Os desafinados também têm coração
O problema da habitação não tem estado na agenda política dos responsáveis autárquicos do nosso concelho, mas é sem dúvida, um dos problemas mais importantes, pelo reflexo na qualidade de vida das populações, que em Armação de Pêra ao contrário do que muitos julgam se encontra longe de estar resolvido, quer em termos qualitativos quer em termos quantitativos.
Se calhar, sendo considerada pelos responsáveis autarquicos, para efeitos de IMI, uma estância de luxo(???) nem lhes passa pela cabeça que aqui também existem excluidos!!!!
Infelizmente existem na nossa vila pessoas a viver em condições, que no século XXI e muito mais numa estância de veraneio cujos proprietários suportam encargos de IMI acima da média,são abjectas!
E não é um caso isolado, não: junto ao campo do Armacenense, no centro da vila, os apoios dos pescadores servem de habitação e mesmo as antigas instalações da GNR servem agora para dar guarida a um sem-abrigo.
Não estamos contra a atitude cristã do Presidente da Junta ao ter permitido o acesso ao antigo quartel, ao sem-abrigo. Na verdade nada temos contra a caridade! No entanto, enquanto a caridade não se exige a ninguém, a solidariedade pode e deve ser exigida a qualquer instância do Estado Social para o qual todos contribuimos!
E o que se exige, nestas circunstâncias, é uma avaliação rigorosa das necessidades e a sua satisfação imediata, através da atribuição de habitação social aos efectivamente carenciados, os quais, tanto quanto é possivel apurar àq vista desarmada, felizmente não são muitos.
A resolução do grave problema social de habitação exige de quem gere a Câmara de Silves outra atitude e uma definição de prioridades diferente da que actualmente é seguida.
Na verdade os custos para o erário público das "festas e romarias" eleitoralistas, seriam suficientes para o pagamento de alguns arrendamentos para estes necessitados, sobrando ainda muito para essas farras...
O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
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6 comentários:
No Rio de Janeiro favela começou assim.
Primeiro foi o papelão e a chapa depois o tijo e assim nasce toda a favela.
E se necessitarem de mais informações basta verem o que se passa em Albufeira com o Subsídio ao Arrendamento que a Cãmara implementou... Basta pôr lá os olhos!
Têm mais dinheiro? Talvez. Mas escolheram gastá-lo em subsídios ao arrendamento, coisa que em Silves é impensável: com ou sm dinheiro.
Não posso concordar que se considere caridade a atitude do sr.Presidente, ao abrigar o sr. sem- abrigo, em instalações públicas(muito degradadas).
Seria caridade se o instalasse em casa dele,como não foi o caso,é mais inconsciência e sendo o presidente da junta a fazê-lo, é mesmo inconsciência politica.
Não duvide que a maioria dos casos de carência, em Armação de Pêra, são tratados pelo nosso presidente sempre desta forma "caridosa",dá muito pouco trabalho e fica o assunto arrumado.
O resto que se lixe.
Felizmente para todos, são poucos os casos,as soluções do nosso presidente, também são pouco recomendáveis.
Certa genta não se vê ao espelho.
Porque não o levas tu para tua casa.
Creio que o anónimo das 14h22min ao sugerir a Tânia Oliveira que o levasse para sua casa, não está a ver bem o a assunto. Isto não é uma questão de particulares, mas sim uma questão política e governamental. Existem departamentos Sociais que tratam desses assuntos. Ainda gostava de saber que espelho tem este anónimo. Certamente é o da Branca de Neve, ou então, por alguma razão sentiu-se atingido ou com a consciência pesada.
Não seria a primeira vez.Actualmente é mais dificil,tenho a minha filha,é complicado,percebes,anónimo?
Ultimamente tenho acolhido os cães que abandonam na nossa praia,tambem é complicado,mas há algumas instituições que ajudam.Dá trabalho,pode levar a interpretações maldosas por parte de anónimos,não é remunerado,mas a mim parece-me necessário fazer alguma coisa,então faço.Económicamente pode ser desastroso,sempre tenho alguma despesa.
Ao espelho vai tu ver-te,repete muitas vezes o teu nome,respira fundo e aparece.
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