema, que poderia ou não compreender uma parte fixa (cujo estabelecimento é duvidoso face à nova lei entretanto aprovada sobre esta matéria) e outra variável, em função do consumo efectivo de água num determinado período de tempo.
No caso das águas residuais a tarifação por escalões não faz qualquer sentido, por ser abusiva.
De facto, a utilização dos escalões prende-se com a racionalidade imperiosa na utilização da água, sendo que o consumidor já vê reflectido este princípio na factura da água.
Também deveria ser incluída uma tarifa referente ao tratamento dos efluentes, que seria cobrada em função do consumo efectivo de água ou, no caso de existir um medidor de caudal, em função do consumo aí medido e esta tarifa deveria corresponder, rigorosamente ao valor cobrado pela empresa Águas do Algarve.
Este regulamento deveria prever isenções do pagamento da tarifa de ligação a entidades de utilidade pública como a Instituições de Solidariedade Social ou outras de idêntica natureza.

Regulamentar não é uma tarefa administrativa desprovida do dever de ser expressão de princípios e valores, muitos deles consagrados na Constituição ou até na legislação ordinária, e até os decorrentes do mero bom senso no zelo pelos recursos naturais, mesmo que não esteja previsto em nenhum dispositivo legal.
Não esquecendo nunca os supremos interesses do cidadão-utente-contribuinte e a economia dos seus recursos.

terça-feira, 25 de março de 2008

ÁGUAS DO ALGARVE

Estas águas não são do Algarve!
A ribeira do Barranco do Olival, que vai desaguar à praia, continua cheia de água suja, tresandando um cheiro desagradável, especialmente junto à estação elevatória de esgotos, situada na margem direita do Barranco do Vale de Olival.
A causa, parece resultar da falta de capacidade da estação elevatória que faz descargas para a linha de água.

Esta situação que acontece, invariavelmente todos os Verões, há mais de dez anos, é também frequente nos restantes meses do ano, como se pode comprovar pelas fotos que postamos.

Aquela água da ribeira vai desaguar directamente na praia, situada no extremo ocidental de Armação de Pêra, e com ela vem toda a sorte de porcarias para o areal.

A Câmara de Silves quando instada pelos cidadãos face a estas circunstâncias costuma atribuir a responsabilidade à estação elevatória que é da competência das Águas do Algarve.
As Águas do Algarve por sua vez, quando instada por reclamações legitimas, responde que só em caso de avaria aquele equipamento faria uma descarga.

O vice-presidente da autarquia, Rogério Pinto, já “resolveu”, pelo menos uma vez o problema, em Setembro de 2007, aterrando a linha de água, “para inglês ver”.

E assim vão as infraestruturas em Armação de Pêra. As soluções que se reclamam afinal, são da responsabilidade de quem?
As estruturas locais são sobretudo exímias em alijar responsabilidades e peritas no jogo do empurra.
As estruturas regionais jogam no mesmo “team”.
Provavelmente estão a fazer o jogo da concorrência do sul de Espanha, quais “Conde Andeiro”!
Estas Águas do Algarve, não são, mesmo, do Algarve!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

ADN DA GESTÃO CAMARÁRIA:

O DESLEIXO

Em 11 de Setembro de 2007 inserimos um post com o título “Á Sombra no Esgoto..”, texto esse que teve como base uma notícia de Mara Dioniso publicada no Jornal Barlavento Online em 7 de Setembro de 2007, e no qual era denunciada a existência de uma descarga de esgoto proveniente da estação elevatória de esgotos, situada junto do Barranco do Olival.

O governo da autarquia sabe muito bem que, quando chove aumentam os caudais pluviais que afluem aos colectores domésticos e que, por causa disso, a capacidade da estação de bombagem é excedida. Nessas circunstâncias passa a funcionar um by-pass que encaminha o esgoto para a ribeira, donde, por sua vez, se encaminha para desaguar na praia do Barranco do Olival em Armação de Pêra.

Sempre que chove um pouco mais, verifica-se esta situação, a qual já dura há mais de 13 anos, sem que as entidades responsáveis encontrem uma solução para o problema, continuando com a sua inépcia a pôr em risco, irresponsavelmente, a saúde pública das populações que utilizam a praia.


