O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Banca: Salve-se o nosso "Amigo de Peniche"!


AS COISAS não vão bem! queixam-se as pessoas de qualquer extrato social.

Apesar da constante pressão catastrofista da comunicação social, que, de resto, tem na sua origem boa razão de ser, muita gente ainda não interiorizou a crise, as consequências da sua evolução previsível e o efeito no dia-a-dia de cada um caso venham a verificar-se os priores prognósticos.


A BANCA, de quem todos dizem mal pelas razões sobejamente conhecidas de quase todos, mesmo daqueles que não recorrem ao crédito, ficando-se por simples depositantes, está a passar um mau bocado também.


Pediu muito dinheiro a taxas confortáveis, rentabilizando-o oferecendo crédito a todos, encontrando-se descapitalizada face aos níveis baixos da poupança captada e às restrições existentes para obtenção de mais crédito, de mais mercadoria para comercializar.


Para além do crédito mal parado...


DO EMPRÉSTIMO da Troika a Portugal, cerca de 12 mil milhões de euros eram (são?) destinados à banca, tendentes à sua solvabilidade e com esta ao desempenho “normal” da sua actividade alavanca da economia.

Sucede agora que as exigências da Troika quanto a este empréstimo, por razões que para nós não estão completamente esclarecidas (embora talvez não sejam difíceis de compreender), são conducentes a, num futuro próximo ficar aquela ou os países (ou financiadores) que a integram, com a propriedade do capital dos banco nacionais a quem se destinavam aqueles 12 mil milhões.


Compreensivelmente (ou não) os principais “donos” do capital dos bancos parecem não estar pelos ajustes. Não estão para perder o domínio sobre tão importantes empresas ou o poder que lhes conferem. Recusam, segundo consta nos "mentideros", pura e simplesmente, aceitar o empréstimo nessas condições.


PARA OBVIAR, tentam, desenfreadamente com todas as ajudas que podem angariar, que não lhes sejam exigidos tais garantias ou sacrifícios.


Vamos ver o que sucede...


O que é facto é que, se os bancos não encaixarem tais montantes RAPIDAMENTE, a sua actividade em prol do desenvolvimento económico, já bastante diminuída, encontra-se profundamente ameaçada no curto prazo e a menos curto prazo até a sua solvência pode ser questionada. E a nossa também...


A SITUAÇÃO DA BANCA provavelmente exige as garantias pedidas pela Troika. Não esqueçamos que muitos dos créditos no seu activo são absolutamente virtuais, isto é, algumas centenas, senão milhões de milhões concedidos a algumas empresas, só muito dificilmente serão pagos e mais provavelmente seguirão o caminho dos incobráveis.


NUMA PRIMEIRA abordagem, grande parte dos espectadores sentirão, mais ou menos exteriorizado, um prazer mórbido ao ver a banca a passar por aquilo que, de algum modo já fizeram passar a si ou a alguns dos seus amigos.


No entanto, numa segunda abordagem, ironia das ironias, ficamos do lado da banca face à diligência securitária dos fornecedores do dinheiro, aceitando a sua vitimização face aqueles “agiotas”.


Neste carrossel da crise financeira, poucos representam o melhor do seu papel. Mais comum é constatar-se que muito poucos fizeram o que deviam para acautelar toda a classe de desmandos que aqui nos conduziram. Alguns até o terão traído completamente.


CONSTATA-SE AINDA que apesar de já levarmos alguns anos de consequências financeiras globais dramáticas em resultado dos abusos dos principais agentes financeiros mundiais e das práticas tímidas na sua repressão ou sequer regulamentação, as respostas continuam tímidas, próximas dos botões de cada um dos protagonistas, como se dos factos não tivessem retirado qualquer conclusão construtiva, ou como se fosse possível passar incólume ao dilúvio anunciado se se conservarem a lentidão, a tibieza e o egoísmo a enfermarem o essencial de qualquer decisão por parte dos países mais poderosos.


A BANCA, tal como a democracia para a política, é o sistema de apoio ao desenvolvimento e à iniciativa privada menos defeituoso que o homem conseguiu conceber. Podemos tentar conceber outro, sem dúvida que sim. Algumas tentativas já falharam. Outras poderemos ensaiar, mas...até lá, sendo um “amigo de Peniche” da economia, é o único que temos!


SEM PREJUÍZO de a educarmos (regularmos) melhor para outra disciplina, concurso e cooperação comunitária!


