O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Um mar de plástico
Talvez agora perceba porque é que a sardinha não lhe sabe tão bem!
Rejeitamos, em média, 90(noventa) quilos de plástico por ano!
A Europa e os Estados Unidos vêm, no topo da lista desta média mundial!
Em Portugal apenas 5% (cinco por cento)do plástico utilizado vai para reciclagem. Do restante, o destino são os aterros, sendo que o resto vai parar ao mar.
O fundo dos oceanos está por isso transformado numa espécie de sopa de plástico, um problema a que os cientistas não sabem como pôr fim, garantindo que já hoje sofremos as consequências mesmo que não as sintamos.
Problema este cuja redução substâncial nós sabemos como empreender: sermos muito mais cuidadosos!
A utilização das praias pelos banhistas negligentes, dá um contributo importante para este cenário terrivel. Talvez seja de concluir, entre nós, com a extensão de areal que temos e a extraordinária afluência de banhistas, que:
- Não existem, habitualmente, caixotes de lixo suficientes para satisfazer as necessidades;
- Os que existem, não são vazados à cadência diária que a afluência e utilização justificam;
- Não são feitas campanhas de sensibilização eficientes sobre a matéria durante todo o Verão, como se justifica;
Sucede que responsáveis pela solução são os cientistas, os politicos que titulam o ambiente, as organizações ambientais, os municipios e todos nós consumidores de plásticos...
As acções de sensibilização podem e devem ser empreendidas pelas ong's, escolas, associações e também pelos municipios ou juntas de freguesia, mas também por todos e qualquer um de nós.
Em qualquer caso podendo exigir-se a qualquer um de nós um comportamento mais ecológico e amigo do ambiente, pode e deve-se, enquanto cidadãos-contribuintes perguntar que verba dos nossos impostos pagos nesta Vila de Luxo, destina a C.M. de Silves a Caixotes de Lixo e Campanhas de sensibilização para a higiene publica da Praia de Armação de Pêra?
Os eleitos são cidadãos como nós! Acontece é que foram eleitos exactamente para, profissionalmente, se ocuparem da gestão destes problemas e sobretudo para a sua resolução!
Que tarda!
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ambiente,
politica municipal
domingo, 24 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Alterações de trânsito em Armação de Pêra
Por sugestão do vereador Fernando Serpa foi adiada a votação da proposta de alteração de transido em algumas das vias da vila de Armação de Pêra.
Para que a proposta seja do conhecimento de todos os armacenenses e sobre a mesma possam dar o seu contributo público, publicamos a proposta que foi apresentada na reunião de câmara do passado dia 20 de Fevereiro.




Registamos com agrado a posição exemplar defendida pelo snr. Vereador Fernando Serpa:
Um pequeno acto em obediência à consagração de um grande princípio, o da administração participativa, o da consulta à comunidade acerca de questões com efeito directo e imediato no seu dia-a-dia.
Manifestação de uma atitude nova e, no caso de Armação de Pêra, diferente daquela a que Isabel Soares nos habituou.
Bem Haja Vereador Fernando Serpa bem como a nobreza duma atitude exemplar!
Para que a proposta seja do conhecimento de todos os armacenenses e sobre a mesma possam dar o seu contributo público, publicamos a proposta que foi apresentada na reunião de câmara do passado dia 20 de Fevereiro.




