O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

terça-feira, 8 de março de 2011

Carnaval: Em Armação o Poder Local, poucochinho, a Nú!

O corso de Armação de Pêra esteve para não se realizar, ontem, por a GNR não ter sido avisada. De acordo com Sónia Oliveira, da associação Amigos de Armação de Pêra, o aviso devia ter sido feito pela junta de freguesia local, que entretanto decidiu não realizar o corso. Este foi organizado pela população e a GNR acabou por permiti-lo.

Correio da Manhã



No Carnaval, diz o povo, ninguém leva a mal. Levando a preceito este adágio popular o Poder Local desnudou-se e mostrou despudoradamente as suas partes mais intimas.

O episódio representado pela falta intencional de comunicação à GNR do percurso do Corso Carnavalesco, protagonizado pelo Snr. Fernando Santiago é bem esclarecedor da qualidade, responsabilidade, dimensão e formação do homem que foi eleito para presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pêra.

A Snra Presidenta do Município, que alinhou pelo mesmo diapasão, se não tiver dado mesmo o mote, revelou-se igualmente, igual a si própria, esclarecendo que, quando ela não brinca ao Carnaval, ninguém mais o pode fazer.

Todos ficámos a saber, em Armação de Pêra, que a grandiosidade relativa do nosso Carnaval se fica a dever, em exclusivo, à elite dos Foliões: Presidenta da Câmara e Presidente da Junta de Freguesia.

Mais ficámos a saber que o Carnaval é uma arma de arremesso para o poder político concelhio.

Por isso concluímos que, para aqueles Pantomineiros, ou nos portamos bem durante o ano, ou não temos Carnaval.

Excepção feita é claro, em anos pré eleitorais, onde se torna necessário desfilarem a exuberância da sua classe e dar uma nota de popularidade, o que só é possível com banhos de multidão.

O que para eles não é possível usufruir, senão... no Carnaval.

Ora, sabendo nós que estas figurinhas não vão mais eleger-se (dadas as limitações impostas legalmente ao número de mandatos) os banhos de multidão tornaram-se desnecessários e a popularidade seguiu pelo mesmo caminho.

A arrogância do poder local por conseguinte, perdeu o verniz e transbordou...no Carnaval!

Porque será que a nudez deste Poder Local, apesar das múltiplas operações plásticas, não nos surpreendeu?

domingo, 6 de março de 2011

Armação de Pêra: Carnaval Trapalhão 2011











Armação de Pêra: Carnaval Trapalhão 2011









Armação de Pêra: Carnaval Trapalhão arranca apesar do boicote!

Enquanto os foliões desesperavam pela ordem de partida e o povo aguardava o desfile, outros "carnavais" ainda se iriam passar...





As horas iam passando e nunca mais chegava a autorização para o desfile passar pela zona pedonal.Um cavalo inesperado porém vê-se na companhia de outro dois...



Ficou claro para todos que Isabel Soares e o Fernando Santiago não queriam mesmo Carnaval em Armação de Pêra pois não autorizavam a passagem pela zona pedonal...

As negociações prosseguiam mas em vão. O desfile vai ter mesmo que prosseguir pelo interior da Vila. Eram já quase cinco horas e o povo desesperava sem perceber o que se passava.

Finalmente o desfile lá arrancou, passando por onde o deixaram aqueles que o usaram quando lhes convinha e proibiram a sua exuberância quando já nada, com ele, tinham a ganhar.

O Bal Masqué de boa memória e o escabroso Baile de Máscaras quotidiano!


Lá pelos idos de 60 tinha lugar no Casino de Armação de Pêra uma folia comum no “programa” de Verão em Armação de Pêra: O Baile Masqué!


Era um dia diferente, muito divertido, que mobilizava a juventude em veraneio para uma noite de verdadeiras mascaradas, anualmente, lá pela segunda quinzena de Agosto.


Não terá sido, no Casino que conhecemos, a origem remota dos Bailes de Carnaval em Armação de Pêra porquanto este equipamento veio a suceder ao Casino Velho onde já se brincava o Carnaval, sob esta ou outra designação.


