O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
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quinta-feira, 24 de julho de 2025

"Raízes do problema: a saga épica da árvore da Beira Mar (e da Câmara que a ignora)"

Na vibrante e movimentada Av. Beira Mar, frente ao imponente Casino, desenrola-se há meses uma epopeia moderna digna de Homero – com menos deuses do Olimpo e mais fitas plásticas. A protagonista? Uma árvore robusta e resiliente, que ousou... crescer. Em sua nobre missão de encontrar água e nutrientes, a árvore expandiu suas raízes de forma rebelde, erguendo o pavimento com a mesma determinação de um filme-catástrofe de domingo à tarde. O solo, é claro, colabora pouco: compacto, ingrato, impermeável e emocionalmente indisponível. Resultado? Uma calçada transformada em pista de obstáculos para atletas de parkour, idosos destemidos e carrinhos de bebé com suspensão off-road. Mas eis que surge a heroína improvável da trama: a solução provisória da Câmara Municipal de Silves. Em vez de intervenções sérias ou engenheiros, optou-se por algo mais artesanal – um cercadinho de fita plástica, preso com varetas de ferro tortas, provavelmente reaproveitadas de uma feira medieval. Um toque de design urbano ao estilo “faça você mesmo com materiais que sobraram do Natal”. E então, como num plot twist digno de telenovela, uma bobcat apareceu. Durante alguns dias, desfilou pela área como se estivesse a avaliar o terreno para uma nova série da Netflix. Mas como toda personagem misteriosa, desapareceu sem explicações. Alguns dizem que era só um holograma para acalmar os ânimos. Outros acham que foi colocada lá como decoração temática de verão: "Silves e as máquinas que não fazem nada". Afinal, a Câmara está à espera de quê? De que as raízes se inscrevam no orçamento participativo? De uma manifestação das árvores em frente aos Paços do Concelho com cartazes a dizer “Queremos espaço para respirar”? Ou de uma intervenção divina, talvez por parte de Santo Urbanístico, padroeiro das obras paradas? Urge lembrar que árvores em meio urbano não são vilãs, são aliadas – desde que tratadas com o respeito que merecem e com o planeamento que os cidadãos esperam. Há soluções técnicas, há conhecimento, há bons exemplos... só parece faltar vontade. E até lá, seguimos na Beira Mar, a tropeçar nas raízes do descaso.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Calçadas Degradadas em Armação de Pêra Colocam Segurança dos Peões em Risco






A degradação crescente das calçadas em Armação de Pêra está a levantar sérias preocupações entre moradores, comerciantes e turistas. Buracos, pedras soltas e desníveis visíveis marcam diversas zonas pedonais da vila, tornando o simples ato de caminhar num verdadeiro desafio e colocando em causa a segurança de todos. Vários residentes relatam que os problemas nas calçadas não são recentes. “Há buracos que estão ali há anos e nunca ninguém fez nada”, desabafa uma moradora da zona central. “Já vi pessoas tropeçarem, caírem, e até ambulâncias a serem chamadas por causa de quedas”. A situação é particularmente preocupante em zonas de maior circulação, como junto à marginal, às praias e nos acessos a serviços públicos. A falta de manutenção adequada agrava-se ainda mais durante o verão, altura em que a população aumenta significativamente devido ao turismo. “É inadmissível que uma vila que vive do turismo ofereça estas condições aos visitantes. Estamos completamente abandonados”, afirma um comerciante local. Apesar dos apelos constantes da população, não se verificam intervenções visíveis por parte da Junta de Freguesia ou da Câmara Municipal para reparar os pavimentos danificados. Muitos temem que apenas um acidente mais grave leve, finalmente, à ação das autoridades. A população apela a uma resposta urgente e eficaz, com um plano de reabilitação das calçadas e espaços públicos que garanta a segurança de todos e preserve a imagem de Armação de Pêra como destino turístico de qualidade. “Manter as calçadas em bom estado não é só uma questão estética – é uma questão de dignidade e segurança”, reforça uma residente.

Correio para:

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