O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
A Deriva do Litoral
por Valdemar Rodrigues, Professor Universitário

Arrastadas pela inexorável corrente legislativa bruxelense, vêm de algum tempo a esta parte dando à costa notícias inusuais sobre a situação “insustentável” das praias concessionadas de Itália; sobre a tendência ucraniana de ir a banhos embriagado - o que constitui um grave risco para a segurança marítima – ou sobre a inevitável necessidade de transformar certas zonas da costa em luxuosos condomínios privados de forma a assegurar a necessária qualidade, segurança e “sustentabilidade” das praias.
Arrastadas pela inexorável corrente legislativa bruxelense, vêm de algum tempo a esta parte dando à costa notícias inusuais sobre a situação “insustentável” das praias concessionadas de Itália; sobre a tendência ucraniana de ir a banhos embriagado - o que constitui um grave risco para a segurança marítima – ou sobre a inevitável necessidade de transformar certas zonas da costa em luxuosos condomínios privados de forma a assegurar a necessária qualidade, segurança e “sustentabilidade” das praias.
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A SAÚDE MENTAL DOS PORTUGUESES
Transcrição do artigo do médico psiquiatra Pedro Afonso, publicado no Público, 2010-06-21
Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.
Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.
INTERESSA-ME A SAÚDE MENTAL DOS PORTUGUESES porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.
INTERESSA-ME A SAÚDE MENTAL DOS PORTUGUESES porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.
INTERESSA-ME A SAÚDE MENTAL DOS PORTUGUESES porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família. Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.
INTERESSA-ME A SAÚDE MENTAL DOS PORTUGUESES porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.
INTERESSA-ME A SAÚDE MENTAL DOS PORTUGUESES porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.
Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.
E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.
Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.
Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.
INTERESSA-ME A SAÚDE MENTAL DOS PORTUGUESES porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.
INTERESSA-ME A SAÚDE MENTAL DOS PORTUGUESES porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.
INTERESSA-ME A SAÚDE MENTAL DOS PORTUGUESES porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família. Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.
INTERESSA-ME A SAÚDE MENTAL DOS PORTUGUESES porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.
INTERESSA-ME A SAÚDE MENTAL DOS PORTUGUESES porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.
Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.
E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.
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terça-feira, 17 de agosto de 2010
Lixo em Armação de Pêra: Ser ou não Ser Competente, eis a Questão!
Será necessário dispôr de uma inteligência superior para evitar estercos destes ao longo da principal via e "ex libris" da Vila, durante as horas de maior afluência?
Será necessário um orçamento exorbitante para manter limpas as papeleiras durante o período do dia de maior afluência?
Pensamos que a resposta a qualquer uma destas perguntas é de uma linearidade exaltante!
Não! Não é necessária uma inteligência superior para zelar competentemente pela nossa:"Ocean Drive". Bastar-nos-ia a vontade politica do mais mediocre dos responsáveis!
De igual modo não, não seria necessária uma sobrecarga orçamental excessiva para obter o serviço de um homem, por duas horas diárias. De facto, fizemos as contas e seria essa a carga horária necessária a manter diariamente operacionais todas as papeleiras existentes entre a Lota e o Hotel Garbe, durante o período de maior intensidade na sua utilização (entre as 21 horas e as 00,30 horas).
Os habitantes da Vila e os que não são, mas são proprietários de imóveis na mesma, pagam para terem um serviço de recolha de lixos exemplar!
Mas se as contribuições daqueles e destes não fossem suficientes, ainda acresceriam as receitas municipais decorrentes do consumo dos turistas, que não são poucas, para garantirem o custo de um funcionário, ou prestador de serviços privado, se o funcionário não se dispusesse à prestação desse serviço nocturno, duas ou três horas por dia(noite), durante o mês "fatídico" de Agosto.
São pequenas atenções destas, por um custo modesto, que poderiam contribuir para uma oferta de maior qualidade, a qual é condição de sobrevivência da economia da Vila e, por via dela, do próprio concelho, que dela tanto necessita!
Esta administração, por todas as omissões patentes e habituais, é verdadeiramente suicidária!
Sucede é que os armacenenses estão com a vida e cá para o futuro!
Posturas, obviamente, inconciliáveis!
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segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Armação de Pêra não tem representantes na Oposição em Silves!

