O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
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quarta-feira, 25 de abril de 2018

Ainda a Operação Marquês:Carta a um jornalista!

Bom dia RRRRRRR,

Tenho visto e lido as opiniões sobre o trabalho da SIC no caso da Operação Marquês.

Primeiro relevo o facto das criticas que vieram de todo o lado, de respeitáveis jornalistas, comentadores, gente respeitada de todas as cores ideológicas e partidárias.

Devo dizer que enquanto cidadão saúdo estas posições, assim como também penso correto a defesa que você faz das decisões tomadas pela SIC. Porém, o número de criticas, a diversidade dos críticos, certamente o fez pensar que a sua posição, não é aparentemente tão forte eticamente falando, como pretende.

Isto aliás é até importante porque o que se passa com a Operação Marquês, ditará o que se fará em todos os processos passados ou futuros.

Ora vejamos o que eu penso:
Parece-me perfeitamente justificado uma investigação e uma divulgação jornalística do caso Marquês como outros no âmbito da sua importância para a comunidade, logo o tão propalado “interesse público”.

Porém, penso que o trabalho jornalístico deve ser caracterizado por uma atitude por parte dos jornalistas de rigorosa imparcialidade.

Ora divulgar e explicar o que diz a acusação, as provas que esta entende apresentar, etc , sem a correspondente possibilidade do contraditório por parte dos acusados, é inadmissível, parcial e realmente influencia, como diz António Barreto, a percepção dos leitores/espectadores sobre a culpabilidade dos acusados , violando na prática a presunção de inocência dos acusados e não contribuindo para um esclarecimento aos leitores/espectadores como merecem.

Como sabemos quer na vida (sobretudo na vida real), quer num processo judicial, há várias verdades (as diversas contextualizações de um certo numero de factos, pode sustentar, e habitualmente sustenta, várias verdades), logo o jornalista para ser isento e imparcial tem que contar as várias histórias e não apenas uma delas, seja apenas a versão da acusação seja apenas a versão da defesa, seja uma qualquer outra alternativa.

Cumprindo esta óbvia condição, não vejo qualquer problema na sua publicação, sobretudo no que respeita a processos que deixaram de estar em segredo de justiça!

Temo, não obstante, que o vosso trabalho esteja longe de cumprir esta condição essencial e portanto, objectivamente e na prática está a tomar posição por uma das partes (digo-o, objectivamente na otica do resultado, mesmo que tal não tenha sido a intenção).

Ainda, julgo eu, estamos em tempo. Nada impede que a SIC ainda possa dar á defesa os mesmos meios que deu á acusação, e assim, cumprir a condição essencial do contraditório que aliás é obrigatório no bom jornalismo EM QUALQUER NOTICIA, seja ela de que tipo fôr. Ou não será assim???

Debrucemo-nos agora sobre a transmissão quer áudio dos interrogatórios, quer a das imagens dos mesmos.

Lamento mas não concordo com os seus argumentos que realmente não colhem e atrevo-me a dizer que a sua publicação seria, talvez, justificável, no Correio da Manhã, onde vale tudo, mas a sua publicação na SIC ou no Expresso apenas afecta a credibilidade do jornalismo de referência, ponto final.

Argumentar que os acusados sabem que foram gravados e filmados, desculpe mas não é intelectualmente honesto da sua parte, porquanto:

As gravações efectuadas no âmbito das regras processuais obrigam á sua gravação para memória futura e portanto os acusados NÃO PODEM NEGAR essa gravação. Não há portanto qualquer consentimento mas apenas e só um cumprimento de uma norma processual a que os interrogados não se podem recusar.

Todavia, a divulgação pública, quer das entrevistas em áudio quer em video, á luz da ética e também da lei (falaremos mais tarde), são totalmente inaceitáveis sem o consentimento dos próprios.

Lembro-lhe apenas do caso CML/ Braga Parques, em que o vereador da Câmara gravou uma entrevista com o membro da Bragaparques em que ele alegadamente o tentava corromper.

A referida gravação foi entregue á polícia como prova evidente do crime.

O resultado foi que não só a prova não podia ser utilizada por ter sido obtida ilegalmente (entre outras razões legais, também dado o desconhecimento e a falta de consentimento por parte do acusado), razão pela qual o vereador da Câmara foi mesmo condenado, voltando-se o feitiço contra o feiticeiro!!!

Há ainda uma outra razão para repudiar a exibição das imagens dos interrogatórios: é que a publicação NÃO ERA DE TODO NECESSÁRIA para o êxito da reportagem (no sentido de prosseguir o interesse público).

Tratou-se, portanto, lamento dizê-lo, de “showbussiness”, captura de audiências e negocio publicitário, um degradante “apimentar” da reportagem, custe o que custar a quem quer que seja.

Entendo, como muitos outros, que vocês foram longe demais e “alinharam “ na publicação de um espetáculo degradante, indigno da SIC e dos seus autores, tendo em conta a condição de gente de referência que manifestamente vocês realmente são.

