O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
domingo, 13 de junho de 2010
Toldos:Junta de Freguesia de Armação de Pêra completamente à deriva!
Pelas piores razões, uma vez mais, o nosso presidente volta aos tablóides. Diga-se em abono da verdade que, desta vez, não está sozinho. Estará com ele, no mínimo a entidade que lançou o concurso publico para a concessão das praias e, ou, o tribunal que julgou a impugnação do concurso.
A estória é curta: A Junta de Freguesia, que era a anterior concessionária dos três apoios, exerceu o direito de preferência sobre a proposta vencedora e as concessões voltaram a ser-lhe atribuídas.
Sucedeu porém que o respectivo concurso público foi impugnado. Quando assim é, há que aguardar pelas decisões judiciais. Mas, a partir do momento em que haja uma resposta judicial, o concessionário tem um prazo de 10 dias para começar a funcionar.
A Junta foi notificada da decisão "já na passada segunda--feira" garantiu o comandante da Capitania de Portimão Cruz Martins, publicamente à imprensa, dispondo de 10 dias para proceder à instalação.
Tendo sido notificada na segunda-feira, dia 7 de Junho, a junta tem prazo até 17 de Junho para colocar as suas concessões operacionais.
Isto do ponto de vista formal e se nada mais houver com que, todos os intervenientes, tivessem com que se preocupar!
A economia da região, designadamente a actividade turística em que assenta no seu essencial, e os cidadãos utentes, que se danem, no meio desta engrenagem.
Não existe nenhuma razão para a junta, uma vez notificada a 7 de Junho, não ter já montado os toldos e assegurado a vigilância nas suas concessões.
É certo que dispõe de prazo legal para isso, mas a junta não é um concessionário qualquer, é a única estrutura administrativa e politica da Vila e tem especiais obrigações decorrentes da lei.
Nesse sentido tem o dever de, quer enquanto junta, órgão executivo da freguesia, cooperar com os interesses económicos da freguesia, assegurando de forma pronta os equipamentos aos turistas, quer enquanto mera concessionária, assegurando de igual forma os equipamentos aos seus clientes.
E não pode dizer que a impugnação do concurso lhe trouxe uma indefinição à sua condição de concessionário, uma vez que usou do seu direito de preferência, que lhe assiste por direito próprio, razão pela qual tinha todas as condições para estar pronta para, uma vez notificada, cumprir de imediato as suas obrigações de concessionário.
Muito menos pode “entupir” revelando a total ausência de critério para atribuição dos toldos aos inscritos.
De facto um critério, só depende de um trabalho prévio de criação. Não depende de qualquer concurso publico, de impugnações, sentenças ou capitanias!
Acreditamos que a redução inevitável do número de toldos tenha criado algum acréscimo de dores de cabeça ao nosso presidente. Mas se o senhor lesse com mais atenção este Síto, teria percebido que o número de toldos existente era ilegal!
Conhecimento, atenção, dedicação e eficiência não são realmente o forte desta Junta de Freguesia. Mas isso já todos sabíamos!
Aquilo em que nem queremos acreditar é que a Junta não cumpra deveres elementares como o da publicação atempada de editais publicitando o concurso público das concessões! De facto, já depois da postagem deste texto, fomos alertados por um comentário de Luís Ricardo acerca de uma possível "panelinha" que a existir, não só não é própria de um Presidente eleito, como é moralmente execrável, politicamente condenável e legalmente inadmissível.
Em qualquer dos casos, são já demais os "casos" relativos às concessões, razão pela qual não é admissível que se repitam.
Já a presidência, que se repetiu,por via da lei está garantido que não volta a acontecer!
Até lá, à próxima presidência, seria útil que as forças vivas da Vila, denunciassem publicamente com a antecedência possível situações anómalas. No interesse da terra e de todos!
A Capitania do Porto de Portimão, por seu lado, não pode invocar o exercício de um direito (o da impugnação) por parte de um concorrente, como justificação para que a época balnear não se inicie sem reunir todas as condições impostas aos concessionários.
Sabendo como sabe que este direito dos concorrentes existe e que o mesmo tem de ser dirimido nos tribunais, deveria ter lançado o concurso com maior antecedência por forma a que o que sucedeu não viesse a suceder com prejuízo da data de inicio da época balnear.
