O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

domingo, 21 de novembro de 2010

sábado, 20 de novembro de 2010

O Mercadinho disléxico, do Portugal dos pequeninos!

Os dias que correm são de crise económica. Tudo leva a crer que os vindouros assim permanecerão até que tudo se componha, se acreditarmos que este sistema de desenvolvimento irá encontrar forma de se reformular e encontrar novo fôlego.

Num pais como Portugal, apesar das medidas tomadas pelo governo, que se viu finalmente obrigado a autoflagelar-se reduzindo o peso salarial da função pública, medida que se impunha de há muito, à qual resistiu, como uma avestruz, enquanto foi possível e apesar da evidência sobre a sua inevitabilidade atentos os sistemáticos desmandos orçamentais dos sucessivos governos e o estado das contas públicas que motivaram, persiste-se numa atitude, agora chorosa, continuadamente desfocada sobre a realidade, quer por parte dos responsáveis políticos, quer por parte de muitos agentes económicos.

Vem tudo isto a propósito dos estigmas que as actividades especulativas, como a especulação imobiliária, que caracterizaram um certo tipo de desenvolvimento, de resto, como se vê, inconsequente, lavraram fundo no mercado.

Muitos agentes económicos, designadamente os senhorios, como se nada tivesse acontecido no mercado e na economia, teimam em reclamar pelas rendas dos seus imóveis, valores absolutamente incomportáveis para os negócios que nos mesmos escolhem instalar-se, tal como hoje correm.

É recorrente assistir a muitos desempregados, com iniciativa e saber, tentarem jogar mão de qualquer pequeno negócio, na busca de um pequeno lucro que lhes permita amenizar os seus défices.

Para tanto recorrem ao arrendamento com carácter permanente – uma loja – ou transitório – um espaço – numa superfície comercial tradicional ou esporádica ( do tipo Fatacil).

Invariavelmente concluem que a facturação realizada chegou, quando chegou, para a renda e para pagar a mercadoria transaccionada. O trabalho não foi remunerado porque o volume de negócios não chegou para mais.

Os senhorios ou promotores destas feiras (stockmarket , stock ligth ou equivalente, como agora se chama) continuam, indiferentes, a reclamar rendas que não tem nada que ver com a nossa economia, muito menos com o estado em que a mesma se encontra, permanecendo em “jogo” graças à procura dos incautos que arriscam resistir à adversidade com trabalho, iniciativa e empreendorismo.

As regras, ou a ausência das mesmas, estabelecidas pela especulação imobiliária continuam a caracterizar a actividade de grande parte deste sector de actividade!

As conclusões que retiram da crise é continuar a agir da mesma forma esperando o mesmo resultado. E enquanto o número de incautos continuar a aumentar, como é de esperar com o aumento do desemprego, continuarão a sobreviver com aquelas regras.

Há senhorios que mantêm as suas lojas para arrendar longos meses a fio, aguardando o tonto que as ocupe pela renda pedida.

Senhorios, muitas vezes em estado de necessidade, teimam em manter elevadas as suas pretensões, crentes que é a atitude mais sensata!

Sem fazer contas ao que perdem, aninham-se com os seus sonhos especulativos a somar as rendas que virão a receber quando o incauto aparecer.

Quando acordam, se não for na iminência de um despejo do seu inquilino, por falta do pagamento de rendas, é pela notificação de que o inquilino não suporta o seu custo, pretendendo fazer cessá-lo o mais rapidamente possivel.

A Lei da Oferta e da Procura é letra morta neste mercado. Esta não é uma economia de mercado.

A agiotagem caracteriza mais este sector que qualquer valor integrante do conceito de empresariado.

Razão talvez tivesse tido a lei das rendas salazarista que as congelava, talvez por conhecer bem a natureza ancestral daqueles que dão razão ao ditado "não sirvas a quem serviu"!

Desses direitos, por seu turno, muitos inquilinos usaram e abusaram, explorando o uso e habitação de exploradores e explorados, deixando aos interpretes vindouros desses mesmos papéis o "stress" de uma verdadeira luta de classes.

A inteligência da classe politica democrática nos sucessivos episódios governativos nunca querendo perder os votos dos protegidos pela lei das rendas salazarista ou seus sucedaneos nunca lidou o problema de frente, antes tentou contorná-lo pretendendo transformar, em verdadeiro passe de mágica, todos os inquilinos em proprietários, em vez de se preocupar mais em contribuir para o funcionamento eficiente do mercado.

Conservou votos, através de uma politica "social" à conta dos senhorios. Como é bonito ser-se generoso à custa alheia!

