Certo tipo de comentários a que temos acesso na sequência da ultima postagem a propósito da associação AMIGOS DE ARMAÇÃO, constituem uma evidente reacção de cidadãos vitimas de apatia.
José Adelino Maltez, professor de ciência politica define assim apatia: “Estado de indiferença ou de falta de interesse face ao processo de participação política.
A atitude é favorecida nos regimes autoritários, como o salazarista, onde se considerava que quem não estava contra, era a favor da situação, ao contrário dos modelos autoritários, onde quem não se manifesta a favor da situação pode ser considerado opositor. “.
Alguns apáticos, confrontados com a participação política, em sentido amplo, dos seus concidadãos, em vez de se sentirem estimulados, desdenham da acção, sempre generosa, ainda que se prossigam, por conexão, também interesses particulares (o que de resto não parece, pela sua própria natureza, ser o caso da associação dos Amigos de Armação), confessando-se assim, sem quererem, incapazes de agir.Apáticos!

Num caso ou noutro, o desvario chega mesmo ao “racismo” social, o que, convenhamos não está com nada!
Não está com nada, se o pressuposto for um debate civilizado e elevado de idéias.
Assim, aproveitando uma quasi lenda acerca da lógica salazarista expressa a quando da avaliação pelo próprio, da entrada no mercado português da famosa Coca-cola: “O produto ou é aquilo que consta do rótulo e não interessa ou não é aquilo que consta do rótulo, logo não interessa.”, poderemos dizer o mesmo, isto é, se os comentadores com os seus comentários pretendem estar no “jogo” da participação,no "estilo" evidenciado, não estão mesmo com nada!
Se, pelo contrario o seu objectivo não se encontra no “jogo” da participação, então não só não estão com nada como estão completamente fora de qualquer jogo civilizado, não passando os seus comentários de meras injurias ou difamações!
Enfim, crimes, reles!
Não deixaremos no entanto, com uma ou outra excepção, de permitir que os mesmos permaneçam nos respectivos posts porquanto estamos convictos que essa atitude será aquela que pedagogicamente é a mais aconselhável.