Graças à diligência de um visitante do blog, soubemos que no passado dia 3 de Fevereiro devido às chuvas que ocorreram, o sistema, uma vez mais, não funcionou eficazmente e o esgoto escorreu, como é inevitável e de esperar, para a ribeira.

Em Setembro do ano passado a “solução” encontrada pelo vereador Rogério Pinto foi “varrer para debaixo da carpete” “para inglês ver”, deitando areia sobre o problema. Desta vez, fora da época alta, não se esperando que inglês veja, parece que ninguém se preocupou em esconder o resultado, que ficou assim à vista do português menos atento.

Mas como uma imagem vale mais do que mil palavras, as fotografias que nos foram enviadas, exibem bem o que acabamos de referir.

Como fica patente, os colectores encontram-se completamente desprotegidos, o que conduzirá, mais cedo ou mais tarde, ocorrendo uma rotura, a que muito mais esgoto seja vertido para a ribeira, com consequências ainda mais graves daquelas que se verificam quando chove.

Esta é, objectivamente, a imagem que a Dr.ª Isabel Soares, por incúria, dá de Armação de Pêra e do Algarve a todos os residentes e turistas que nos visitam!!!
Sabemos, tristemente que, se o esgoto estivesse uns metros mais a poente não teriamos este problema, pois a Câmara de Lagoa, que, pelo menos em matéria turistica, não brinca em serviço, já o teria resolvido!
Mas, por omissão também, não é aquela edil a responsável única, uma vez que, estando em causa a saúde pública, a autoridade de saúde que tão fundamentalista é em certas matérias, descura as suas obrigações nestas circunstâncias, como se se tratasse de questão de somenos. Ora bem podia fazer o seu trabalho de casa, antes de pregar bons costumes !!!
Mas não ficam por aqui as irresponsabilidades por omissão dos orgãos do Estado cujos orçamentos são suportados pelos cidadãos-contribuintes: os serviços dependentes do Ministério do Ambiente que têm competência e jurisdição sobre estas matérias, fazem vista grossa, também eles, como os outros, impunemente!!!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

A BANHOS NO ESGOTO....

Por recomendação de uma visitante do blog (Obrigado F.S.) postamos um texto publicado na imprensa algarvia sobre a nossa praia.
Infelizmente o facto noticiado é sobejamente esclarecedor sobre o conceito em que a Senhora Dra Isabel Soares e a autarquia que superiormente dirige têm este património natural e activo económico, assim como evidencia a qualidade das politicas que (não) empreende para Armação de Pêra. Esperamos sinceramente e até com politicas à parte, que esta gestão Camarária termine o seu mandato e não volte mais! Armação de Pêra agradeçe e os cidadãos, daqui e de fora, também.

Praia em Armação de Pêra mais uma vez foi vítima da «água suja»

«Acho uma situação vergonhosa. Todos os anos vem desaguar à praia esta porcaria», contou, indignada, Maria de Carvalho, uma das muitas turistas que, nos meses quentes de Verão, escolhe a Praia do Barranco do Olival, em Armação de Pêra, para ir a banhos.

Mas nem sempre os banhos são aconselhados. Na terça-feira passada, a ribeira do Barranco do Olival, que vai desaguar à praia, estava cheia de água suja, negra e com um cheiro desagradável, especialmente junto à estação elevatória de esgotos, situada na margem direita do Barranco do Vale de Olival, no vizinho concelho de Lagoa.

A causa, segundo Paulo Abreu, outro turista que há mais de dez anos faz praia em Armação de Pêra, é a falta de capacidade da estação elevatória que faz descargas para a linha de água.

«Na madrugada de segunda para terça-feira, ouvi o alarme da estação elevatória, que é sinal de que a estação perdeu a capacidade e fizeram descarga para linha de água», contou Paulo Abreu.

Segundo este veraneante, no dia seguinte, «a ribeira ficou cheia de água suja e a cheirar mal». Uma situação que, como frisou, acontece todos os Verões, há mais de 12 anos.

O problema torna-se mais grave, uma vez que a água da ribeira vai desaguar directamente na praia, situada no extremo ocidental de Armação de Pêra, e que se estende também pelo concelho de Lagoa.