De resto, como tem feito com o produto dos nossos impostos, mantendo o emprego clientelar na administração pública e os privilégios sociais dos seus funcionários, face aos demais, na saude e na reforma.

Tudo isto enquanto em economias maduras, nada resiste à Lei da Oferta e da Procura. Mesmo o imobiliário e todos os contratos que ao sector dizem respeito.

Mas isso é outra estória! É a estória das especificidades portuguesas.

Mesmo a classe empresarial, na qual, qualquer economia de mercado, tem fundadas expectativas enquanto agentes do desenvolvimento, em Portugal, salvo honrosas excepções, quando ultrapassa a insignificância, gosta de viver paredes meias com o orçamento, não é seduzida pelo risco, nem pelo investimento, e, em boa verdade, nem sequer pelo mercado, permanece atavicamente a apreciar a especulação e o curto prazo.

Por outro lado, os sindicatos não dão melhor conta de si, permanecem envoltos na neblina Sebastianica, aguardando diferentes resultados, apesar de conservarem as mesmas práticas.

A juventude da democracia, o diletantismo da sua classe politica, a assepsia das elites politicas, culturais e económicas, a rejeição da realidade profunda do Portugal salazarista e da sua pobreza ancestral por um lado e os fundos estruturais europeus por outro, “acompanhados à viola” pela euforia do contributo inestimável do apelo ao consumo típico de uma sociedade desenvolvida, que parecíamos ser, criaram-nos uma ideia virtual de desenvolvimento, sem qualquer sustentação na economia real.

Disléxicos todos. Os senhorios são só um bom exemplo disso!

Que agilidade podemos esperar deste mercado paralítico, para aniquilar os condicionamentos que nos retraiem?

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A saida da crise, está em mudar de vida!

Todos os dia clamamos por maior discernimento da Classe politica no que à gestão da res publica diz respeito.

Invariavelmente cobrem as ineficiências, omissões e muitos outros dislates, à conta do aumento da carga e pressão fiscais pelo lado da receita.

Invariavelmente também insistem em se apresentarem donos do seu nariz, falando sempre ex catedra como se não necessitassem dos conselhos avisados dos cidadãos e, de entre eles, muitos bem mais qualificados que eles.

Sistematicamente tendem para zelar pela reeleição à conta do aumento da despesa no OGE, como se nada se tivesse passado durante os mandatos onde exibiram a sua ignorância e inconsistência, à exaustão.

Mesmo que prossigam interesses inconfessados, os quais, as mais das vezes, sabemos bem prosseguirem, não deixam de ser estupidos ao tomarem-nos activamente por estupidos.

Incomensuravelmente estupidos de idiotas que são!

Porque "temos" que continuar a lidar com esta gentinha poucochinha, não devemos esquecer de nunca subestimar a estupidez dos idiotas!

Ah! e já agora, aproveitar para mudar de vida(partidária e eleitoral)!

domingo, 14 de novembro de 2010

sábado, 13 de novembro de 2010

Biblioteca Escolar –EB1 e Jardins de Infância de Alcantarilha, Armação de Pêra


Um blogue cá da terra onde podemos ficar a conhecer o que acontece na Biblioteca Escolar –EB1 e Jardins de Infância de Alcantarilha, Armação de Pêra

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Não é defeito, é feitio...


Jornal republicano A Vanguarda 23 de Agosto de 1895

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Nós e os Juros da divida!

Os juros passaram o limite psicológico( e não só) dos 7%!
E agora?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

REPUTATION INSTITUTE, pela voz do seu Presidente Simon Svergaard

in Publico.pt de 09.11.10

De acordo com Simon Svergaard, vice-presidente da entidade que analisa como os países se vêem uns aos outros, a crise da dívida e os impasses políticos não terão ainda afectado aquela posição no ranking. Mas se as medidas de austeridade gerarem agitação social, a reputação será atingida e a economia vai sentir o impacto.

Como é que se avalia a reputação de um país?

Há cerca de dez anos desenvolvemos um modelo para avaliar a reputação das empresas, que mede a ligação emocional que uma pessoa tem com uma empresa. Há três anos decidimos fazer o mesmo para os países. Fizemos uma investigação sobre como conseguiríamos obter um quadro de pontuações para um país que reflectisse a sua reputação. Basicamente, há quatro pontos-chave: é um país em que confia, é um país pelo qual tem uma estima grande, é um país onde gostasse de ir e é um país que lhe desperta um sentimento positivo. Além disso, tentamos perceber por que é que aquele país tem uma determinada reputação, o que envolve questões sobre até que ponto o Governo é eficiente, sobre a situação económica do país, o ambiente físico e o estilo de vida.