E a educação costuma constituir encargo dos Estados!

domingo, 18 de setembro de 2011

Um arrumador de carros bêbado

O grande problema de Portugal é que, quem elege os governantes não é o pessoal que lê os jornais, mas sim quem limpa o rabo com eles!

Recebemos, com pedido de publicação, um texto que transcreve um requerimento ao senhor presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses.

Desconhecemos se o requerimento deu entrada nos respectivos serviços e nesse caso se foi deferido ou não. Desconheçemos também se os factos que o mesmo dá como verificados, na realidade ocorreram.

Como não podemos confirmar ou infirmar qualquer dos factos, achamos prudente tratar tal requerimento como mera ficção.

O que não lhe retira sentido enquanto retrato da sociedade portuguesa actual. Com inegável humor também.


Exmo. Senhor Presidente
da Câmara Municipal de
Marco de Canaveses

Joaquim Manuel Coutinho Ribeiro, eleitor nº 6 da freguesia de Soalhães, vem
expor e requerer a V. Exa o seguinte:

1. Na reunião da Assembleia Municipal do passado dia 29, ouvi V.Exa afirmar
que, a partir desta semana, iria passar a dispor de um Audi A 6.

2. E percebi, das suas palavras, que não se tratava de um acto de vaidade
pessoal, mas uma forma de melhorar a imagem do município, pois que a viatura
estaria ao serviço do município e não do seu presidente.

3. Reflectindo sobre o assunto, lembrei-me de que o Audi do município poderá
resolver-me um problema logístico que tenho em mãos.

4. No próximo dia 11, é o casamento da minha prima Ester (jovem médica) com
o David (jovem médico).

5. Pediu-me a minha prima que a transportasse à Igreja, ao que eu anuí.

6. Lembrei-me, depois, que o meu carro só tem duas portas o que,
convenhamos, não é muito operacional para o efeito, sobretudo para entradas
e saídas, já que o vestido poderá ficar agarrado e eventualmente rasgar-se.

7. Foi desta forma que me lembrei que, sendo eu munícipe do Marco, e estando
o Audi ao serviço do município, seria um acto da maior justiça que eu
pudesse transportar a minha prima ao casamento no dito Audi A 6.

8. Ainda pensei que talvez pudesse requerer a utilização do jeep Toyota, mas
temo que os convidados possam gozar a noiva por se deslocar em tal veículo.

9. Opto, pois, pelo Audi, com a promessa de que o entregarei lavado e com o
combustível reposto.

10. Dispenso o motorista.

Face ao exposto, requeiro a V. Exa se digne emprestar o A6 para
utilização deste modesto munícipe no próximo dia 11, durante todo o dia.

Pede e Espera deferimento

Joaquim Manuel Coutinho Ribeiro

sábado, 17 de setembro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O Buraco "Negro" da Madeira



Passos, estou sem saldo Kolmi

Envia urgente para a Madeira o valor do corte do subsídio de Natal, o do aumento do IVA da electricidade e do gás e vê se arranjas mais algum.
O buraco é grande, mas foi tudo para o bem comum do povo desta nossa Madeira e não só.

Regulador quer subir preço da electricidade em 30% para 2012



Vamos ter que viver à luz da lua.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Europa à beira do precipício



John Maynard Keynes brincou um dia: "A longo prazo, estaremos todos mortos".

Os líderes europeus, continuam focados no longo prazo em detrimento dos imperativos de curto prazo, este comportamento pode ser de facto a sentença de morte para a moeda única.


Pode ler aqui o texto de Barry Eichengreen (http://www.project-syndicate.org/commentary/eichengreen34/English)

O Automóvel e a sustentabilidade do sistema

Decidimos fazer uma escuta ilegal. Escolhemos uma conversa entre um jovem contribuinte que pretende dar os seus primeiros passos motorizado, montado em quatro rodas, uma vez que os transportes públicos no Algarve são escassos, e o Estado que, pretensamente, a todos assegura condições elementares de existência.


Contribuinte - Gostava de comprar um carro.

Estado - Muito bem. Faça o favor de escolher.

Contribuinte - Já escolhi. Além do preço, tenho que pagar alguma coisa mais?

Estado - Sim. Imposto sobre Automóveis (ISV) e Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

Contribuinte - Ah... Só isso.

Estado - ... e uma "coisinha" para o pôr a circular. O selo.

Contribuinte - Ah!..

Estado - ... e mais uma coisinha na gasolina necessária para que o carro efectivamente circule. O ISP.