«Antigamente, o areal era diferente, era maior. Agora, desde o ano passado, o mar sobe e faz ligação com a ribeira, trazendo toda essa porcaria para o areal», queixou-se Maria de Carvalho, que todos os anos traz os seus netos para esta praia.

Paulo Abreu, nessa mesma terça-feira, entrou em contacto com a Câmara de Silves a reportar o acontecido.

Foi informado de que «não tinha havido nenhuma descarga da estação elevatória e que eram águas pluviais», explicou.

O «barlavento» entrou também em contacto com a autarquia silvense nesse mesmo dia. Rogério Pinto, vice-presidente da Câmara de Silves, explicou que a estação elevatória está «dentro do concelho de Lagoa» e que a «responsabilidade da estação elevatória é da Águas do Algarve», frisando que não tinha conhecimento de terem sido feitas descargas na linha de água.

O vice-presidente da autarquia silvense sublinhou que «toda a rede de esgotos de Armação de Pêra está a ser dirigida para a ETAR próxima da Lagoa dos Salgados que também não tem capacidade», relembrando que a freguesia de Armação «durante o ano tem cerca de 3000 pessoas e no Verão passam a 120 mil».

O autarca explicou também que «este problema poderá ficar resolvido quando for construída a ETAR na Guia, que servirá Silves, Albufeira e Lagoa».

Também na terça-feira, o «barlavento» contactou a empresa Águas do Algarve, responsável pela estação elevatória, que explicou que só em caso de avaria aquele equipamento faria uma descarga, o que, garantiram, «não foi o caso».

Ora, se a origem das águas sujas da ribeira não eram as descargas da estação elevatória, de onde viriam então?

Segundo a Águas do Algarve, «desconhece-se a origem destas águas, embora se tenha conhecimento da existência de escorrências para a linha de água, de colectores pluviais, existentes a montante da estação elevatória».

A mesma entidade acrescentou que «estas escorrências, ao estarem retidas no leito da ribeira, por longos períodos durante o Verão, poderão justificar o aspecto que possuem», ressalvando que «não se tratando de águas residuais, mas sim pluviais, estas escorrências não deverão ter qualquer impacto em termos de saúde pública».

Ainda assim, no dia seguinte ao contacto do «barlavento», na quarta-feira da semana passada, segundo alguns moradores da zona, «um limpa-fossas e máquinas da Câmara de Silves estiveram a limpar a água».

No entanto, na quinta-feira voltou a aparecer novamente água suja na ribeira, «que era um sinal de nova descarga», porque, segundo contou Paulo Abreu, «não tinha chovido».

Este munícipe contactou novamente a Câmara de Silves, dizendo que, «como cidadão, tenho direito a ter qualidade de vida». Na manhã de sexta-feira, contou, «vieram umas máquinas da Câmara e aterraram a linha de água».

Esta solução parece resolver o problema por algum tempo, mas, como frisou Paulo Abreu, a situação arrasta-se «há 12 anos». «Fico revoltado porque, além da falta de qualidade de vida, dá uma péssima imagem ao Algarve e ao nosso turismo», rematou.

Texto de Mara Dionisio, in Barlavento Online
7 de Setembro de 2007

sexta-feira, 22 de junho de 2007

A quem de direito, para o que bem entender!…

Na sequência do último post de A. Carneiro Jacinto no blog Servir Silves, “et pour cause”, publicou o mesmo, para além de comentários de natureza politica, um extrato do regulamento sobre tarifas de Saneamento, para conhecimento público.

Dado que este assunto foi objecto de tomada de posição critica pelo nosso blog e tratando-se de matéria que virá a ser discutida hoje na Reunião Ordinária da Assembleia Municipal, a ter lugar em Tunes, não queremos deixar de apresentar uma sugestão sobre a matéria em coerência com os comentários ínsitos no nosso post de 19 de Junho (Da Floresta para a Árvore (um esclarecimento!), contribuindo como cidadãos, com a seguinte proposta, para uma mais justa administração do concelho.

