O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Portugal: 19,1 milhões de turistas em 2016 (174% da População)

É motivo de grande satisfação termos atingido o impressionante número de dezanove milhões e cem mil visitantes, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE)!

A nossa economia limitada e sem grandes rasgos tem no turismo um sector de bate recordes: meter cá dentro 174% da população é obra. Assim outros sectores o fizessem e, provavelmente, não viveriamos a agonia que os média não se cansam de nos recordar diariamente para mal dos nossos pecados e sobrepeso dos sobrecarregados cidadãos.

Mesmo em Dezembro, ainda segundo o INE, os hotéis registaram um crescimento de 11% (onze por cento) com mais 2,5 milhões de dormidas, prova cabal que o Sol e Praia deixaram de ser as motivações quasi exclusivas daqueles que nos procuravam num passado não muito distante.

Em 2016 foram 19,1 milhões de hóspedes e 53,5 milhões de dormidas quase mais 10% que no ano anterior.

Por seu lado, o turismo interno não ficou parado. De facto também cresceu quasi 6% com cerca de 15 milhões de dormidas.

Enfim o pais teve mais de quase 5 milhões de dormidas e o sector, agradecido, vai marchando a bom ritmo.

Para além de contribuir significativamente para o crescimento da economia, contribui para a receita que nunca é suficiente em face do peso da divida que nos esmaga. Porém, qualquer que seja a abordagem, o turismo tem feito a sua parte e assume-se como contribuinte liquido numa altura de grande agonia. É imperioso não esqueçer este contributo e sobretudo não amputar o sector dos meios, intervenções, dedicação, empenho, iniciativa e investimento que merece.

Imperioso e decisivo será também afastar o sector das vistas curtas, miopias e "ousadias de rasgo" de visionários que se limitam a importar ideias e medidas, só para protagonizarem, aparentes modernidades estrangeiras, em economias desenvolvidas, verdadeiramente desadequadas à nossa realidade e economias, e passarem por originais da simples cópia do que se passa lá fora, sem verdadeiro paralelismo com o que se passa cá dentro.

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