O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Os motivos que levam a imagem da TDT a falhar em Armação de Pêra
Em Setembro publicamos um post onde relatamos as dificuldades que muitos residentes em Armação de Pêra tem para receber em condições o sinal da TDT.
Depois de muitos gastos na compra de novos equipamentos e pagamento a técnicos especialistas os problemas continuam.
A ANACOM como regulador do setor lava as mãos como Pitatos, ou "apoia" a PT comunicações, colocando a responsabilidade no utilizador, como pode ser verificado pela transcrição de e-mail enviado ao blog por um lesado residente em Armação de Pêra.
"Lembramos que dificuldades na receção do sinal relacionadas com problemas nos equipamentos e instalações (descodificadores, antenas, ligações, entre outros) são da responsabilidade de cada utilizador TDT."
Assim atua a PT e o regulador!
Para melhor se perceber o que se passa consulte aqui post colocado no blog TV DIGITAL EM PORTUGAL.
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Interpretações gráficas sobre o momento histórico...
OOOoOO
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Os credores de Portugal recebem mais uma tranche dos juros da divida... |
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A governação portuguesa sabe muito bem o que quer e sobretudo por onde vai..... |
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quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Vamos mostar a Merkel que Portugal merece melhor que...
Fernandos, Soares, Pintos, Portas e Passos
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terça-feira, 30 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
domingo, 28 de outubro de 2012
Problemas com o financiamento do orçamento da Secretaria de Estado da Cultura
É só cortar na roupa, a resposta vem da China!
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sábado, 27 de outubro de 2012
Até nos restarem duas cabeças de sardinha para saciar uma mãe de família, ainda falta muita crise...Descansem que o Gaspassos disso se vai encarregar!
Há dias, um amigo que conta pouco mais de
sessenta anos, a propósito da crise e da pressão e carga fiscais, narrava um
episódio da sua vida remota, o qual, fazendo parte integrante de si jamais pôde
deixar de revisitar amiúde, embora nunca tenha partilhado para além do circulo
restrito da sua família.
Ainda aí, quando o fazia, visava, não
propriamente antever e muito menos augurar, o retorno às condições económicas
precárias da sua primeira década de existência, mas deixar nota aos seus filhos
da enormidade do caminho percorrido atendendo à distancia a que o seu núcleo
familiar se encontrava de tal espectro.
Naturalmente que, invariavelmente com orgulho evidente,
mas jamais exuberante...
Face àquela mesma distância a que se
encontravam todos, a invocação esporádica daquele espectro da sua origem foi
perdendo qualquer interesse pedagógico porquanto ganhou uma patine de “conto de
fadas”, absolutamente irreal e já visivelmente fastidiante para os
destinatários da sua tribo.
Recordou o protagonista que, nesses anos, seu
pai tinha trabalho esporádica e precariamente. A vida em Portugal não era fácil
e no Alentejo ainda menos.
Um dia, durante o salazarismo, na sequência da
criação de um imposto novo [talvez o imposto profissional(?)] um agente do
fisco terá procurado o seu pai para que o mesmo pagasse o referido imposto, o
qual teria sido liquidado em 16$00 (dezasseis escudos).
O seu pai que só tinha biscates de quando em
vez, disse que não o pagaria, primeiro porque não tinha emprego certo, depois
porque não tinha esses dezasseis escudos para lhe dar.
O agente do fisco não conformado pretendeu
penhorar a mesa de refeições da família já que mais não viu naquela casa que
pudesse ser objecto de penhora.
A mesa de refeições foi habilmente construída
pelo seu pai, a partir de umas tábuas de caixotes abandonados, recolhidas ao
longo de algum tempo, estruturadas por pregos velhos, endireitados
(recuperados)para servirem tal propósito.
Nem sequer se tratava de um móvel que pudesse
ser representante de um qualquer estilo com valor num mercado que há época não
existia.
Não se recordava com nitidez de como tinha
acabado a estória porquanto sabia que a mesa tinha continuado a dar à família a
serventia para que tinha sido construída, sabendo no entanto que os dezasseis
escudos do tal imposto não foram pagos, já que, realmente, não existiam.
De facto, melhor dito, não recordo eu como
acabou a estória porque a conversa caiu rapidamente da mesa para as refeições e
nelas ficámos porquanto, em factos elucidativos sobre a economia durante a sua
infância, eram bem mais abundantes !
