O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
Plano Director Municipal do Município de Silves: um caminho para a insanidade ou para a sustentabilidade?
A Câmara Municipal de Silves realiza uma Sessão Pública de Informação e Participação, promovida no âmbito da Revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Silves, no próximo dia 22 de Outubro, pelas 20h30, na Fissul.
Na revisão que está em curso gostaríamos de ver esse plano não como um instrumento de ordenamento do território, que não faz mais do que verter numa planta os vários “interesses dos particulares”, mas um instrumento que permita gerir um território, promovendo o desenvolvimento sustentável deste concelho.
Atravessamos tempos difíceis não só na economia e nas finanças, mas na organização social e na base ecológica, cada vez temos uma maior dificuldade em reconstruir os custos, por isso ou nós como humanidade conseguimos controlar esses custos ou vamos ser confrontados a médio prazo com problemas cada vez mais graves para o qual provavelmente não conseguiremos encontrar soluções fáceis.
A questão que devemos colocar é como vamos conseguir do ponto de vista civilizacional avançar com sustentabilidade, já que nos encontramos a braços com uma crise em que o problema é o excesso de despesa e não a falta de procura.
Um plano director nos dias de hoje não pode ser elaborado utilizando as “receitas de ontem”. Uma transição para um futuro sustentável requer novas formas de pensar e de governo do concelho, associados a novas tecnologias.
No futuro próximo vamos estar, sem margem para dúvidas, perante um conjunto de constrangimentos e desafios associados às mudanças climáticas e à escassez de recursos naturais.
Daí que este plano deva ser enformado de novos conceitos que integrem as novas realidades, como a sustentabilidade, o urbanismo bio-climático a morfologia urbana e os balanços energéticos, os fluxos e economia energética, o ciclo urbano da água, o uso do solo e sustentabilidade os transportes e a energia.Ponto!
Continuar com as práticas costumeiras nesta matéria é garantir o mesmo resultado a prazo, isto é, o agravamento suicidário das condicções que queremos ver arredadas do planeta, do país e do concelho. É insanidade!
sábado, 16 de outubro de 2010
Bruno Nogueira - Professor Marcelo Rebelo de Sousa
Veja como Bruno Nogueira, nesta pequena farsa, faz, para nos fazer rir, com a opinião expressa de um reputado elemento da classe politica, tal qual a classe politica, no grande drama que é a governação de Portugal, faz, para definhamento do sistema democrático, diariamente com a opinião dos cidadãos seus mandantes.
SEM CONFLITO NÃO HÁ NEGOCIAÇÃO!
Já abordámos o dislate da autarquia almejar resolver o défice orçamental pela via exclusiva do crescimento da receita fiscal, designadamente através do IMI, em duas ocasiões recentes.
A blogosfera (pelo menos: Apontamentos Políticos, Vereador Serpa e Penedo Grande) e os seus apelos implícitos à lide não nos deixam sossegar, aliás em coerência com o que a situação real do concelho reclama – como de resto a do país, inspiradora de todos os padecimentos locais – e os imperativos do bom senso impõem.
Prosseguindo por este caminho, o snr. Vereador Serpa, apresenta-se desde logo numa posição absolutamente incontornável.
Do seu blog não podemos deixar de nos atermos no post do qual reza: “Nesse sentido, apresentei em nome da Vereação Socialista a seguinte proposta de contenção de despesas que foi aprovada por unanimidade:
“Considerando a situação económica do nosso Concelho, com a diminuição significativa de receitas camarárias, nomeadamente a nível do IMI e do IMT. que representa menos meios monetários ao dispor da Autarquia.
Propõe-se que, com carácter urgente, cada Divisão elabore um plano de contenção de despesas, com a indicação das despesas e montantes que prevê poupar.
O que deverá ser apresentado na próxima reunião camarária”.
Lendo atentamente a pretensa “proposta” apresentada depois de ter viabilizado –pura e simplesmente a proposta de aumento do IMI- deixa-nos a mesma verdadeiramente aterrados!
E também indecisos em qualificar tal posição, entre a doce ingenuidade e a mais nua insanidade!
Os democratas mais convictos e de maiores provas dadas na história da democracia, onde justamente se encontra o líder espiritual do seu partido: Mário Soares, não se cansaram ou cansam de ensinar que as posições divergentes que as forças politicas têm, quando as têm, quanto às múltiplas questões que se suscitam no decurso da actividade politica, as quais, a existirem, são tendencialmente geradoras de bloqueio, são habitualmente ultrapassadas pelo recurso à negociação que vise o estabelecimento de uma plataforma de consensos e permita os avanços.
