O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

domingo, 21 de março de 2010

Com gente assim, há futuro para Armação de Pêra!



Dia da Árvore. Não percas o agora!

21 de Março



Instantes

Se eu pudesse viver novamente a minha vida
Na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido,
Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiénico.
Correria mais riscos
viajaria mais,
contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas,
nadaria mais rios.
Iria a lugares onde nunca fui,
comeria mais sorvetes
e menos favas,
teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata
e minuciosamente cada minuto da sua vida;
claro que tive momentos de alegria.
Mas se pudesse voltar a trás trataria
de ter somente bons momentos.
Porque, se não o sabem, disso é feita a vida,
só de momentos, não percas o agora.
Eu era um desses que nunca
iam a parte nenhuma sem um termómetro,
um saco de água quente,
um guarda-chuva e um pára-quedas;
se pudesse voltar a viver, viajaria mais leve.
Se pudesse voltar a viver
começaria a andar descalço no princípio
da Primavera
e continuaria descalço até ao fim do Outono.
Daria mais voltas no carrossel,
contemplaria mais amanheceres,
e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
mas vejam lá, tenho 85 anos e sei que estou a morrer.

Jorge Luis Borges (1899-1986)

Telemarkting: Uma resposta à altura!

Quase todos nós já tivemos uma chamada de um telemarkting publicitário e quase todos nós tivemos de nos dirigir a uma empresa com quem contratamos um serviço e fomos atendidos por um “call center” qualquer, sitiado muitas vezes em Cabo Verde ou em qualquer outro pais.
Sabemos assim todos ao que a redução de custos de exploração pode conduzir, mesmo para empresas que facturam biliões e auferem lucros fabulosos.
Mesmo assim, estas empresas consideram que o cliente consumidor não merece uma assistência à altura das suas necessidades, mas aquela que o melhor custo pode proporcionar. E não tardam aí os computadores a responder em substituição das operadoras de telemarkting...

Meio a brincar, meio a sério, recebemos uma sugestão de uma visitante do blog, que considera ser possível “inverter os termos ao quadrado divisor” levando os serviços “automáticos” a terem, também eles, respostas automáticas.

Para quem tiver a paciência de se “vingar”, aqui deixamos a sugestão:


Cliente – Estou!

Vodafone – Está? Estou a falar com o senhor Nuno?

Cliente - Sim...

Vodafone - Sr. Nuno, como vai? Aqui é da Vodafone e estamos a ligar para lhe apresentar a promoção Vodafone 1.382 minutos, que oferece...

Cliente - Desculpe (interrompe), mas com quem estou a falar?

Vodafone - O snr está a falar com Natália Bagulho da Vodafone. Eu estou a ligar-lhe para...

Cliente - Natália, desculpe-me, mas para minha segurança gostaria de conferir alguns dados antes de continuar com a nossa conversa, pode ser?

Vodafone - ...Sssssim, pode...

Cliente - A Natália trabalha em que área da Vodafone?

Vodafone - Telemarketing Pró-Activo.



Cliente - E tem número de funcionária da Vodafone?

Vodafone - Desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.

Cliente - Então terei que desligar, pois não estou seguro de estar realmente a falar com uma funcionária da Vodafone.

Vodafone - Mas eu posso garantir...

Cliente - Além disso, sempre que tento falar com a Vodafone sou obrigado a fornecer os meus dados a vários interlocutores.

Vodafone - Tudo bem, a minha matrícula é Vodafone-6696969-TPA.

Cliente - Só um momento enquanto verifico.



Cliente - ...??? (Dois minutos mais tarde) - Só mais um momento, por favor.

Vodafone - ...??? (Cinco minutos mais) - Estou sim?

Cliente - Só mais um momento, por favor, estamos muito lentos hoje cá por casa.

Vodafone - Mas, senhor... (Um minuto depois)

Cliente - Pronto, Natália, obrigado por ter aguardado. Qual é mesmo o assunto?

Vodafone - Aqui é da Vodafone, estamos a ligar para oferecer a promoção Vodafone 1382 minutos, pela qual o Sr. fala 1.300 minutos e ganha 82 minutos de bónus, além de poder enviar 372 SMS totalmente grátis. O senhor estaria interessado, Sr. Nuno?

Cliente - Natália, vou ter que transferir a sua ligação para a minha mulher porque é ela quem decide sobre alteração de planos de telemóveis.
-Por favor, não desligue, pois a sua chamada é muito importante para mim...
(Pousa o telemóvel em frente ao leitor de CD´s, coloca a música "Quero cheirar teu bacalhau" a tocar em repeat mode e vai beber um cafézinho...)

