O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

UM POR TODOS E TODOS POR UM...

Recebemos de um visitante habitual a mensagem seguinte,
com pedido de
publicação e cujo conteúdo merece a nossa
solidariedade.


GREVE MUNDIAL CONTRA A SUBIDA DOS COMBUSTÍVEIS


Iniciemos uma greve mundial de COMPRA DE GASOLINA.

Haverá uma greve de compra de combustível em todo
o mundo no dia 3 de Agosto de 2008. Se todo o mundo,
por este meio, demonstrar o poder dos consumidores,
conseguiremos que o preço dos combustíveis baixe
significativamente, mediante a redução drástica dos
lucros dos multiplos intermediários deste negócio!


Nunca como agora, os cidadãos do mundo estiveram tão
sintonizados contra algo tão importante, para si e
para o planeta!

A união neste objectivo estratégico pode realmente
fazer a diferença!

Siga as seguintes instruções:

1.NÃO COMPRE GRANDES QUANTIDADES DE COMBUSTÍVEL
NO DIA ANTERIOR OU POSTERIOR ;
2. COMPRE DIARIAMENTE APENAS UM POUCO MAIS DO
QUE O SUFICIENTE PARA NÃO PARAR AS SUAS
ACTIVIDADES NO DIA DA GREVE 3/8/08;
3. NÃO PROJECTE NENHUMA VIAGEM LONGA PARA 3
DE AGOSTO. É DOMINGO, FIQUE EM CASA, PROMOVA
UM EVENTO FAMILIAR EM CASA.
4. COMUNIQUE A TODAS AS PESSOAS QUE CONHECE.
VERBALMENTE OU POR ESCRITO.

- É HORA DE NOS UNIRMOS MUNDIALMENTE PARA UM
PROPÓSITO DE EXPRESSÃO E RELEVÂNCIA MUNDIAL!

Divulgue esta mensagem para todos os endereços
de e-mail que conheça!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

ARMAÇÃO DE PÊRA

A Novela deste El Dourado com fim à vista!

FÉRIAS I

Entrando pelo mês de Julho adentro, quase todos os caminhos vão dar ás praias!
No caso de Armação de Pêra, o areal é disputado ao grão de areia…


FÉRIAS II

Aparentemente, a Junta de Freguesia, preocupa-se com o bem-estar dos visitantes, fora das horas de praia!



FÉRIAS III

Mas só no que ao entretenimento diz respeito.
Na verdade, quer a Junta quer a Câmara de Silves, mantêm os visitantes atafulhados em lixo!



FÉRIAS IV

Complementando o que a Natureza escolheu para Armação de Pêra: o Sol generoso, a areia confortável, o mar sereno, mesmo quando revolto, com o que de melhor têm, sabem e podem para oferecer aos visitantes: O Lixo, a incompetência, a irresponsabilidade de pensarem que mesmo tratando os turistas assim, neste contexto de alta competitividade nacional e internacional, este El Dourado não terá fim! Enganam-se! Como acontece habitualmente a qualquer Xico-esperto!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

sábado, 5 de julho de 2008

FEIOS, PORCOS E MAUS !!!

A versão Silvense do clássico de Ettore Scola

Os políticos responsáveis pela higiene e limpeza desta Vila e Concelho são FEIOS! Pois meninos feios são aqueles que não fazem caso do que se lhes diz!

E sobretudo PORCOS! Porque é assim que se chamam aqueles que não cuidam do asseio do que é seu ou de sua responsabilidade!

E também MAUS pois não cumprem os seus deveres, depois de muito prometerem para ocuparem os lugares que ocupam, sendo pagos para isso, nem mesmo quando os cidadãos se oferecem para suportar encargos adicionais horrorizados que ficam com o que vêem!

São realmente impressionantes quer a incapacidade de verem o óbvio, quer a autêntica incompetência que revelam os responsáveis da Junta de Freguesia e de Câmara,para zelarem pela mais elementar das suas incumbências: O LIXO!