As refeições, invariavelmente pão na forma de
açorda, algumas vezes com um outro ingrediente disponível.
Dia de festa era aquele onde havia uma ou duas
sardinhas.
Três filhos, pai e mãe que guardava para si as
cabeças (das duas sardinhas) para poder privilegiar cada um dos filhos e o
marido com um lombo das mesmas!
O Portugal de então, pelos vistos, não tão
distante quanto isso, pela mão destes gestores da crise – o governo – teima em
voltar!
E, convenhamos que, até nos restarem duas
cabeças de sardinha para saciar uma mãe de família, ainda falta muita crise.
Acontece é que, no que à metamorfose da crise
diz respeito, a velocidade a que se atinge a profundeza da mesma, aumenta para
o dobro por cada metro que se percorre no sentido da descida. Pelo contrário, a
velocidade a que se sai da crise no sentido ascendente reduz-se para metade por
cada metro que se percorre no sentido da saída.
Infelizmente, esta realidade que ainda está
presente na memória do mais comum dos portugueses com sessenta ou mais anos de
idade, não faz parte do curriculum escolar dos portugueses que nos governam,
nem pela via da aprendizagem que, claramente, alguma vez tenham tido por
experiência vivida.
Estes senhores, pela incapacidade evidente de
avaliarem a situação, pela inconsistência das soluções que defendem e pela
patente inconsequência das medidas empreendidas, são, com o poder de que dispõem,
pessoas perigosas.
E os destinos de Portugal não pode estar
entregue a pessoas perigosas. Disso não temos qualquer dúvida!
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sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Armação: O conceito aberrante de desenvolvimento perpetrado pelos responsáveis de Silves, pela via do "cartoon"!
Excelente representação artística representativa dos últimos vinte anos da política urbanística da Câmara de Silves
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quinta-feira, 25 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Escárnio e Maldizer, sempre em contraciclo, não param!
São inumeras as "correntes" de "fé" ou tão só de "fezadas" as quais, percorrendo a net, chegam às "paletes" aos nossos endereços electrónicos.
Nem todas captam adeptos, mas muitas delas cativam milhões de "crentes" que ajudam a multiplicar o seu numero por milhares de milhões.
Não há, que saibamos, forma de avaliar números exactos ou sequer aproximados. No entanto estamos em crer que, a que recebemos hoje e publicamos, é daquelas que atingirá uma mega difusão, tal o grau de certeza no retorno que seguramente vai gerar a cada um dos seus destinatários.
O escárnio e maldizer não estão em crise e quantos mais anos de governações mediocres maior é a exuberância da sua produção. É um bom exemplo dos chamados Contraciclos.
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Este Governo não é susceptivel de mudar de face!
Não há uma segunda oportunidade para criar uma primeira impressão:
A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos.
(Mia Couto)
O mágico fez um gesto e desapareceu a fome, fez outro e desapareceu a injustiça, fez um terceiro e desapareceram as guerras.
O político fez um gesto e desapareceu o mágico.
(Woody Allen)
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terça-feira, 23 de outubro de 2012
Das Pessoas que Atingem Posições Elevadas
Das pessoas que atingem posições elevadas,
cerimónias, riqueza, erudição, e similares:
para mim tudo isso a que chegam tais pessoas
afunda diante delas — a não ser quando acrescenta
um resultado qualquer para seus corpos e almas —
de modo que elas muitas vezes me parecem
desajeitadas e nuas, e para mim
uma está sempre zombando das outras
e a zombar dele mesmo ou dela mesma,
e o cerne da vida de cada qual
(a que se dá o nome de felicidade)
está cheio de pútrido excremento de larvas,
e para mim muitas vezes esses homens e mulheres
passam sem testemunhar as verdades da vida
e andam correndo atrás de coisas falsas,
e para mim são muitas vezes pessoas
que pautam as suas vidas por um hábito
que a elas foi imposto, e nada mais,
e para mim é gente triste muitas vezes,
gente afobada, estremunhados sonâmbulos
tacteando no escuro.
