sexta-feira, 15 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
terça-feira, 12 de julho de 2011
Humor negro

Esta charada de carimbar as notas com o aviso que vemos porém, pode ter uma vantagem adicional ao humor que encerra: um lembrete assíduo para que os Euros, hoje em dia, sejam utilizados, por todos a começar pelo Estado, com muito mais juízo!
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Un Souvenir de toi?


A produção e secagem do figo e amêndoa, que têm tão profundas raízes na nossa economia agrícola de base mediterrânica encontram-se pelas "ruas da amargura". A tradição do seu consumo continua a mesma e a identificação de tais produtos com o Algarve é de tal ordem que justifica perpectuá-la a qualquer custo, pois, aparentemente, são produtos com procura e geradores de lucro.
A exemplo do azeite, que os nossos parcos agricultores foram deixando de produzir, mas que os espanhois não descuraram, encontra-se demonstrado que é possivel criar riqueza cultivando produtos tradicionais, gerar emprego e mais valias, em terra portuguesa.
É certo que, nada mudando, teremos dificuldade em competir com os salários turcos e a capacidade industrial americana; mas isso, é uma certeza para tudo na vida.
Nuestros hermanos provaram que, pelo menos quanto à oliveira, mudando alguma coisa, pode vir a ser-se competitivo e até o mais competitivo.
Não estará na altura de mudar alguma coisa no figo e na amêndoa?
A nossa economia agradeceria!
domingo, 10 de julho de 2011
sábado, 9 de julho de 2011
O Newton da EDP e a cultura da opacidade e do logro!
O arco-íris é um fenómeno óptico e meteorológico que separa a LUZ do SOL nas suas várias cores componentes quando o mesmo brilha sobre gotas da chuva. É um arco multicolorido com o vermelho no seu exterior e o violeta no seu interior; a ordem completa é vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (ou índigo) e violeta.
No entanto, a grande maioria das pessoas consegue discernir apenas seis cores, e o próprio Newton viu apenas cinco cores, adicionando-lhes mais duas apenas para fazer analogia com as sete notas musicais.
Este fenómeno natural tem sido provocado por meios artificiais criados pelo homem depois do seu estudo e compreensão.
Um exemplo disso é a conta da LUZ da EDP!
A conta da Luz da EDP é também um todo de várias verbas componentes quando a respectiva factura atinge o consumidor...
É um fenómeno perante o qual muito poucos consumidores conseguem discernir sobre as verbas componentes daquele impacte nos seus bolsos...
Menos consumidores ainda compreenderão ao detalhe a que cada parcela daquele montante diz respeito...
E ainda menos consumidores saberão mesmo o que estão a pagar, pois colocam todas aquelas parcelas no mesmo saco: é a conta da luz!
Sucede que, tal como o Sol, a EDP tem o seu Newton!
Este Newton nacional, que lá conseguiu arranjar atenção e paciência para decompor a LUZ da EDP, concluiu que consta da mesma uma verba a que chamam de CONTRIBUIÇÃO AUDIOVISUAL a qual importa em cerca de €3,42 Euros, embora pareça variar!
De uma curiosidade insaciável, o Newton nacional procurou a ajuda de um historiador e atingiu nova descoberta: trata-se da versão turbo da antiga taxa de radiodifusão, que na sua versão original gerou ódios viscerais dos consumidores que a desprezavam por, entre outras razões a considerarem injusta e inadequada, recusando-se, na generalidade, a pagá-la. Entre outros argumentos o consumidor exigia como contrapartida não ser destinatário de qualquer publicidade.
O espírito cientifico de Newton desde logo procurou a razão porque devem todos os consumidores pagar uma contribuição audiovisual?
A sua fundamentação assentará no facto de termos acesso à televisão! Pelo menos era assim que no tempo em que não davam explicações aos consumidores se justificava a famigerada taxa.
Se assim é, sem embargo de cá voltarmos de novo, que razão assiste a uma cobrança generalizada a todos os clientes da EDP?
- Será que os condomínios (partes comuns dos prédios) que têm contador próprio e por conseguinte factura da EDP para pagar, justificam tal contribuição para o audiovisual?