No último estudo que fizeram, a reputação de Portugal estava em 19º lugar em 39 países. Mas, olhando para a autopercepção dos próprios portugueses, a reputação descia para 32º lugar entre 35 nações. O que contribui para isto?


Apesar da diferença, Portugal é um dos países onde há um equilíbrio entre a forma como os estrangeiros vêem o país e como os portugueses o vêem. Quando se vive num país, tende-se a ser mais positivo para com esse país. Em Portugal, isso não acontece. Quanto à percepção por parte dos países do G8, Portugal é um país muito bonito e com um estilo de vida apelativo. Em contrapartida, tem pontuações mais baixas ao nível do avanço económico, por ser um país que não se identifica com nenhuma grande marca e por ser visto como pouco desenvolvido no campo da tecnologia, quando, na realidade, é bastante desenvolvido.

Isso quer dizer que esses avanços não são suficientemente visíveis?

Sim. Portugal tem uma rede de infra-estruturas viárias que é das melhores da Europa, tem uma rede de comunicação moderna, um sistema bancário em que todos os ATM estão interconectados. Há países considerados muito desenvolvidos, como os da Escandinávia, que não têm estes avanços. O problema é: será que o resto do mundo sabe desta faceta? Portugal tem capacidade para se posicionar como um dos países líderes da Europa no campo da tecnologia, mas, para isso, tem de começar a comunicar o que faz.

O vosso estudo foi feito no início do ano, quando Portugal ainda não tinha enfrentado a pressão dos mercados sobre a dívida pública. Que impacto este contexto tem na sua reputação?

Se olharmos para a situação actual na Grécia e também em França, não tenho dúvidas de que estes países terão uma pontuação menor no próximo estudo. Cada vez que há um acontecimento físico num país, a reputação desce. É o caso das manifestações sociais na Grécia e em França contra as medidas de austeridade. Isto leva a uma perda de reputação que tem um efeito imediato na economia, fazendo diminuir a actividade turística e pode ainda gerar perdas no investimento estrangeiro. Em Portugal, a situação é um pouco diferente, mas pode agravar-se, se Portugal também não conseguir evitar manifestações e greves. A partir do momento em que houver agitação social, a reputação de Portugal é atingida.

Mas acha que Portugal está já a perder reputação?

Não. Mas acho que o Governo português está a esconder-se da tempestade, à espera que esta desapareça. Se o Governo quer melhorar e aumentar reputação, tem de assumir responsabilidade de prestar atenção ao que se diz sobre o país lá fora e desempenhar um papel mais activo na comunidade global. Portugal acaba de ser nomeado para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, tem Durão Barroso à frente da Comissão Europeia, tem de saber aproveitar-se disso para aumentar a sua presença a nível internacional.

O Governo não tem sabido comunicar como deve ser?

O Governo português devia ser mais pró-activo em termos de comunicação e garantir que as suas políticas e medidas não são discutidas apenas na imprensa nacional mas internacional. Neste momento, se olharmos para os meios de comunicação internacionais, apenas ouvimos falar da Grécia, da Irlanda ou da Espanha. Não passa a ideia que Portugal é um país que está pronto para fazer qualquer coisa para sair da crise.

Tem-se falado muito da possibilidade de Portugal vir a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), como fez a Grécia. Se isso acontecer, que impacto tem sobre a reputação do país?

No curto prazo, não tenho dúvidas de que uma intervenção do FMI faria Portugal perder confiança, pois passaria a imagem de que o Governo não consegue tomar conta do país. Poderia gerar-se a noção de que Portugal é uma nova Grécia. Contudo, no longo prazo, poderia até ser bom, porque ajudaria o país a resolver a crise. Por isso, não posso dizer que é algo necessariamente mau.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O exemplo do Zézé Camarinha não floresceu por Armação de Pêra!


Acreditámos que a maior parte dos armacenenses entenderia o inglês suficiente para compreender os posts que vamos publicando neste blog.

Ao que parece o exemplo do Zézé Camarinha não floresceu por Armação de Pêra (e por um lado ainda bem...), atendendo às reclamações que nos enviaram por Email. Por isso, aqui deixamos “Learning English with Misterduncan”, para que alguns dos nossos leitores possam iniciar a sua formação nesta área e possam beneficiar do resultado do trabalho de muitos cidadãos empenhados, por esse mundo fora. Claro que também esperamos que se reduzam as reclamações.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

Visite as Grutas

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Património Natural

Algarve