Walt Whitman, in "Leaves of Grass"
Dedicamos este poema à futura administradora
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segunda-feira, 22 de outubro de 2012
domingo, 21 de outubro de 2012
A via do Gaspar de Treblinka com falsos slogans de que só a obediência concede a felicidade, por uns instantes, antes da morte!
Os cidadãos em geral encontram-se em
circunstâncias deveras difíceis, de grande perplexidade quando serenos, de
enorme ira quando fustigados com novas fronteiras traçadas adentro do seu
pequeno quintal onde, já só com enorme criatividade, atinge o limiar da
subsistência digna. Os que o conseguem, pois muitos outros já vêm aquela
fronteira ser traçada sobre si próprios, convertendo-os em meio cidadãos.
Sabem porque vêem e sentem na pele, se não na
própria, na de muitos e muitos outros, da crise e das perspectivas devastadoras
que, anuncia-se, por aí vem.
Os portugueses em geral tem aguentado, firmes,
progressivamente menos serenos é certo, as politicas de austeridade com a
atitude de um bom pai de um filho que fez asneira da grossa.
Primeiro irrita-se, depois lamenta
justificadamente a sua sorte e depois começa a equacionar a forma de resolver o
problema do seu filho.
Claro que o bom pai a que nos referimos, no
entretanto questiona-se, invariavelmente, onde terá errado, detectando
frequentemente, se for exaustivo, nalguma das suas omissões - e há sempre uma
quando somos inquisitoriais connosco próprios - a eventual causa remota da
asneira do seu filho.
E a estória processar-se-á sempre assim,
enquanto for possível àquele pai solver a divida do seu infeliz filho, ainda
que com algum sacrifício.
Enfim, age como se a divida fosse sua e,
agindo assim, age como se aquela tivesse sido contraída por si.
De algum modo e com as excepções sempre
justificadíssimas, tem sido assim, resignados e serenos que os portugueses têm
assistido ao empobrecimento generalizado que as politicas de austeridade
tendentes à redução do défice e ao pagamento da divida, obrigam.
Sem correr o risco de imodéstia, consideramos
os portugueses um povo com uma capacidade extraordinária de sacrifício. Para
quem tiver dúvidas o “espectáculo” televisivo diário que o povo grego exibe,
está aí para o demonstrar à contrario
sensu!
Mas, voltando ao protagonista deste post, o
bom pai de família, nem sempre agiria da mesma forma...
Bastaria que o montante da divida do seu filho
ultrapassasse a sua capacidade de pagamento, ainda que no limite da sua
capacidade de sacrifício.
Compreenderia facilmente que honrar a divida
do filho, nos termos em que o credor o exige, determinaria não utilizar
transportes para o trabalho (ir a pé obrigá-lo-ia a levantar-se todos os dias
pelas cinco da manhã e chegar às dez da noite), determinaria tirar os outros
filhos da escola (os transportes e os livros e as refeições seriam
insuportáveis) determinaria terem uma refeição por dia (açorda, as vezes com
alho e uma vez ou outra com ovo) determinaria deixar de pagar a hipoteca ou a
renda (ainda que baixa) e depois, viver ao relento (sem renda paga é despejado)
determinaria que deixasse de pagar o Lar onde a sua mãe, doente de Alzheimer,
se encontrava hospedada, determinaria cancelar o seguro de saúde e claro,
deixar de pagar os impostos que lhe cabem neste orçamento, e ainda assim,
porque o seu rendimento familiar é de €1.350,00, ainda assim não conseguiria
pagar a divida que lhe impunha uma mensalidade de 1.400,00 mensais.
Mas, o que diria qualquer pessoa, se ainda
assim, o bom pai de família insistisse em pagar a divida naquelas condições,
fazendo ver à mulher e aos outros filhos que conseguiria?
E o que diria qualquer pessoa, se ainda assim,
o bom pai de família insistisse em pagar acima da prestação da divida, nas
mesmas condições, fazendo ver à mulher e aos outros filhos, não só que
conseguiria, como ainda que seria melhor assim pois acaba de pagar a divida
mais cedo?
Em qualquer caso que estava louco e precisava
de ser internado, urgentemente, uma vez que se impunha que trabalhasse para o
sustento da sua família!
Grosso modo, o que o governo propõe com o presente
OGE é a loucura que o bom pai de família da nossa estória faria se insistisse
em pagar(atingir o défice exigido), nas condições determinadas pela Troika ou
agravadas pela arrogância da ignorância do governo da nação.