Estes Senhores, para além de irresponsáveis, pois ameaçam gravemente, entre outras não menos importantes, a economia da Vila, são incompetentes, uma vez que os meios existem e têm custos elevados para o erário público que é o mesmo que dizer para os cidadãos-contribuintes!

São realmente FEIOS, PORCOS e MAUS!



Abaixo o original da reclamação de um cidadão, lavrada na Junta de Freguesia, o qual, em desespero de causa nos fez chegar para divulgação pública. Este cidadão preocupado que chegou a oferecer-se para pagar do seu próprio bolso uma torneira para o Mini-Golfe, “luta” contra o titânico desleixo de que esta gestão é feita, há mais de 2/3 anos.
Merece respeito e apoio face ao exemplo de participação que representa e ao total desprezo a que a sua preocupação tem sido votada por parte dos (ir) responsáveis!



Estamos numa estância turística que justifica o pagamento agravado de impostos (IMI) ( os quais são exigidos como se os que aqui investiram ou por aqui passam férias tivessem optado pela Cote d’Azur), ou será que estamos num autêntico Bidonville dos arredores de Paris, Roma ou Lisboa???

Oh! Dra Isabel, por favor enxergue-se! Já que não consegue ver o esterco nesta Vila, pelo menos conclua pela sua sistemática incapacidade para cumprir as incumbências do seu mandato ao nível do mais elementar das mesmas!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

terça-feira, 1 de julho de 2008

sábado, 28 de junho de 2008

CADA CAVADELA, UMA MINHOCA!!!

A GESTÃO DE SILVES NO SEU MELHOR!!!!!

Chegou-nos às mãos o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, com dados referentes ao ano de 2006!
Folheando o mesmo, verificámos que o Concelho de Silves está em nono lugar no ranking dos municípios Portugueses com menor liquidez (-21 234 302 euros), mas é também um dos melhores Municípios a arrecadar taxas e um dos maiores em termos de resultados económicos.
Seria de esperar que um Município que se encontra em vigésimo quarto lugar na arrecadação de taxas e com uma tão baixa liquidez tivesse agora em grandes dificuldades, exactamente por ter realizado os investimentos necessários à plena eficiência do saneamento básico do Concelho!
E, se assim fosse, o cidadão-contribuinte-eleitor-utente, mesmo que não aceitasse “de caras”, perceberia!
A Dra Isabel Soares teria tido uma opção politica de fundo ao assegurar a plena eficiência do saniamento básico no Concelho colocando a sua cobertura, senão melhor, pelo menos ao nivel da da média do Pais, para tanto aumentando a pressão sobre a receita (independentemente de ser ou não absolutamente necessária, o que é uma outra questão) e, ainda que a mesma não tivesse sido suficiente, teria justificado “por cima” as dificuldades existentes!
De resto, não faria, em pleno século XXI, mais do que a sua obrigação ao resolver de forma eficiente os problemas e défices de que o concelho padeçe.
No entanto, ao consultarmos o Anuário Estatístico da Região do Algarve referente ao ano de 2006 podemos observar, relativamente aos indicadores do ambiente, que o concelho de Silves está mesmo muito mal e que as opções foram de natureza diversa. Senão vejamos:
Quando analisamos o indicador referente à população servida por sistemas de abastecimento de água verificamos que o nosso concelho só serve 85 % da população enquanto a média do continente é de 92% e a da região do Algarve é também de 92%!

Mas não se ficam por aqui as conclusões nem as evidências de uma politica claramente contra os interesses dos cidadãos-eleitores-contribuintes-utentes!
Se consultarmos agora o estudo elaborado pela Associação Portuguesa de Abastecimento e Drenagem de Água o que verificamos que a tarifa média de abastecimento de água (€/m_) em 2004, para um consumo anual de 120 m_ situava-se entre 0,75 e 1,00 euros e era UMA DAS MAIS ELEVADAS DA REGIÃO.

MAS OS NÚMEROS NÃO SE QUEDAM POR AQUI! Relativamente à população servida por sistemas de drenagem, os indicadores do nosso Concelho AINDA SÃO PIORES.
De facto só 65% da população é servida por redes de drenagem, enquanto a média do continente é de 78% e da região do Algarve é de 84%.