É sempre fácil escudarmo-nos nos formalismos que a lei impõe para o exercício de direitos, mais difícil é administrar prudentemente as atribuições de que se dispõe com as cautelas exigidas, antevendo a salvaguarda dos interesses principais, que são os dos utentes, que no caso ainda são aqueles que asseguram a principal actividade económica do Algarve e continua a constituir (o turismo) a principal exportadora do pais, que tem a balança comercial com o exterior, que bem conhecemos.
O Tribunal competente que julgou a impugnação, desconhecendo nós qual foi o “timing” da decisão, poderá ou não ter também alguma responsabilidade na data da decisão.
O que resulta evidente em toda esta estória é que o nosso pais (o orçamento geral do Estado) suporta custos para além dos que uma gestão eficiente necessitaria e continua a dar aos utentes uma prestação atabalhoada e, em muitos casos, terceiromundista.
Uma cultura de respeito pelos utentes, pelos consumidores, pelos contribuintes, pelos eleitores, seria, como inspiradora de outras medidas, um excelente contributo para a redução da despesa que tanto atormenta esta economia e todos nós.
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16 comentários:
Ou a estória está mal contada, ou então existe um desconhecimento total sobre as tramóias que levaram à impugnação do primeiro concurso para a concessões balneares da praia de Armação de Pêra. Para que se não arranjem desculpas nem artimanhas, ou bodes expiatórios. Convém recordar, que o primeiro concurso publico, foi semi-clandestino. Os editais que deveriam anunciar publicamente, as condições e prazos para o referido concurso, não foram tornados públicos, não foram afixados nos locais próprios para consulta dos interessados e do publico em geral. Mas eles eram do conhecimento clandestino de alguns elementos e até da Junta de Freguesia, tanto é: que apresentaram propostas de adjudicação das referidas concessões à Capitania do Porto de Portimão. Passados 3 dias, depois do prazo ter terminado, soubesse secretamente que o concurso havia acontecido e o seu prazo já tinha expirado. Por estas razões de sonegação da informação publica, em que a Junta de Freguesia é a responsável principal, não só porque é a autoridade administrativa da localidade, mas também por ser parte interessada nas respectivas explorações e ainda por ter a responsabilidade de tornar públicos todos os editais, ofícios, ou documentos para o conhecimento da população em geral. Em virtude destas graves anomalias, alguns dos interessados, sentindo-se ludibriados, recorreram aos tribunais para impugnar o referido concurso, que de publico nada tinha. Muito magnânimo foi o Meritíssimo Juiz que determinou reconhecer à Junta de Freguesia o direito de opção, depois desta trapalhada antidemocrática e pouco séria.
É pois, com o único intuito de por a claro alguns factos menos claros, que são nucleares neste processo e que podem vir a ser deturpados em argumentações demagógicas, de rua ou de café.
Ora ai está fio da meada.
Isto é só um pingo no oceano.
Isto é só um pingo no oceano... vejam também a pouca vergonha das concessões da bancada de peixe no Mercado...
Silves: Autarquia organiza «Férias Super Fixe Verão 2010»
A Câmara Municipal de Silves (CMS) vai organizar, entre 21 de Junho e 30 de Julho, em períodos de seis semanas, o projecto «Férias Super Fixe Verão 2010», com diversas acções de ocupação dos tempos livres para crianças e jovens,
De acordo com a autarquia, as actividades vão envolver uma centena de jovens entre os 6 e os 12 anos em cada semana, encontrando-se, neste momento, as inscrições já lotadas.
Cinema, actividades de aventura, piscina, praia, workshops, canoagem, windsurf, hip-hop, equitação, mini-golfe, capoeira e visitas a vários locais são, entre outras, algumas das acções previstas.
Este projecto terminará com uma festa de encerramento, no dia 30 Julho, às 14:00 horas, com insufláveis, pinturas faciais, dança, karaoke.
Realmente nesta terra parece que tudo funciona pela porta do cavalo.
Podem informar-me se o relatório de contas de 2009 da junta de freguesia foi aprovado na assembleia de freguesia?
Em resposta ao comentário do Sr Cabrita, eu, membro da Assembleia de Freguesia, informo-o que as contas de gerência relativas ao ano de 2009, e que, pelo Regimento aprovado e em vigor, deveriam ser apresentadas em reunião ordinária até aos finais de Abril do corrente ano (2010) ainda não foram apresentadas.