Diferente de um Carnaval ou de um desfile de máscaras, tratava-se essencialmente de um baile para o qual as pessoas se adereçavam com vestes da personagem que escolhiam representar, usando uma máscara para ocultar a sua identidade, permitindo-se assim, nalguns casos, comportamentos diversos e até excessivos (no melhor que o termo pode comportar). O Baile de Máscaras!


O Baile Masqué, termo misto do português e francês, constitui uma invocação do célebre Bal Masqué cuja origem, francesa, se perde no tempo, havendo quem o tenha encontrado na própria Idade Média, nos salões da aristocracia embora tenha atingido a popularização durante a Renascença.


Há também quem lhe atribua a incorporação, então pela mão da burguesia brasileira, do luxo e sofisticação, ao Carnaval do Rio de Janeiro, logo na década de 30 do século 19, típicos das festas desta natureza em Paris.


O decurso dos séculos, apesar de tudo aquilo a que assistimos como evolução, não terá retirado, nem à folia, nem à fantasia ou ao mistério, os atributos de nos divertirem. Nestas e noutras coisas, permanecemos humanos como antigamente!


Daí que não possamos deixar de lamentar a inércia, o amorfismo, a miopia de quem mantêm um equipamento como o Casino de Armação de Pêra abandonado, na mira de o vocacionar para fins provavelmente banais e iméritos, em nome de interesses inconfessados.


São ignáros e calões mascarados de pessoas inteligentes e empreendedoras, fazendo do seu dia-a-dia um permanente baile de máscaras!

Contra ventos e tempestades: Lá vamos cantando e rindo!

sábado, 5 de março de 2011

Motivo de alegria para os Foliões: Ausência do casal de Pantomineiros, confirmada!

Armação de Pêra:Este homem não está com o Carnaval!



Enquanto precisavam dos votos do povo para retomarem as cadeiras do poder, estes foliões da oportunidade a tudo se sujeitavam, afirmando-se como verdadeiros pantomineiros!



De sorumbáticos e cinzentos que são, conseguiram converter-se em animados "corsistas"desfilando nos preparos mais populares que conseguiram atingir...tentando a pantomina.

Propondo-se, com as máscaras que adoptaram, enganar o pagode! Santa ingenuidade!

Politicos e pinóquios

sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval Chachada ou Carnaval Evento?

Temos inúmeras vezes invocado a incontinência dos gastos públicos e a leviandade dos seus responsáveis para caracterizar razões que motivam o défice público estrutural, quer nacional, quer concelhio.Não somos dos que acusamos a classe politica por ser financeiramente laxista, na busca do seu permanente “Show Off”, para depois lhe reclamarmos, chorando copiosamente, apoio financeiro para chachadas...


Por outro lado, contrariamente à coerência que achamos necessária manter nestas (como noutras) questões, a classe politica – praticamente toda ela – faz da coerência “gato sapato” e dos princípios meras oportunidades de ajustamento ao percurso que têm bem traçado, para os dinheiros públicos.

É nesta conformidade que o apoio à iniciativa comunitária no que à celebração e festejos do Carnaval diz respeito, entronca!


O Carnaval já deixou, há muito, de ser uma mera chachada que se destine exclusivamente a divertir o povo, para se converter, a sua realização, numa actividade económica responsável por receitas para todos: os comerciantes e seus fornecedores, a vila ou cidade e por isso a autarquia e a administração tributária, obviamente omnipresente.


São múltiplos os casos de cidades que, em Portugal, do turismo muito pouco beneficiavam e que desbravaram este sector através do Carnaval, chegando mesmo a investir “a peso de ouro” na presença de actores brasileiros, mais familiares através das telenovelas.


Ovar, Bairrada, Vila Nova de Famalicão, onde é o próprio pelouro da cultura que organiza o Carnaval, são de entre outros, evidências claras do que dizemos.


A propósito de Brasil, de ano para ano, são patentes os crescentes investimentos em adereços, convertendo-o, justamente, num evento com escala mundial.