É, declaradamente, optar por se portar bem num
campo de extermínio, visando manter-se vivo por mais alguns dias!
Sabemos que a nossa economia é pequena! E
sabemos que as nossas elites ainda são mais pequenas que aquela.
Sabendo a verdade, sabemos a sua consequência:
como poderemos e sobretudo quando, ser um pais sustentável economicamente
depois de o colocarmos de novo nos anos cinquenta ou mesmo quarenta?
Com a solidariedade europeia? Não nos parece
que essa via seja credível, pois não se verificando agora, quando é patente,
necessária e urgente, é patente que o projecto europeu, tal como foi
contratado, deixou de existir!
O caminho que escolhemos e a solução que não
discutimos conduz-nos para uma existência próxima de um modelo que já nem sequer
imaginamos: o de uma Bulgária ou uma Roménia dos tempos da Cortina de Ferro.
O único aspecto positivo que tal expectro encerra é o de sabermos de entemão que lá não iremos ter que levar com o Gaspar (nem como outros que tais). É que nessa altura ele vai estar certamente a viver em Bruxelas ou Nova Iorque, bem longe desta piolheira!
sábado, 20 de outubro de 2012
Os crocodilos que voam baixinho, não deixam, por isso, de ser predadores!
O senhor Gaspar, durante uma conferência de imprensa visando a apresentação do OGE, referiu que, se repetissem a pergunta acerca de alternativas a este orçamento, a sua resposta seria a mesma e provavelmente usando um tom de voz ligeiramente diferente.
Tal linguagem de mau-gosto motivou, justamente, as inevitáveis reacções no commentariat nacional.
Não teremos, certamente, lido ou ouvido todas, mas qualquer coisa nos diz que ninguém lhe deu uma resposta à letra!
Esqueceram-se de o informar que, na rua, os portugueses já subiram o tom de voz há muito! Evidência do mal-estar que as "políticas" financeiras do governo, mais propriamente do snr. Gaspar, de sentido único, há muito esgotaram a paciência, essa sim de Job, dos contribuintes.
O snr. Gaspar, também na elevação do seu tom de voz atrasado, continua a reboque de uma estratégia estrangeira, ou, na melhor das hipóteses péssimas, sem perceber das consequências, económicas e sociais, que aquela determinará para Portugal e para os portugueses, ou, na pior das péssimas hipóteses, sabendo muito bem o que está a fazer.
No primeiro caso, não passará do "nabo mais competente que conhecemos", como Mário Soares um dia apodou Victor Constâncio, no segundo caso, tratar-se-á um verdadeiro Conde Andeiro!
Em qualquer dos casos, defenestrá-lo da politica portuguesa, gentilmente e num tom de voz suave, parece-nos de elementar decência democrática.
Tal linguagem de mau-gosto motivou, justamente, as inevitáveis reacções no commentariat nacional.
Não teremos, certamente, lido ou ouvido todas, mas qualquer coisa nos diz que ninguém lhe deu uma resposta à letra!
Esqueceram-se de o informar que, na rua, os portugueses já subiram o tom de voz há muito! Evidência do mal-estar que as "políticas" financeiras do governo, mais propriamente do snr. Gaspar, de sentido único, há muito esgotaram a paciência, essa sim de Job, dos contribuintes.
O snr. Gaspar, também na elevação do seu tom de voz atrasado, continua a reboque de uma estratégia estrangeira, ou, na melhor das hipóteses péssimas, sem perceber das consequências, económicas e sociais, que aquela determinará para Portugal e para os portugueses, ou, na pior das péssimas hipóteses, sabendo muito bem o que está a fazer.
No primeiro caso, não passará do "nabo mais competente que conhecemos", como Mário Soares um dia apodou Victor Constâncio, no segundo caso, tratar-se-á um verdadeiro Conde Andeiro!
Em qualquer dos casos, defenestrá-lo da politica portuguesa, gentilmente e num tom de voz suave, parece-nos de elementar decência democrática.
Enquanto Gaspar conserva o tom palaciano, monocórdico e entediante das suas comunicações fatais, o volume elevado da contestação vai recorrendo a figuras de estilo neo realistas...
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