Contribuinte - Mas... sem gasolina eu não circulo.

Estado - Eu sei.

Contribuinte - ... Mas eu já pago para circular...

Estado - Claro!...

Contribuinte - Então... vai cobrar-me pelo valor da gasolina?

Estado - Também. Mas isso é o IVA. O ISP é outra coisa diferente.

Contribuinte - Diferente?!

Estado - Muito. O ISP é porque a gasolina existe.

Contribuinte - ... Porque existe?!

Estado - Há muitos milhões de anos os dinossauros e o carvão fizeram petróleo.. E você paga.

Contribuinte - ... Só isso?



Estado - Só. Mas não julgue que pode deixar o carro assim como quer.

Contribuinte - Como assim?!

Estado - Tem que pagar para o estacionar.

Contribuinte - ... Para o estacionar?

Estado - Exacto.

Contribuinte - Portanto, pago para andar e pago para estar parado?

Estado - Não. Se quiser mesmo andar com o carro precisa de pagar seguro.

Contribuinte - Então pago para circular, pago para conseguir circular

e pago por estar parado.

Estado - Sim. Nós não estamos aqui para enganar ninguém. O carro é novo?

Contribuinte - Novo?

Estado - É que se não for novo tem que pagar para vermos se ele está

em condições de andar por aí.

Contribuinte - Pago para você ver se pode cobrar?

Estado - Claro. Acha que isso é de borla? Só há mais uma coisinha...

Contribuinte - ...Mais uma coisinha?

Estado - Para circular em auto-estradas

Contribuinte - Mas... mas eu já pago imposto de circulação.

Estado - Pois. Mas esta é uma circulação diferente.

Contribuinte - ... Diferente?

Estado - Sim. Muito diferente. É só para quem quiser.

Contribuinte - Só mais isso?

Estado - Sim. Só mais isso.

Contribuinte - E acabou?

Estado - Sim. Depois de pagar os 25 euros, acabou.

Contribuinte - Quais 25 euros?!

Estado - Os 25 euros que custa pagar para andar nas auto-estradas.

Contribuinte - Mas não disse que as auto-estradas eram só para quem quisesse?

Estado - Sim. Mas todos pagam os 25 euros.

Contribuinte - Quais 25 euros?

Estado - Os 25 euros é quanto custa o chip...

Contribuinte - ... Custa o quê?

Estado - Pagar o chip. Para poder pagar.


Contribuinte - Não percebo ...

Estado - Sim. Pagar custa 25 euros.

Contribuinte - Pagar custa 25 euros?

Estado - Sim. Paga 25 euros para poder pagar.

Contribuinte - Mas eu não vou circular nas auto-estradas.

Estado - Imagine que um dia quer...tem que pagar.

Contribuinte - Tenho que pagar para poder pagar porque um dia posso querer?

Estado - Exactamente... Você paga para poder pagar o que um dia pode querer.

Contribuinte - E se eu não quiser?

Estado - Paga multa.


Contribuinte - O que dá muito jeitinho...

Estado - Não percebo!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Despedida por faltar ao trabalho (para doar o rim ao filho...)



Uma mulher norte-americana, de 42 anos, foi despedida por demorar muito tempo a regressar ao trabalho. Claudia Rendon trabalhava numa empresa em Filadélfia, estado da Pensilvânia, e suspendeu a actividade laboral para doar um rim ao filho.

Claudia Rendon pediu baixa médica em Julho e deveria regressar ao trabalho a 1 de Setembro, segundo a reportagem da cadeia de televisão 'Fox'. Em casos normais, a recuperação deste tipo de intervenção obriga a uma paragem de oito semanas. Durante o processo, a empresa induziu a mulher a assinar uma declaração em que reconhecia que o seu posto de trabalho não estava assegurado.

A 24 de Agosto, Claudia Rendon fez uma visita casual ao local de trabalho e informou o patrão que não sabia se poderia regressar a 1 de Setembro, devido às fortes dores de costas que sentia. O hospital da Pensilvânia, onde mãe e filho foram assistidos, enviou uma carta à empresa, informando que a mulher estaria apta para regressar ao trabalho no dia 12 de Setembro. Mas para o patrão já era demasiado tarde. No dia 8, Claudia regressou ao local de trabalho e descobriu que o seu posto já estava ocupado.
Claudia Rendon garantiu, em entrevista ao canal ABC, que estava disposta a regressar ao trabalho a qualquer altura. “Se eles me tivessem dito para voltar naquele dia, eu teria voltado”, afirmou. A empresa alegou que tinha direito legal para demitir a funcionária.

