O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
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quinta-feira, 10 de julho de 2025
Armação de Pêra: Onde a Cultura é Espontânea (porque pagar por ela é que era um exagero!)
Junta e Câmara assistem de camarote (gratuito, claro) ao espetáculo gratuito proporcionado por quem realmente faz alguma coisa.
Ah, o verão em Armação de Pêra! O cheiro a sardinha na brasa, o barulho ritmado das havaianas a bater no passeio e… a cultura! Ou melhor, aquela cultura que acontece apesar de todas as entidades oficiais.
Sim, é verdade: a animação de rua da nossa vila não está nos cartazes, nem nas brochuras da Câmara, muito menos nos orçamentos. É uma manifestação pura de vontade própria — da parte dos artistas, claro, não das autoridades, que já gastaram toda a sua energia a decidir onde plantar palmeiras artificiais.
Enquanto a Junta de Freguesia pondera se “evento cultural” rima com “dor de cabeça logística”, os nossos artistas de rua enchem a avenida Beira Mar de música, cor, talento e suor — tudo isso sem receber um cêntimo, porque, convenhamos, quem é que precisa de pagamento quando se tem exposição? (Aquela velha moeda mágica que não paga renda, mas alegra o ego.)
Temos estátuas humanas que se mantêm mais imóveis que a agenda cultural da Câmara. Malabaristas que arriscam a vida entre carrinhos de bebé e velhotas decididas. E músicos que tocam com a mesma alma com que o executivo camarário aprova a pintura de mais um muro com cores “alegres”.
E se não fossem eles, o que restava? A já tradicional procissão dos passantes, de um lado para o outro na avenida, num ritual hipnotizante que só é interrompido por paragens estratégicas para tirar selfies ou ver se o restaurante da esquina já tem mesa.
Aliás, o verdadeiro espetáculo é ver como a Junta e a Câmara conseguem manter-se completamente imóveis e silenciosas perante esta movida cultural. É um talento, diga-se. Se houvesse medalhas para “Observação Passiva de Arte Pública”, já tínhamos atletas olímpicos locais.
Portanto, aqui fica o nosso sincero agradecimento — com uma pitada de ironia e uma gargalhada cúmplice — a esses heróis da animação de rua. Obrigado por fazerem aquilo que ninguém vos pediu, ninguém vos paga, mas todos adoram fingir que apoiam.
Se precisarem de algo, falem com a Junta. Eles não vão fazer nada, mas pelo menos fingem que tomam nota.
Etiquetas:
cultura
quarta-feira, 4 de março de 2020
terça-feira, 14 de junho de 2016
Lenda do Galo de Barcelos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Galo de Barcelos
A lenda do Galo de Barcelos narra a intervenção milagrosa de
um galo morto na prova da inocência de um homem erradamente acusado. Está
associada ao monumento seiscentista
que faz parte do espólio do Museu Arqueológico, situado no Paço dos
Condes de Barcelos.
Um dia, os habitantes de Barcelos andavam alarmados
com um crime, do qual ainda não se tinha descoberto o criminoso que o cometera.
Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram
prendê-lo, apesar dos seus juramentos de inocência, que estava apenas de
passagem em peregrinação
a Santiago de
Compostela, em cumprimento duma promessa.
Condenado à forca,
o homem pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara.
Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado, que nesse
momento se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua
inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado
que estava sobre a mesa e exclamou:
- "É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo
cantar quando me enforcarem."
O juiz empurrou o prato para o lado e ignorou o apelo, mas quando o
peregrino estava a ser enforcado, o galo
assado ergueu-se na mesa e cantou. Compreendendo o seu erro, o juiz correu para
a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. O homem
foi imediatamente solto e mandado em paz.
Alguns anos mais tarde, o galego teria voltado a Barcelos para
esculpir o Monumento do Senhor do Galo em louvor à Virgem Maria e a Santiago Maior, monumento
que se encontra no Museu Arqueológico de Barcelos.
Etiquetas:
cultura,
história,
Justiça,
Valores e Desvalores
sábado, 23 de abril de 2016
Dia Mundial do Livro
O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor (também chamado de Dia Mundial do Livro) é um evento comemorado todos os anos no dia 23 de Abril, e organizado pela UNESCO para promover a o prazer da leitura.
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