O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
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quinta-feira, 16 de setembro de 2021
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Só 2,6 planetas Terra assegurariam o que Portugal consume em recursos! Não seria melhor começar já a pensar nisto com seriedade?
Portugal tem uma pegada ecológica idêntica à média da UE, de 4,6, sendo a Bélgica o Estado membro com a maior pegada no grupo europeu, ficando, a nível global, entre os 10 primeiros países.
Angela Morgado explicou que «a principal componente dessa pegada, o que torna essa pegada elevada, é o consumo de combustíveis fósseis, é o carbono, [que] chega a representar 50% da pegada e, em Portugal representa 41%, com um ligeiro decréscimo», que a WWF associa à crise económica.
Em Portugal, são ainda realçados outros componentes na pegada ecológica, como a pesca, com 22%, a agricultura e pastagens, registando as três, «um ligeiro aumento».
Para desagravar a atual situação de gastar mais recursos do que aqueles que o planeta tem capacidade para produzir e repor, «são necessárias mudanças» no comportamento dos cidadãos e das empresas.
Angela Morgado apontou alterações nas formas de mobilidade, e, de modo indireto, nos produtos consumidos. «Temos de perceber qual a sua origem, para tentarmos reduzir ao máximo o componente do carbono», referiu.
Nas mudanças necessárias entre os cidadãos contam-se a opção por alimentos produzidos localmente, para evitar o transporte de longa distância, e pela produção doméstica de energias renováveis, através da instalação de painéis fotovoltaicos, por exemplo. Para a indústria, uma das alterações relaciona-se com a redução da queima de combustíveis fósseis.
«A pegada ecológica de Portugal é elevada. A insustentabilidade do nosso estilo de vida tem levado à perda da biodiversidade, tanto ´em casa´ como no exterior - as nossas opções de consumo prejudicam os sistemas naturais dos quais dependemos para os alimentos que consumimos, o ar que respiramos e o clima ameno que precisamos», resume Angela Morgado, na síntese da apresentação do relatório para Portugal.
O Relatório Planeta Vivo 2014 é a décima edição da principal publicação bianual da Rede WWF, tem o tema "Espécies e Espaços, Pessoas e Lugares" e analisa mais de 10.000 espécies de populações de vertebrados entre 1970-2010.
Diário Digital com Lusa
Angela Morgado explicou que «a principal componente dessa pegada, o que torna essa pegada elevada, é o consumo de combustíveis fósseis, é o carbono, [que] chega a representar 50% da pegada e, em Portugal representa 41%, com um ligeiro decréscimo», que a WWF associa à crise económica.
Em Portugal, são ainda realçados outros componentes na pegada ecológica, como a pesca, com 22%, a agricultura e pastagens, registando as três, «um ligeiro aumento».
Para desagravar a atual situação de gastar mais recursos do que aqueles que o planeta tem capacidade para produzir e repor, «são necessárias mudanças» no comportamento dos cidadãos e das empresas.
Angela Morgado apontou alterações nas formas de mobilidade, e, de modo indireto, nos produtos consumidos. «Temos de perceber qual a sua origem, para tentarmos reduzir ao máximo o componente do carbono», referiu.
Nas mudanças necessárias entre os cidadãos contam-se a opção por alimentos produzidos localmente, para evitar o transporte de longa distância, e pela produção doméstica de energias renováveis, através da instalação de painéis fotovoltaicos, por exemplo. Para a indústria, uma das alterações relaciona-se com a redução da queima de combustíveis fósseis.
«A pegada ecológica de Portugal é elevada. A insustentabilidade do nosso estilo de vida tem levado à perda da biodiversidade, tanto ´em casa´ como no exterior - as nossas opções de consumo prejudicam os sistemas naturais dos quais dependemos para os alimentos que consumimos, o ar que respiramos e o clima ameno que precisamos», resume Angela Morgado, na síntese da apresentação do relatório para Portugal.
O Relatório Planeta Vivo 2014 é a décima edição da principal publicação bianual da Rede WWF, tem o tema "Espécies e Espaços, Pessoas e Lugares" e analisa mais de 10.000 espécies de populações de vertebrados entre 1970-2010.