Naturalmente que este plano será válido não só para a Vodafone. Pode experimentar com a TV CABO, Clix, Optimus, Cabovisão, etc..etc...etc...

sábado, 20 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

quinta-feira, 18 de março de 2010

Poema do menino Jesus

de Fernando Pessoa por Maria Bethania

A natureza é frequentemente escondida, algumas vezes dominada, mas raramente extinta. Francis Bacon



A frase, da autoria de Francis Bacon, ajuda-nos a acreditar que um dia, imperando o óbvio, voltaremos a desfrutar de um panorama assim!

quarta-feira, 17 de março de 2010

CONCURSO DE IDEIAS


A sociedade civil é muitas vezes acusada e outras tantas com razão, de alheamento e falta de participação.

A classe politica no poder, queixa-se disso, pela surdina, assumindo um papel tutelar desta “piolheira” (o povo, parafraseando El Rei D. Carlos) e encarrega-se de, em seu entender, prover a esses défices.

Esta atitude é, segundo o mesmos, publicamente assumida como penosa. No entanto é-lhes profundamente útil pois, “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é parvo ou não tem arte”, e o ditado faz, no seio da classe politica, escola, com muita facilidade o que não aconteceria se o número de actores em cena fosse outro, isto é, se os cidadãos interviessem em maior número (participação) e sobre cada vez mais questões que o justificam.

Participar, proactivamente, é concretizável através de iniciativas como aquela a que um conjunto de cidadãos chamou de Amigos de Armação o que tem, por isso mesmo, uma importância ímpar neste contexto.

Realmente do que mais falta existe no mercado comunitário é a iniciativa cívica dos actores da sociedade civil.

O Estado, tentando, muitas vezes, suprir este défice, tem iniciativas cívicas, que dificilmente convencem e até fazem, outras tantas vezes, parecer que a iniciativa e a acção do Estado são uma e a mesma coisa. Em prejuízo da autonomia da sociedade civil que deste modo continua a parecer incapaz de se auto determinar e decidir, por si, o seu destino e o da comunidade.

É neste enquadramento que tomamos a liberdade de sugerir ao único movimento de participação que conhecemos em Armação de Pêra – a Associação Amigos de Armação – a concepção, iniciativa, divulgação,promoção e organização de um CONCURSO DE IDEIAS, que vise arrolar um conjunto de soluções para problemas presentes, com que o comum dos cidadãos se confronta, na Vila, no concelho ou mesmo no pais.

De facto, os concursos de ideias vão sendo uma realidade progressivamente mais usada porquanto se revelam muito produtivos. São organizados em função de critérios especificos em função dos interesses prosseguidos por cada organização que os promove.

Estamos certos que os Amigos de Armação saberão dar a mais este iniciativa, se a adoptarem, a dimensão e divulgação de que a mesma carece para ter alguma expressão em sede de resultados e que desse CONCURSO DE IDEIAS resultarão novas “bandeiras” para, todos, nos batermos pela sua implementação.

Constituiria, a ser adoptada a sua realização e sem se pretender “descobrir a pólvora”, um estimulo importante à comunidade para a Participação e, provavelmente, um contributo para o desenvolvimento da mesma em harmonia.

Assim tenhamos a cooperação e o concurso da energia que os Amigos de Armação têm posto naquilo por que se batem!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Fábrica do Inglês: O seu a seu Dono!

Felizmente pagámos com língua de palmo a acusação que fizemos, pelo menos, à Câmara de Silves e ao Ex Vereador da CDU (desconhecemos no momento a intervenção de outros) em resultado da sua ausência de noticias acerca da batalha pelo Museus da Cortiça, vulgo, a Fábrica do Inglês.

De facto fomos hoje surpreendidos com a noticia no Barlavento Online sobre o pedido de classificação do complexo Fábrica do Inglês ao IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, em sequência da aprovação em reunião do executivo durante a semana passada.

Esta medida justa e, atento o contexto empresarial em que se insere aquele património, oportuna e inteligente, só peca por tardia e por não ter sido tornada pública mais cedo.

Fica aqui o reconhecimento pela acção daqueles a quem a mesma incumbia!

Correndo o risco da imodéstia, recordamos o nosso post de 5/1/10, no qual defendíamos a classificação do imóvel, pelo menos, como de interesse municipal, por ser justa e adequada a refrear a sede dos que poderiam ver no local uma oportunidade de especulação imobiliária e desse modo perturbar uma composição dos litígios mais serena que, não deixando de acautelar justos interesses, não “vazasse o bebé com a água do banho”.

