Enquanto Neil Alden Armstrong pisava o solo lunar e tinha lugar em Woodstock aquele que viria a ser o histórico festival de musica rock, ainda se discutia em Portugal se seria moral e, ou mesmo, legal o uso das calças pela mulher. Decorria então o ano de 1969!
Por cá “sentíamos” o maior sismo que ocorreu em Portugal desde 1755, que podia ter feito desaparecer o Algarve do mapa, não tivesse o epicentro ocorrido no mar. Foi ano de eleições em Portugal, numa altura em que ganhavam sempre os mesmos!
Era assim a sociedade portuguesa há 41 anos.
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Entretanto, ainda hoje no Sudão: 20 chicotadas por vestir calças de ganga
Um tribunal sudanês condenou duas mulheres a 20 chicotadas cada uma, por vestirem calças de ganga e não cobrirem o cabelo.
Fontes oficiais explicaram que os advogados das duas condenadas recorreram da sentença emitida pelo Tribunal de Kartum Este, que também condenou as mulheres a uma multa de 250 libras sudanesas (66 euros).
As duas mulheres tinham sido detidas juntamente com a jornalista Lubna Husein, em Julho, cujo caso se tornou famoso dentro e fora do Sudão.
Depois da sentença de quinta-feira, Lubna Husein explicou aos jornalistas que, quando foi detida num café em Kartum, estava com outras 12 mulheres.
Dez dessas mulheres foram castigadas com chicotadas no local e as restantes foram levadas a tribunal.
Lubna Husein for presa a 07 de Setembro por se ter negado a pagar a multa de 200 dólares (133 euros) por ter usado calças, o que é considerado "imoral" pela lei sudanesa.
Um dia depois foi libertada, porque a Federação de Jornalistas Sudaneses pagou aquele montante, um gesto com que a jornalista se mostrou em desacordo, uma vez que ninguém lhe pediu permissão para o fazer.
Lubna Husein foi julgada ao abrigo da cláusula 152 de uma norma que estipula que "toda a pessoa que se comporte com conduta imoral ou se apresente em público com um vestuário contrário à decência será castigado com 40 chicotadas e o pagamento de uma multa".
A jornalista trabalhava no gabinete de imprensa da missão das Nações Unidas em Kartum mas decidiu renunciar ao seu emprego e à imunidade de que gozava para enfrentar a Justiça do seu país e conseguir a revogação dessa lei.
Jornal de Noticias, 23.10.09
O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
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2 comentários:
Gandas mulheres!
No Inverno de 1969/70 (eventualmente, 70/71) em que as calças Levi's e Wrangler aparecerem em Portugal e começámos a levá-las vestidas para o Liceu, éramos chamadas ao Reitor. Teve de vir um Despacho do Ministro da Educação a alegar que, por razões climáticas, poderíamos andar de calças...até à Páscoa. O regime salvou a face e nós continuámos a usar calças para lá da Páscoa ...até hoje
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