Documentário A NÃO PERDER, elucidativo acerca do mecanismo que realmente "produz" uma boa parte da história.
Com uma simplicidade inquietante explica aquilo que muitos responsáveis politicos e da comunicação social parecem ignorar. Quer quando agem no exercicio das suas funções, quer, sobretudo quando se dirigem aos cidadãos, contribuindo efectivamente para a opacidade da informação, para a desinformação e para a ignorância de todos.
2 comentários:
Caríssimo Bloger
Apenas hoje me foi possível aceder a esta peça de inestimável valor, quero crer sem sofisma nem reserva mental que é genuína na perspectiva do "arrependido" que lhe dá cara. A escolha de Kenny Gee driblando o seu saxofone enquanto lemos uma comovente mensagem de redenção e coragem, é um toque de classe e de Grão Mestre da intelectualidade suprema.
Mas a mensagem é "mortal"! Tão mortal quanto a derrocada de uma encosta desprotegida que no seu trajecto de devastação, mata! É impressionante o conteúdo da mensagem que John Perkins protagoniza; de facto traduz a verdade Universal em que vivemos, o desequilíbrio entre os homens e as mulheres que habitam este calhau azul. Mas é também visceralmente revoltante saber que todos os dias penso, vejo o "filme", escrevo apontamentos intensos e ninguém me escuta ou considera. Viva o Calimero!
Sou denunciante acérrimo dos crimes com que estes "assassinos económicos",maioritariamente oriundos dos States, têm "enriquecido" o Mundo.Este filme é um violento e intenso "shot"na carótida com a mais potente heroína(sem nunca ter tido essa experiência material)
E pergunto: que, como e quando fazer, agir contra e dizimar, aos poucos, estes assassinos económicos, que, a monte, falidos, desesperados em manter os elevados padrões de vida, arrastam consigo a humanidade para uma catacumba sem a saída que não um holocausto humanitário que a acontecer não deixará testemunhas.
Estive recentemente em África, Continente vitimado pelos assassinos que John Perkins descreve, e, confesso não ter gostado do que vi, senti, escutei. Vem aí "bernarda",feia e intensa, a muito curto prazo, e serão também os inocentes os primeiros a tombar; mas creio que desta vez a hegemonia militar não vai bastar - não mata a fome, e quem a tem, a hegemonia das armas, vai sucumbir, desta feita - à FOME. É uma mera questão de tempo, pouco tempo, em menos de uma década.
Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de ser feito. Alguns Homens são uns pequenos burros: julgam-se incondicionalmente livres, e esquecem/ignoram que nunca alguém será livre enquanto houver flagelos. Já se disse que as grandes ideias vêm ao mundo mansamente, como pombas. Talvez, então, se ouvirmos com atenção, escutaremos, no meio do estrépito dos impérios e nações, um discreto bater de asas, o suave acordar da vida e da esperança. Alguns dirão que tal esperança, jaz numa nação; outros, num homem.
Eu creio, ao contrário, que ela é despertada, revivificada, alimentada por milhões de indivíduos solitários, cujos actos e trabalho, diariamente, negam as fronteiras e as implicações mais cruas da história. Como resultado, brilha por um breve momento a verdade, sempre ameaçada, de que cada e todo o homem, sobre a base de seus próprios sofrimentos e alegrias, constrói para todos.
(continua)
(continuação)
"Quando a China despertar, o mundo tremerá". Quem o disse foi Napoleão Bonaparte, em 1816. E ninguém poderá negar-lhe o direito ao epíteto de visionário, por muitos defeitos que tivesse.
Lembro-me bem de um livro que o meu avô nos recomendava ler, há muitos anos: Quando a China Despertar, de Alain Peyreffite (*), que nos dava conta dessa mesma... realidade. Ia escrever "ameaça", mas detive-me a tempo. "Só será ameaça se a Ocidente e a Oriente desta, Europa e América, se ignorar essa força emergente e não se preparar para ela", dizia o meu avô.
E tinha razão no vaticínio, porque me parece que foi exactamente o que aconteceu. A velha Europa, sobretudo - arrogante e narcisista por natureza - deu-se ao luxo de subestimar o gigante que se espreguiçava lentamente, abandonando o sono de séculos a que fora obrigado. A China sofreu e aprendeu, sofreu mais e aprendeu mais. E despertou, afinal. A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos não foi mais do que uma (belíssima) demonstração dessa pujança, dessa força imbatível que alia orgulho na tradição, disciplina férrea e total ausência de individualismo.
Todas estas características nos abandonaram há muito, a nós que adoramos o protagonismo e que reagimos mal ao sacrifício em prol do colectivo. A nós, Ocidentais, que nos deixámos dormir no pedestal em que nós próprios nos colocámos, julgando o lugar eternamente garantido, agora, de repente, queixamo-nos de uma invasão em massa, de uma divida soberana sem valor; invadimos o Norte de África numa pratica violenta e devastadora de implementação do direito à Democracia. Porque raio a Europa e a América se preocupa com os direitos humanos, o reequilíbrio social, quando mata, e tem a seu soldo MILHÔES de assassinos económicos sem culpa, sem responsabilidade sem castigo?
A China despertou! Mas não é esse o problema. Esse, o grande problema, é termos adormecido, entretanto.
(*) O mesmo autor escreveu há poucos anos, antes de morrer, "A China despertou"... e eu como cidadão, não dormi qb, fui dando um Coup d´oeil" no entretanto, mas não consegui preparar-me para um dia destes sucumbir a uma qualquer bala ou estilhaço perdido, que não me era dirigido.
Obrigado Bloguer, pela"brilhantina" ao por este magnifico vídeo ao meu dispor, e sem "imposto de selo"...
Cumprimentos
Luis Barbosa
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