O Governo e a comunicação social têm-se encarregue de anunciar graves convulsões sociais, cujo grau de violência, alegadamente, só encontra paralelo no PREC.
Esta situação insólita, ela sim sem qualquer paralelo em qualquer estado de direito, tem suscitado alguns comentários que vão desde a tentativa de desmobilização das pessoas para algumas manifestações, à qualificação como autêntica provocação à sociedade civil no sentido de, antevendo cenários de violência, absolutamente incomuns diga-se de passagem, mais parece quererem estimulá-los que evitá-los.
AUTÊNTICO DISPARATE, dizemos nós, muito sintomático de uma certa desorientação, e claríssima evidência da continuada ausência de estratégia para este pais, por parte daqueles que se candidataram a dirigi-lo e, naturalmente, de alguma má consciência e muito medo, sempre sem prejuízo de outras leituras possíveis, na órbita de Maquiavel.
O mesmo não se pode dizer da comunicação social que, a verificar-se o que tenta objectivamente promover – graves convulsões sociais – antevê melhores receitas para o seu negócio.
Também as policias, cuja importância nesse cenário aumenta, com tal antevisão catapulta-se para uma posição negocial invejável na relação com o empregador, sobretudo quando este pretende reduzir os custos de algumas mordomias, que poucos usufruem, mas que todos vamos suportando.
A trama destes episódios corporativos ou empresariais, desenvolve-se numa sala de espectáculos perto de si e, na agonia desta economia, precisa agora mais de impressionar a plateia, que desenvolver a sua dinâmica larvar nos bastidores do poder, como tem sido habitual.
O Povo entretanto assiste a estas “performaces” dos actores sociais com a resignação de quem tem sobretudo de se preocupar com o seu sustento, auto criticando-se por se ter permitido acreditar durante um curtíssimo lapso da sua existência (30 anos em 900) que o pai natal existia, que afinal era europeu e que tinha direito a alargar um ou dois furos no seu cinto.
Em má hora o fez, para mal dos seus pecados vendo-se agora conformado a pagar o bilhete do espectáculo, à saída do teatro para onde tinha sido convidado à borla.
Não que na sua memória ancestral não seja possível encontrar paralelo! Disto é o que mais aquela pode reportar. Destes últimos trinta anos é que nunca houve registo igual!
E é por essa memória estar bem presente que acreditamos que a crise vai ser suportada pelo povo, sobretudo pela resignação e menos pela convulsão social...
Mesmo apesar dos estímulos da policia, do governo e da comunicação social que insistam em pedir-nos mais um contributo para os seus peditórios, como se, pela omissão não lhes tivéssemos já dado mais que o devido, como se, ainda houvesse mais para dar, como se não passássemos realmente de meros figurantes de um qualquer reality show de quinta classe, como, na verdade, nos tomam.
Há quem diga que o povo tem os governos que merece!
Mas também há quem reconheça que esta classe política não merece o povo que governa!
E ainda há quem afirme que, com um povo assim, só são precisos lideres competentes para nos catapultarmos para os antípodas donde nos encontramos!
Nós consideramos que, numa aparentemente estranha compatibilidade dos conceitos subjacentes, há verdade em todos eles!
2 comentários:
Parti a unha até ao “prepúcio…”
A pressão que impende sobre o povo contribuinte gera reacções múltiplas, das mais diversas...algumas até bizarras.
A Bizarria é o repasto da degustação NACIONAL, a pressão uma entrada, as convulsões sociais o Buffet que serve firo, o disparate a sobremesa desta absurda refeição que é servida a todos nós, refeição que a gula de uns e o contentar com migalhas de outros não mais termina.
Estou perplexo com as ultrapassagens pela direita, esquerda, por cima e por baixo que me fazem todos os dias. Mas não vejo uma autoridade que acabe de vez com esta prevaricação.
Considero a comunicação social um manifesto aberto de e para os cidadãos, e não uma foleira confederação de mal formados, revanchistas, aprendizes de mafiosos com e medíocres, que usando uma parede feita de papel, esbijam o publico alvo, quando todos necessitávamos que nesses templos de papel se reunissem exemplos para consagrar a pedagogia do que é exemplar.