Mas, lamento esta vossa decisão, da forma como foi feita, porquanto, além de ter atingido quem não se pôde defender porque não lhes foi aparentemente oferecida essa possibilidade, atingiu também e sobretudo a vossa reputação, ponto final.
Mas mesmo que ignoremos o acima dito, existe ainda uma razão formal e legal para que as reportagens dos interrogatórios não devessem ser publicadas.

Embora já não haja segredo de justiça, as imagens dos interrogatórios NÂO ESTÃO AUTORIZADAS a serem publicadas. (COMO RECONHECEU O SEU COLEGA Martim Silva em artigo de ontem no Expresso);Portanto há uma clara violação ao se publicar imagens não autorizadas pelos próprios e proibidas pelas autoridades judiciais, ponto final.

Sabe, R?????, eu vivi na Alemanha e verifiquei que a inexistência de limites de velocidade nas autoestradas não contribui em nada para a existência de acidentes, pelo que não concordo com os limites de velocidade nas autoestradas e entendo que em nada defendem o interesse público.
Esta circunstância, não me autoriza a violar a lei por mais estúpida que ela seja.

Os jornalistas são cidadãos iguais perante a lei a qualquer cidadão, pelo que não podem violar as regras, ponto final.

Dir-se-á que ás vezes têm que se violar as regras para informar e defender o interesse público. Discordo! só em situações de emergência social grave, mas mesmo admitindo que é disso que estamos a tratar, o que não é verdade, neste caso, a publicação das imagens NÃO ERA, de todo, necessária para explicar aos leitores/espectadores, o referido processo judicial.

Insisto, trata-se de aproveitamento de oportunidade comercial e , desculpe dizê-lo absolutamente asquerosa.

A diferença entre a Barbárie e o Estado de Direito consiste precisamente no facto de, neste último: as regras são cumpridas, porquanto, quando vivemos em democracia na qual as leis são produzidas e aprovadas pelos representantes eleitos dos cidadãos, logo, são de reprovar de forma firme, os populismos que grassam na nossa sociedade e noutras e também os vícios da justiça que a renegam.

Condenem-se o criminosos e exemplarmente, mas cumprindo as regras designadamente protegendo as garantias constitucionalmente previstas e as não escritas que fazem parte dos princípios da Constituição MATERIAL do Estado de Direito, caso contrário permaneceremos na Barbárie!

Estado de Direito este que nos leva a afirmar convictamente que: mais vale um criminoso em liberdade que um inocente na prisão!

Os media têm realmente muito poder e ainda bem porque ao longo da História têm dado provas da sua utilidade como contrapoder aos outros poderes formais e instituídos, defendendo os cidadãos, denunciando injustiças, crimes, etc.

Há muito que no mundo civilizado são tidos como o Quarto Poder.

Porém, sem contradizer, o que é facto é que, com tantos meios, esse Quarto poder, bem que poderia substancializar mais e melhor o poder que efetivamente poderiam ter, mediante uma intervenção muito mais pedagógica na divulgação da informação, sem prejuízo do direito à opinião.

Por outro lado, não posso esquecer uma coisa que aprendi na minha vida profissional; É que, quanto mais poder possuímos, mais cuidado, parcimónia, qualidade e critério devemos ter no exercício desse poder, porque quanto maior ele é mais as nossas decisões têm efeitos POTENCIALMENTE MAIS GRAVOSOS e sobre um conjunto maior de pessoas.

Não foi, lamento dizê-lo, um momento feliz!
Obrigado pelo seu tempo
Abraço
JJJ

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Quanto ganha um autarca?


O salário é fixado em percentagem do vencimento do Presidente da República e varia segundo o número de votantes. Mas quase 90% dos presidentes de Junta não recebem ordenado.


É em Lisboa e no Porto que naturalmente os presidentes de Câmara ganham mais, tendo em vista que reunem o maior número de eleiores. Assim, o seu vencimento (fixado em 55% do do PR) é de €3.985,5 acrescido de despesas de representação de €1.222,07.

O valor considerado do vencimento do Presidente da República é € 7.630,33 sem redução de 5% exigida pela lei para os cargos políticos.

Até 40 mil eleitores ou mais, os presidentes recebem 50% do vencimento do Presidente da República: €3.624,41, mais despesas de representação de €1.110,97.

Entre 10 e 40 mil eleitores, recebem 45%, o que equivale a €3.261,97, mais despesas de representação - €999,88.

Nos restantes municípios é aplicada a percentagem de 40%: €2.899,53, com despesas de representação de €888,78.

JUNTAS DE FREGUESIA

Quanto aos presidentes das Juntas de freguesia, a diferença é sensivelmente menor, sendo aplicada uma percentagem que varia entre os 25% e os 16%, consoante tem 20 mil ou mais eleitores.

Assinale-se que das 3091 Juntas de Freguesia, só 412 têm um número de eleitores que determina que o presidente deve ser pago.