- Será que o depósito das alfaias agrícolas, no meio do campo, com contador próprio e por conseguinte factura da EDP para pagar, justificam tal contribuição para o audiovisual?
- Será mesmo que todos os consumidores de electricidade têm televisão?
Quantos mais exemplos se poderão dar de contadores instalados em espaços sem vivalma?
Por outro lado,
Os consumidores pagam os seus impostos para conceder meios ao Estado que lhe permitam fazer face e prover as necessidades essenciais da comunidade. De entre estas necessidades contam-se, naturalmente e hoje mais que nunca, as infraestruturas que permitem a difusão dos sinais do audiovisual.
Tendo em conta esta circunstância não tem qualquer razão de ser adicionar ao contribuinte mais esta contribuição, a qual nem sequer tem qualquer relevância fiscal para quem a paga.
Por outro lado ainda,
- Será que o custo da prestação de serviços da MEO, ZON, CABOVISÂO e etc, que milhões de portugueses suportam e no futuro, todos os que têm televisão suportarão, não justifica que, quem é dono do negocio seja quem deva suportar os meios necessários à execução e desenvolvimento do seu negócio?
Mas, independentemente daquela questão principal, outra, secundária, que é a da razão da cobrança por via da factura da EDP?
Não por razões de transparência certamente, mas tão só por razões de eficácia quer quanto ao numero de consumidores (abarcando quem é beneficiário do audiovisual e quem não é) quer pelo método adoptado que conduz à indivisibilidade da factura, não se podendo dissociar no pagamento o que é energia do que é contribuição de duvidosa adequação, quer quanto à natureza do tributo, uma vez que deste modo consegue passar completamente despercebido e na maioria dos casos absolutamente branqueado, quer quanto à coercividade da cobrança: quem não paga fica sem energia!
Ora, se o número de fogos em Portugal anda pelos 1,6 per capita, e mesmo querendo ser absolutamente prudentes admitirmos que existem 10.000.000 de fogos que terão 10.000.000 de contadores e respectiva factura fácil se torna encontrar 30.000.000 de Euros, mensais, e €300.000.000 anuais dos quais, boa parte deles são indevidos e todos eles imorais!
O que nós também desconhecíamos é que este abuso é tão ordinário que a sua imperatividade é certamente ilegal.
Certamente ilegal dizemos nós porquanto É POSSIVEL AO CONSUMIDOR IMPEDIR ESSE CONFISCO AUTOMÁTICO.
É QUE EXISTE UMA MINUTA DE REQUERIMENTO NA EDP QUE SE PODE E DEVE PEDIR E PREENCHER, A NÃO AUTORIZAR QUE A EDP FAÇA ESSA COBRANÇA.
E JÁ EXISTE Há MUITO TEMPO!
BASTA PREENCHER, COM O Nº DO CONTRIBUINTE E B.I., E JÁ ESTÁ!
NO MÊS SEGUINTE (ou na próxima cobrança) JÁ NÃO VEM O AUDIOVISUAL PARA PAGAR.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
O que mudou com a situação aflitiva das finanças publicas?
Gostava de partilhar algumas impressões e reflexões com os amigos do Blog Cidadania. Se acharem que tem sentido, agradeço a publicação:
Há dois meses atrás, os então partidos da oposição, os media a eles favoráveis e o próprio PR, mais ou menos explicitamente consoante os casos, diziam o seguinte:
- Que, dadas as dificuldades da situação financeira, impunha-se falar verdade aos portugueses;
- Que a campanha eleitoral deveria decorrer com seriedade e verdade, pelas mesmas razões;
- Que os problemas do país eram resultado da desastrosa gestão do governo Sócrates, de modo que, de pouco ou nada adiantaria criticar as agências e os mercados e muito menos diabolizá-los. Aqueles agiam racionalmente e apenas faziam o seu trabalho !
- Que a oposição resolveu derrubar o governo reprovando o PEC 4 já que ele "apenas apontava ao aumento dos impostos sendo a redução da despesa apresentada em medidas de carácter geral e não concretas."
- Na sua tomada de posse, o PR fez um ataque cerrado ao Governo não se poupando em adjectivos, qualificando a situação como insustentável e que "não se podia pedir mais sacrifícios aos portugueses".