Não conhecemos o Senhor Vereador Fernando Serpa, parecendo-nos no entanto, pelo seu blog, um elemento interessado da Câmara de Silves, preocupado com a transparência e certamente motivado em ver a qualidade da gestão da autarquia melhorar, no interesse geral.
Parece-nos portanto, numa abordagem liminar, um mandatário eleito que tenta fazer o melhor que sabe e pode.
Assistimos, através do seu blog, a denúncias frequentes de pequena, média e grande importância concelhia.
Ainda recentemente (14-08) vimos denunciar a letargia da Câmara em dar cumprimento a uma moção apresentada pelos membros do PS da Assembleia de Freguesia da Alcantarilha, aprovada por unanimidade, no sentido de ser aquela obra concluída por forma a que a rua em questão possa voltar à sua serventia, a bem do interesse da população da Vila.
Armação de Pêra porém, parece não reunir razões suficientemente graves, para inspirar a sua pena ou justificar qualquer intervenção.
Ficamos perplexos...
Será que a oposição tal como o governo de Silves pensam o mesmo acerca do esforço que uma pequena Vila, com meia dúzia de votos, merece?
Será que não existem socialistas em Armação que justifiquem uma maior atenção e apoio ao futuro do partido nesta Vila?
Ou será, que dá a oposição como adquirido, que Armação é território PSD, inconquistável?
Ou será ainda que, tendo presente o verdadeiro desastre que é a administração da Vila, o senhor Vereador espera, calma e placidamente, recolher os dividendos no dia dos votos?
Recordamos que o desastre já vai longo e, mesmo assim, o PSD ainda ganhou as ultimas eleições. Perdeu a maioria absoluta, mas ganhou as eleições!
EM qualquer dos casos, do que não há qualquer dúvida é que os votos socialistas de Armação de Pêra contribuíram para legitimar o Dr. Fernando Serpa, enquanto Vereador da C.M.S..
E menos duvida ainda existe sobre o facto, porque é um facto, que os votos socialistas de Armação consubstanciam mandatos para serem exercidos!
Naturalmente no interesse da Vila e da sua população!
A razão pela qual isso não sucede, ou se sucede não é publicamente visível, continua por descortinar!
Será que o Senhor Dr. Fernando Serpa pensa que se ganham eleições no dia do escrutínio?
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domingo, 15 de agosto de 2010
Câmara de Silves insiste em fazer rimar "caca de cão" com "Armação"! Até quando?
Depois de se terem gasto mais de seis milhões de euros do contribuinte europeu a requalificar a frente de mar e sem prejuízo dos benefícios daí retirados para Armação de Pêra, ficamos com aquele sabor amargo da conclusão que a autarquia não se encontra, claramente, à altura de tamanha solidariedade!
Hoje quem se passeia por esta zona arrisca-se a levar para casa um presente indesejado.
As soluções existem bastaria que quem nos governa amasse e pensasse esta terra como se fosse sua!
Depois, ficam indignados, se os principais contribuintes líquidos europeus, se recusam em contribuir para o malbaratar, por outros, dos seus impostos!



Se as inteligências que regem o concelho quizessem, bastaria consultarem a internet e agirem em conformidade.

Sendo certo que isso seria pedir demais...

O custo de fazer bem feito é, no imediato, igual ao custo de fazer mal. Com o decurso do tempo, um bom entendedor percebe que fazer bem compensa largamente, pelo que consegue poupar-se ao longo de sucessivos orçamentos anuais.
Quantos anos e mandatos seriam necessários para esta aprendizagem, aos actuais responsáveis pelo concelho?
Quantos milhões de euros dos contribuintes teriamos ainda que gastar com a sua formação?
Porque insiste gente impreparada em candidatar-se a administrar um concelho?
Porque votamos nós em gente impreparada?
Só as respostas a estas questões, honestas e claras, podem contribuir para um futuro melhor!
Hoje quem se passeia por esta zona arrisca-se a levar para casa um presente indesejado.
As soluções existem bastaria que quem nos governa amasse e pensasse esta terra como se fosse sua!
Depois, ficam indignados, se os principais contribuintes líquidos europeus, se recusam em contribuir para o malbaratar, por outros, dos seus impostos!
Se as inteligências que regem o concelho quizessem, bastaria consultarem a internet e agirem em conformidade.

