Cláudia de Marchi conta tudo, sem pudores, no seu site e
nas redes sociais.
In: JCM de 25.02.17
Estudou direito, exerceu
advocacia, chegou até a dar aulas de direito constitucional
numa universidade do estado de Mato Grosso, no Brasil. Mas, aos 34 anos,
Cláudia de Marchi largou tudo para abraçar uma nova profissão: a
de acompanhante de luxo.
Fê-lo com toda a convicção e não
tem qualquer problema em assumir a decisão no seu site pessoal e nas redes
sociais, onde publica relatos muito vívidos das suas experiências, acompanhados
de fotos muito ousadas.
A decisão começou a desenhar-se
em janeiro do ano passado, quando foi demitida.
"Eu tomei essa decisão
depois de sair do magistério, quando fui demitida sem justa causa, por questão
de egos nestas instituições particulares", conta à Folha de São Paulo
No verão do ano passado, entregou
a carteira profissional de advogada e mudou-se para Brasília. Nada a prendia à
vida anterior. "Tanto no casamento quanto nos meus namoros, o sexo era o
que havia de mais especial, então resolvi aproveitar só a cereja do bolo",
conta ao jornal brasileiro.
No início, Cláudia usava um
alter ego para a sua atividade. Mas depressa abandonou Simone Steffani
para assumir a sua nova ocupação com o nome que usava na vida "real".
Explica no seu site pessoal que se fartou de disfarces:
"Fato é que o já conhecido
codinome [nome de código] Simone Steffani nasceu para preservar o meu lattes,
meus familiares distantes, enfim, aqueles cuja existência pouco me interessa,
mas que, por desventura do destino, carrego o sobrenome. Meu pai, mãe e tias
maternas, ou seja, quem realmente me ama, sempre soube do meu novo ofício.
Minha mãe, minha melhor amiga e companheira, como apoiadora feminista number
one".
No texto em que se apresenta,
Cláudia revela uma desarmante sinceridade: "A intelectualizada
ex-professora e advogada há 11 anos com a acompanhante de luxo que adora sexo
oral, engolir porra e fazer anal intenso. Simone era um disfarce, mas quem
existe é a Cláudia de Marchi".
E deixa um aviso aos moralistas:
"Esta sou eu, Cláudia de Marchi, uma ninfomaníaca seletiva que desperta
sensações diversas, porém nunca mornas, que adora incomodar aos hipócritas e as
recalcadas e recalcados de plantão e que, acima de tudo, é contente consigo
mesma, dorme como um anjo e tem orgasmos múltiplos! Aliás, uma rara mulher cujo
corpo, cavidades e mente foram projetados para dar e receber toda e qualquer
forma de prazer. E, quer saber?! Eu tenho o melhor trabalho do mundo! Está
incomodado? Se retire. Obrigada".
O site inclui até uma tabela de
preços em que Cláudia indica que cobra 600 reais (182 euros) por hora, 2 mil
reais (600 euros) por dois dias de acompanhamento ou 1200 euros por cada
pernoita - que especifica serem realizadas no horário das 22h00 às 08h00 e
só em "hóteis de qualidade".
E para que os acham muito caro, a
acompanhante também tem uma mensagem: "Não gostaste dos valores
pecuniários aqui relatados queridinho? Adapte-se à tua situação econômica e
procure alguém que tu possas pagar sem barganhar e, consequentemente, faltar
com o respeito para com o profissionalismo alheio. No universo do sexo pago da
Cláudia, não existe tolerância a pechincha".
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