O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

CLASSE POLITICA BRASILEIRA: O FRUTO NUNCA CAI LONGE DA ÁRVORE!




As realidades politicas brasileira e portuguesa, de alguma forma, tiveram na história recente uma evolução paralela. Ambas as sociedades sofreram os horrores da ditadura, uma militar outra civil. Ambas evoluiram para democracias parlamentares porém com alguns anos de diferença. Enquanto em Portugal se viviam os "anos loucos" da liberdade, ainda no Brasil se viviam os estrutores finais da ditadura.A censura continuava a fazer as suas vitimas no Brasil enquanto, em Portugal, era enterrada.

Francisco Buarque de Holanda, homenageava a liberdade portuguesa, em Portugal, já que no Brasil lhe foi vedada a palavra.

A democracia portuguesa entretanto consolidava-se e a liberdade ganhou "juizo"...Chico Buarque de Holanda fez também evoluir a letra da mesma canção de acordo com a sua avaliação do caminho percorrido por essa evolução.

Hoje, ambas as democracias asseguram a abolição da censura, embora, convenhamos que a liberdade de expressão, a avaliar pelo excerto do programa televisivo que aqui deixamos, é bem mais musculada no Brasil que em Portugal...

Na verdade, face a um problema comum: os extraordinários benefícios de que as respectivas classes politicas auferem, na relação com a parquez da sobriedade económica dos respectivos estados e a conservação da exclusão social de partes importantes dos seus cidadãos, justifica legitima e justificada indignação por parte dos cidadãos-contribuintes.

Afinal, lá como cá, a classe politica consolida os seus privilégios e apesar de eleita para representar os cidadãos-eleitores no aparelho do estado-dos-cidadãos, representa-se a si própria como se não tivesse de prestar contas aos seus mandantes, e detivesse o poder por direito natural.

A poesia de Chico Buarque de Holanda:" TANTO MAR" que tinha uma razão histórica e politica pertinente, continua pertinente, mas agora podendo ser cantada em qualquer das margens deste mar que tanto nos afasta quanto aproxima.

TANTO MAR

1975
(primeira versão)*

Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

* Letra original,vetada pela censura; gravação editada apenas em Portugal, em 1975.



1978
(segunda versão)



Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
E inda guardo, renitente
Um velho cravo para mim

Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Nalgum canto do jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar

sábado, 9 de maio de 2009

Armação das Lixeiras curtas

As obras de requalificação vão avançando sendo possível adivinhar que algumas coisas não vão mudar...

É possível constatar que alguns depósitos de lixo não vão mudar, nem na localização, nem na sua capacidade.

É verdade! Apesar de se terem revelado, há muito, desadequados às necessidades, depois deste investimento, para a dimensão do investimento público em Armação, verdadeiramente gigantesco, as lixeiras principais, vão ficar na mesma...como a lesma!

A exiguidade das suas capacidades conduz ao depósito dos lixos por parte da população, em torno dos equipamentos, compondo lenta e paulatinamente uma verdadeira lixeira em cada um dos ecopontos.

Para além da exalação de odores nauseabundos, tal cenário obriga os utentes mais conscienciosos a enorme ginástica para continuarem a proceder á desejável e necessária separação de lixos. Os utentes menos conscientes, mais apressados ou conformados, limitam-se a lançar o seu lixo para o esterco, sobrepondo-se o mesmo, camada em cima de camada.Movimentam-se no meio da lixeira como se de “homeless” se tratassem! Deprimente cenário em qualquer circunstância. Numa Vila que paga impostos como se se tratasse da Quinta do Lago, uma zona de luxo, o caso muda de figura, pois não só continua deprimente como é tão violento quanto injusto e impróprio de um Estado de direito dos cidadãos, como o entendemos e de uma administração de cidadãos, eleita democraticamente por cidadãos.

Higiene pública, separação de lixos e estética são valores do século XXI e são completamente vilipendiados neste concelho no século XXI.

O que tem Silves para recolher de Armação sabemos nós bem! Mas o que tem Silves para dar a Armação?

O que Isabel Soares tem a retirar de Armação sabemos nós bem! Mas o que tem Isabel Soares para dar a Armação?

Que exemplo tem esta administração para dar aos cidadãos, nestes tempos conturbados que caminham para uma mudança de paradigma?

Mais do mesmo!
Pense nisto!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

TRISTE SINA A DE ARMAÇÃO, COM ESTA ADMINISTRAÇÃO!