Neste caso o presidente da Junta recebe €1.907,58, acrescido de despesas de representação de €555,49. No fim da tabela, nas freguesias com menos de 5 mil eleitores, o presidente ganha apenas €1.220,85, com despesas de representação de €355,52.

Entre o máximo e mínimo situam-se as freguesias com entre 10-20 mil eleitores, caso em que os presidentes recebem 22% do vencimento do PR (€1.678,67 e despesas de representação de €488,83), e as que têm entre 5 e 10 mil eleitores (19% do vencimento), o que significa que recebem €1.449,76, com despesas de representação de €422,17.

Em todos os casos, se o cargo não for exercido em exclusividade, os presidentes recebem 50% tanto do vencimento estabelecido, como das despesas de representação. Estão neste caso 188 freguesias, cujos presidentes estão a tempo parcial.
VEREADORES RECEBEM SENHAS

Nas Assembleias Municipais, há também direito a receber senhas de presença. O valor corresponde a uma percentagem do vencimento do presidente de Câmara em regime de exclusividade.

Assim, os vereadores e outros membros recebem 2%, o presidente da Assembleia Municipal 3% e os secretários da Assembleia Municipal 2,5%.

01.10.2017 in Expresso

quarta-feira, 22 de março de 2017

Uma resposta, à altura da Arte das Caldas, para um holandês pequeno

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, acusou o Sul da Europa de desperdício de dinheiro em "copos e mulheres", durante a crise que conduziu aos resgate financeiro de países como Portugal, Grécia ou Espanha. E recusa pedir desculpas.

Resposta ao pequeno holandês
22 DE MARÇO DE 2017. DN. Ferreira Fernandes

Ah, o que o noticiário de ontem me trouxe de arte e luxúria! Passeei-me pela Holanda, quando ela era grande e não só entreposto de impostos dos outros. Rembrandt em autorretrato, uma mão pousada no nadegueiro da sua mulher Saskia e outra levantando o cálice. Mulheres e copos. Vermeer é mais vinho branco, límpido como as suas sedas. Frans Hals, em Jovem e a Sua Amada, faz ambos de maçãs de rosto tão vermelhas que só pode ser do tintol que o rapaz levanta em glória. Já Gerard ter Borch, pintor dos ricos, só tem garrafas de cristal trazidas por criados. Jan Steen, pintor de tascas (bordeeltjes, cenas de bordel ou tabernas, são mesmo um género da grande pintura flamenga), no óleo Vinho Holandês, com uma bêbada de seio nu e coxas ao léu, homem com a mão marinhando pela perna dela e um querubim, nem 6 anos, já abotoado ao copo. Gabriel Metsu vai com a mulher, Isabelle de Wolf, para a taberna e pinta o casal agarrado, entre si e ao vinho. Copos e mulheres... E eu, confesso, não gastei o meu dinheiro num curso rápido sobre a pintura holandesa.

Como a gente te topa bem...
Limitei-me a ler uma brochura da Académie Amorim, fundação de Américo Amorim, um homem do Sul da Europa, grato ao vinho e à cortiça. A brochura chama-se O Copo de Vinho na Pintura Holandesa na Idade do Ouro, porque os verdadeiros europeus estão gratos à grande Holanda. Já para responder a Jeroen Dijsselbloem, um curso rápido de arte portuguesa chegava: um caralho das Caldas para ti, pequeno holandês.

sábado, 18 de março de 2017

Um Presidente Mestre de Cerimónias ou um Mestre de Cerimónias Presidente?


Mestre de cerimónias é o anfitrião (1)de um evento público ou privado. O Mestre de Cerimónias geralmente apresenta atuações como falar com a plateia em geral, fazendo com que o evento mantenha um movimento.
Consoante o evento, o MC pode até contar piadas ou anedotas, incentivar o público a dançar noticiar algum acontecimento importante, opinar sobre um determinado assunto, entre outros.

Historicamente, algumas cortes europeias e asiáticas mantinham senhores como Mestres de Cerimónias (ou algumas variantes do mesmo), responsáveis pela realização de cerimónias imponentes, como a coroação e recepções de embaixadores estrangeiros.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Um Presidente Mestre de Cerimónias ou um Mestre de Cerimónias Presidente?

Na sociedade espectáculo em que vivemos não é raro vermos os coroados (em sentido monárquico, o equivalente republicano de eleito presidente) no papel de Mestre de Cerimónias, ou melhor, só é Presidente quem for um verdadeiro Mestre de Cerimónias!