Diário Digital com Lusa
quarta-feira, 23 de abril de 2014
domingo, 14 de abril de 2013
Nicholas Georgescu-Roegen (1906-1994), um autor muito à frente!.
Nicholas
Georgescu-Roegen (1906-1994) foi um matemático e economista heterodoxo romeno
cujos trabalhos resultaram no conceito de decrescimento econômico. É
considerado como o fundador da bioeconomia.
Durante mais de um século,
multiplicaram-se teorias econômicas que não levavam em conta a natureza em
cálculo algum. Atualmente, porém, só cresce o número de economistas que começam
a olhar para a economia não como um sistema isolado, mas como parte de um todo,
submetida às leis da natureza e aos impactos que causa nos homens. São os
chamados economistas ecológicos, que propõem uma visão mais ampla de sistema.
Entre as principais
referências do tema no país está o economista e professor da Universidade de São
Paulo (USP) José Eli da Veiga,
autor de 21 livros, que assina a abertura do livro O Decrescimento – entropia, ecologia, economia,
lançado mês passado pela editora Senac. É primeira tradução em português da
obra do matemático e economista romeno Georgescu-Roegen,
cujo pensamento foi renegado por décadas entre os círculos da área e, agora,
está sendo retomado. Em entrevista à Camila
Nobrega do Canal Ibase,
10-04-2013, José Eli
fala não apenas da teoria de Georgescu,
como do crescimento da Economia Ecológica em si, em oposição à Economia Verde.
Eis a entrevista.
Eis a entrevista.
Qual o significado da chegada da obra de Georgescu-Roegen ao Brasil?
Muitos jovens ainda hoje
saem das faculdades de Economia do país sem ter lido a obra dele. Na década de
1970, Roegen publicou
livros e artigos importantes que não foram reconhecidos pela academia. A
incorporação da Lei da Entropia
(2ª lei da termodinâmica, cuja essência é a degradação energia em sistemas
isolados) na economia, proposta pela primeira vez por ele, não foi bem aceita e
Georgescu foi posto de
lado. Nos últimos tempos, ele tem sido revisto, mas no Brasil só havia obras
circulando em francês, o que dificultava o acesso de alunos. Consegui,
finalmente, que este autor fosse publicado em português. Ele foi um gênio,
precisa ser mais lido.
Embora ele
mesmo nunca tenha usado essa denominação, Roegen foi uma das principais
inspirações para o movimento da Economia Ecológica. Como o pensador via a
questão do limite da natureza para o crescimento da economia?
Não se trata exatamente de
limites, como alguns economistas falam hoje. O foco dele era outro. Georgescu teve, ainda nos anos 1960,
um estalo sobre a Lei da Entropia. Ele jogou luz sobre o fato de que os
economistas lidavam com a produção econômica como algo independente, isolado.
Os recursos naturais eram vistos como infinitos, e por isso não entravam na
conta. Só que este romeno percebeu a relação de interdependência entre ambos. A
Lei da Entropia não pode simplesmente ser descartada, porque ela age sobre a
economia.
Ou seja,
ele percebeu que existe uma perda de energia associada aos processos
econômicos, certo? E há energia dissipada que nunca se recupera…
Sim, o foco dele não é sobre o esgotamento de recursos. Ele é anterior à discussão sobre mudanças climáticas, que está em voga hoje. Georgescu se debruçou sobre o fato de que os recursos naturais têm uma energia que se dissipa, à medida que são usados pela economia. No início da carreira, ele tinha o foco de estudo voltado para o consumo. Depois, percebeu que precisava se dedicar à questão da produção. E concluiu que, uma vez utilizados para a produção de algo, os recursos terão uma parte de energia que nunca mais será utilizada. É uma parte que se perde no processo. Mas os cálculos de produção na economia não levam isso em conta. Tomemos como exemplo as energias fósseis. Para Georgescu, o limite do crescimento se daria ao passo que a utilização delas reduziria a quantidade de energia inicial do processo.