PROMESSA PÚBLICA: DAMOS UM DOCE A QUEM ENCONTRAR ARMAÇÃO DE PÊRA no elenco da totalidade das praias algarvias que este ano vão ter a Bandeira Azul, as quais são, por concelho, as seguintes:

Aljezur: Odeceixe-Mar, Monte Clérigo e Arrifana;
Lagos: Luz, D. Ana e Meia Praia;
Portimão: Alvor, Três Castelos, Alvor Nascente, e Rocha;
Lagoa: Caneiros, Vale de Centeanes e Sr.ª da Rocha;
Albufeira: Galé - Leste, Manuel Lourenço, Evaristo, São Rafael, Stª Eulália, Oura, Oura Leste, Aveiros, Maria Luísa, Olhos d’Água, Falésia Alfamar, Rocha Baixinha Oeste, Rocha Baixinha Leste, Falésia e Belharucas;
Loulé: Garrão Nascente, Vilamoura, Quarteira, Vale de Lobo, Garrão Poente, Ancão e Quinta do Lago;
Faro: Faro-Mar, Barreta, Ilha do Farol-Mar e Culatra-Mar;
Olhão: Armona Mar;
Tavira: Barril, Ilha de Tavira - Mar, Cabanas -Mar e Terra Estreita;
V. R. de St. António: Manta Rota, Monte Gordo, Lota e Santo António.

A bandeira azul é uma distinção atribuída anualmente pela Fundação para a Educação Ambiental (FEE) a praias (marítimas e fluviais) e marinas que cumpram um conjunto de requisitos de qualidade ambiental, segurança, bem-estar, infra-estruturas de apoio, informação aos utentes e sensibilização ambiental. As praias e marinas distinguidas ficam autorizadas a ostentar a bandeira oferecida pela FEE durante a época balnear. Pode, portanto, ser considerada um símbolo de garantia de qualidade de uma praia ou marina.
Portugal é um dos países que ostenta mais bandeiras azuis em todo o mundo, resultado do investimento realizado pelo governo e autarquias na manutenção e melhoria das condições das praias.

Em 1987 apenas setenta e uma praias portuguesas ostentavam a bandeira azul, em 2004 cerca de cento e sessenta e cinco praias foram galardoadas com a bandeira azul, e em 2009 um total de 226 zonas balneares, um número recorde em Portugal, o qual corresponde a cerca de metade das praias oficialmente classificadas.
O fim das obras associadas aos Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), a melhoria das infra-estruturas de saneamento e a aplicação da directiva comunitária sobre a qualidade das águas balneares foram outros factores decisivos para o aumento de 20% do número de bandeiras atribuídas, salientou José Archer.

Este ano vão hastear a bandeira 20 novas praias, destacando-se igualmente a reentrada de 25 zonas balneares e a saída de 15, distribuídas por 68 municípios. Actualmente, Portugal é o segundo país com mais Bandeiras Azuis atribuídas, num conjunto de 47, ficando apenas atrás da Irlanda.

"Comparativamente aos outros países do Sul, como a Espanha, Itália e Grécia, Portugal está muito mais à frente", sublinhou José Archer, justificando que parte do sucesso se deve ao facto de a costa ser banhada pelo Oceano Atlântico, cuja constante renovação oferece mais garantias da qualidade.

A melhoria do tratamento de esgotos tem tido também influência no aumento da qualidade, o que se reflecte no maior número de praias galardoadas perto dos grandes centros urbanos, "o que seria impensável há uns anos".

ISABEL SOARES e o concelho de Silves, não só não fazem parte, aquela, do lote dos autarcas que zelam pelas suas praias em reconhecimento dos imperativos de natureza ambiental, este, dos concelhos que entendem a importância para as suas receitas da atribuição daquele galardão para a dinamização das suas economias locais.

Há nesta distinção, pela negativa, uma só vantagem: A evidência sobre a qualidade da administração que gere o concelho!
Uma autarca e uma autarquia assim também merecem um galardão, pelo menos tão popular como aquela bandeira: As orelhas de burro!

sábado, 2 de maio de 2009

Recuperação do BPN à custa dos utilizadores Multibanco!


Esperteza saloia a dos responsáveis actuais pela gestão do BPN.
Com efeito, a sua imaginação não teve contemplações. Aproveitando-se de não pertencer aquele Banco à SIBS, decidiram lançar mão duma vontade antiga de todos os outros Bancos.

Assim como assim, o odioso fica para uma marca que já faleceu no mercado, a do BPN.
Se passar, sem que os consumidores evidenciem uma vontade clara de não se sujeitarem a tal desmando, concretamente evitando utilizar as máquinas do BPN, a seguir entusiasmar-se-ão por voltar à carga, generalizando a cobrança!

