O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval Chachada ou Carnaval Evento?

Temos inúmeras vezes invocado a incontinência dos gastos públicos e a leviandade dos seus responsáveis para caracterizar razões que motivam o défice público estrutural, quer nacional, quer concelhio.Não somos dos que acusamos a classe politica por ser financeiramente laxista, na busca do seu permanente “Show Off”, para depois lhe reclamarmos, chorando copiosamente, apoio financeiro para chachadas...


Por outro lado, contrariamente à coerência que achamos necessária manter nestas (como noutras) questões, a classe politica – praticamente toda ela – faz da coerência “gato sapato” e dos princípios meras oportunidades de ajustamento ao percurso que têm bem traçado, para os dinheiros públicos.

É nesta conformidade que o apoio à iniciativa comunitária no que à celebração e festejos do Carnaval diz respeito, entronca!


O Carnaval já deixou, há muito, de ser uma mera chachada que se destine exclusivamente a divertir o povo, para se converter, a sua realização, numa actividade económica responsável por receitas para todos: os comerciantes e seus fornecedores, a vila ou cidade e por isso a autarquia e a administração tributária, obviamente omnipresente.


São múltiplos os casos de cidades que, em Portugal, do turismo muito pouco beneficiavam e que desbravaram este sector através do Carnaval, chegando mesmo a investir “a peso de ouro” na presença de actores brasileiros, mais familiares através das telenovelas.


Ovar, Bairrada, Vila Nova de Famalicão, onde é o próprio pelouro da cultura que organiza o Carnaval, são de entre outros, evidências claras do que dizemos.


A propósito de Brasil, de ano para ano, são patentes os crescentes investimentos em adereços, convertendo-o, justamente, num evento com escala mundial.


Todos estes eventos (será melhor tratá-los deste modo para que, só assim, lamentavelmente, ganhem expressão económica?) são dinamizadores da economia, quer seja em Famalicão, quer seja no Rio de Janeiro, variando apenas na dimensão do fenómeno.


Será necessário fazer um desenho para que todos os potenciais intervenientes entendam a elementaridade deste facto?


Se estes factos forem aceites como reconhecidos, como poderemos interpretar a indisponibilidade verificada quer por parte da autarquia de Silves, quer por parte da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, para apoiarem o nosso Carnaval?


Apoio que não têm que ser, necessariamente, em dinheiro, mas tão só em meios?

Meios que foram adquiridos com a receita dos contribuintes!


Que adjectivação devemos usar para qualificar esta omissão assumida tácita e expressamente, depois de, ao longo dos anos, já termos quase esgotado o dicionário para caracterizar a mediocridade da gestão do nosso Concelho e da nossa Junta de Freguesia?


Gestão acéfala?



1 comentário:

Anónimo disse...

Carnaval trapalhão em Armação de Pêra,domingo e terça,quem quiser que venha desfilar conosco,se não tiver carro com musica traga o rádio ás costas.À noite temos festas de carnaval nos bares de Armaçao.É sempre a abrir,a bombar e a sambar!!!!

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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