Manifestações históricas desta prática politica elementar podem encontrar-se nos estafados conceitos de Realpolitik ou da Ostpolitik os quais, sendo hoje vulgares, encontram-se disponíveis em qualquer compêndio sobre a matéria.
Que raio de negociação existiu quando se aceitou a posição da força politica dominante, concedendo-se, aparentemente, a troco de nada, para depois propor que cada Divisão da Câmara proponha um plano de contenção da despesa?
Que consciência de urgência na contenção da despesa se gerou com esta proposta objectivamente dilatória?
Que poder – proporcional à sua força politica – foi exercido com vista ao consenso possível, depois de conceder na proposta da força dominante?
Que espécie de negociação concede previamente a uma das partes 100% do que pretende a troco de uma solicitação de proposta aos destinatários dos cortes orçamentais que façam o seu hara-quiri, a aprovar mediante o voto favorável da força dominante que alcançou previamente o que pretendia, quando votar a necessariamente tímida proposta dos funcionários?
Nesta actividade de algozes, quem é que paga adiantado e é bem servido?
Que dificuldade teria o PS em obter da força dominante a aceitação da redução da despesa em montante pelo menos igual ao valor que acrescerá à receita com o aumento do IMI proposto e aceite?
Ou em obter o mesmo incremento patrimonial para o orçamento municipal por via da receita e da redução da despesa, conjuntamente e em partes iguais?
Ora se estaremos face a uma negociação quando, entre as partes em conflito, se desenvolva um processo de comunicação bilateral tendente a concessões mutuas, relativamente às suas posições de partida, com vista a uma conclusão voluntariamente ajustada que produza benefícios duradouros para os intervenientes ou seus representados,
Poderemos legitimamente concluir o quê?
Que, quanto à adopção da solução do aumento do IMI para resolver o défice orçamental, não existiram partes em conflito, porque não existiu conflito e por isso não se iniciou nenhum processo de comunicação bilateral e muito menos concessões mutuas!
Que, quem pensa de modo diferente e acredita que a solução do défice não pode deixar de passar essencialmente pela racionalidade da despesa atendendo ao excesso de carga e pressão fiscais, não tem representantes na Câmara Municipal de Silves.
Etiquetas:
carga fiscal,
politica municipal
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Salvar o Atum: Conhecimento não nos falta!
Barbara Block
Sobre o atum e Armação de Pêra:http://armacaodepera.blogspot.com/2007/08/o-atum-fundador.html
Sobre o atum e Armação de Pêra:http://armacaodepera.blogspot.com/2007/08/o-atum-fundador.html
Etiquetas:
ambiente
terça-feira, 12 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Evolução do Endividamento da Câmara de Silves de 2007 a 2009
A Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) disponibilizou no seu portal a evolução endividamento dos municípios portugueses nos anos 2007 a 2009.
A informação disponibilizada respeita à evolução do endividamento de médio e longo prazo e líquido de todos os municípios portugueses nos anos de 2007 a 2009. Estes valores, foram apurados nos termos da Lei das Finanças Locais, com base na informação que os municípios prestaram, nos termos da lei, à DGAL e nas contas de gerência municipais, incluem a contribuição para o endividamento municipal de serviços municipalizados, associações de municípios e entidades do sector empresarial local.
A informação disponibilizada respeita à evolução do endividamento de médio e longo prazo e líquido de todos os municípios portugueses nos anos de 2007 a 2009. Estes valores, foram apurados nos termos da Lei das Finanças Locais, com base na informação que os municípios prestaram, nos termos da lei, à DGAL e nas contas de gerência municipais, incluem a contribuição para o endividamento municipal de serviços municipalizados, associações de municípios e entidades do sector empresarial local.

Etiquetas:
economia,
politica municipal
domingo, 10 de outubro de 2010
Reflectir: Uma etapa do conhecimento.
Qualquer dia é apropriado à reflexão. O domingo também. Sobretudo em tempos complexos como aqueles que atravessamos.
Qualquer um de nós é um universo no cruzamento de múltiplas vias por onde chegam ou partem influências que, passando por si, as escrutina, suga ou meramente reflecte e devolve, com o que lhes acrescentou ou decapitou, ou tão só como as recebeu, a novos universos individuais.

Por esse cruzamento chegam informações, noções, ideias que se vão depositando e partem, enriquecidas com outras residentes com as quais se fundiram ou, pelo contrário, empobrecidas pela osmose e, ou, por qualquer outra razão de imiscibilidade da cultura recipiente.