QUE CONCLUIR DO RESULTADO DESTA GESTÃO?
QUE A cobrar impostos e taxas a Dr.ª Isabel Soares é muito LIGEIRA e por conseguinte eficaz, mas quanto a realizar as obras necessárias e mais básicas para melhorar a qualidade de vida das populações e colocar o Concelho, se não melhor, pelo menos aos niveis médios do Pais e do Algarve, É QUE A PORCA TORCE O RABO !!!!!!!!.

terça-feira, 17 de junho de 2008

26º ALMOÇO/CONVÍVIO

DE CONFRATERNIZAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA INDUSTRIAL E COMERCIAL "JOÃO DE DEUS" - SILVES

Recebemos de Alfredo Figueiras dos Santos a seguinte mensagem com pedido:
Estimados webistas,

Realiza-se no próximo dia 29 de Junho, no Restaurante
Ponte Romana, em Silves, pelas 13 Horas, o 26º
Almoço/Convívio anual dos antigos alunos da Escola
Industrial e Comercial João de Deus - Silves, cujo
programa se anexa a este e-mail. Ficaríamos muito gratos
se tivessem a amabilidade de, através da vossa página ou
blog, noticiassem este evento, que é sem dúvida um
acontecimento social de certo relevo na vida da nossa
cidade. Será um encontro de velhos colegas e camaradas
dos bancos de escola que proporcionará, certamente, entre
todos, ocasião para um desfiar de recordações dos tempos
já distantes da nossa juventude. Ficamos muito gratos
pelo boa atenção que queiram dispensar a este
acontecimento.

A Comissão Organizadora



Carregue nas imagens para ver em tamanho maior

terça-feira, 10 de junho de 2008

LARGO DA IGREJA:

ESCURO DE BREU

Não, não estamos nos anos 50 do Século passado. Hoje é Domingo, 9 de Junho de 2008.

Num dos muito poucos espaços públicos procurados para passeio, disfrute e recato, existentes na Vila, para além da Avenida Marginal, o Largo da Igreja, o escuro é de breu!!!
A iluminação pública é pura e simplesmente inexistente!

A aptidão para a captação e fidelização dos turistas e do turismo é, em Armação de Pêra, verdadeiramente singular e exemplar do abandono a que a Vila está votada!
Esta Vila, principal contribuinte do orçamento do concelho, a continuar a ser mal-amada desta forma, tem o futuro seriamente ameaçado.

Não se deve esquecer, sobretudo a quando do próximo acto eleitoral, que a principal responsabilidade por este abandono cabe, obviamente, à Snra Presidente da Autarquia, a quem incumbe a gestão da Vila!
Para que conste e para memória futura, aqui deixamos a denúncia!

domingo, 8 de junho de 2008

TAVIRA ! MACÁRIO POUCOCHINHO!

ou a versão energética do Conde Andeiro?

A determinação em denunciar os desmandos da classe politica, as suas incoerências, negligências, diletantismos e irresponsabilidade, sempre no interesse da sociedade civil - que somos todos nós - é trabalhoso, mas fácil pela “resma” de oportunidades que ela nos concede diariamente, bastando, para o efeito, propormo-nos a tanto. Este sítio foi criado exactamente, para esse fim, pelo que se nos impõe, cumpri-lo!

Analisemos então, mais este tesourinho deprimente, que constitui o “velho” Macário Correia, para alguns, um exemplar da classe politica que se pretende “verde” e com autoridade moral incomum, face aos seus pares.
Muito recentemente, o Presidente da Câmara Municipal de Tavira Macário Correia (o homem que não daria um beijo a Angelina Jolie) que é ao mesmo tempo o Presidente da Grande Área Metropolitana do Algarve tornou público através dos órgãos de comunicação social que pondera passar a abastecer parte da frota autárquica nas gasolineiras de Ayamonte.