Em conformidade com o entendimento expresso naquele post, propomos:
TARIFAS
Artigo 93.º
Regime tarifário

1 – Para suportar os encargos provenientes da instalação e conservação dos sistemas públicos de águas residuais, a Câmara Municipal cobrará, para além dos custos dos ramais de ligação, (…) as tarifas de ligação e de utilização.
3 – O montante a que corresponderá a tarifa de ligação será determinado em função de um dos seguintes factores: da área ou volume de construção ou da área produtora de águas residuais.
4-A tarifa de ligação é devida pelo proprietário ou usufrutuário do prédio e, solidariamente, pelo requerente da licença de construção, quando este não possuir qualquer uma daquelas qualidades.


Artigo 94.º
Tarifas

1 – A tarifa de ligação respeita aos encargos relativos ao estabelecimento dos sistemas de drenagem pública de águas residuais e incide sobre a valia da permissão de ligação de um prédio ou fracção autónoma, quando for caso disso, àqueles sistemas, já estabelecidos

Artigo 95.º
Pagamento

1 – A tarifa de ligação será paga, por uma só vez, antes da emissão da licença de habitação ou de utilização, quando se tratar de prédios urbanos novos, ou no momento em que for requerida a ligação ao sistema municipal, quando se tratar de prédios já existentes, mas ainda não ligados, ou de prédios rústicos.


A presente proposta encerra um entendimento diverso daquele implicito no extrato a que tivemos acesso e já referimos, sobre uma aferição do custo e sua distribuição pelos utentes, assente em critérios objectivos e equitativos. A quem de direito que faça dela o que muito bem entender.
Para nós criticar é também assumir o encargo de apresentar alternativas em coerência com os principios que norteam a nossa intervenção participativa, por demais divulgados nos múltiplos posts deste blog.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

"C.M.Silves na mira do saneamento!"

1ª Parte...

INICIAMOS hoje um conjunto de artigos sobre os vectores-temas do saneamento básico no concelho de Silves, e mais concretamente no que a Armação de Pêra diz respeito, tendo sempre presente a realidade dos números relativos a esta Vila ou Concelho, analisados à luz dos valores básicos de uma sociedade moderna e desenvolvida, na Europa Comunitária, e, tanto quanto possível, mediante uma linguagem que tente vulgarizar as expressões técnicas que têm o mérito de tornar a comunicação mais eficiente e rápida entre técnicos, e o demérito de servirem desígnios absolutamente contrários, pela sua complexidade e difícil entendimento comum, na comunicação dos políticos aos cidadãos, sobre matérias de duvidosa aceitação popular.

O mínimo divisor comum de qualquer sociedade moderna e desenvolvida é constituído pela existência e eficiência do abastecimento público de água às populações, do saneamento das águas residuais urbanas geradas e da gestão dos resíduos sólidos urbanos.

Nessas sociedades a existência e eficiência destes serviços constitui matéria pacífica, quer quanto à natureza e justificação da despesa pública, quer quanto à justificação do tributo dos cidadãos particulares para a mesma, a receita pública.

E, constituindo “mínimos” estruturais são estruturantes das sociedades do” bem estar”, e verdadeiras “vacas sagradas” dos países desenvolvidos.

Poder-se-á afirmar, em certo sentido, que é também nesta sede que se atinge uma das raras etapas da “perfeição” do contrato entre os cidadãos eleitos e eleitores, entre mandatários e mandantes, entre administrantes e administrados.

NAQUELAS MESMAS SOCIEDADES estas estruturas básicas e basilares são, por conseguinte objecto de especiais atenções quer em sede de investimento quer sem sede de manutenção da sua melhor eficiência.

É que estes serviços são justificadamente classificados de interesse geral, essenciais ao bem-estar dos cidadãos, à saúde pública, às actividades económicas e à protecção do ambiente.

Compreende-se assim que nenhuma administração pública, nacional ou local, numa sociedade desenvolvida e moderna, pense sequer em tentar justificar qualquer omissão ou ineficiência nestas sedes, a que designamos, sintética e habitualmente por saneamento básico, fazendo-as zelar permanentemente pela boa qualidade dos serviços.

E a boa qualidade dos serviços obriga a que os mesmos obedeçam a um conjunto de princípios de entre os quais se destacam: a universalidade de acesso, a continuidade e a qualidade de serviço e a sua eficiência, bem como a equidade de preços.