- PPP na campanha eleitoral, até para justificar o chumbo do PEC 4, disse que não aumentaria os impostos e que o défice do Estado teria que ser resolvido na vertente da despesa e não pela da receita.
Particularmente chegou a afirmar que afectar o 13º ou 14º mês era um "disparate".
- Enfim, em geral a oposição explicita ou implícita, afirmava que o Governo de Sócrates e os seus boys não eram transparentes e sérios e estavam sempre envolvidos com grupos de interesses.
Dois meses depois o que aconteceu?
Contrariamente ao que assegurou, assinou um acordo que desmentia tudo o que afirmou!
- Não contente com esta incoerência, o Governo avançou como 1ª medida o aumento dos impostos, atingindo 50% do 13º mês, medida esta, dada a sua raridade, quase inédita.
A ideia era "antecipar-se aos mercados" e ir para além do acordo com a troika, como um verdadeiro “menino bem comportado” herdeiro da política cavaquista dos "bons alunos" da europa, a qual conduziu ao que chegámos: depois de vender a pesca e as embarcações, assim como a agricultura, pede hoje o PR aos portugueses para consumirem português para bem da balança comercial.
Todavia, em contraste com o que se propor fazer quanto à despesa, limitou-se a apresentar apenas intenções e não factos concretos e ainda "chutou" as medidas para as novas leis orgânicas dos ministérios para "daqui a 3 ou 4 meses".
Adiantou ainda que iria reestruturar o Estado e mesmo fundir e/ou abolir institutos públicos. No entanto, afirmou na AR que não fará despedimentos na função pública!
Não se percebe portanto como irá reduzir a despesa.
Ou seja, um PEC 5 com ainda maiores sacrifícios que o PEC 4 e com a solução clássica, basicamente do lado da receita.
O que era altamente criticável e má gestão, com Sócrates, passou em dois meses a chamar-se "coragem" !
- O Snr PR agora já acha que afinal se pode pedir mais sacrifícios e ainda diz que os portugueses têm que apoiar a solução política que sufragaram.
- As agências de rating mandaram ás malvas a "antecipação" do governo.
- Apesar da transparência e da honestidade que se pretende aplicar á política em contraste com o governo anterior o país assistiu á escolha e depois "despedimento" de um secretário de estado em virtude das pressões se sectores interessados na privatização da RTP e mesmo de SMS enviados pela Dra Moura Guedes ao 1º Ministro!!!
No entanto, exceptuando o Expresso ninguém atribuiu grande importância a este assunto.
Imagina-se bem o que teria sucedido com o Sócrates como protagonista!!!
- O coro de indignação sobre a questão dos mercados e da Moody´s, significa também que dois meses depois já é a crise económica e os mercados que têm a culpa de tudo.
A racionalidade dos mercados defendida apenas há apenas dois meses foi substituída por tqualificativos do tipo: "injustiça, murro no estômago, instituições ao serviço de especuladores, ataque ao euro, etc"
O imaginoso Rebelo de Sousa diz que é um ataque do dólar ao euro, etc!!!!
- O Governo português decidiu acabar com as golden shares!
No entanto, em nosso entender, tal atitude significa esbulhar o património do Estado.
Essas acções não deveriam ser vendidas (enquanto a UE o permitisse) já que a inexistência das golden shares na posse do estado, concede o domínio integral aos accionistas do destino destas empresas estruturais e estruturantes nesta frágil economia portuguesa. (Se não fossem a golden share a PT já era espanhola ou francesa e, em breve, provavelmente acontecerá isso mesmo á EDP).
O Governo voltou a "antecipar-se" anunciando que iria proceder ás privatizações antes do previsto no acordo com a troika e avançaria com outras não previstas.
Com a redução do rating, o Estado irá vender por dez reis de mel coado e os investidores (alguns amigos) irão comprar barato!
São estes os grandes negócios da elite económica nacional.
É assim que se faz política em Portugal! Estamos entregues a garotos, arrivistas e incompetentes. Ou mais correctamente: garotos incompetentes, ingénuos e paroquiais e ainda por cima arrivistas.