Macário Correia utiliza o simpático argumento da poupança de centenas de euros aos cofres municipais, computando-a, anualmente, em quantia superior à centena de milhar de euros.
Aprioristicamente a sociedade civil adere a esta medida, apoiando-a, porquanto:
1- Constitui uma atitude de resistência e afrontamento aos aumentos de preço dos combustíveis, tal como em Portugal se apresentam.
2- Com a mesma solidariza-se com a generalidade da população, recebendo das demais vitimas uma solidariedade activa, fazendo parecer que, com o poder de grande consumidor que tem, vinga cada um dos espoliados, respondendo aos agressores com “um tiro no porta-aviões”.
3- Conserva-lhe a aura de “enfant terrible”, que um dia atingiu e da qual vai vivendo politicamente, apesar de profundamente desbotada pela intensidade única do sol algarvio.
4- Fá-lo aproximar-se de todos nós, como um igual.

Importa, no entanto, aprofundar um pouco mais, o real conteúdo desta medida e as profundas contradições que encerra.
É um excelente exemplo do perfil da classe politica que temos e das águas em que se move, para mal do erário público, do desenvolvimento, do alheamento da sociedade civil e do desencanto do sistema para cada um de nós. Identifica também onde para o essencial das motivações da classe politica.
De facto, a coberto de uma medida de grande aceitação popular pode-se medir bem a real dimensão destes políticos de pacotilha e a prioridade dos seus objectivos, custe o que custar a quem quer que seja, que é, invariavelmente, o cidadão contribuinte.

O Velho Macário, é useiro e vezeiro na oportunidade de brilhar e parece ser esta a sua principal motivação, pois não se descortina (com esta intenção) qual é o seu pensamento politico, a sua coerência? Senão vejamos:
Vimo-lo batendo-se para que não fossem colocadas portagens na via do Infante e que não fossem encerrados centros de atendimento permanente (SAP) em várias cidades do Algarve e concordámos com as suas propostas.
Sabendo no entanto que, por cada portagem que não pagamos, o Orçamento Geral do Estado fica sobrecarregado com esse encargo pois não será por não pagarmos que os custos de manutenção deixam de existir. Ou haverá, quanto a isto, qualquer dúvida?

Sabendo no entanto que, os centro de atendimento permanente (SAP), constituem custos muitas vezes desproporcionados aos benefícios que propiciam, custos estes que são suportados pela sobrecarga que uma utilidade não inteiramente eficiente importa para o OGE, que somos todos nós que suportamos.

Concordámos porquanto consideramos, por principio, que a carga e pressão fiscais (que consideramos exageradas para a economia que temos) que incidem sobre o cidadão-contribuinte justificam para o cidadão-utente contrapartidas proporcionadas.
Não podemos concordar é que um politico que reclama do erário público contrapartidas como essas para a sua região, quando se trata de contribuir ( no caso através do ISP e IVA da gasolina) para esse mesmo erário público, decida fazê-lo para um Estado vizinho donde não recolhe qualquer apoio para os benefícios que tem em vista, os quais lhe incumbe zelar e tendo para tanto sido eleito pelos cidadãos.

Com que credibilidade pode depois vir a defender a não existência de portagens ou discordar com o valor das transferências do orçamento do estado para o seu município?
Deveria então, nada fazer? Não!

No caso em apreço, uma questão energética e na pessoa em causa um ex-Secretário do Estado do Ambiente, militante da preservação do ambiente ao ponto de se deslocar, pedagogicamente, de bicicleta, que já implementou a Agenda Local 21 no concelho de Tavira, o que seria de esperar e não de hoje só com a crise do preço do petróleo, seria que desse o exemplo através, designadamente da poupança do combustível nos serviços públicos, mediante a formação dos seus funcionários para o efeito, o estudo dos percursos a racionalização das deslocações, etc. etc. etc.Enfim, uma estratégia de sustentabilidade!

E se quisesse brilhar para os meios de comunicação social, granjeando notoriedade, e já agora alguma poupança para os cofres das autarquias, seria melhor saber os que as autarquias algarvias despendem em combustível e promover um concurso publico para o fornecimento dos combustíveis a um preço mais competitivo, em resultado da concorrência que tal medida desencadearia!