Sendo certo que isso seria pedir demais...

O custo de fazer bem feito é, no imediato, igual ao custo de fazer mal. Com o decurso do tempo, um bom entendedor percebe que fazer bem compensa largamente, pelo que consegue poupar-se ao longo de sucessivos orçamentos anuais.
Quantos anos e mandatos seriam necessários para esta aprendizagem, aos actuais responsáveis pelo concelho?
Quantos milhões de euros dos contribuintes teriamos ainda que gastar com a sua formação?
Porque insiste gente impreparada em candidatar-se a administrar um concelho?
Porque votamos nós em gente impreparada?
Só as respostas a estas questões, honestas e claras, podem contribuir para um futuro melhor!
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sábado, 14 de agosto de 2010
Morrer na Praia???????? em Armação de Pêra??????
Não assistimos aos factos, por isso desconhecemos a idade do malogrado enfermo que teve necessidade de apoio médico urgente.
Se tiver sido homem, com 60 ou mais anos, é bem provável que tenha revivido esta cena, vulgar durante a guerra colonial, em situação de grande stress pós traumático.
Em situação de combate, o “hélio” aterra no meio do mato e recolhe um ferido, transportado, muitas vezes debaixo de fogo, pelos seus camaradas de armas.
Convenhamos que estamos longe da Guiné e ainda mais de um teatro de operações num episódio de guerra.
O apoio do INEM, ao que consta, mereceu nota 20! Os meios disponibilizados por esta instituição, foram os mais adequados à situação: um helicóptero!
O acesso aos meios de salvamento, revelaram a ausência total de qualquer politica de prevenção e combate a situações desta natureza.
Infelizmente, pelas piores razões, evidencia-se mais uma lacuna grave na oferta turística da Vila: a falta de um heliporto que esteja à altura do enorme investimento público efectuado com o transporte de urgência de doentes por helicóptero.
Os obstáculos a um acesso desimpedido ao heliporto improvisado confirmam e agravam a mesma ausência absoluta de prevenção para situações desta natureza!
Será necessária uma catástrofe para se concluir definitivamente que a Junta e a Câmara, não estão à altura da administração elementar de qualquer uma das vertentes que o desenvolvimento da Vila implica?
É que, gerir uma Vila como a nossa, requer um pouco mais de competências (previsão e dedicação) que aquelas que são necessárias para realizar uma Feira Medieval ou uma tourada!
Não é verdade Dona Isabel? Não acha Senhor Fernando?
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sexta-feira, 13 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Zézinho Merda aceita o desafio de candidatar-se a Prefeito de Silves!