Quero aproveitar este meu comentário para me insurgir muito veemente pela atitude do "Comissário de Propaganda" da Câmara Municipal de Silves, que quando os assuntos e comentários em discussão lhes são incomodativos, utiliza a estratégia Pidesca de inserir comentários evasivos e desviantes do assunto em questão. Como cidadão desta terra exijo respeito e urbanidade pelos assuntos em discussão, que a propaganda das actividades seja publicitada nos locais próprios e que não sirva de estratégia dissuasora como barreira de fumo para esconder o essencial. Sugiro ao administrador do Blogue que não permita esta prática antidemocrática e castradora da livre discussão dos verdadeiros assuntos de interesse a Armação de Pêra e à sua comunidade.
Na Biblioteca MunicipalOS TRÊS TERRÍVEIS PORQUINHOS SÃO MOTE DE OFICINA CRIATIVA
A Câmara Municipal de Silves organiza, no próximo dia 19 de Junho, a oficina criativa “Os três terríveis porquinhos”. A acção, integrada na iniciativa “Aqui há sábado!” irá ter lugar na Biblioteca Municipal, pelas16 horas.
Esta oficina, dirigida a pais e filhos, é inspirada na obra de Liz Pichon – integrada no Plano Nacional de Leitura, na vertente de literatura infantil contemporânea -, e recria de uma forma muito original e humorística a conhecida história dos três porquinhos, numa abordagem que se desvia totalmente do conto tradicional pela troca de papéis entre os protagonistas associados ao bem e ao mal, transformando porquinhos ingénuos em traquinas e um lobo mau em animal simpático e atencioso.
De referir que a acção “Aqui há sábado!”, termina o ciclo de oficinas deste mês no próximo dia 26 de Junho com a abordagem das obras “Que aguaceiro” de Raquel Saiz e Maja Celija e “Princesas, esquecidas desaparecidas” de Philippe Lechermeier.
Para mais informações os interessados deverão contactar a Biblioteca Municipal (Divisão de Educação, Cultura, Turismo e Património), através do telefone 282 442 112 ou do endereço electrónico biblioteca@cm-silves.pt.
Afinal quais vão ser os critérios para atribuição dos toldes?
Afinal quem é que revela a panelinha das bancadas de venda do peixe no mercado?
Essa é a pergunta que todos fazem diáriamente na nossa junta.
Dificil é obter resposta,ou impossivel.
Parece mentira,mas não é,em Armação de Pêra é mesmo assim, vivemos há anos uma realidade à margem da lógica.
Deixem o homem da mão que já não pode com uma gata pelo rabo. Arranjem é alguém para o substituir e que tome já posições sempre que se justifique, que isto de ser presidente também não é coisa mole.
Substituir toda a equipa,pois está bem à vista o que valem.
Tanto falaram nos jovens competentes que tinham na equipa,onde estão eles agora???
Estão na praia a jogar futebol que isto de trabalhar cansa
Estas equipas maravilha são um espanto.
Jovens competentes com carreiras promissoras,que dão a cara por quem os ampara.
Gente cheia de força de vontade e ao mesmo tempo sem vontade nenhuma de fazer força!
Confuso?
Não ,mais da mesma m...
Esta história dos toldos é o reflexo do estado do pardieiro em que vivemos.Fui á Junta fazer a inscrição,passados uns dias uma empregada disse que o meu nome não estava na lista dela...naturalmente estaria na da colega.Para mim devem de existir a lista do presidente da Junta,da presidente da Câmara de Silves,uma de uma empregada e outra,da outra empregada...No meio desta caldeirada toda pergunto:ONDE É QUE AS PESSOAS VÃO POR AS SONBRINHAS NA PRAIA?TERÃO TODOS DE PAGAR UM TOLDO?
Quais são as prioridades para atribuição de toldos?
Armação igual a Portugal em ponto pequeno
Caros amigos, também eu fiz a inscrição para os toldos durante o mês de Agosto e até hoje nada....
Ontem segiram dois faxes para a Junta e nada.....O Presidente estava reunido ou não estava ou como é normal não respondem.
Curioso é que verifiquei que toldos, nomeadamente na praia do MiniGolfe, são usados por estrangeiros. Nada tenho contra os senhores, mas será que fizeram reserva em Junho, ou será que foram os hoteis ? E quem paga os seus impostos e contribuições para o municipio em que fica ? Quais os critérios...... e espero que com toda esta situação tenham sido colocados os lava-pés os duches etc ...... Mas já agora quando responder ao fax, responda também ao que enviei á cerca de 3 anos e continua sem resposta
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