Certamente que tal entendimento só poderá resultar de excesso de ambição da minha parte, no entanto, mesmo reduzindo tal ambição à sua expressão mínima, considero que o direito inalienável à liberdade de expressão de que público português goza, não contempla o direito de quem quer que seja à intoxicação informativa, ainda que acoitado naquele valor sagrado a um estado de direito. Seria de utilidade pública que a comunicação social não se servisse de manchetes com excertos sensacionalistas. Sejamos sensatos e interpretemos o Português com o rigor e respeito que nos merece
É contudo clara a intenção da comunicação social (sem que nada a demova nem referi) especialmente a televisão, que privilegiada no registo de imagem viva, pode mostrar lá fora e cá dentro, e acirrar os telespectadores que depois de escutarem as penas a “que foram condenados”, de imediato podem ver a imagem de quem e quantos condenados a “penas semelhantes”, destroem, inflamam na consequência do que pela sua actuação negligente e em permanente demissão, deu corpo e alma ao monstro do despesismos e do roubo social a que sem piar fomos anuindo em prosseguir, vão lá 20 anos!
Continua
Continuação
Manuela Ferreira Leite, Cidadã, em 18/11/2008 questionava-se em voz alta se a Democracia não podia ser suspensa por 6 Meses para e cito – “Por Tudo na Ordem”. Segundo a opinião de muitos (Opinião, a principal razão da falência da Sociedade e das Instituições, tudo neste Pais é da Opinião que, da Opinião em) a mulher devia ir para o Tarrafal, demitir-se, fazer “hara quiri”, ser enforcada pelo colar de pérolas que transporta ao pescoço e a caracteriza das demais mulheres – por ser sempre o mesmo. Decorridos 3 anos sobre esta afirmação, a pratica do que disse, está ai, ao olhos de todos - tem o nome de Troika, que, e uma vez mais os Tugas permitiram entrar.
A comunicação social deve a meu ver ser refreada nos seus ímpetos sensacionalistas e ser mais pedagógica levando ao povo a leitura de conceitos e definições de sociologia simples, de jornal, que ensine o mesmo povo a não voltar a errar, a embarcar no revanchismo num olho por olho sem precedentes e descabido, onde falta a garra para executar de forma eficaz.
Convulsões induzidas pela indignação a medidas de contenção, cortes, ajustamentos á escala que somos e de onde nunca deveríamos ter saído, não podem ser travadas com incitações programadas pelos media que, tenta objectivamente promover – graves convulsões sociais – antevendo melhores receitas para o seu negócio -como aqui se escreveu.
A imprensa, hoje a Pomposa e erudita Comunicação Social, perverte as regras Democráticas, sem fiscalização e ou responsabilização na autoria interpretação e edição; tal como ser político, em Portugal, ser jornalista é ser mata piolhos, lêndeas, é uma espécie de quitoso. Mais tóxicos, muitos, a maioria, manipulam e criam revoltas; não instruem, não. E o helicobacterpilori reproduz-se e o tratamento com derivados imidazólicos é caro, e o povo não pode pagar (gastou onde não devia, em que não precisava, porque estúpido foi na conversa de quem hoje, porque é preciso, não empresta – os bancos!) e por isso vomita, conspurcando.
Limite-se a acção do jornalista, e coloque-se a sua ciência na defesa do interesse publico e não de uma maioria minoritária, que Governa segundo as regras de maioria democraticamente eleita onde mais de 40% dos eleitores inscritos m se absteve perpetuando a demissão do direito de ser e cidadão e exercer a cidadania de forma coerente e responsável! e
Portugal é cada vez um sitio muito mal frequentado de opinadores, que é o mesmo que dizer, de flatulentos fedorentos, perpetuadas por agentes sem culpa formada!
Não concordo com autor na ambiguidade da compatibilidade da verdade “que o povo tem os governantes que merece e que a classe política não merece o Povo que tem”. Nem uma nem outra me parecem ajustadas a uma verdade subjacente que todos parecem querer ignorar, e assim negando a doença: o povo escolheu de entre o que o sistema há trinta anos lhe mostra – FABULAS!
Ontem vi Vasco Lourenço, um Capitão de Abril, vociferar e elevar um vídeo acessível pelo You Tube, uma obra-prima da manipulação opinativa, peça que leva aos incautos uma mensagem igual à que há uns meses outros montando semelhante ardil exibiam de Sócrates. Vociferava Vasco Lourenço, insulta o primeiro-ministro eleito, e os Portugueses que o elegeram.
Mas quem elegeu aquele morcão a “Capitão de Abril”? Candidatou-se a herói? Que fez pelo pais e pelos párias da altura?
Burgesso, igual aos milhares que empanturram as barrigas de chouriças por essas relíquias esquecidas da feiras populares.
Tal o nervoso miudinho ao pensar no que ontem ouvi e na assertividade da comunicação social em entrevistar VL, que Parti a unha até ao prepúcio…
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