Quem não esconde a indignação e o descontentamento é Alex Rendon, filho de Claudia. “Ela salvou a minha vida”, disse, perguntando: “Quem mais pode dizer que a sua mãe lhe deu a vida duas vezes?”.

Sem comentários...

...ou melhor:todos se lembram da professora portuguesa, com um cancro, em adiantado estado, a quem o Estado não só não concedeu a reforma, como obrigou a continuar a trabalhar e que faleceu recentemente. O sistema em que assenta o pretenso Estado social cria situações escandalosas com relativa frequência. Por um lado protege genericamente mesmo os que, tendo condições para trabalhar, não o fazem com a eficiência exigível, por outro revela-se absolutamente indiferente a situações que, requerendo justificadamente a aplicação das regras de assistência social vulgares, são postergadas para o esgoto da humanidade.

O Estado Social até pode não ser possível tal como o conheçemos, atentas as actuais circunstâncias, porém, em quaisquer circunstâncias, a solidariedade é possivel!Por isso justificadamente desejável!

Ao pagarmos os impostos, justos e injustos, é no pressupostos de que não iremos assistir a casos destes !
Também aqui nos enganamos!

A fila de espera...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

sábado, 10 de setembro de 2011

A Privatização da Água a Referendo. Uma Petição para subscrever e levar a sério!

A prevista privatização da água é, materialmente, um verdadeiro disparate. Mas, para além disso, um bem alheio ao governo, este ou qualquer outro, pelo que este não pode, nem deve, dispôr do mesmo sem uma consulta séria aos respectivos proprietários - os cidadãos -. E, quanto a nós, o assunto e a consulta são de tal modo importantes, que não se podem esgotar na confiança concedida aos representantes do povo eleitos por sufrágio directo e universal. Alías esta última consulta não integrou esta questão, pelo que os deputados não têm poder para sobre ela decidir em nome do povo.


Agir legitima e democráticamente nesta importante matéria implicará assim uma consulta generalizada aos cidadãos, através de Referendo. Não há outra forma de o fazer, com respeito pela vontade dos cidadãos.


Corre pela Net uma petição sobre a matéria, a qual, aconselhamos vivamente a todos os cidadãos que a subscrevam.


Eis o texto da mesma e o respectivo endereço electrónico:


A água é parte constituinte do planeta Terra, como qualquer recurso, apresenta valores muito escassos e face a esse facto a sua gestão torna-se premente e indispensável.





Com o exponencial crescimento da população humana e com a tipologia de vida que a Humanidade tem vindo a desenvolver, a pressão sobre a água doce disponível tem vindo a acentuar-se. 




O Homem, como todos os seres vivos tem a necessidade deste bem para a sua sobrevivência. 



Estes factores obrigam a que a gestão deste bem seja feita com a maior cautela. 



Desse modo, consideramos que algo tão fundamental não deve e não pode ser alvo de uma gestão privatizada que naturalmente visaria a lógica empresarial com base na obtenção de lucros e mais-valias.


Acresce que o fornecimento deste bem deve ser Universal, não podendo mais uma vez estar sujeito a cálculos ou premissas de cariz financeiro. 




Nesse sentido, vimos desta forma solicitar que o controlo da gestão da água e respectiva rede de abastecimento seja garantido pelo Estado, dotando as autarquias locais, ou outra entidade central de financiamento que permita a manutenção da distribuição , de forma a garantir a sua Universalidade e qualidade, mediante um preço justo, devendo este ser calculado em função do consumo e sua tipologia, nunca tendo por base a localização geográfica dos cidadãos.


Considerando ser esta uma decisão que afecta directamente os Direitos fundamentais, vimos propor que seja realizado um referendo nacional com vista a garantir a legitimidade de uma medida desta natureza em prol da Democracia e da Cidadania. 



http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N11644

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Os reais mecanismos da História...



Documentário A NÃO PERDER, elucidativo acerca do mecanismo que realmente "produz" uma boa parte da história.

Com uma simplicidade inquietante explica aquilo que muitos responsáveis politicos e da comunicação social parecem ignorar. Quer quando agem no exercicio das suas funções, quer, sobretudo quando se dirigem aos cidadãos, contribuindo efectivamente para a opacidade da informação, para a desinformação e para a ignorância de todos.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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Património Natural

Algarve