Mais uma vez fomos alertados por um email, que muito agradeçemos e passamos a exibir de seguida:

DECO ACONSELHA A NÃO UTILIZAREM A REDE DO BPN

Taxa Multibanco BPN (já começou a cobrar)

Levantamento em multibanco

Atenção!!!

Quando forem levantar dinheiro ao multibanco NÃO LEVANTEM SE O
MULTIBANCO FOR DO BPN!!!!
Eles cobram uma comissão por cada levantamento, isto porque não
têm protocolo com a SIBS, é considerado cash-advance, tal como quando
se levanta dinheiro a crédito.

Toca a divulgar, o BPN tem quase 100 terminais Multibanco.


Ver notícias em:

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=366349&tema=29

http://www.deco.proteste.pt/dinheiro/bancos/comissoes-bancarias-netpay-do-bpn-tem-custos-s540761.htm

http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=64C1B926-C158-4DDE-90D1-88B66507A884&channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1344913&idCanal=62

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Armação:A Luz e o Breu!




A iluminação pública em Armação de Pêra, apesar de estarmos em crer que vai melhorar bastante, a avaliar pelos candeeiros que vamos vendo plantados ao longo das vias que são objecto da intervenção em curso, permanecerá até à conclusão das obras,a verdadeira lástima que conhecemos!

Apesar da esperança que temos nos novos candeeiros pagos pelo contribuinte europeu, não podemos deixar de chamar, uma vez mais, "os bois pelos nomes".
Na verdade o estatuto de zona de luxo que a nossa Vila tem, muito por obra e graça da Presidente da edilidade, vê na sua iluminação, bem expressa a verdadeira incongruência e inconsistência quer do luxo, quer mais ainda da sua qualificação enquanto tal.

Aproximando-se o acto eleitoral, os cidadãos deverão ter bem presente no acto do voto, o balanço desta administração, fazendo a separação entre o trigo e o joio.

O trigo que hoje vemos é resultado da receita que a Europa nos concedeu e não obra de um qualquer mágico ou salvador. O joio é aquilo que, apesar do esforço do contribuinte de Armação, continuamos a não ter!

É que para a Europa somos cidadãos. Para Silves nem tanto!

Pense nisto!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O PÉ DESCALÇO AQUI TÃO PERTO !

Os dias parecem querer reter o sol e a praia vai sendo cada vez mais procurada. Estamos à porta de Maio e os feriados e pontes por certo irão trazer visitantes que procuram antecipar o verão, espraiando-se na Baía de Armação de Pêra.

Entretanto, as obras cuja utilidade, é bom que se reafirme, face à procura que a nossa Vila tem e ao essencial da sua economia, não está em causa, mas cuja implementação administrativa e execução deixam muito a desejar e muito mais a criticar, criam péssimas condições de locomoção em geral e de acesso à praia, em particular.

Geradoras de riscos múltiplos e variados as obras constituem um verdadeiro perigo para a circulação.

Apesar de estarmos no século XXI, no continente mais desenvolvido do mundo, num país cujos números o colocam entre os trinta mais ricos do mundo, onde a segurança se encontra consagrada como uma das grandes preocupações dos governos, continua a ser oportuno recordar um cartaz de outros tempos, dos tempos em que grande parte dos portugueses não tinha rendimento que lhes permitisse usar calçado.

A mensagem do governo civil do Porto, preocupado em evitar danos irreparáveis aos pés descalços, comuns à época, continua cheia de actualidade e utilidade, pelo menos nesta Armação Estaleiro onde os riscos de acidente se encontram generalizados por via da ausência de controlo e fiscalização da obra, cujo orçamento terá contemplado muitos milhares de euros para segurança (como é imposto pela lei) e não obstante serem pagos (mais cedo ou mais tarde) não beneficiam os transeuntes com condições mínimas de deslocação.


Neste concelho, em Armação de Pêra, em muito parece, não estarmos assim tão longe dos tempos do pé descalço.

sábado, 25 de abril de 2009

25 de Abril de 1974-2009 : 35 Anos de Liberdade!


Decorridos trinta e cinco anos sobre o vinte e cinco de Abril, os portugueses em geral, mas os que tiveram consciência politica antes de Abril, em particular, não se encontram revistos no sistema politico vigente, não se consideram representados pelos seus pretensos mandatários políticos, não reconhecem responsabilidade com dimensão histórica, competência, visão e acção prospectivas, na gestão dos seus dirigentes, nem assistem a contrapontos regeneradores ou sequer inspiradores por parte das suas alegadas elites.