O modelo de gestão utilizado para a organização do sistema de abastecimento de água em “alta" (designação técnica que identifica e compreende a captação, o tratamento, a adução e, por vezes, os reservatórios de entrega, o que no caso particular de Armação de Pêra corresponde, no caso da captação, às águas provenientes da albufeira do Funcho ou as provenientes do aquífero Querença-Silves, que vão ser tratadas na Estação de Tratamento de Água (ETA) de Alcantarilha, sendo posteriormente transportada pelas condutas adutoras até ao reservatório de Vale Lousas), na nossa região ficou razoavelmente bem resolvida com a constituição da empresa Águas do Algarve onde a Câmara de Silves detém 3,73 % do seu capital.

Por outro lado, do modelo de gestão utilizado para a organização do sistema de abastecimento de água e saneamento de águas residuais em “baixa” (designação técnica que identifica e compreende as componentes que têm a ver com a distribuição, com os respectivos ramais de ligação, incluindo reservatórios), ninguém poderá dizer o mesmo!

Na verdade o sistema de abastecimento de água e saneamento de águas residuais em “baixa” no Concelho de Silves, da responsabilidade da Câmara Municipal de Silves é insusceptível de garantir as obrigações de serviço público nomeadamente a continuidade e a qualidade de serviço e a protecção ambiental, o que se deve exclusivamente à omissão daquela autarquia na realização dos investimentos necessários à eficiência dos serviços.

RECORDEMOS o que se passa em Armação de Pêra relativamente ao sistema de distribuição de água…
O nível de atendimento é extraordinariamente fraco, especialmente durante os meses de Verão, onde a determinadas horas do dia a pressão é insuficiente para fazer chegar a água às habitações, mesmo àquelas situadas nos pisos mais baixos dos edifícios.

No sistema de recolha dos esgotos o panorama não é mais animador!
De facto, as habitações ou comércios situados em pontos baixos são frequentemente inundadas, como é o caso da rua Bartolomeu Dias, sendo certo que os sistemas de bombagem não têm capacidade suficiente para fazer face às necessidades.
O cheiro nauseabundo é uma constante no Verão!
O próprio funcionamento da ETAR de Pêra deixa muito a desejar, pois os esgotos são muitas vezes lançados na ribeira sem o tratamento adequado.

Poderíamos e talvez devêssemos aqui retirar todas as ilações destes factos e mesmo até à exaustão!
Sem as perder a todas de vista, não deixaremos de exercer o direito à indignação!

À LUZ DE QUE MODELO de desenvolvimento, de que conceito aceitável de gestão autárquica, de que opções politicas relevantes, de que sentido económico local ou nacional, se poderá justificar este circunstancialismo relativo ao saneamento básico em Armação de Pêra?
Existirão outras prioridades, ainda mais prementes em Armação de Pêra a que a Senhora Presidente tenha acorrido?
Sabemos todos, muito bem, que não!
Dificilmente poderemos considerar o totem, pretenso símbolo da identidade “isabelista” que se pretende para Armação, simbolicamente “bordado” com impressões digitais e baixos relevos que se presumem presidenciais, produzido em granito para que percorra gerações, erigido na rotunda do cemitério, mais prioritário que a qualidade do saneamento básico!

Infelizmente, a esse totem, muitos outros poderíamos adicionar para mal da despesa pública, do respeito pela inteligência dos cidadãos e dos seus tributos e para evidência do conceito em que aquela Senhora tem os Armacenenses e o projecto de subdesenvolvimento que concebeu para os mesmos, a sua Vila e o seu futuro.

O direito à indignação é tanto mais justo quanto se constata que Armação de Pêra é a freguesia que mais contribui na componente fixa para o funcionamento dos vários sistemas de saneamento básico, o que é evidenciado no gráfico abaixo, sendo a freguesia do Concelho que, provavelmente, tem como contrapartida o pior serviço.

ESTE GRÁFICO pretende dar uma ideia da distribuição das receitas, que a Câmara Municipal de Silves arrecada anualmente e foi construído baseado no número de alojamentos clássicos existentes em 2001 em cada uma das freguesias e o valor fixo que é cobrado actualmente pela mesma Câmara Municipal de Silves para cada um dos serviços que presta.
...continua...

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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