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(1)Anfitrião: Na mitologia grega, Anfitrião era marido de Alcmena, mãe de Hércules. Enquanto Anfitrião estava na guerra de Tebas, Zeus tomou a sua forma para deitar-se com Alcmena e Hermes tomou a forma de seu escravo, Sósia, para montar guarda no portão. Uma grande confusão foi criada, pois Anfitrião duvidou da fidelidade da esposa. No fim, tudo foi esclarecido por Zeus, e Anfitrião ficou contente por ser marido de uma escolhida do deus. Daquela noite de amor nasceu o semideus Héracles. A partir daí, o termo anfitrião passou a ter o sentido de "aquele que recebe em casa". O mesmo ocorreu com sósia — "cópia humana", ou seja, semelhança humana.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Miguel Relvas, o Efisa e a selva

Pedro Passos Coelho foi entrevistado no fim-de-semana peloJornal de Notícias, e quando questionado acerca da venda do banco Efisa a uma sociedade com ligações a Miguel Relvas, respondeu: “Isso é um não-assunto.” Ora, se o ex-primeiro-ministro considera o tema um “não-assunto”, eu considero meu dever esclarecer-lhe porque é que o Efisa não só é um assunto, como é um assunto muito feio.

Nos últimos dois anos, o Estado, através da Parparticipadas – sociedade anónima criada em 2010 para gerir o processo de reprivatização do BPN –, injectou 90 milhões de euros no Efisa. A última injecção, de 12,5 milhões, foi feita em Janeiro, antes da venda do antigo banco de investimento do BPN à Pivot SGPS. Essa venda terá sido realizada por um valor a rondar os 38 milhões de euros. Segundo o Tribunal de Contas, o preço do BPN para os contribuintes já vai em 2,7 mil milhões, estimando-se que o buraco possa derrapar até aos 5,5 mil milhões.

O Efisa, como explicou ao Diário Económico o fundador e accionista da Pivot Ricardo Santos Silva, possui um trunfo precioso numa época em que se tornou bem mais difícil criar bancos: “uma licença bancária universal, que abre muitas oportunidades”. Oh, se abre – e quando cheira a oportunidades, logo surge Miguel Relvas e o seu oportuno nariz.
Já depois de acordada a venda do Efisa, os jornais deram conta da entrada no capital da Pivot de um pequeno grupo de accionistas, entre os quais Relvas. Miguel Relvas, destacado ex-ministro do Estado, surge a fazer negócios com o Estado, para a compra de um banco. Mais. O actual presidente do veículo estatal Parparticipadas, que vendeu o Efisa à Pivot SGPS, chama-se Francisco Nogueira Leite. O mesmo Francisco Nogueira Leite que trabalhou com Pedro Passos Coelho na administração da Tecnoforma. A mesma Tecnoforma que em 2004 usou e abusou de fundos comunitários geridos pelo então secretário de Estado da Administração Local Miguel Relvas.

E o não-assunto não fica por aqui. Miguel Relvas já havia trabalhado para o Efisa em 2007, prestando consultadoria ao banco no Brasil, numa altura em que era deputado do PSD e líder da Comissão das Obras Públicas. Tudo legal, claro. Até porque, em 2011, Relvas garantiu ao PÚBLICO que nunca recebeu “um cêntimo da Efisa”. Claro que não recebeu. Ele apenas recebeu da empresa Kapakonsult, da qual era administrador, e que na sua curta existência teve um único cliente: o banco de negócios do BPN, Efisa. Vamos então resumir. Relvas trabalhou para um banco que faliu. Trabalhou para o governo que geriu a falência desse banco. E agora recupera o banco devidamente recapitalizado pelo governo de que fez parte – não se está mesmo a ver que isto é um “não-assunto”?

Uma achega final. Há quem recorde o papel de Dias Loureiro no BPN e garanta haver mãozinha sua neste negócio. A mim parece-me mera insinuação, fruto de más línguas. Estou certo que desde que o então ministro Miguel Relvas passou o réveillon de 2012 para 2013 no Copacabana Palace na companhia de José Luís Arnaut e Manuel Dias Loureiro, eles nunca mais voltaram a ver-se. Portanto, só resta à autoridade de supervisão apressar-se a conceder a idoneidade a Miguel Relvas, para que possa exercer com o garbo e a competência reconhecidas a profissão de banqueiro. Depois, é só enviar essa informação para Bruxelas, devidamente assinada por Carlos Costa, Governador do Banco da República das Bananas Anteriormente Conhecida como Portugal.

Por: JOÃO MIGUEL TAVARES

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Sai um Banco Público Para o Cidadão Pagar...

Pagámos muito para salvar os bancos, continuamos a salvar banqueiros

No início do seu trajecto como candidato a líder do PSD, Pedro Passos Coelho apareceu com uma proposta fulminante – o homem que queria fazer o Estado desaparecer das nossas vidas, desejava naturalmente, privatizar a Caixa Geral de Depósitos. Perante o clamor nacional,Passos mudou de ideias. Afinal, "a Caixa era a Caixa" e nunca lhe tinha passado pela cabeça a relação especial que os portugueses mantinham com "a Caixa".