Mas, se calhar tal medida colidiria com interesses particulares das autarquias que exigem mundos e fundos às petrolíferas para se instalarem, mundos e fundos esses que se traduzem em obras de utilidade pública que interessam mais aos presidentes de Câmara, os quais, sempre candidatos a novos mandatos, fazem dessas contrapartidas obra sua, com vista à sedução do eleitorado para a sua excelente gestão!

Ora, esta postura é paradigma daqueles que, tendo responsabilidades públicas, abdicam dos princípios que hipocritamente defendem, sacrificando-os aos seus interesses eleitorais, o que outros agentes públicos, para variar, zelando igualmente pelos seus interesses, sem verticalidade social e política e em cumplicidade com a opacidade do sistema, aplaudem.

ESTA CLASSE POLITICA, PARA ALÉM DE TRATAR A INTELIGÊNCIA DO CIDADÃO COM A ARROGÂNCIA DOS IMBECIS, NÃO REPRESENTA OS ELEITORES E NÃO SERVE O INTERESSE GERAL E MUITO MENOS EM TEMPOS DE CRISE QUE VIERAM PARA FICAR!

sábado, 7 de junho de 2008

quinta-feira, 5 de junho de 2008

O ALGARVE QUE SE AFUNDA E O (lamentável)CONTRIBUTO DE SILVES

O turismo é o nosso petróleo e o nosso petróleo está a arder, consumindo-se pelo desperdício resultante da inconsequência económica e social das suas valências!

O turismo representa pelo menos 45 % do PIB regional e 60% do emprego, um peso elevado e incontornável nas contas regionais.
O caso do Algarve é paradigmático, no contexto nacional, a nível do alojamento hoteleiro, têm tido um peso significativo.

No entanto, ao longo da década 1995-2005, não obstante o aumento da oferta hoteleira, observou-se uma diminuição da expressão algarvia no conjunto da oferta nacional (de 40% em 1995 para 38% em 2004).

Verifica-se que o aumento da oferta hoteleira não foi acompanhado pelo crescimento da procura, no volume de dormidas. O peso do Algarve neste contexto, diminuiu de 47% para 39% naquele período. Em termos absolutos cresceu cerca de cinco vezes menos que a média nacional.

É assim bem patente a tendência de perda de competitividade da região, o que deve preocupar e estimular os agentes do turismo algarvio, a inverter este cenário.
Não sabemos em que medida, mas o nosso concelho contribui evidentemente com a sua quota parte para aqueles números e para a queda da importância relativa do Algarve, no contexto nacional.

A ausência de uma estratégia concertada para o concelho de Silves e especialmente para Armação de Pêra, que têm a sua actividade especialmente concentrada no binómio “Sol e praia”, trabalhando essencialmente para o mercado nacional, agravada pela degradação ambiental e do património histórico, com uma fortíssima pressão urbanística, continua a gerar perdas graves de atractividade.

A procura continua a ser muito sazonal concentrada em dois ou três meses no ano.

A oferta de produtos turísticos complementares em Armação de Pêra é praticamente inexistente, uma vez que se resume a um “comboio” que passeia os turistas por ruas incaracterísticas.

A politica verdadeiramente suicidaria consubstanciada pela insistência dos responsáveis Municipais na aprovação de mais urbanizações, massificando a Vila até à exaustão, sem atenderem à capacidade da praia e equipamentos, pressionando cada vez mais a natureza, destruindo a biodiversidade e os valores naturais, só pode ter um fim triste.

A concorrência de outros destinos turísticos, mais preservados e baratos, ainda constitui um factor acelerador daquele mesmo fim que não desejamos nem de cujas consequências a nossa pobre economia tem condições de ser destinatária sem consequências gravíssimas.

O turismo é uma actividade fundamental para a sobrevivência da nossa economia e do bem-estar que, apesar de tudo, nos proporciona. Sucede é que, se queremos ter futuro sustentável, as políticas têm de mudar.