Em caso de enriquecimento, que é muito comum, as sucessivas camadas de informação que se vão depositando no seio de qualquer um desses universos que somos, iniciam um processo interactivo de fusão que dá, invariavelmente, origem a informação nova.
Sucede que, poucos desses universos que somos são tão completos ou preparados ou até distanciados do processo de aquisição do conhecimento e de geração da informação nova que lhes permita transmiti-la em condições ideais aos outros.
Mas acontece que muitos, ainda assim o conseguem, convertendo-se novas influências que partem, destinadas a encontrarem outros universos em seus cruzamentos e a promover neles novos fenómenos aquisitivos e novos processos multiplicadores de conhecimento.
Esses, são os universos especialmente dotados para a comunicação.
Vejamos o produto de um seu exemplo:
“Hoje levantei-me cedo a pensar no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está a chover ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou sentir-me encorajado para administrar as minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre a minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso-me queixar dos meus pais por não me terem dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou entusiasmar-me com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planeei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está à minha frente à espera de ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.
Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca me pensei decepcionar, mas também já decepcionei alguém. Já abracei para proteger, já ri quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e já quebrei o meu coração muitas vezes! Já chorei a ouvir música e a ver fotos, já liguei só para ouvir a voz, apaixonei-me por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade, tive medo de perder alguém especial (e acabei por perder)! Mas vivi! Viva! Não passo pela vida... Tu também não deverias passar! Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante."
CHARLES CHAPLIN
A propósito do encontro destas duas personagens conta-se um episódio elucidativo acerca da abordagem peculiar de Chaplin ao mundo.
No encontro dos dois génios, em 1933, enquando Charles Chaplin acompanhava Einstein em carro aberto pelas ruas de Nova York, apinhadas de gente, ter-se-á virado para Einstein e terá afirmado:
Veja só, eles aplaudem-me porque todos entendem a minha obra. E a si aplaudem, porque ninguém entende a sua!
Qualquer um de nós é um universo no cruzamento de múltiplas vias por onde chegam ou partem influências que, passando por si, as escrutina, suga ou meramente reflecte e devolve, com o que lhes acrescentou ou decapitou, ou tão só como as recebeu, a novos universos individuais.

Por esse cruzamento chegam informações, noções, ideias que se vão depositando e partem, enriquecidas com outras residentes com as quais se fundiram ou, pelo contrário, empobrecidas pela osmose e, ou, por qualquer outra razão de imiscibilidade da cultura recipiente.
Em caso de enriquecimento, que é muito comum, as sucessivas camadas de informação que se vão depositando no seio de qualquer um desses universos que somos, iniciam um processo interactivo de fusão que dá, invariavelmente, origem a informação nova.
Sucede que, poucos desses universos que somos são tão completos ou preparados ou até distanciados do processo de aquisição do conhecimento e de geração da informação nova que lhes permita transmiti-la em condições ideais aos outros.
Mas acontece que muitos, ainda assim o conseguem, convertendo-se novas influências que partem, destinadas a encontrarem outros universos em seus cruzamentos e a promover neles novos fenómenos aquisitivos e novos processos multiplicadores de conhecimento.
Esses, são os universos especialmente dotados para a comunicação.
Vejamos o produto de um seu exemplo:
“Hoje levantei-me cedo a pensar no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está a chover ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou sentir-me encorajado para administrar as minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre a minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso-me queixar dos meus pais por não me terem dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou entusiasmar-me com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planeei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está à minha frente à espera de ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.
Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca me pensei decepcionar, mas também já decepcionei alguém. Já abracei para proteger, já ri quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e já quebrei o meu coração muitas vezes! Já chorei a ouvir música e a ver fotos, já liguei só para ouvir a voz, apaixonei-me por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade, tive medo de perder alguém especial (e acabei por perder)! Mas vivi! Viva! Não passo pela vida... Tu também não deverias passar! Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante."
CHARLES CHAPLIN
A propósito do encontro destas duas personagens conta-se um episódio elucidativo acerca da abordagem peculiar de Chaplin ao mundo.
No encontro dos dois génios, em 1933, enquando Charles Chaplin acompanhava Einstein em carro aberto pelas ruas de Nova York, apinhadas de gente, ter-se-á virado para Einstein e terá afirmado:
Veja só, eles aplaudem-me porque todos entendem a minha obra. E a si aplaudem, porque ninguém entende a sua!
Etiquetas:
Charles Chaplin
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Correio para:
Visite as Grutas

Património Natural