Todos estes eventos (será melhor tratá-los deste modo para que, só assim, lamentavelmente, ganhem expressão económica?) são dinamizadores da economia, quer seja em Famalicão, quer seja no Rio de Janeiro, variando apenas na dimensão do fenómeno.


Será necessário fazer um desenho para que todos os potenciais intervenientes entendam a elementaridade deste facto?


Se estes factos forem aceites como reconhecidos, como poderemos interpretar a indisponibilidade verificada quer por parte da autarquia de Silves, quer por parte da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, para apoiarem o nosso Carnaval?


Apoio que não têm que ser, necessariamente, em dinheiro, mas tão só em meios?

Meios que foram adquiridos com a receita dos contribuintes!


Que adjectivação devemos usar para qualificar esta omissão assumida tácita e expressamente, depois de, ao longo dos anos, já termos quase esgotado o dicionário para caracterizar a mediocridade da gestão do nosso Concelho e da nossa Junta de Freguesia?


Gestão acéfala?



quinta-feira, 3 de março de 2011

O Estatuto Sueco dos Deputados, já existe há muito. O exemplo é que demora a pegar por cá

O combate ao défice estrutural das contas do Estado Português passará inevitavelmente pela contenção das mordomias do emprego asilar, mas também pelo exemplo de parcimónia nos gastos públicos com a Classe Politica.

A economia sueca certamente que poderia suportar outros luxos para a sua classe politica, no entanto algo se impõe nos hábitos e costumes que impede o devaneio do laxismo "nouvelle riche": o peso esmagador dos princípios e dos valores duma moral pública que se impõe a todos os representam a comunidade dos cidadãos!

Enquanto por cá, o défice é "coberto" no essencial à conta do aumento da receita, sem que se veja, por parte dos principais responsáveis pelo mesmo - a classe politica - o esboço que seja de um exemplo de "moralidade" na despesa, designadamente naquela que de si depende directamente, pela Suécia, mesmo antes da crise, a despesa, designadamente com a classe politica, tem uma natureza bem mais séria.

Pudera, com que moral exigiria o Estado Sueco os impostos que exige? E com que ânimo aceitaria o povo, pagar os impostos que paga?

A crise quando nasceu, nasceu para todos, mas não admira que se encontre mais apropriada para uns que para outros!

A reportagem sobre o caso sueco que aqui se deixa, faz corar de vergonha qualquer politico português honesto.


quarta-feira, 2 de março de 2011

O comboio apitou três vezes (e mal se dava por ele...)


Fred Zinnemann (1907-1997), nascido austríaco e naturalizado norte-americano foi um realizador de cinema com uma extensa filmografia, realizou em 1952 o filme “High Noon” que passou em Portugal com o titulo: “O comboio apitou três vezes”.

Este filme passou múltiplas vezes no velho Barracão, coberto a chapa ondulada, o cinema que animou as noites de Armação durante muitos anos, lá para os lados de onde hoje se situa a Lota.

O argumento era um monumento ao trivial filme de “cowboys”, animado por algumas estrelas cujo nome ainda hoje faz brilhar os olhos a muitos sexagenários: Gary Cooper e Grace Kelly e consistia no seguinte: o dia em que Will Kane vai deixar a cidade e a profissão de xerife para casar, fica a saber que um assassino que enviara para a prisão alguns anos antes está prestes a chegar à cidade.
Acompanhado de alguns companheiros de armas, Will procura auxílio entre os cidadãos da localidade, mas ninguém parece disponível para o ajudar a enfrentar a morte e ele vê-se forçado a fazê-lo sozinho.
Com o habitual sucesso, dizemos nós.

Pensávamos nós que esta estória que mete comboios em Armação de Pêra estava morta e enterrada quando assistimos ao ressuscitar da trama pela mão, agora não de Gary Cooper, mas do Vereador Serpa, que nos projecta um filme, agora não de cowboys, mas de suspense, acerca de um comboio em Armação de Pêra.

Convenhamos que já tínhamos dado conta, pela via da VOX POPULI, desde o primeiro dia da sua efectiva prestação, que a cena do comboio, cheirava a esturro...