Registamos com agrado a posição exemplar defendida pelo snr. Vereador Fernando Serpa:
Um pequeno acto em obediência à consagração de um grande princípio, o da administração participativa, o da consulta à comunidade acerca de questões com efeito directo e imediato no seu dia-a-dia.
Manifestação de uma atitude nova e, no caso de Armação de Pêra, diferente daquela a que Isabel Soares nos habituou.
Bem Haja Vereador Fernando Serpa bem como a nobreza duma atitude exemplar!
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Administração participativa
A Cultura do Desenvolvimento Insustentável...
O filme abaixo, é suficientemente representativo do sistema de desenvolvimento que adoptámos.
A recente (e presente) crise é manifestamente sistémica. No entanto as terapias adoptadas constituem “mais do mesmo”, isto é, não passam de “variações sobre o mesmo tema”.
Na busca de soluções ninguém parece ter ponderado no facto de que a crise foi manifestação da “fadiga” do sistema. Se alguém o tivesse feito, perceberia que urge conceber um novo sistema. Sabemos que tal não acontece por encomenda, nem “de um dia para o outro”, mas sabemos também que “o caminho se faz caminhando”.
Todos sabemos que errar contem algumas virtualidades. De entre elas o conhecimento das consequências do erro que nos permite evitar repeti-lo.
Sucede é que nesta sede a aparente ingenuidade dos responsáveis resulta ou da ignorância sobre erros anteriores, o que seria lamentável, ou resulta da insistência em erros anteriores, quer ela resulte de mera teimosia quer ela resulte de dolo consciente, sendo, nestes casos não só lamentável mas também execrável. Em qualquer dos casos porém todas estas atitudes face ao erro são repudiáveis.
Dizia Benjamin Franklin que "A tragédia da vida é que nos tornamos velhos cedo demais e sábios tarde demais.", no que tem toda a razão, fundada esta na experiencia de todos nós ao longo dos tempos.
Por isso a cultura é imprescindível, já que nos permite recuperar o resultado de experiências anteriores conferindo-nos a possibilidade do aproveitamento da sabedoria por aqueles que ainda não a atingiram.
O que podemos fazer
desde já, não por mero efeito de exercício demonstrativo, mas para evidenciar a estupidez de quem pensa dar resposta à crise com o “pelo do mesmo cão”. Ensinou-nos aquele que tem sido considerado o cérebro do qual melhor aproveitamento se retirou, o Senhor Albert Einstein o conceito de insanidade: “ Insanity: doing the same thing over and over again and expecting different results.”, o que em Português, permitam-nos a tradução livre, quer dizer que consiste a insanidade em continuar repetidamente a fazer a mesma coisa esperando por um resultado diferente.
Ora sabendo nós isto, não somos obrigados a fazer diferente? E não o fazendo, independentemente do resultado, como ficaremos conhecidos para a História, se houver alguém para escrevê-la ou para lê-la?
A recente (e presente) crise é manifestamente sistémica. No entanto as terapias adoptadas constituem “mais do mesmo”, isto é, não passam de “variações sobre o mesmo tema”.
Na busca de soluções ninguém parece ter ponderado no facto de que a crise foi manifestação da “fadiga” do sistema. Se alguém o tivesse feito, perceberia que urge conceber um novo sistema. Sabemos que tal não acontece por encomenda, nem “de um dia para o outro”, mas sabemos também que “o caminho se faz caminhando”.
Todos sabemos que errar contem algumas virtualidades. De entre elas o conhecimento das consequências do erro que nos permite evitar repeti-lo.
Sucede é que nesta sede a aparente ingenuidade dos responsáveis resulta ou da ignorância sobre erros anteriores, o que seria lamentável, ou resulta da insistência em erros anteriores, quer ela resulte de mera teimosia quer ela resulte de dolo consciente, sendo, nestes casos não só lamentável mas também execrável. Em qualquer dos casos porém todas estas atitudes face ao erro são repudiáveis.
Dizia Benjamin Franklin que "A tragédia da vida é que nos tornamos velhos cedo demais e sábios tarde demais.", no que tem toda a razão, fundada esta na experiencia de todos nós ao longo dos tempos.
Por isso a cultura é imprescindível, já que nos permite recuperar o resultado de experiências anteriores conferindo-nos a possibilidade do aproveitamento da sabedoria por aqueles que ainda não a atingiram.


Ora sabendo nós isto, não somos obrigados a fazer diferente? E não o fazendo, independentemente do resultado, como ficaremos conhecidos para a História, se houver alguém para escrevê-la ou para lê-la?
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modelo de desenvolvimento
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
A eficiência que não temos...