Já há um candidato à sucessão de Isabel Soares ao leme deste concelho!
Conhecendo por intermédio de patrícios emigrados em Portugal, o estado do saneamento básico em Armação de Pêra o candidato a Vereador brasileiro Zézinho Merda, sentiu o chamamento e pensa reunir especiais vantagens que lhe permitirão vencer as próximas eleições autárquicas em Silves.
De facto, Zézinho Merda, com a dupla nacionalidade, não só tem capacidade eleitoral como dispõe de um eleitorado extenso e fiel – o da imigração brasileira – como ainda conta, de raiz, com uma especial competência para lidar com a merda que abunda por cá!
Os outros candidatos, que se cuidem, pois se Zézinho Merda se decidir efectivamente por iniciar uma carreira politica em Silves, garante um duelo empenhado e contrastante com as especiais ausências que, nesta matéria, os demais partidos concorrentes têm demonstrado à saciedade.
“O nome não é muito comum em Portugal” afirmou um cidadão brasileiro de férias em Armação, antevendo dificuldades na comunicação politica caso o seu patrício se decida realmente candidatar.
“Mas a Merda é um termo universal, muito directo e expressivo. Todos vão entender” adiantou Edson Ataíde, brasileiro, publicitário, responsável por campanhas eleitorais de sucesso em Portugal, garantindo o êxito ao seu conterrâneo em caso de ir á lide!
“E a merda é assunto que diz muito aos cidadãos do concelho, antevendo-se que, tratando-se de votantes bem identificados com o problema, lhe reconheçam especiais competências para gerir a merda no concelho” deixou bem claro, um cidadão anónimo que se identificou exclusivamente como cientista politico, natural do Algarve, mas residente em Lisboa.
Não é realmente para qualquer um saber lidar com a merda. Por isso a merda faz o que quer neste concelho sobrando-lhe tempo e ninguém lhe pede contas...
Salvo se Zézinho Merda, que convive com a merda desde que foi baptizado, se puser a caminho para dar ordem e saneamento a este concelho!
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Armação de Pêra:Ameaça à saúde pública pode atingir os incautos!
A ausência de um qualquer aviso de alerta, parece querer atrair os incautos para um risco certo!
Tudo parece tranquilidade num vulgar dia de praia, mas não existe qualquer razão para isso!
Serenas e seguras(?) as crianças e os seus pais não imaginam os riscos que correm ao brincarem naquela água imunda!
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Armação de Pêra: C.M. de Silves ensina a sinalizar os buracos das ruas!
A Câmara de Silves inventou uma nova forma de sinalizar os buracos na via pública. No entanto não arranjou caixas de papelão suficientes para assinalar todos. Caso contrário guiar em Armação seria uma gincana permanente!
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terça-feira, 10 de agosto de 2010
Armação de Pêra:Lugar de morte e podridão num santuário piscícola!
As gaivotas cheiram a morte e preparam-se para um grande banquete!
Não meus senhores, não se tratam de fotografias da National Geographic sobre qualquer catástrofe ambiental num pais remoto do terceiro mundo.
A Brithish Petroleum (BP) também não é a responsável por esta mortandade!
São fotos da Ribeira de Armação de Pêra, colhidas hoje (10.08.10), onde vai escoar o esgoto a céu aberto.
Independentemente das consequências para este santuário de espécies, designadamente piscícolas e das futuras para a pesca, actividade de que dependem muitas famílias da Vila,constitui uma ameaça efectiva à saúde pública de que os banhistas serão vitimas potenciais.
É desta forma irresponsável e criminosa que a autarquia trata Armação de Pêra, a sua economia e os cidadãos em geral, canalizando as suas atenções e meios para o folclore da Feira Medieval, que é matéria bem mais divertida!
Diletante a gestão deste Município que se preocupa com minudências (o Vereador Rogério Pinto andava um destes dias ocupado a tomar notas sobre os vendedores ambulantes, enquanto os esgotos corriam a céu aberto para a Ribeira)e deixa o que é grave, permanecer grave, desinteressando-se das consequências. A isto chama-se agir dolosamente!
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segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Se a moda pega teremos uma debandada geral dos autarcas

Justiça ameaça penhorar bens pessoais de autarcas espanhóis
Se as dívidas ao sector privado não forem liquidadas num período de 30 dias, tribunais ameaçam com penhora de bens pessoais dos autarcas espanhóis
O auto de uma sentença do Tribunal de Justiça andaluz condenou o edil da Câmara de Castilleja de Guzmán, em Sevilha, a pagar em 30 dias as dívidas contraídas com a empresa de construção civil Aroa, como obriga a nova Lei de Morosidade aprovada pelo Congresso espanhol, abrindo a possibilidade de penhora dos bens pessoais do alcaide e do secretário-geral da autarquia, refere o periódico “Expansión”.
Esta medida tinha sido deixada em aberto pelo artigo 122 da Lei Contencioso-Administrativa, numa época em que as autarquias espanholas lidam com crescentes dificuldades financeiras decorrentes da má gestão dos dinheiros públicos e da queda do retorno dos impostos ligados à construção.
Se esta sentença se repetir noutros processos semelhantes em curso, haverá autarcas que terão de escolher entre deixar de pagar os salários ou as dívidas da autarquia, refere o “Expansión”.
As dívidas dos municípios espanhóis no primeiro trimestre de 2010 contabilizam, segundo dados do Banco de Espanha, 36 mil milhões de euros.

