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Um visitante do blog e apoiante de Paulo Vieira na sua candidatura à Junta de Freguesia de Armação de Pêra que preferiu não se identificar, solicitou-nos a republicação de um post de 17.08.2011, por considerá-lo de plena actualidade e, segundo o mesma fonte, assegura-nos encontrar-se no centro das preocupações e iniciativas a empreender por aquele candidato.
Por todas estas razões decidimos aceitar a republicação:
ALGUMAS VERDADES de LA PALISSE
A visita às grutas é uma actividade ancestral em Armação de Pêra, pelo menos
desde que há pesca artesanal.
(melhor diriamos um passeio ancestral. De acordo com a informação de um visitante
do blog, as visitas com caracter turistico, começaram com a aquisição do
primeiro barco a motor, iniciativas esta e aquelas, da Junta de Turismo, de boa
memória)
A pesca artesanal assegura a captura do pescado da melhor qualidade em
Portugal.
O pescado de Portugal é disputado pelos melhores cozinheiros do mundo e viaja
de avião para muitos dos melhores restaurantes do mundo.
O pescado português tem uma quota parte, inalienável, daquilo que constitui uma
das principais atracções de Portugal: a sua gastronomia.
Armação de Pêra é uma estância turística importante no Algarve que atrai
centenas de milhares de forasteiros, nacionais e estrangeiros.
O Algarve é um pólo de atracção turística dos mais importantes do pais.
O Turismo é a principal industria exportadora de Portugal, decisiva para a sua
economia e a de todos nós sendo a que mais contribui para o equilíbrio da
balança comercial
Só com o desenvolvimento económico de Portugal poderemos ter um pais
sustentável, uma carga fiscal e um nível de desemprego aceitáveis.
A dimensão da nossa economia e a incapacidade de investimento dos agentes
económicos portugueses são de tal forma exíguos que carecem decisivamente de
investimento estrangeiro para poder crescer por forma a fomentar a riqueza
compaginável com os níveis de bem estar e de consumo que apaixonaram os
portugueses nos últimos 25 anos.
A exiguidade da actividade económica e portanto da economia foi sendo
substituida pela despesa do estado à conta da distribuição dos fundos europeus
que praticamente esgotámos e do endividamento do estado que não é mais possível
obter.
Portugal encontra-se, pela primeira vez na sua história, confrontado consigo
próprio e com as suas limitações, esgotadas que se encontram todas as
possibilidades de sustentar-se à conta de riqueza alheia (mais território, o
açúcar, as especiarias, o ouro, as remessas dos emigrantes, os fundos europeus
e por fim o crédito, esgotaram-se).
Restam-lhe os recursos próprios, com principal destaque, uma vez que outras
riquezas naturais não beneficiaram o território dos portugueses, para aqueles
que melhores mais valias poderão gerar: os recursos humanos.
ALGUMAS CONCLUSÕES de LA PALISSE
A Praia, as grutas, Armação de Pêra, os pescadores e a pesca artesanal são
anteriores às concessões de Praia, à Policia Marítima e à lei que obriga as
embarcações a, somente adentro dos corredores de navegação, poderem estar a
menos de 300 metros da areia.
A pesca artesanal é uma actividade profissional que atraí cada vez menos
interessados porquanto é uma profissão de risco, com custos certos e receitas
incertas, condicionada pelas condições climatéricas como pela incapacidade dos
responsáveis para organizarem e implementarem formas mais eficientes tendentes
à optimização do contributo para a economia desta actividade económica
ancestral.
Sendo certa e sabida a importância da sua contribuição para o património que é
a nossa gastronomia e a enormidade do défice comercial entre o pescado que
consumimos, importado (só os japoneses consomem mais peixe per capita que os
portugueses) e aquele que capturamos.
Profissionais liberais, os pescadores como outros, que são daqueles que, dentro
do sistema (legal e fiscal) menos beneficiam do Estado social (não têm garantia
de emprego, nem garantia no desemprego).
As visitas às grutas não são, economicamente, suficientemente interessantes
para motivarem agentes económicos a empreenderem a sua exploração empresarial.
As visitas às grutas são provavelmente, a única oferta de interesse turístico
de Armação de Pêra, para além do Sol e Praia.
Constituem por isso, durante um período muito curto em que gozam de alguma
procura, uma garantia de emprego (actividade) para aqueles cuja actividade não
passa de um subemprego (a pesca artesanal).
Sendo que o resultado desta prestação de serviços privada beneficia Armação de
Pêra ajudando na paupérrima oferta turística de que dispõe e ajudando esta,
ajuda o Algarve a continuar a ser um destino turístico importante que contribui
decisivamente para a principal industria exportadora nacional a qual resiste
estoicamente ao natural défice da balança comercial de Portugal com o exterior,
dadas as profundas limitações da nossa economia, dos nossos agentes económicos
e agora do estado muito mais limitado no apoio aos mesmos, em anulá-lo e, muito
mais em invertê-lo em nosso favor.
Portugal só sairá do atoleiro em que se encontra com a optimização da soma dos
contributos individuais na produção de mais riqueza para ter muito mais
economia.
Para isso é importante produzir mais e melhor, mas tão importante quanto isso é
haver sintonia criativa e cúmplice entre aqueles que produzem e querem produzir
mais e aqueles que, dispondo de poderes públicos têm dos mesmos uma concepção
exclusiva de poder que se afirma sobretudo pelo seu exercício e evidenciação
repressiva e ou majestática, em vez de o assumirem como factor contributivo da
facilitação na criação de riqueza, ao serviço da comunidade e também da
economia.
Sem perderem os fins sociais para que foram criados, integrarem-se no aparelho
produtivo, ao seu nível e no âmbito das suas funções.
É claro que o desenvolvimento económico, num estado de direito democrático, não
é incompatível com a segurança das pessoas. Nem a lei é feita para ser
pervertida. Mas a lei é também senão sobretudo, um instrumento de
desenvolvimento que se cria na medida das necessidades na comunidade,
alterando-se ou complementando-se as vezes que forem necessárias à sua
adequação à realidade e às necessidades.
Ora, os corredores de nevegação foram criados para segurança dos banhistas
protegendo-os sobretudo de embarcações de recreio perigosas como as motas de
àgua, como é bem de ver e não para embarcações de pesca, bem visiveis, lentas e
conduzidas com mestria por profissionais.
Mas, mesmo assim, é sempre possível criar mais corredores de navegação, onde os
profissionais na condução das embarcações possam desenvolver a sua actividade
económica de relevância com mais eficiência e eficácia.
E a Policia Marítima, em vez de ser parte do problema, porque é sustentada pela
comunidade dos contribuintes, pode bem virar as suas peças de artilharia para
atacar as soluções, empenhando-se por dar resposta, ou contribuir decisivamente
para a resposta a estas necessidades. Afinal é também uma questão de segurança.
Só que deste modo uma segurança preventiva e não um exercicio puro e duro de
autoritarismo.
DE NOVO VERDADES de LA PALISSE
Os portugueses já são os contribuintes sujeitos à maior carga fiscal na Europa.
Só com mais economia poderemos ter melhor receita e, por essa via, uma carga
fiscal aceitável.
Todos e cada um dos portugueses tem de fazer melhor a sua parte!
Não faças amanhã aquilo que podes fazer hoje!!!