O Orçamento Geral do Estado (OGE) é uma coisa importante, pois não há gestão sem orçamento.Mas, sem perder a importância que tem, não é, quanto a nós, o mais importante!
A classe politica, fora dos governos de maioria, anda numa verdadeira roda viva, negociando com os partidos com representação parlamentar, concedendo aqui, conquistando acolá.Aliás o que constitui a sua ocupação noutras areas (todas) do poder, mesmo na pendência de um governo de maioria.
Ocupados assim nas negociações, sempre pressionados pelos encargos do OGE, dedicados à manutenção da sua notoriedade com vista à reeleição ou meramente para se manterem, numa lógica individual, na crista da onda,e ainda afadigados com os despachos ministeriais, presenças na assembleia, obrigações partidárias, inaugurações, etc., etc., etc.,muito pouco tempo lhes resta para pensar estruturada e prospectivamente Portugal. No pressuposto de que disso fossem capazes.
Por isso repensar Portugal,sendo urgente há muito e ainda mais premente na conformidade em que o mundo se encontra por se ver forçado a mudar de paradigma, é uma tarefa que se impõe a todos no geral, mas aos eleitos muito particularmente.
Repensar Portugal passará por termos uma liderança politica com dimensão e responsabilidade históricas e uma competência acima daquilo que tem sido patente, pelo resultado, no comum da classe politica que temos conhecido, que se determine a deitar a mão a esse trabalho.
A receita -as contribuições de todos- é importante, sobretudo num estado social de direito, mas a economia donde provêm as receitas é muito mais!
Tal como se passa com o orçamento doméstico de cada um de nós, as depesas, mesmo reduzidas, são certas e fixas, enquanto as receitas, estão permanentemente inseguras, mesmo para funcionários públicos, pelo caminho que "isto" leva.
Neste enquadramento, entre a pouca margem que o cruzamento entre o sofisticado contexto económico internacional e o grau de desenvolvimento da nossa economia, nos deixam, pensar sériamente a eficiência nacional em geral parece-nos de elementar inteligência.Mas também de responsabilidade nacional!
Ora, quem terá esta responsabilidade histórica de identificar esta responsabilidade por cumprir?
Sabemos que são os eleitos!
Mas também sabemos que não estão a dar conta do recado!
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classe politica
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Maria de Lurdes Pintassilgo:Uma mulher de excepção!

No aniversário do nascimento de Maria de Lourdes Ruivo da Silva Matos Pintasilgo (Abrantes 18 de Janeiro de 1930), entretanto falecida em Lisboa em 10/07/2004, é justo recordá-la, prestando-se assim uma merecida homenagem, à pessoa, à Mulher e à obra e à verdadeira excepção que o feminino constitui nos mais elevados cargos politicos!
Esta engenheira química, dirigente eclesial e política, pessoa de grande qualidade intelectual e profissional foi a única mulher que desempenhou o cargo de Primeiro-Ministro em Portugal, tendo chefiado o V Governo Constitucional, em funções de Julho de 1979 a Janeiro de 1980. Foi também a segunda mulher primeiro-ministro em toda a Europa, a seguir a Margaret Thatcher.
Acresce ainda o facto de ter sido dos muito poucos Primeiros-Ministros deste Pais (com Nobre da Costa e Francisco Pinto Balsemão)com uma sólida experiência profissional anterior, forjada na economia real.
De facto,em Julho de 1954, foi nomeada chefe de serviço no Departamento de Investigação e Desenvolvimento da Companhia União Fabril (CUF), que aceitou pela primeira vez uma mulher nos seus quadros técnicos superiores. Trabalhou sucessivamente nas fábricas do Barreiro e nos Centros de Investigação de Sacavém e Lisboa. Entre 01.09.1954 e 30.10.1960, assumiu a direcção de projectos no Departamento de Estudos e Projectos da CUF, dos quais se destacam a edição da revista Indústria e a organização dos Colóquios de Actualização Científica, destinados aos quadros técnicos da empresa.
domingo, 17 de janeiro de 2010
Do nada se fez Arte! Por muito bizarra que tenha sido a via da criação...






Tim Noble e Sue Webster são dois artistas ingleses cujos trabalhos são tão peculiares quanto dignos de elogio.
Com materiais comuns tirados das ruas de Londres compõem amontoados que, vistos isoladamente, poderiam localizar-se num qualquer aterro sanitário, mas que iluminados com uma fonte de iluminação estrategicamente colocada projectam sombras que impressionam pelo seu realismo e detalhe.
As duas últimas imagens são da obra do Japonês Shigeo Fukuda, recentemente falecido, e que foi um dos primeiros criadores que cultivaram esta surpreendente forma de arte (a sombra do motociclo procede de um sarilho de garfos, facas e colheres).
Fica-nos a curiosidade sobre as imagens que obteriamos em Armação de Pêra, se se projectasse um feixe de luz sobre os inúmeros amontoados de lixo que proliferam na Vila nos fins de semana prolongados e habitualmente durante todo o Verão. Talvez por fim, a Câmara de Silves e a sua gestão diletante encontrassem uma razão subliminar que justificasse pela "veia artística", a negligência dos serviços respectivos!
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