Por outro lado, o desenvolvimento que a democracia permitiu, se se pode saldar num extraordinário saneamento dos índices que nos esmagavam contra a porta de acesso à paz, à liberdade, ao direito, à instrução, à saúde, à comunicação, à dignidade plena enquanto cidadãos, não susteve o progresso de um conjunto de desvalores que habitam as sociedades actuais na sua metamorfose da “modernidade”, até ao absurdo.

Os portugueses, recentemente, ainda interiorizaram definitivamente que, para além do seu voto legitimador do poder politico que gere a res publica, são as contribuições que lhe são impostas que sustentam aquela e que, quanto mais mal geridas forem as suas contas, maiores serão as suas contribuições, até ao absurdo, se necessário.

Por outro lado ainda, constatam os portugueses que, apesar da queda de um conjunto de protecções à pouco desenvolvida economia doméstica, do condicionamento industrial às pautas aduaneiras, determinadas pelo fim do Salazarismo e pelo acesso ao maior mercado do mundo – a, então, comunidade económica europeia - que visavam o crescimento da sua economia e o desenvolvimento em moldes europeus, mais de vinte anos depois, os seus índices continuam atávicos, não gerando receita que sustente a despesa.

Os défices, democrático, orçamental e da economia, exibem hoje, a frustração de tantos quantos ousaram o voluntarismo, a participação, o sonho e atendem a eloquência do vazio dos cínicos dos cépticos e dos reaccionários.

Este cenário, emocional e historicamente inesperado em Abril, deverá, segundo o nosso entendimento, constituir um desafio à participação, à cidadania militante, à mobilização da sociedade civil, a qual, por preceder o Estado, é a única titular de todos os direitos que legitimamente o edificaram e sustentam, e também daqueles que o podem conformar, adequar e reformar.


quinta-feira, 23 de abril de 2009

DIA MUNDIAL DO LIVRO

23 de Abril é Dia Mundial do Livro.

Comemora-se desde 1996 e por decisão da UNESCO.

A esta data está também ligado um costume Catalão de os homens oferecerem rosas às mulheres e receberem em troca livros.

Shakespeare e Cervantes, faleceram a 23 de Abril de 1616.
Dizem as estatísticas que os inquiridos que afirmam ler livros eram em 1983 de 41,7%. O número subiu em 1995 para 53,9%. Mas infelizmente em 2000 os que se afirmam leitores já são menos de metade dos portugueses (44,3%).

Ou as estatísticas mudaram de método ou o esforço que andamos a fazer para promover a leitura não anda a resultar.

E dessa população que diz ler, só pouco mais de metade (58%) estava a ler no momento em que foi inquirida.

Em números redondos só cerca de um em cada cinco portugueses é que anda a ler.

Esta é a pura e dura realidade.

Mas o tempo dedicado à leitura também tem vindo a baixar.

Deste já tão reduzido número de leitores, os que dedicam à leitura 3 ou menos horas por semana, eram 62% no ano de 2004 e baixaram para 60,9 no ano de 2005.

O número médio de livros lidos no ano de 2004 foi de 8,5 livros. Comparando com a média de livros comprados que também é de 8, ficamos com um problema a resolver.

Será possível que as bibliotecas só tenham sido responsáveis por 0,5% da leitura?

Sabemos das margens de erro das sondagens e até se compreende alguma incorrecção nas respostas que tenderão a valorizar a leitura e até a afirmação de compra.

Nesta suposição também deve estar alguma parte da explicação.

Mas mesmo assim a quota parte das bibliotecas na leitura é muito pequena.

Temos que assumir que há mais algo a fazer para além do muito que já vem sendo feito.

Por exemplo, uma biblioteca em Armação de Pêra. O Casino tem espaço de sobra para isso!

Fontes:

http://www.iplb.pt/pls/diplb/!main_page?levelid=234

http://www.apel.pt/default.asp?s=12159&ctd=1436

quarta-feira, 22 de abril de 2009

domingo, 19 de abril de 2009

Carlos Drummond de Andrade


Congresso Internacional do Medo

Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.


1974, ABRIL:A LAVA DO VULCÃO DA LIBERDADE É IMPARÁVEL E ELES NÃO SABIAM...


(Autor desconhecido, in:http://images.google.pt/)


Até certa altura, ainda alguns serventuários do poder em queda abrupta, pensavam que seria possivel suster o curso inexorável da lava do vulcão da liberdade!

sábado, 18 de abril de 2009

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

Visite as Grutas

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Património Natural

Algarve