Mas o pensamento dele ainda não chegou à esfera prática da economia. Em conferências internacionais sobre o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, como a Rio+20, Conferência da ONU realizada ano passado, esta abordagem não passou nem perto das salas de conferência…
Eu não esperava mesmo que um
encontro como a Rio+20 discutisse esse tipo de assunto. Ocorre que os prazos
dessa discussão proposta por Georgescu talvez
sejam séculos. Não sabemos quando vai acontecer, mas a perda gradual desses
recursos naturais vai levar a um ponto máximo. Na Rio+20, discutem-se soluções
mais imediatas. A transição de que se fala nessas salas de conferência é outra,
que as Nações Unidas chamaram de Economia Verde. Já Georgescu foi um dos pais da Economia
Ecológica, que defende uma outra transição, não apenas tecnológica. Ele
acredita também que, em algum momento, haverá decrescimento. A economia,
segundo ele, não poderá se manter apenas estável.
E, dentro
da Economia Verde, as propostas são de adequações mais simples. Não há uma
grande mudança de paradigma econômico, certo?
É outro foco. Na discussão
atual, existe uma crença de que vai haver descolamento entre crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, a medida
de riqueza mais utilizada como parâmetro de comparação no mundo) e os impactos
ambientais. A ideia é que o avanço tecnológico vai permitir a manutenção do
crescimento econômico. Ou seja, a tese da Economia Verde é que, em determinado
momento, o PIB poderá continuar aumentando e os impactos vão diminuindo. Para
isso, economistas desta corrente apresentam dados sobre queda de emissões de
carbono por unidade de produção. Na prática, significa que para cada unidade
produzida, a quantidade de carbono usada diminuiu. Mas isso só serve em termos
relativos. Quando pegamos o conjunto total, como a produção aumenta, a
quantidade absoluta também cresce. O impacto na atmosfera, portanto, continua
aumentando e muito. O único argumento novo que deve ser analisado ainda é em
relação à Inglaterra. Estudos recentes mostram que o país está conseguindo
manter o PIB em crescimento, reduzindo as emissões.
Mas, nesse caso, estamos falando de um país com um desenvolvimento mais avançado, e com condições de apostar em inovações tecnológicas. No entanto, se as nações mais pobres dependerem de tecnologias que não podem bancar, sem que haja transferência, como elas farão?
Mas, nesse caso, estamos falando de um país com um desenvolvimento mais avançado, e com condições de apostar em inovações tecnológicas. No entanto, se as nações mais pobres dependerem de tecnologias que não podem bancar, sem que haja transferência, como elas farão?
Aí está o problema. Será que a humanidade resolverá os novos desafios tratando o problema com as mesmas receitas antigas. Nesse caso, não se atacam os sintomas. A Inglaterra é um caso de economia madura, e parece que o mesmo processo pode estar acontecendo também na Holanda. Mas o cenário encontrado lá não é o mesmo de países pobres. Será possível apostar nesse modelo, e que todos os países alcançariam uma maturidade que os permitiria crescer, reduzindo, por meios tecnológicos, os impactos ambientais?
Ainda
assim, este pensamento não leva em conta os impactos sociais associados ao
crescimento econômico desenfreado. Estas questões fazem parte da Economia
Ecológica?
Sim, a economia não pode ser
vista como um sistema isolado nem das questões ambientais, nem sociais. Estamos
falando sempre de uma mesma coisa. No caso da Inglaterra, por exemplo, estamos
falando de uma economia madura em vários sentidos. É uma sociedade cujo acesso
a serviços é outro, onde há um parâmetros de educação, saúde mais elevados e
compartilhados pela população. Não é a economia em si, isoladamente, que levará
nações a reduzirem impactos socioeconômicos significativos.
(Ecodebate, 12/04/2013) publicado
pela IHU
On-line, parceira estratégica do EcoDebate na socialização
da informação.
[IHU On-line é publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU, da
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
António Aleixo e os burros suicidários que nos deixou...
«Humanos são uma praga sobre a Terra»
David Attenborough considera que há demasiada população para tão poucos recursos
O naturalista britânico David Attenborough considerou que os humanos são «uma praga» em relação à Terra e defendeu o controlo do crescimento da população para que o planeta sobreviva, numa entrevista à revista «Radio Times».