Agora, o governo decidiu criar um segundo banco público. Desta vez, é um Banco de Fomento que vai ajudar a conceder crédito às empresas. A ideia até tem o apoio do PS que a defendeu antes do governo. Alguns economistas – como o insuspeito Mira Amaral – defendem que o que este banco vai fazer podia perfeitamente ser feito pela Caixa Geral de
Depósitos, um organismo que faz de público em determinadas ocasiões e de "banco comercial" em outras.

Mas lá se avançou para a comissão instaladora do Banco de Fomento, que irá revolucionar a economia portuguesa (como se alguma coisa,infelizmente, conseguisse fazer isso perante as obtusas regras europeias a que estamos obrigados). Acontece que os vencimentos anunciados para os membros da comissão instaladora do banco público revelam mais uma vez ao mundo que as "gorduras do Estado" que o governo jurou combater eram a arraia-miúda, os reformados e os funcionários públicos. As "gorduras" do Estado eram os serviços públicos e os pensionistas com reformas acima dos 600 euros. Não há dinheiro para nada, mas há dinheiro para pagar quase um milhão de euros a três criaturas que vão "instalar" o segundo banco público do país. Maria Antonieta também pensava assim.

O argumento de que se tem de pagar muito bem porque se tem de ir buscar "os melhores" é iníquo no meio da devastação social a que o país está sujeito. E quem são os melhores? E onde está a lei que tinha travado salários no Estado superiores aos do Presidente da República?

E se é suposto que um primeiro-ministro seja "um dos melhores" porque lhe é imposto um rendimento tão baixo em comparação com o banqueiro?

Até aqui, pagámos muito (com uma crise e desemprego elevado) para salvar os bancos. Continuamos a salvar banqueiros.
Os cortes que vêm aí não vão incidir sobre o salário destes novos banqueiros públicos – vão voltar aos do costume, aos ricos que têm rendimentos de 1000 euros brutos. Anda-se a brincar com o fogo.

Ana Sá Lopes, no “i”

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Portugal vai mal e nós sabemos!

Por razões que a razão conheçe, este Portugal sabe cada vez mais a requentado!

No anterior post foi feito um comentário, vulgar noutros tempos, caido entretanto, completamente em desuso nas últimas décadas, por manifesta inadequação e desnecessidade, mas que, lido hoje, recupera uma estranha frescura, não no nome próprio do protagonista histórico naturalmente, mas na "azia" que implicitamente descreve face a uma prática politica que, invariavelmente, persiste encrustada nesta Comunidade Nacional.

Como sinal de uma resistência "à boca pequena" a um regime gerador de infelicidade e partindo de um verso de Fernando Pessoa, esta criação literária, provavelmente de cariz mais popular retratou o sentimento generalizado num Povo que, angustiado pela sobrevivência  e por lideranças que nunca interpretaram o poder como instrumento de desenvolvimento partilhado, nunca se conformou com o designio que, com mais ou menos "orgulho oficial", sempre lhe quiseram estipular.

Curiosamente, ou não, denota apropriadamente um mesmo estado de espirito.
Portugal vai mal!

"Antigamente (alguns) diziam assim:

O António há-de morrer!
A Oliveira há-de secar!
O Sal há-de derreter!
E o azar há-de acabar!

Actualmente é caso para todos dizerem:

O António já morreu!
A Oliveira já secou!
O Sal já derreteu!
Mas a merda do azar não acabou!"

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O Pedro é que abria as portas todas...


Abrir uma porta tem um significado que o povo conheçe bem, desde tempos imemoriais!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

"não há grandes homens para o seu criado de quarto"


Por: Manuel Maria Carrilho DN 13/02/2014


A minha crónica da semana passada, "Guterres à presidência", suscitou múltiplas reações em geral positivas que, na verdade, não me surpreenderam. Foi como se, pela primeira vez muita gente se tivesse libertado das baias mediáticas do nosso infotainement, e pensado um pouco pela sua própria cabeça no assunto: ou seja, na função, no perfil, na missão que se devem esperar e exigir do próximo Presidente da República.

Eu sei que, antes, ainda há europeias e legislativas. Que os resultados de umas e outras não serão despiciendos para esta matéria, mas creio que estas crónicas também devem servir - pelo menos de vez em quando - para ver mais longe e procurar pensar no médio/longo prazo. Só assim o conseguimos preparar, e deixar de vaguear ao sabor de folhetins mediático-políticos.

Foram muitos os que manifestaram apoio à hipótese apresentada e à ideia defendida, e é isso o que mais interessa. Mas também houve muitos que manifestaram o seu ceticismo em relação a um aspeto decisivo: estará António Guterres disponível para se voltar a meter no vespeiro em que se tornou hoje a vida política portuguesa? - e não só portuguesa, claro. É uma questão a que só o tempo poderá responder.

De qualquer modo, as regras do jogo hoje vigentes impõem que qualquer candidato credível tenha de estar "indisponível" até ao momento certo, sendo o estado de disponibilidade quase sempre um passo certo para o desastre. Dito isto, estou convencido de que, a não haver alternativas internacionais - e, na verdade, não será fácil que as haja -, António Guterres não recusará uma tal missão, se sentir o apoio popular e político a tal opção.