Critica-se, derruba-se o governo e após chegar-se ao poleiro faz-se exactamente a mesma coisa.Insultar a inteligência dos cidadãos faz parte do ADN da classe política nacional!
Entretanto o país continua a definhar e os portugueses cada vez mais pobres! Na verdade já são destinatários da maior carga fiscal entre os europeus.
Finalmente a UE continua a correr para a implosão. A falta de dirigentes à altura das necessidades não é, infelizmente, um mal exclusivamente português!
Os ratings da Espanha foram descidos em Abril e os da Itália este mês o que obrigou a novos PEC.
A Bélgica é a próxima na lista.
Não tarda......
Entretanto toda a gente já percebeu que pacotes de medidas de austeridade sem serem acompanhadas de estímulos á economia não funcionam e atiram os países para o incumprimento e a pobreza.
Será que a Moody´s estará assim tão errada?
Américo Azevedo
quinta-feira, 7 de julho de 2011
O Rating das Agências americanas de Rating é LIXO!
Os tempos que correm são, na realidade, convulsivos e esta fase financeira do capitalismo revela-se bem à altura das piores preocupações de Vladimir Ilyitch Uliánov e digna do seu rol de terapias.
Na verdade sabemos que as agências de “rating” não dispõem hoje da dados mais preocupantes sobre a situação portuguesa daqueles que dispunham antes da assinatura do memorandum com a Troika.
De então para cá, ocorreram um conjunto de factos cuja observação objectiva e subjectiva, impediria o comum dos mortais considerá-la, um grau que fosse, pior que aquela que se verificava à data da entrada da troika em jogo.
Foi a própria assinatura do memorandum, em resultado do compromisso das três principais forças politicas, representando a larga maioria da população, foram as eleições e a criação de uma maioria absoluta que gera a óbvia espectativa de estabilidade para a legislatura, foi a intenção manifestada do primeiro-ministro de ir mais além das medidas constantes daquele documento, foi a criação de um imposto extraordinário, enfim tudo medidas, discutíveis intramuros, mas todas elas no sentido de agradar e garantir aos credores, quer uma séria intenção de cumprir, quer evidenciar, no concreto, que tal intenção não é só uma intenção.
Porquê então a actual classificação da divida portuguesa com LIXO?
O porquê não sabemos especificamente, mas a conduta das agencias de rating permite algumas conclusões, ainda que, por hora, especulativas.
Destacam-se duas:
O Banco Central Europeu não pode continuar a servir-se destas agencias americanas para sustentar as suas opções, em matéria de credito a conceder a países do euro.
Primeiro porque as instituições europeias competentes, e até o FMI (vide as declarações da sua nova presidente acerca da “coragem” da Irlanda e de Portugal no enfrentamento dos seus défices), como o ministro das Finanças Alemão, têm meios mais objectivos para avaliar a situação portuguesa que as agencias de rating, delas podendo prescindir perfeitamente sem se das mesmas sintam qualquer falta.
Segundo porque, se tudo isto, entre outras coisas, também são batalhas contra o Euro, aquelas instituições europeias, todas elas, não podem nem devem encontrar-se objectivamente ao serviço do seu “inimigo”.
Por outro lado, esta diatribe das agencias de rating também podem prenunciar o canto do cisne das mesmas.
Todos se lembram da grande consultora multinacional Arthur Andersen (uma das big five) e do seu colapso em consequência da desonestidade dos relatórios que fazia sobre a Enron Corporation até à sua falência.
Tal monstro da consultadoria e auditoria não resistiu face à bronca que a sua cliente deu com a falência, verificando-se que as auditorias de tal Arthur Andersen não passavam de mistificações da realidade empresarial que auditava, visando com o seu prestigio e credibilidade ludibriar os accionistas, os fornecedores, os credores, etc., etc., etc.
Foi voluntariamente que cessou a sua actividade no mundo em consequência da descredibilização gerada e foi objecto dos adequados processos criminais.
Com as agencias de rating, que objectivamente já fizeram o mesmo (recorde-se o rating do Lehman Brother no dia anterior à falência que foi a maior da história americana), surpreende-nos que ainda não tenham tido o destino que merecem, mas parece-nos que, depois de uma vida de vício, querem agora parecer a mulher de César, e serem mais papistas que o Papa!
