O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

domingo, 28 de março de 2010

Sem comentários....



Este documento apresentado sob o título "sem comentários", porquanto, suscitando um sem número de lugares já comuns, pode dar-se ao luxo (caríssimo) de prescindir deles.

Uma recente notícia porém, publicada no Expresso, talvez menos comum, mas nem por isso menos importante, pode contribuir para o adensar dos comentários que não se fazem mas se intuem...

Estudo Um em cada cinco portugueses sofre de uma doença mental, prevalência entre as mais altas da Europa. O alerta é dado no primeiro retrato da saude mental em Portugal, apresentado na terça-feira. A ansiedade é mais frequente e as mulheres e os jovens os grupos mais atingidos. É ainda revelado que há doentes que só iniciam o tratamento ao fim de cinco anos.(sic)

4 comentários:

Carla disse...

Oa trabalhos de casa não são obrigatórios para ninguém.Certamente que o professor a quem foi enviado o recado assim entenderá e não levantará problemas. Agora o que resta saber é se os trabalhos de casa não terão uma função de alguma responsabilização para o aluno e quiça também para os pais.É que sem trabalho nada se consegue e se não há uma responsabilização pós aulas, como é que a criança irá conseguindo entender que precisa de complementar o que faz na escola, para poder crescer equilibradamente pessoal e socialmente? Bom, se a mãe não quer, eu no caso do (a) professor (a), acabava com eles e o que viesse a suceder depois teria que ser bem contextualizado com a mãe. Ninguém manda mais nos seus filhos do que os pais e por isso façam favor de ser felizes com as opções que tomam, mas não venham depois com histórias das que se se conhecem há muito.

Maisdoqueisso disse...

Os alertas são dados e muito bem, mas será que os trabalhos de casa são a culpa da questão? Eu pergunto se tanta dor de cabeça, não terá raízes bem mais profundas. Na verdade, o povo português tem atravessado ondas de quereres políticos que se desfazem e voltam a refazer-se tendo em conta apenas horizontes egocentristas que não contemplam quem elege tão altos representantes dessas políticas. O que se tem visto não tem sido mais do que o adensar de um nevoeiro sobre uma liberdade ganha e perdida pela forma mal vivida como foi entendida, e hoje olha-se e vê-se apenas o horizonte perdido do que poderia ser hoje um grande país após a queda de um governo que muito adulterou as mentes, mas não as vontades. Tudo isto para dizer que as dores de cabeça surgem porque economicamente as famílias não estão bem. Não têm respostas para suprir dificuldades a todos os níveis. A falta de emprego grassa. O desemprego dá-lhe a mão. Os emigrantes chegam e desesperam. Os filhos estão entregues a si mesmos desde tenra idade, e o resultado é um crescer na corda bamba, que não raramente mostra como está tudo a ir por água a baixo. São adultos que se matam. São adultos que se suicidam. São jovens que se suicidam. São crianças que se suicidam. São assaltos que não acabam. São violações constantes das pessoas e bens.De quem é a culpa? Dos trabalhos de casa que vão da escola? Fraca desculpa para tão grande gato escondido com rabo de fora. Onde vamos parar se não responsabilizarmos verdadeiramente os culpados?

Anónimo disse...

...verdade se diga que a proposta para comentário, é vazia e como tal desprovida de interesse

joãoratão disse...

Sou mãe de seis adolescentes. Os trabalhos de casa sempre fizeram parte do dia a dia dos meus filhos. JAMAIS DESCOLORIRAM A SUA BOA DISPOSIÇÃO, PORQUE SEMPRE OS ENSINEI A SER RESPONSÁVEIS. RESPONSABILIDADE VERSA EDUCAÇÃO, E ESSA COMEÇA EM CASA. OS VALORES TRANSMITEM-SE SEM DORES DE CABEÇA, PORQUE ESSAS NÃO SURGEM DAQUILO QUE É CORRECTO. QUEM NÃO PERPÉCTUA NOS SEUS FILHOS OS ENSINAMENTOS DO EQUILIBRIO DAS COISAS, JAMAIS PODERÁ TER FILHOS EQUILIBRADOS. tAMBÉM NUNCA PODERÁ EXIGIR-LHES MAIS DO QUE AQUILO QUE LHES DEU COMO VALORES.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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