E não é uma opção fácil, os tempos que se vivem são muito difíceis, nomeadamente para as personalidades que se afirmam acima da média e que façam da política uma missão. O debate sobre o fim dos "grandes homens" é interessante, mas em geral muito enviesado e mal conduzido. Lembro, sempre que o assunto vem à baila, uma frase que Hegel partilhava com Goethe: que "não há grandes homens para o seu criado de quarto". Isto é, para quem se ocupa apenas do que é mais comum, mais trivial, mais corriqueiro, mais banal, na vida quotidiana de todos os seres humanos. O "criado de quarto" só via isso, porque a sua função era mesmo essa, o que naturalmente o impedia de distinguir o mais idiota do mais genial dos homens.

Ora, a principal razão por que hoje se diz e repete com a evidência de um estereótipo que "já não há grandes homens", é que a função do criado de quarto do século xix se transferiu, no nosso tempo, para os media. São eles, os media, que constantemente limitam o que se vê à sua curta perspetiva, aos seus duvidosos valores e aos seus mais ocultos interesses, bloqueando a emergência, a perceção e a afirmação de tudo o que escape à sua poderosa lente. Porque "grandes homens" continua a havê-los, o que acontece é que quase deixou de ser possível vê-los e conhecê-los.

Basta pensar nos "tratos de polé" que seriam infligidos hoje a homens da craveira, por exemplo, de um Winston Churchill, lendo os seus dossiers durante a manhã na banheira, bebendo o seu whisky regularmente, entregue às suas noitadas e aos seus charutos. Qualquer idiota com um microfone nas mãos o cilindraria, sentindo-se - e isso é sem dúvida o mais grave - superior na sua extrema vulgaridade denunciadora, mas, atenção...politicamente correta!!!
São tempos de facto difíceis. De autêntico "canibalismo político!, como diz um autor que vale a pena ler com atenção, Christian Salmon, que assinala no processo de desconstrução da função política uma dupla revolução: por um lado, a da perda da soberania dos Estados, a pouco e pouco esvaziados de real conteúdo e poder pela lógica do ultraliberalismo. Por outro lado, pela revolução tecnológica dos meios de comunicação, que fizeram que "o político apareça cada vez menos como uma figura de autoridade, a que se obedece, e mais como algo que se consome. Menos como uma instância de produção de normas do que como um produto da subcultura de massa, um artefacto à imagem de uma qualquer personagem de série ou jogo televisivo..."

Estas transformações deram lugar nos últimos trinta ou quarenta anos à definição de um novo tipo de político, que se foi formatando no cruzamento de uma cada vez maior inspiração nos valores empresariais e de uma obsessão pela telepresença permanente. A crise da condição política surge, assim, simultaneamente com todas as outras crises - financeira, económica, social, cultural, etc. -, partilhando com elas os mesmos impasses.

Na Europa tudo se tornou ainda mais grave, porque a construção europeia se revelou, na prática, e para surpresa de muitos, um processo de desconstrução - ou mesmo de destituição - da política. Nomeadamente porque a "soberania partilhada" não conseguiu nunca superar as consequências do abismo que se cavou entre o poder e o dispositivo representativo, entre a capacidade de agir e o simbolismo do Estado. Pelo contrário, o abismo acabou por dar lugar a duas realidades que cada vez se opõem mais intensamente, por um lado a burocracia e as decisões sem rosto, por outro a democracia e os seus rostos sem poder.

Neste contexto, a política passou, como diz Christian Salmon, "da era do debate, da discussão e do dissenso para a era do interativo, do performativo e do espectral. Do storytelling à performance narrativa, da diversão narrativa à devoração das atenções. A comunicação política não visa apenas formatar a linguagem, mas também a embruxar os espíritos, mergulhando-os num universo espectral onde eles são simultaneamente performers e vítimas. São eles que presidem a esta cerimónia canibal em que se tornou a vida política".

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Regras para um naufrágio



Viriato Soromenho Marques in DN 3/7/13

O que define a dignidade é a capacidade de respeitar algumas regras que são maiores do que nós, e que dão sentido à vida humana. Mesmo nos naufrágios, sobretudo neles, vislumbra-se a grandeza da dignidade, ou a sua falta.

Quando em 1912 o Titanic se afundou, algumas centenas dos mais abastados homens da época aceitaram a morte, para permitir que as mulheres e as crianças fossem salvas. Já em 1816, quando o navio francês Medusa se afundou na rota do Senegal, os nobres e altos funcionários fugiram nos escaleres, deixando os soldados e subordinados para perecer ao abandono.

Quando Vítor Gaspar saiu do Governo, percebia-se que estávamos a viver um naufrágio. A demissão de Paulo Portas dá o golpe de misericórdia, numa embarcação mantida à tona pelos flutuadores de Belém. As razões de consciência invocadas por Gaspar e Portas não desculpam o seu duplo e inconfessado fracasso.

