O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

terça-feira, 25 de março de 2008

ÁGUAS DO ALGARVE

Estas águas não são do Algarve!
A ribeira do Barranco do Olival, que vai desaguar à praia, continua cheia de água suja, tresandando um cheiro desagradável, especialmente junto à estação elevatória de esgotos, situada na margem direita do Barranco do Vale de Olival.
A causa, parece resultar da falta de capacidade da estação elevatória que faz descargas para a linha de água.

Esta situação que acontece, invariavelmente todos os Verões, há mais de dez anos, é também frequente nos restantes meses do ano, como se pode comprovar pelas fotos que postamos.

Aquela água da ribeira vai desaguar directamente na praia, situada no extremo ocidental de Armação de Pêra, e com ela vem toda a sorte de porcarias para o areal.

A Câmara de Silves quando instada pelos cidadãos face a estas circunstâncias costuma atribuir a responsabilidade à estação elevatória que é da competência das Águas do Algarve.
As Águas do Algarve por sua vez, quando instada por reclamações legitimas, responde que só em caso de avaria aquele equipamento faria uma descarga.

O vice-presidente da autarquia, Rogério Pinto, já “resolveu”, pelo menos uma vez o problema, em Setembro de 2007, aterrando a linha de água, “para inglês ver”.

E assim vão as infraestruturas em Armação de Pêra. As soluções que se reclamam afinal, são da responsabilidade de quem?
As estruturas locais são sobretudo exímias em alijar responsabilidades e peritas no jogo do empurra.
As estruturas regionais jogam no mesmo “team”.
Provavelmente estão a fazer o jogo da concorrência do sul de Espanha, quais “Conde Andeiro”!
Estas Águas do Algarve, não são, mesmo, do Algarve!

8 comentários:

Anónimo disse...

Terá o IRAR conhecimento desta situação?

Anónimo disse...

E o que faz a Lisete Romão como responsável pela autoridade de saúde?
Quando o esgoto escorre para a praia não põe em, causa a saúde pública?
O empoçamento de esgoto na ribeira não é um foco de desenvolvimento de vectores?
As larvas dos mosquito onde é que se desenvolvem?
Ainda não temos Dengue em Portugal porque o mosquito ainda não encontrou as condições necessárias , mas com estas autoridades será que podemos nós cidadãos ficar descansados?

Anónimo disse...

Queremos ser salvos viva o Conde de Andeiro, integração em Espanha já!

Anónimo disse...

Rosário Santos, acredite que ainda que assim fosse ou venha a ser, o Algarve não mereçe, nem os espanhois o permitiriam.
As àguas do Algarve não teriam sossego, de igual forma.
Só que, com a gestão espanhola, não se atreveriam a tanto desleixo.

Anónimo disse...

Até que enfim entenderam que a responsabilidade desta situação não é da Dra Isabel Soares

Anónimo disse...

O que a D. Adelina Capelo escreve cheira mais mal do que os detritos do barranco de Vale de Olival.

Anónimo disse...

Adelina

Foi nisto que a tua prima Isabel nos transformou.

http://clix.semanal.expresso.pt/unica/vidas.asp?edition=1847&articleid=ES284742&subsection=Portugal%20a%20pé

Notícia do jornal expresso

Portugal a pé
De Silves a Norinha

Chegara a Silves - a pré-histórica, a romana, a mourisca, ex-capital do Algarve e da cortiça - pela ponte velha, um pé elástico na perna direita, a mochila aos bamboleios, o cabelo em desalinho, irritado com a corrida insensata das viaturas contra os sinais de abrandamento da velocidade.

Procurara abrigo numa tasca tristonha a tempo de ver um indivíduo de plástico na cabeça sair com uma garrafa de Sumol cheia de vinho branco debaixo do braço. «Aguardente de medronho?», perguntara-me a dona em azedume. «Isso é muito caro. Você não vai querer pagar dois euros pela aguardente... e só posso encher até aqui.» Marcou um risco com os dedos. «E vá lá que eu quero fechar...»

Depois de cirandar pelas ameias cor de chocolate do castelo e de escutar Rui, o acordeonista cego, umas cisternas e alguns achados arqueológicos mais tarde, uma visita apressada às cavalariças onde funciona a GNR local, perguntara-me o que seria preciso para alguém reparar o telhado da Sé. «Está todo desdentado. A Câmara não tem dinheiro, o Estado diz que também não. Quando cair uma telha em cima de um turista estrangeiro, a ver se não aparece o dinheiro», comentava uma residente.

Farto de ouvir falar em doenças, nos últimos três falecidos na cidade e na meia da Madeleine McCain «encontrada» na Barragem do Arade, bati em retirada de um café e refugiei-me na barbearia do Chico «Cadela», um pedaço da velha Silves incrustado na cidade dos turistas: «O meu primeiro mestre foi o Joaquim Baião, o segundo foi o Tomé Calhau. Sou do tempo em que Silves tinha 16 barbearias, quatro equipas de futebol e muita cortiça. Trabalhava as manhãs e as tardes.» Agora, ninguém está para cortar o cabelo a cinco euros ou fazer a barba a três. «Vai tudo às cabeleireiras. Já me aborrece isto. É uma vida marafada.»
Deixo Chico, aliás Francisco António, 67 anos, nascido na freguesia rural de Falacho, entregue às inquietações de barbeiro solitário - «estou sozinho, elas só querem dinheiro» - e faço-me aos 17 quilómetros de laranjais que separam Silves de São Bartolomeu de Messines, por entre bermas quase inexistentes ou cobertas de arbustos. Escala: Taberna da Norinha, em Norinha, onde o pastor Paulo Duarte, 31 anos, enrola tabaco numa mortalha e assume as despesas da conversa. «Já trabalhei na construção, mas aqui é que eu gosto de estar, no campo. Não gosta do campo?» Compro uma mini e deixo-me ficar sentado, na esplanada da Taberna da Norinha, observando os carros que atravessam apressadamente a EN24 em demanda de Silves e da civilização. «Em ficando aqui, eu mostro-lhe as minhas ovelhas», promete Paulo, o pastor.

Anónimo disse...

Como é possível o funcionamento de restaurantes ao lado de esgotos a céu aberto?
Será que que restaurantes estão ilegais?
A Câmara não está a cobrar as licenças?
Se cobra as licenças não tem a obrigação de proporcionar as condições ideais de salvaguarda da saúde pública?
O que faz a Delegação de saúde no sentido de evitar o aparecimento de problemas de saúde pública?
A ASAE não terá que intervir no sentido de apurar quem é responsável por esta lamentável situação?
A Câmara cobra pelos licenciamentos e não dá nada em troca?
Não defende a saúde pública nem a imagem da praia de Armação de Pera?
Quem acode a Armação de Pera, a "jóia da coroa", como diz a senhora presidente?

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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