O povo tem má língua é certo, mas não é que tem uma sabedoria que o tempo se encarrega, habitualmente, de ver consagrada!

Vamos lá ver onde é que a porca torce o rabo, desta vez!

Três factos merecem uma atenção especial, desconhecendo nós se os há mais e que importância poderão ter.

Por um lado a concessão vitalícia!
Por outro lado a acção judicial que suspendeu os direitos concedidos!
Por fim, a compensação consubstanciada na dispensa do pagamento de taxas municipais até ao ano de 2025 como compensação dos prejuízos registados durante o período em que esteve cancelada a autorização de exploração do circuito do comboio turístico!

A concessão vitalícia constitui um exercício arrogante de um poder que manifestamente uma maioria camarária não tem.

A admitir-se uma concessão do que quer que seja vitaliciamente, esta pressuporá, necessariamente, pelo menos, uma evidente utilidade pública, uma unanimidade do voto de todos os representantes eleitos, na câmara e a fundada convicção de que o investimento é de tal modo pesado que só se poderá amortizar no período de uma vida.

Convirá aqui acrescer que, tratando-se a beneficiária de uma sociedade comercial, a concessão atribuída sob a forma vitalícia, foi de facto PERPÉTUA.

Porquanto, ao contrário de uma pessoa singular que podendo fazer verdadeiros milagres não ultrapassa os 100 anos e habitualmente andará pela esperança de vida média que serão os 75 anos, uma sociedade pode ser ETERNA.

A diferença não é pouca. E a terminologia utilizada (vitalícia) podendo ser diversa (perpétua), tratando-se de uma sociedade comercial, pode não ter sido inocente.

A todos aqueles requisitos que poderiam tentar justificar tal concessão vitalícia, acresce também, naturalmente, o concurso público, via que, por razões de todos conhecidas, nos dispensamos de comentar.

A passagem que o comboio faz pela utilidade pública, é, tal como está concebido, fugaz.

E poderia ser de maior duração se, sem perder o cunho exclusivamente turístico, alargasse a sua prestação à população em geral e a sua área de intervenção a Alcantarilha, Pêra e Senhora da Rocha.

Aí, com maior propriedade, embora ainda assim relativamente, se poderia falar de utilidade pública.

Quanto ao processo, lamentamos que o Vereador Serpa, sem embargo da utilidade da denúncia pública a que nos habituou, se quede pelo alarme, sem lhe acrescer mais informação ou detalhe.

Quanto à isenção de taxas municipais até 2025, voltaremos ao abuso de poder através da inconsciência na gestão da receita pública, tudo aconselhando a que se avaliem criteriosamente os danos, se existiram, para que se proceda ao seu pagamento a pronto ou diferidamente consoante o que vier a resultar da respectiva contratualização.

É que não é curial pagar um dano com receita futura cujo montante, em resultado de uma enormidade de variáveis, não é possível hoje, apurar. Desde logo, porque o aparente conforto imediato da tesouraria pode branquear um negócio economicamente "ruinoso" a prazo.

E foi precisamente de negócio ruinoso em negócio ruinoso que aportámos ao estado deplorável em que as contas públicas, locais e nacionais, se encontram, as quais pesam na economia do contribuinte da forma trágica que todos conhecemos.

Este caso não será para resolver a tiro como Gary Cooper faria, mas é certamente para resolver com oposição firme, denúncia pública preventiva de práticas semelhantes, tudo com recurso a uma sensatez merediana que, sendo escassa neste executivo, apesar de tudo é relativamente disponível no mercado. Mesmo no mercado politico...(vamos acreditar...)

Espera-se assim que o Vereador, ao contrário de Gary Cooper, tenha o apoio dos cidadãos nesta nova contenda, mas que, tal como aquele cowboy histórico, leve de vencida a aberração que esta cena parece constituir, no filme de terror que a gestão da Câmara Municipal de Silves, sem qualquer margem para dúvidas, constitui.

Matemática moderna?

terça-feira, 1 de março de 2011

A Deputada Cidinha Campos está de volta…

Mother


Para ouvir esta performance, deverá fazer parar a música de base em "Blog com Música" no final da página.

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