O apresentador de programas sobre história natural, de 86 anos, mostrou-se pessimista relativamente ao futuro do planeta, ameaçado não só pelas alterações climáticas, mas também pelo elevado número de seres humanos para os quais poderá não haver recursos suficientes.
«Somos uma praga sobre a Terra», declarou, assinalando: «Não se trata apenas de mudança climática, é uma questão de espaço, se haverá sítio para cultivar alimentos para essa enorme multidão».
«Ou limitamos o crescimento da população ou o mundo natural fá-lo-á por nós e o mundo natural já o está a fazer», disse à «Radio Times», segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
O naturalista lembrou que continuam a ser desenvolvidos programas contra a fome na Etiópia, mas que o problema é a quantidade de pessoas.
«Existe demasiada gente lá. Eles não conseguem sustentar-se e não é desumano dizê-lo. É a realidade», declarou Attenborough, considerando que, enquanto não existir uma linha de atuação coordenada entre todos os países, a situação no planeta «só irá piorar».
O veterano apresentador da BBC realizou diversas séries centradas na vida natural que lhe valeram inúmeros prémios dentro e fora do Reino Unido.
Há tantos burros mandando em homens de inteligência,
que ás vezes fico a pensar,
se a burrice não será uma ciência.
António Aleixo
David Attenborough considera que há demasiada população para tão poucos recursos
O naturalista britânico David Attenborough considerou que os humanos são «uma praga» em relação à Terra e defendeu o controlo do crescimento da população para que o planeta sobreviva, numa entrevista à revista «Radio Times».
O apresentador de programas sobre história natural, de 86 anos, mostrou-se pessimista relativamente ao futuro do planeta, ameaçado não só pelas alterações climáticas, mas também pelo elevado número de seres humanos para os quais poderá não haver recursos suficientes.
«Somos uma praga sobre a Terra», declarou, assinalando: «Não se trata apenas de mudança climática, é uma questão de espaço, se haverá sítio para cultivar alimentos para essa enorme multidão».
«Ou limitamos o crescimento da população ou o mundo natural fá-lo-á por nós e o mundo natural já o está a fazer», disse à «Radio Times», segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
O naturalista lembrou que continuam a ser desenvolvidos programas contra a fome na Etiópia, mas que o problema é a quantidade de pessoas.
«Existe demasiada gente lá. Eles não conseguem sustentar-se e não é desumano dizê-lo. É a realidade», declarou Attenborough, considerando que, enquanto não existir uma linha de atuação coordenada entre todos os países, a situação no planeta «só irá piorar».
O veterano apresentador da BBC realizou diversas séries centradas na vida natural que lhe valeram inúmeros prémios dentro e fora do Reino Unido.
Se para muitos esta opinião ainda é uma bizarria de um jornalista britanico, para cada vez mais cidadãos trata-se de um dado imprescindível a uma nova equação terrestre cuja inevitabilidade tarda, dramaticamente, a ser encarada.
Os "ajustamentos" que vão ocupando o dia-a-dia da Europa ou EEUU, as "Reformas do Estado Social" e outros temas que fazem os titulos dos tabloides, não passam de "faits divers" face ao ajustamento que este sistema de desenvolvimento terá, inexoravelmente, de sofrer.
Entretanto...vamos, todos, cantando e rindo, esgotando os recursos e, pior que isso ameaçando os que restam como se jamais tivessem fim, numa voracidade tipica de um comportamente suicidário.
Onde estão os cientistas, cujo rendimento ou é suportado pelos Estados ou pelos consumidores, numa palavra por nós, particularmente preparados para denunciarem esta incontinência?
Onde estão os massmédia, suportados pelos cidadãos consumidores, qual IV Poder, para alertarem as populações para tal hecatombe?
Encontram-se todos ocupados em sustentar um sistema de desenvolvimento caduco!
Há tantos burros mandando em homens de inteligência,
que ás vezes fico a pensar,
se a burrice não será uma ciência.
António Aleixo
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