Primeiro, amarraram durante dois anos o País à narrativa errónea e castradora dos nossos credores, que transformaram a Zona Euro num Moloch à beira da implosão.

Segundo, demitem-se sem terem cuidado de uma alternativa negocial com a troika. Onde estão as propostas, os argumentos e a força que só as boas alianças permitem reunir?

Este Governo sai de cena, para fugir ao desmoronar dos escombros de um país que ajudou a tornar mais frágil. O "melhor povo do mundo" aceitou os sacrifícios de Gaspar, mas não vai esquecer nunca um Governo que transformou Portugal, por incompetência política e nulidade moral, na "Medusa" da tempestade europeia em curso.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Falta vergonha

Há notícias que só leio passados dias, ou que me escapam de todo. Ontem, porém, ao ler a edição semanal do Expresso dei com um comentário a uma notícia do 'Correio da Manhã". Quando a fui ler no 'Correio da Manhã' reparei que ela já tinha sido comentada por uma jornalista daquele jornal. Este é, portanto, o terceiro comentário sobre o mesmo assunto, depois dos que foram feitos pelos meus colegas Fernanda Cachão, do CM, e João Garcia, diretor-adjunto do Expresso.

Porém, considero que não é demais repetir. E espero que alguns leitores partilhem o assunto. Algum modo há de existir para que certas coisas não continuem. E se não houver modo, pelo menos os responsáveis hão de ler por todo lado comentários críticos que retratam a vergonha que deviam ter.

A questão é a seguinte: Jorge Barreto Xavier, secretário de Estado da Cultura, departamento que não tem dinheiro para - como se costuma dizer - mandar cantar um cego e vai cortar 15 milhões de euros em despesas com pessoal, recrutou um 'boy' do PSD para o seu gabinete a quem vai pagar como adjunto. Ou seja, mais de três mil euros, mais do que ganha um diretor de serviços, ou, como escreve no Expresso João Garcia, "mais que juiz, o mesmo que coronel, o dobro de professor'. Fernanda Cachão ironiza que "afinal há dinheiro" desde que seja "money for the boys".

Mas o melhor, o melhor mesmo é o currículo do adjunto. Tem 24 anos, três workshops no centro de formação de Jornalistas, Cenjor, fez o estágio na Rádio Renascença onde trabalhou oito meses e foi durante cinco meses consultor de comunicação do... PSD! Uau!!

Acresce que Barreto Xavier, antes desta contratação já tinha três adjuntos, sete técnicos especialistas, duas secretárias pessoais, chefe de gabinete, dez técnicos administrativos, três técnicos auxiliares e três motoristas.
Falta dinheiro (salvo para os boys) mas há excesso de descaramento.
Digamos que se há algo que não falta é vergonha.

Henrique Monteiro in Expresso

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A Margarina está para a Manteiga como o Politico para o Estadista!


A Margarina foi originalmente fabricada para engordar perús. Mas quando os perús começaram a morrer por causa dela, as pessoas que tinham investido na sua pesquisa começaram a procurar uma utilização alternativa que lhes permitisse, no mínimo, recuperar o investimento.

Foi nessa altura que alguém se lembrou de juntar um corante amarelo àquela que era, até aí, uma substância branca, tornando-a mais apetecível para consumo humano e apresentá-la no mercado como um substituto da Manteiga.

Mas será que sabe realmente qual é a diferença entre a Margarina e a Manteiga? Vejamos:


-      Ambas têm a mesma quantidade de calorias.
 -A Manteiga tem um pouco mais de gorduras saturadas (8 gramas contra 5 gramas da Margarina).

-     De acordo com um estudo da Harvard Medical, comer Margarina pode aumentar em 53% as doenças cardíacas em mulheres, relativamente
àquelas que comem a mesma quantidade de Manteiga.

A Manteiga:
- Aumenta a absorção de nutrientes presentes em outros alimentos.

- Traz mais benefícios nutricionais do que a margarina (e os que a margarina tem foram adicionados artificialmente!).

- É mais saborosa que a margarina e pode melhorar o sabor de outros alimentos.

- Existe há séculos e a margarina há menos de 100 anos.

A Margarina:
- Triplica risco de doença cardíaca coronária...

- Aumenta o colesterol total e o LDL (este é o colesterol ruim) e diminui o colesterol HDL (o colesterol bom).

- Aumenta o risco de cancro em 500%.

- Reduz a qualidade do leite materno.

- Diminui a resposta imunológica.

- Diminui a resposta à insulina.

E, finalmente, a parte mais interessante e perturbadora:
A Margarina está a uma molécula de ser... plástico.
E possui 27 ingredientes que existem na................tinta de pintar.

Se não está convencido faça a seguinte experiência:


Abra uma embalagem de Margarina e deixe-a aberta num local à sombra durante alguns dias. Vai poder constatar algumas coisas muito interessantes:

1.º Não há moscas! (isso deve querer dizer alguma coisa!!!)



