O Algar Seco está incluído nesses 17 quilómetros é “a face visível de uma estrutura geológica mais vasta”, sendo “atravessada por cavernas, fendas e cavidades de todas as formas, que constituem abrigo para uma diversidade de seres vivos”. Os vencedores deste concurso serão conhecidos durante o ano de 2010, numa data em que a organização “New 7 Wonders Portugal” antecipa todo o movimento global em torno da eleição das “7 Maravilhas da Natureza”.
Quer venham a ser eleitas como uma das sete maravilhas naturais de Portugal quer não, a iniciativa da Câmara de Lagoa parece-nos de louvar e, na medida do possível, apoiar.
De uma beleza impar, este património natural, tão intimo dos armacenenses, constitui um “ex libris” da Vila, conhecido desde sempre como “As Furnas”, mas hoje talvez mais tratadas de “Grutas” ou faladas pelo inglês “Caves”.
Não estando esquecidas, há muito bom armacenense que não as conhece ou, conhecendo-as, não as visita há décadas. De facto são os visitantes, de fora, sobretudo estrangeiros que, enquanto “ viajantes profissionais” não “perdem pitada” de qualquer sitio que visitem.
Não foram, no entanto, poucos os turistas estrangeiros que, mostraram desconhecer por completo este património natural, bem como a possibilidade de ser visitado através de um agradável passeio marítimo ao alcance de qualquer bolsa.
Estas visitas às grutas são asseguradas pelos pescadores que, durante o verão vêem o seu rendimento acrescido do resultado desta prestação de serviços cujo volume poderia ser substancialmente aumentado, face à importância estética e ambiental daquele património natural e à natural curiosidade dos visitantes, “profissionais” ou “amadores” que, muito pouco têm mais para visitar na nossa Vila.
Quando temos escrito acerca do que resta à economia de Armação de Pêra e ao seu futuro, que é o de ser melhor, isto é promovendo-se a requalificação da qualidade da nossa oferta turística, queremos referir-nos a exemplos como este.
De facto, sendo as grutas um património natural de uma extraordinária e rara beleza, único nas cercanias da Vila, e o seu acesso feito por via marítima por prestadores de serviços (pescadores) da terra e tendo a Vila no período do Verão, um enorme fluxo de turismo, como compreender que esta prestação de serviços, que tem patentemente uma substancial margem de progressão, não esteja/seja devidamente publicitada, através de veículos de informação de qualidade que estejam visíveis a qualquer potencial consumidor?
É claro que os pescadores individualmente considerados não poderão suportar os custos de uma campanha de informação qualificada, como também é claro que os painéis publicitários gigantes plantados pela Vila fora se destinam à promoção da Câmara de Silves ou a campanhas eleitorais e não a promover os interesses turísticos da Vila.
Que fazer então? Ficamos de braços cruzados?
Um dos efeitos que pensamos poder esperar da Associação Amigos d’Armação é exactamente o de congregar vontades em torno de projectos que se destinem a resolver problemas concretos e desenvolver aquele trabalho comunitário, a que em geral as comunidades portuguesas ainda não se habituaram, sempre necessário a atingir um resultado útil ou necessário!
Desafiamos assim publicamente a AAA a gerar uma dinâmica tendente à criação, produção, afixação e divulgação de cartazes ou outros veículos de informação e publicidade, visando o incremento das prestações de serviços de visita às grutas!
Para legitimar o desafio que tivemos o arrojo de lançar e para demonstrar a nossa convicção na utilidade da iniciativa, bem como o nosso próprio empenhamento no mesmo, gostaríamos de oferecer à AAA o cartaz que de seguida publicamos para estimulo da empreitada, da autoria de um colaborador habitual deste blog. E cuja arte final para impressão será produzida logo que o solicitem.
Agora, se assim o entenderem e aceitarem o repto, resta-lhes deitar mãos-á-obra!