Sem sabermos em que medida poderemos ter contribuído com a ideia, nem isso será o que mais nos importa, não deixamos de ver satisfeita, com regozijo, uma ideia que perfilhamos.

Restará, quanto a nós, e não será pouco, a criação da Fundação com estatuto de utilidade pública, integrada na Lei do Mecenato, que reúna a participação de todos os municípios algarvios, que vise a inventariação, o restauro e a conservação do património construído do Algarve.

sábado, 13 de março de 2010

Os sinos dobram pela Fábrica do Inglês. Mas também pela Classe Politica deste paradigma que tarda em sair de cena!


CURIOSA a ausência da Câmara de Silves no que ao caminho que leva a Fábrica do Inglês diz respeito.

Será amuo? completa desmoralização? ou será que desenvolve uma actividade frenética nos bastidores, com vista à preservação de tão importante espólio museológico num museu, em Silves, para beneficio de Silves e do Algarve?

Actividade frenética não será certamente e a desmoralização não se evidencia assim!

NÃO DEIXA de ser igualmente curiosa a pouca actividade pública do Ex Vereador da CDU reconhecidamente um dos maiores amigos do Museu, no sentido da sua defesa!
Terá virado as costas a esta batalha?

TAMBÉM curiosa, aparentemente por motivo da total ausência de empenhamento da Câmara, a fundamentação da desistência da proposta de referendo (com a qual nunca estivemos sintonizados) por parte do Vereador do PS.
Será que teve ou tem realmente empenho na conservação em Silves, na Fábrica do Inglês, daquele Museu? Será que deixou de ver nesta batalha a oportunidade de fazer diferente, mais e melhor?

SEJA O QUE FÔR, para nós, já sobejam motivos de curiosidade!

Não esperando nada de novo da Classe Politica, estamos em crer que o que se passa é só, mais do mesmo!

A INICIATIVA, as bandeiras, o empenho e a acção, em Portugal e neste concelho só existem, quando coexistem com os dinheiros públicos!

É FÁCIL, é barato e dá milhões!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Há 30.000 Anos:Elefantes ("Elephas antiquus") em Armação de Pêra!


Directamente do “JN” (jornal de Noticias) pela pena de Telma Roque :

Trilhos pertencem a animais extintos há mais de 30 mil anos.

Pegadas de "Elephas antiquus", um tipo de elefante extinto há mais de 30 mil anos, foram descobertas ao longo da costa alentejana. É o primeiro achado do género em toda a Europa, mas está em risco de desaparecer devido à erosão causada pelo mar.

"O elefante antigo já era conhecido no registo formal, mas sob a forma de ossadas, mas nunca tinham sido encontradas pegadas", explicou Carlos Neto de Carvalho, o paleontólogo que coordenou a equipa científica do Geopark Naturtejo.

De acordo com o responsável, o que entusiasma a comunidade científica é o facto de terem sido encontrados trilhos, uma situação inédita em toda a Europa e que vai permitir saber mais sobre o comportamento e quotidiano destes animais de grande porte, semelhantes ao elefante asiático.
Há cerca de uma década que os investigadores vêm percorrendo os campos dunares fósseis que ainda subsistem, em Portugal continental e na Madeira. Começaram em Cascais e foram descendo a costa, fixando olhares entre a região de S. Torpes (Sines) e Armação de Pêra (Silves).

Numa das lages, entre Porto Covo (Sines) e Vila Nova de Mil Fontes (Odemira), a equipa coordenada pelo paleontólogo encontrou pegadas de três elefantes distintos que andavam em grupo e cujas pegadas pertencem a adultos jovens ou a fêmeas, e que chegam a atingir os 50 centímetros.

Feita a descoberta, importa agora preservar o achado, sublinha Carlos Neto de Carvalho, acrescentando que as rochas onde estão inscritas as pegadas estão em situação de risco. "A arriba costeira está muito sujeita às ondas e isso conduzirá ao desaparecimento destas lajes. É um destino que está traçado", afirma.

Na sua opinião, "é fundamental avançar para um processo de replicação destes trilhos de modo a que a informação não se perca", criando depois um museu ou um centro de interpretação.

O especialista defende que este projecto terá que ter o envolvimento das câmaras locais, assegurando que já existem contactos. "Faz todo o sentido que o centro de interpretação fique na região onde estão os trilhos", sublinha, acrescentando que será até benéfico em termos turísticos.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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Património Natural

Algarve