Sendo este portanto um destino previsível para as agências de rating, nestes tempos conturbados que atravessamos, resta-nos a convicção que o peso dos ratings destas agencias americanas sejam tidos, na Europa e nas instituições europeias, como elementos de análise de credibilidade reduzida ou mesmo suspeita, na zona do LIXO!
_______________________
Durante o dia de hoje veio o BCE a desvalorizar as notações das agências de "rating" afirmando claramente que apesar da mesma relativamente a Portugal, não irá deixar de aceitar as garantias do Estado Português para conceder crédito à Banca nacional.
Decisão sensata que aplaudimos e confirma a nossa opinião precedente.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
DO QUE NÓS GOSTÁVAMOS!.....
Gostávamos que os cidadãos do nosso pais soubessem exigir à classe politica a satisfação das expectativas que geram, o cumprimento de todas as obrigações que assumem por inerência dos respectivos cargos ou por promessas feitas, a realização de todos os direitos de que gozam perante a lei e a administração, como condição prévia para o cumprimento rigoroso de todas as suas obrigações resultantes do contrato social e contrato de cidadania.
Gostávamos que as elites sociais, económicas e culturais do nosso pais estivessem à sua altura e justificassem plenamente a sua qualificação como tal, designadamente concebendo e executando relevantes programas de desenvolvimento estratégico para Portugal.
Gostávamos que no nosso pais se concebessem e executassem reformas tendentes a fazer evoluir as estruturas do antigo estado instrumento autocrático que persistem, para um estado-dos-cidadãos.
Gostávamos que no nosso pais governassem Estadistas, porque queremos que o executivo governe para uma geração e não só para uma legislatura, na mira duma reeleição.
Gostávamos de políticas capazes de gerar consensos que, pela sua importância e mérito “percorressem” legislaturas sobre legislaturas e, suficientemente divulgadas, estimulassem os seus destinatários para melhor se atingirem os seus desideratos.
Gostávamos que alguns sectores, por o serem e sem prejuízo do desenvolvimento de quaisquer outros, fossem declarados prioritários e por isso, fossem objecto de uma concentração específica por parte do governo, que lançasse as bases regulamentares com carácter de estabilidade, que a todos permitissem organizar os seus investimentos com segurança e previsibilidade.
Gostávamos que o nosso pais fosse bem administrado por Estadistas competentes, zelosos e prudentes, através de uma administração pública eficiente sob suas ordens ao serviço da comunidade dos cidadãos.
Gostávamos de uma administração transparente e participativa que aportasse a todos os cidadãos a certeza de que, enfermada de valores e princípios, não é instrumentalizada por interesses particulares, é exercida com justiça, equidade, adequação e proporcionalidade, encontrando-se ao serviço daqueles, da economia e do bom senso e não para justificação da sua existência própria, conservação e sustentabilidade.
Gostávamos de uma administração pública que usasse da autoridade legalmente atribuída somente quando se torna necessário e nunca do autoritarismo que não consta de qualquer atribuição ou competência legalmente prevista.
Gostávamos que o nosso pais fosse sustentável, económica e ambientalmente, onde os seus cidadãos gostassem de viver e suportassem com as suas contribuições fiscais a despesa estritamente necessária, executada com elevado grau de eficiência e adequação, proporcionada à riqueza que o pais consegue gerar, estabelecida com base em critérios de proporcionalidade, optimização, oportunidade, adequação, sustentabilidade e desenvolvimento estratégico.
Gostávamos que o nosso pais constituísse, depois de ter evidenciado sérias dúvidas sobre a sua capacidade para ser independente, um exemplo de sustentabilidade económica em democracia, mesmo inserido num mercado global.
terça-feira, 5 de julho de 2011
segunda-feira, 4 de julho de 2011
EUROPA: a melhor defesa é o ataque!
Angela Merkel e Nicolas Sarkozy estão sempre a repetir que o euro e a União Europeia são indivisíveis. O seu objectivo é o de assegurar que a Alemanha e a França irão proteger a moeda única porque o seu fracasso implicaria o colapso do projecto europeu.
