
A actual presidente da Câmara de Silves está à frente da gestão camarária há três mandatos (12 anos). Doze anos é muito tempo para um presidente deixar a sua marca. Isabel Soares porém, escolheu caminhos que nos levaram a lado nenhum.
Durante este período o nosso concelho foi andando ao sabor de decisões não integradas que hipotecaram a aplicação de um modelo de desenvolvimento sustentável.
É disso exemplo o crescimento desenfreado da construção para segunda habitação que se verificou em Armação de Pêra, o que conduziu a um aumento da pressão sobre áreas de elevada sensibilidade ambiental e paisagística, em geral de forma negligente e assente em critérios muito pouco claros.
Neste momento o concelho de Silves relativamente a um conjunto de indicadores de desenvolvimento está ao nível de concelhos como Castro Marim, Aljezur, Alcoutim ou Monchique e cada vez mais longe de concelhos como Portimão, Albufeira, Lagoa ou Loulé.
Isabel Soares em doze anos conseguiu colocar-nos na terceira divisão do turismo nacional ao ter contribuído para a descaracterização do mais importante centro turístico do concelho, pois não conseguiu controlar a betonização da nossa Vila, nem é capaz de dar uma resposta eficiente em serviços básicos como a recolha do lixo, limpeza urbana, recolha e tratamento das águas residuais, abastecimento de águas e da segurança.

O nosso concelho felizmente tem um importante património arqueológico. Uma oferta cultural diversificada poderia ser oferecida a quem nos visita, mas a aposta para turista ver é baseada numa Feira Medieval produto que hoje concorre com muitas feiras que se realizam por tudo o que é cidade que tem um castelo altaneiro.
Estamos no século XXI mas verificamos que só 85 % da população concelhia se encontra servidas por sistemas públicos de abastecimento de água, e mesmo assim as redes existentes apresentam elevadas perdas e nalguns casos a falta de água ou de pressão é a realidade.
Relativamente às redes de drenagem de águas residuais, só 53 % da população do concelho é servida e mesmo as redes existentes apresentam muitas insuficiências, o tratamento dessas águas residuais também deixa muito a desejar.
Doze anos são muito tempo, Isabel Soares não amou este concelho, não teve visão para ver longe, não foi capaz de aproveitar os fundos da União que foram colocados à sua disposição, mas colocou o nosso município nas páginas dos jornais pelas piores razões, colocou o município na divisão dos maiores devedores e daqueles que pior pagam aos fornecedores.
Enfim, doze anos foram tempo demais! O conjunto de decisões prejudiciais ao concelho em geral e a Armação de Pêra em particular, bem como o sem numero de omissões de politicas fundadas, criteriosas e com perspectivas de futuro sustentável, foram todas elas verdadeiras enormidades!
Se não constituissem um drama, dariam uma grande comédia!