O investimento público prometido, já que o privado não parece realmente ser capaz de alterar o que quer que seja, não pode ser adiado mais uma vez.

A requalificação urbana do espaço público é urgente e não pode ser uma promessa mais uma vez adiada para as calendas.

A pedonalização da frente de mar de Armação de Pêra é um exemplo dum investimento necessário ao nosso desenvolvimento e que tem sido, despudoradamente, adiado de ano para ano.

A Sr.º Presidente da Câmara Dr.ª Isabel Soares afirmou que o projecto se encontra “feito”. Não temos razões objectivas para duvidar. Mas será que um projecto estruturante como este não merece ser discutido com os interessados – os cidadãos-utentes-comerciantes-habitantes-contribuintes-eleitores -?

Mesmo sem alguma vez nos ter pedido opinião, não prescindimos de reclamar um investimento que se reproduza e que permita o desenvolvimento integrado e sustentável de outras actividades.

Um investimento que, servindo para qualificar o espaço, também deverá ser impulsionador de actividades culturais, da formação profissional, do comércio tradicional e especializado.

O plano plurianual de investimento para 2008 prevê dois milhões de euros de investimento para este ano e quatro milhões para 2009. Mas ficámos a saber pela leitura da acta de reunião de câmara de 16 de Abril de 2008, que será um projecto que vai esperar pela candidatura ao QREN!

SABEM O QUE ISTO QUER DIZER?

Quer dizer que as nossas expectativas vão ficar mais uma vez adiadas e as promessas eleitorais uma vez mais, escandalosamente, por cumprir!
Pensarão estes Senhores que alguma vez terão diferentes resultados, continuando a fazer as mesmas coisas?

sábado, 31 de maio de 2008

20.000 Visitas

Chegámos às 20.000 visitas!

Para uma estrutura profissional que procure audiências, este número é verdadeiramente escasso!
Porém, para uma iniciativa da sociedade civil, com meios absolutamente amadores, sobre a temática que escolhemos, o mesmo não se poderá dizer.

Daí que nos consideremos sinceramente compensados com a “procura” registada!

Estamos também seguros que a procura acompanhará a participação da sociedade civil. Será, por conseguinte lenta, mas certa!

A agudização da crise económica que vivemos, conduz-nos a antever uma aceleração dessa participação. A ver vamos!

Independentemente desse prognóstico, a todos os visitantes renovamos o convite à participação, à denúncia e à opinião, pois são essas as nossas motivações e só por aí poderemos ver mudado este fado que a realidade, de todas as formas, nos impõe!

O poder local instituido, apesar de se conservar alheado dos interesses essenciais das populações do concelho, por ignorância, incúria, incompetência, irresponsabilidade, diletantismo, incapacidade ou outra razão qualquer da mesma família, num caso ou outro, com a correcção de algumas omissões, privilegiou-nos com a compensação pelas denúncias efectuadas, o que nos apraz registar.

Não com orgulho de termos movido alguma montanha, mas com o reconhecimento de que a educação democrática que a sociedade civil pode promover junto da classe politica, pode vir a ser mais que um mero discurso aos peixes!

Bastaria isto, para justificar por cá andarmos!
A todos os nossos agradecimentos.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

FIM DA RECEITA CONTADORES MOSTRA QUE O REI VAI NÚ!

A legislação que entrou em vigor no passado dia 26 de Maio que proíbe a cobrança de taxa do contador ou serviços mínimos, tem levantado por parte dos vários actores envolvidos, declarações contraditórias.
As Autarquias não querem perder a receita fixa que arrecadavam e afirmam que deviam ser criadas alternativas para pagar o serviço prestado, que pode passar pela subida do preço do metro cúbico da água.

O deputado socialista que tomou iniciativa de propor a lei dos serviços essenciais, Renato Sampaio, defende que será preferível aumentar o preço da água, penalizando os clientes que gastam mais. Solução simples a coberto da poupança! Não nos parece, porém, intelectualmente séria!