A análise dos dois líderes poderá estar certa, mas a retórica, as hesitações e as indecisões crónicas dos últimos anos suscitam outra possibilidade - as causas e os efeitos estão a ir em direcções opostas.
Além disso, o euro está com problemas porque a Europa está com problemas. A crise da dívida soberana é simultaneamente um sintoma e uma causa. O despesismo grego, o ‘boom' imobiliário irlandês e os implacáveis bancos estatais alemães desempenharam um papel importante.
Os governos europeus podem salvar o euro se assim o desejarem. A dívida pública da Grécia, Irlanda e Portugal ascende a acerca de 680 mil milhões de euros, ou seja, apenas 7% da receita da zona euro. Assumir a dívida através da emissão de ‘Eurobonds' acabaria com o pânico dos mercados financeiros.
Em suma, a resolução do problema é politicamente dolorosa mas perfeitamente viável em termos económicos. Os ingredientes em falta são a confiança e a vontade política. Os eleitores alemães não estão convencidos que a sua prosperidade está ligada à sobrevivência do euro; e os eleitores das nações mais endividadas precisam de ver uma luz ao fundo deste túnel.
Numa pequena conferência, organizada pela Fundação Oriente em Portugal, apresentei um discurso com o título "O regresso da Europa à Vestefália". A ideia desta tese é a de que a União está a retroceder umas centenas de anos ao voltar a sucumbir à pressão dos nacionalismos.
O estado moderno europeu nasceu do tratado de paz de Vestefáfia em 1648. A doutrina da soberania estatal substituiu a decrescente autoridade supranacional da Igreja. Este sistema manteve-se até meados do século XX, quando a devastação causada pela Segunda Guerra Mundial acabou por demonstrar aos líderes do continente de que os custos em manter a ordem europeia através do equilíbrio de poderes se tinham tornado demasiado elevados.
Hoje em dia, os Europeus acreditam que o poder cedido à União é autoridade retirada aos governos nacionais que, perante a exigência de maior segurança por parte dos seus cidadãos, respondem "enfrentando" Bruxelas e recusando ajudar os seus vizinhos.
Isto não tem qualquer lógica. À medida que o centro gravitacional global se desloca rapidamente para as nações emergentes, a fragmentação da Europa apenas irá acelerar o seu declínio.
Philip Stephens, Colaborador do "Financial Times"
Tradução de Carlos Jerónimo
ALERTA DR. SERPA!
O relato de verificação interna da conta de gerência de 2007, do Município de Silves, elaborado pelo Tribunal de Contas e tornado público, recentemente, pelo Vereador Dr. Serpa, é um documento interessante que devia ser do conhecimento sério de cada cidadão do concelho.
Se assim fosse, outro galo cantaria, na hora das urnas!
Sem nos pronunciarmos sobre algumas batalhas que o Vereador Serpa parece estar a travar, em torno e a propósito do dito relato e publicação, cuja essência desconhecemos uma vez que o posts do blog daquele não fazem luz sobre a mesma, não podemos deixar de ver naquele relato uma confirmação tecnicamente séria e insuspeita acerca do zelo leviano com que a autarquia tem administrado as suas despesa, receita e crédito.
Também faz entender bem, a quem não souber ou não tenha estado atento, porque Armação de Pêra tem sido de há anos a esta parte a “vaca sagrada e leiteira” do orçamento municipal, assim como o consequente estado deplorável do urbanismo da Vila.
As contas e o seu tratamento são, muitas vezes, coisa fastidiante, mas são também uma fonte histórica cada vez mais, imprescindível à compreensão dos factos históricos.
Esperamos que o Dr. Serpa leve por diante a sua cruzada contra os inimigos da sustentabilidade financeira da autarquia. Estamos com a sua luta, mas esperamos também que o Dr. Serpa esteja atento a qualquer tentativa de alienação do imóvel do Casino de Armação de Pêra, qual lenha para fogueira, e à mesma se oponha frontalmente, denunciando publicamente qualquer tentativa nesse sentido, POR MUITO DISSIMULADA QUE SE APRESENTE.
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