“De Espanha nem bom vento nem bom casamento” diz o povo de há séculos para cá!
Este presságio que o tempo - ou os espanhóis - não deixaram esquecer, tem uma conotação nada positiva para os “nuestros hermanos”, mas mais especificamente no que concerne às relações politicas entre Portugal e o pais vizinho, mais concretamente no que à Castela imperial diz respeito.
Portanto, fora destes casos, de Espanha, como de qualquer outro pais, podem vir bons exemplos, aprimorados até pelo paralelismo da origem e história dos povos peninsulares.
De resto, é conhecida a importância que tiveram os acontecimentos decorrentes do 25 de Abril, para a abertura democrática do regime franquista, após a morte de Franco, como exemplo disso mesmo, mas em sentido contrário.
Hoje, somos agradavelmente surpreendidos por esta noticia no Jornal de Negócios, a qual, apesar de tudo não permite uma avaliação segura do quadro legal em que se insere bem como da sua legitimidade – o que não é pouco – mas que nos permite retirar algumas ilações prospectivas acerca dos efeitos que teria no espectro autárquico português, se esta moda por cá pegasse.
Na verdade, os abusos verificados na despesa autárquica, pesam no orçamento e a indisciplina da sua execução é origem de muitos dos males que hoje vivemos.
Todos reconhecem a utilidade da despesa na economia das empresas fornecedoras dos serviços, mas todos sabem, hoje também, os efeitos na fiscalidade (receita) e na economia (recessão) que os abusos da despesa ocasionam pela via dos défices orçamentais.
Todos reconhecem que as eleições motivam investimento e com ele, ou parte dele, as populações beneficiam sempre alguma coisa, em matéria de equipamentos sociais, mas todos sabem, hoje também, que grande parte dessa despesa é consumida em realizações lúdicas, obscuras ou inconsequentes, em satisfação de interesses particulares (entre outros: na recondução dos eleitos) e não integralmente aproveitadas em benefícios da comunidade dos contribuintes que as pagam, como sabem, sobretudo, que não se pode gastar o que se não tem, o que a suceder para além do limite tolerável de um défice controlável, é suicidário e tem o efeito contrário ao pretendido, como aquele a que hoje, dramaticamente se assiste(entre outros: o desemprego).
Daí que uma medida desta natureza, que é comum aos administradores das empresas face às suas obrigações fiscais e, ou, bancárias, poderia revolucionar a politica autárquica propiciando uma abordagem menos lúdica e diletante à administração municipal, aproximando-a do pais real, da economia real e das responsabilidades efectivas daqueles que dirigem uma estrutura empresarial.
Desse modo, a descida à real destes administradores de uma realidade virtual, poderia encerrar em si uma mudança de paradigma, embora dentro deste mesmo paradigma, que inevitavelmente propiciaria uma cultura do mérito na gestão autárquica, em prejuízo óbvio da cultura da demagogia, da fantochada e do folclore!
É certo que, provavelmente, teríamos menos fontanários por ano, mas provavelmente não deixaríamos de ter todos os de que necessitamos, em prazo razoável face ao possível.
Como é provável que tenhamos que aguardar mais um, dois ou até três anos por uma renovação das infraestruturas básicas...
Mas também será provável que, assim sendo, outras exigências haverão na qualidade das prestações dos empreiteiros e no próprio planeamento das obras, porquanto as mesmas terão, nessa perspectiva, de durar muitos mais anos por forma a que o esforço financeiro do Estado tenha outra durabilidade, tornando-se o investimento economicamente mais rentável ao deixar de onerar por muitos e bons anos os respectivos orçamentos, nas reparações, requalificações, alterações e renovações.
Tal como assistimos em Armação de Pêra com a requalificação da frente mar que motivou a introdução de infraestruturas novas, pretensamente suficientes para as necessidades, mas que não foram suficientes para evitar manterem-se os esgotos a céu aberto com descarga para a ribeira e depois para o mar, que é a principal fonte de atracção e sustentação da economia da Vila. Já para não falar dos efeitos de tal prática na saúde pública...
Veriamos assim, numa primeira abordagem, com bons olhos, a responsabilização das administrações autárquicas em equidade com o que sucede com as administrações das empresas privadas.

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