2.º A Margarina não mostra sinais de apodrecimento, decomposição ou alteração no cheiro.


3.º Não tem bolor. Nada se desenvolve ou cresce nela.

Ou seja, nem as moscas nem os mais pequenos microrganismos se interessam por aquilo. Não há ali nada de bom.

Porquê? Bom, porque a Margarina é quase plástico.



Exclua este produto de sua vida. A sua saúde agradece.



Por favor, repasse esta informação para os seus contatos. A maioria das pessoas consome este produto ingenuamente.
(E assim termina o apelo que circula na Net)

Depois de ler este aviso, dizemos nós, poderá fazer o seguinte exercício:

Substitua o termo Margarina pelo termo Político e o termo Manteiga, pelo termo Estadista. Rapidamente concluirá que infelizmente as semelhanças são evidentes com apenas uma grande diferença: Manteiga há muita no mercado, enquanto Estadistas nem com lupa se encontram!

Já entre a Margarina e os Políticos, ambos abundam e nem aquela diferença existe, para mal da nossa saúde!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Pobrezinhos mas organizadinhos!


Pouco importa a riqueza que a nossa economia, no colete de forças que lhe impõem, pode gerar. De nada importa portanto que a receita que a mesma gera seja pouca ou muita: Quanto maior for a necessidade do Estado, maiores serão os impostos, ponto final.

De que servem então os politicos se não empreendem politicas? Não nos bastariam cobradores de impostos, tribunais para quem prevarica e policias para protegerem ambos?

A despesa do Estado reduzir-se-ia substancialmente e o défice também! O problema resolver-se-ia e iamos directamente para uma nova Idade Média que é aquilo que nos querem fazer crer que merecemos!

Produzir riqueza, que é tão dificil, deixaria de ser um desafio, que de resto nunca cumprimos plenamente, para ficarmos na economia de subsistência e uma feira ou outra, para trocas.

Quem não se ficaria a rir seria a classe politica que, nesses termos, ficaria sem meios de se sustentar, isto é, sem se alapar a um Estado que transfigura as suas necessidades em obrigações contributivas a pretexto de ser um Estado Social.

O que Passos Coelho e sus muchachos estão a fazer é, para além da tentativa de nos recolocarem no subdesenvolvimento, ameaçar também o seu futuro e o dos seus pares!

Para nós pouco importa este dano colateral, mas não será de concluir que a sua (deles) incompetência é tal que nem o seu futuro conseguem acautelar? Ou pior, será que sabem mesmo do que se trata isso do futuro.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Deus e as Pragas; Armação e os Pintos...


Muito se tem comentado e criticado sobre a gestão PSD do concelho de Silves e suas freguesias, donde se destaca Armação de Pêra pela sua visibilidade pública sobretudo durante o veraneio, mas também pela dimensão das verdadeiras atrocidades que por aqui ganham forma de exemplo de tudo o que é incapacidade, incompetência, irresponsabilidade dos seus mais elevados responsáveis.

Dos Presidentes da Câmara até ao Presidente (e porque não Vice-Presidente) da Junta de Freguesia de Armação dos últimos anos, venha o diabo e escolha...

A memória do Povo, diz-se, é curta, mas o mesmo não diz o Povo, nem os profissionais da arte, da memória do turista!

As gestões autárquicas deste concelho e freguesia, sobretudo durante os últimos anos mas não só, têm construído um curriculum impressionante, impar mesmo no que a esta atividade económica diz respeito, como, orgulhosos dos seus "feitos", insistem em apresentar-se ao Povo, para repetir a dose.

Recordemos do que foram capazes e passemos em revista as últimas pragas e os crimes continuados a que Armação tem estado sujeita, assim como os seus visitantes:
 


A praga dos Ratos
A praga das Baratas
A praga do Mosquito
A praga plurianual do crime ambiental continuado


A praga dos politicos de pacotilha

Não fora Deus conceder-nos a extraordinária morfologia e beleza deste território, o sol e o mar e jamais esta gentinha teria sequer a hipótese de existir, quanto mais a possibilidade de terem uma posição de chefia, um posto de responsabilidade pública!

É claro que se Deus não tivesse a suprema inspiração que revelou a quando da criação da Baia de Pêra, jamais esta suprema praga de oportunistas teria onde se amalhar!

A anedota que atribui a Deus a resposta a um critico que o questionava pela desproporção da beleza que atribuía a esta porção de território terrestre bem pode ser adaptada por ter toda a razão de ser:

Terá Deus respondido: “Em tudo haverá equilibrio!Vais ver agora a qualidade dos dirigentes que Eu vou lá pôr!”

Se, por um acaso, achar que votando nos mesmos mangericos poderá obter resultados diferentes, já sabe: vote nos Pintos do PSD.
O mesmo poderá fazer se fôr inimigo de Armação de Pêra!
Os Pintos, limitados, tudo repetiriam, se os deixassem!


Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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Património Natural

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