Mais uma vez a discussão se centra em como arrecadar receitas sem que a maioria das autarquias, incluida a Câmara de Silves, se preocupem em investir na eficiência e poupanças do sistema de distribuição, e em prestar aos seus clientes um serviço de qualidade, cobrando então um preço justo que reflicta os custos do funcionamento daquele.

Infelizmente o regulador não tem autoridade sobre as autarquias, pelo que os preços praticados pela maioria das câmaras municipais e serviços municipalizados não têm qualquer justificação económica, pecando uns por excesso e outros por defeito.

Ainda estamos recordados da resposta dada pela Dr.ª Isabel Soares quando questionada na sessão de câmara em que foi discutido o plano e orçamento para 2008 quando alertada para a possibilidade de vir a perder esta receita, em vez de aproveitar esta oportunidade para iniciar as mudanças necessárias ao desenvolvimento e sustentabilidade do sistema, como seria seu dever, meteu, uma vez mais a cabeça na areia, refugiando-se na retórica como é seu hábito, empaleando o essencial e nada decidindo. A sua incapacidade revelada para as responsabilidades que tem, é por de mais, evidente!

Responsavelmente, estamos de acordo no principio de que o preço dos serviços de saneamento básico – fornecimento de água, recolha, transporte e tratamento dos esgotos e a recolha e tratamento dos resíduos - deve corresponder ao seu custo real, mas não de qualquer jeito ou maneira, ou a qualquer preço, designadamente a sua gestão tem o dever de ser efectuada de forma absolutamente eficiente.

Por outro lado, cerca de 1/3 da receita fixa arrecadada pela Câmara de Silves designada como o “aluguer do contador” é arrecadada na freguesia de Armação de Pêra. Seria, por conseguinte de esperar que os consumidores que utilizam o sistema de abastecimento de água nesta freguesia tivessem uma qualidade de serviço compatível, até porque sendo esta uma receita fixa e dado o facto de muitas das habitações na freguesia terem uma utilização sazonal, este valor, como defende a Associação Nacional de Municípios, corresponderia à tarifa de disponibilidade.

Mas a realidade em Armação de Pêra é bem diferente!

Mesmo pagando todo o ano a tal tarifa de disponibilidade, quando chega o verão em certos períodos do dia, a água nas torneiras sai só a conta-gotas!

A legislação obriga as entidades gestoras dos sistemas de abastecimento de água a garantir um serviço adequado, que se traduza na continuidade do fornecimento, garantindo pressões nas nossas torneiras entre um mínimo de 100 kPa e um máximo de 600 kPa. (Traduzindo: devia ser possível a quem mora no último piso dum edifício com 12 pisos, ter água sem ter de investir na compra de sistemas de bombagem nem ter de gastar energia para ter água nas torneiras).
Contrariamente, em determinados locais de Armação de Pêra, basta que o edifício tenha mais de 4 pisos, para que, não existindo bombagem, a água seja fornecida verdadeiramente à míngua.

Não podemos estar mais de acordo com as declarações do vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Campos, citando a Lei das Finanças Locais, quando diz que os preços dos serviços prestados pelos municípios têm de ser reais. Mas é curto, pois a realidade é uma equação com várias incógnitas.Resolver tudo pelo preço é uma solução para os de pouca competência ou os de má-fé!

Assim, como cidadãos-consumidores-utentes-contribuintes-eleitores, exigimos que esses serviços sejam realmente disponibilizados e que o preço traduza o resultado duma gestão eficiente e não reflicta por exemplo os custos dos empregos para os familiares, amigos e correlegionários dos partidos que governam as autarquias, ou os desperdícios resultantes da irresponsabilidade, incúria, obsolescência e falta de empenhamento na prioridade de acautelar a qualidade das condições técnicas da distribuição do bem mais precioso e escasso do planeta: a água!

A eficiência dos serviços públicos e o seu custo tão reduzido quanto possível é um dever politico, de cidadania, de transparência, de moral e de honestidade por parte da classe politica!
Não é, de certeza, um favor ou uma concessão que fazem aos cidadãos que lhes garantem a sustentabilidade(precária) do seu sistema de emprego!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Estado satisfeito! Galp rica! Consumidor roto!

A recente movimentação dos cidadãos-consumidores no sentido da abstenção de abastecimento de combustíveis nos postos Galp e BP, é, para além de justificada, motivo de esperança e “corre o risco”, a ter suficiente adesão e disciplina, de ter sucesso!
Conhecemos directamente um caso de grande eficiência e eficácia da sociedade civil alemã, o qual passamos a descrever:
A Shell lá para os anos 90, tinha uma plataforma de exploração petrolífera no Mar do Norte a qual sofreu um acidente, fazendo-a desde logo adornar e posteriormente afundar-se.
Evacuadas as pessoas e analisado o problema a Shell concluiu que seria muito mais caro evitar o afundamento e proceder às reparações necessárias que criar uma nova plataforma.
Em coerência com esta conclusão decidiram deixar a plataforma afundar-se.
Na Alemanha, conhecida esta decisão pelos meios de comunicação, gerou-se um movimento espontâneo de cidadania o qual, face ao crime ambiental que tal decisão determinaria, decidiu boicotar o consumo dos combustíveis aos postos da Shell.
O resultado importou, durante a primeira semana, na redução de 50% nas vendas, naquele que era o maior mercado da Shell.
Como consequência aquela companhia resolveu rever a decisão inicial invertendo-a imediatamente e promovendo a reparação e recuperação da plataforma acidentada.

Este exemplo é demonstrativo do poder da cidadania e da sociedade civil quando se determina a influenciar o rumo dos acontecimentos, tantas vezes determinados por decisões que ponderam exclusivamente interesses egoísticos, como se cada um desses decisores vivesse isolado no planeta, apesar de se sustentar, crescer e desenvolver-se inevitavelmente com todos os cidadãos-consumidores-utentes-contribuintes.

Em Portugal os recentes aumentos determinaram já, segundo o próprio responsável das Finanças, numa redução do consumo, na ordem dos 6%.

É obra!
É certo que, provavelmente, parte desta redução resultará mesmo de hábitos de consumo mais contidos, motivados por razões económicas, mas não duvidamos que parte desta redução constitui uma punição clara dos consumidores, face à nebulosa que constituem as explicações dadas sobre a formulação do preço, a ausência comprometedora de noticias da entidade reguladora e sobretudo o facto de ninguém esclarecer com total transparência a questão do custo do crude em dólares e os efeitos cambiais vantajosos da depreciação desta moeda face ao Euro.

Porque será que ninguém responde claramente sobre o facto do crude nos custar hoje o mesmo que nos custava em 2004, apesar do aumento do preço em dólares, por virtude do pagamento em Euros?
E, assim sendo, como se justificam estes aumentos sistemáticos nos combustíveis?
Já para não falar dos acordos especiais com Angola e agora Venezuela, dois dos três fornecedores de Portugal (o outro é o Brasil), que estabelecem preços políticos, abaixo do mercado, que nos beneficiam!

Ou será que os bons negócios são só para a Petrogal (que já não é nossa) e para a receita fiscal, ficando o consumidor sempre com a pior parte?

Aparentemente vamos muito mal, Portugal!

APELO DE CONSUMIDORES

Transcrevemos aqui um apelo de cidadãos-consumidores que viaja pela Internet e que um visitante amigo nos remeteu com o pedido de publicação:

“Na sequência da entrevista concedida pelo Presidente do Automóvel Club de Portugal, soubemos que cinco (5) dias sem abastecer combustível na GALP conduz a uma quebra de receitas da empresa em milhões de Euros.

Está nas mãos dos consumidores punir as grandes petrolíferas GALP, BP e REPSOL, as maiores de Portugal, com a quebra das suas receitas, se, nos próximos quinze (15) dias as privilegiarmos com a nossa ausência.

Mesmo que não baixem os preços, o que se poderá verificar face à quebra de receita de milhões de euros que tal medida implicaria, constituirá sempre uma sério correctivo no único sítio onde lhes dói: o bolso!

Eles têm de conhecer a desaprovação do consumidor!”

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

Visite as Grutas

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Património Natural

Algarve