
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
A Crise, a razão dos Alemães e a dos outros!
O que se pretende dizer é que a Alemanha e os países do Norte sabem governar-se e que os países do Sul são irresponsáveis.
Os alemães “sabem com quem estão a lidar “ e portanto “têm” o direito moral de não terem que pagar os desmandos dos outros que não se sabem governar.
Eles são os “trabalhadores”!
Como é sabido,em todas as mentiras há sempre um pouco de verdade.
Gostaria, no entanto, de rebater estas premissas que são falsas!
O que a maioria dos economistas defende como remédio para acabar com a crise dos mercados e o regabofe da especulação, é permitir ao BCE ser o último garante da dívida soberana da zona euro com carácter ilimitado.
A ser assim, o medo do incumprimento não mais teria razão de existir e os juros voltariam ao normal, resolvendo o problema e permitindo aos países utilizarem uma parte do dinheiro disponível para investir na economia e fazê-la crescer e, assim, criar condições para pagar as dívidas.
Parece fácil, mas então porque será que não se faz isso?
A razão apontada pelos alemães, únicos oponentes desta solução é a seguinte:
- Para pagar ilimitadamente a dívida, o BCE teria que criar dinheiro, o que é um facto.
- Tal situação geraria inflação e os alemães têm medo dessa situação face á história da inflação galopante da republica de Weimar (a que voltaremos) e á desvalorização do euro!
- Os países que têm dívidas altíssimas poderiam abrandar as medidas necessárias ao equilíbrio das contas públicas e da dívida.
Ora é um facto que o BCE ao criar dinheiro e fazê-lo circular, pode gerar inflação, no entanto, não se compreende como é que essa inflação tenha que entrar fora de controlo.
A Reserva Federal Americana, o Banco de Inglaterra e o Banco do Japão, têm utilizado este esquema para financiar a sua economia sem que a inflação tenha disparado e sem que as suas moedas tenham desvalorizado. O facto de existir a garantia de pagamento levou á normalização dos mercados e á redução dos juros da dívida para níveis normais.
Por outro lado, não se vê que mal possa ter uma pequena desvalorização do euro, o que apenas facilitará as exportações europeias.
É um facto que se deveriam tomar medidas paralelas para controlar as economias mais débeis e manter políticas de equilíbrio orçamental e de redução da dívida incluindo a perda de alguma soberania até restabelecer a situação.
Não obstante, a alternativa a esta situação é o fim do euro com consequências desastrosas para a própria Alemanha que exporta 2/3 do seu PIB.
De notar a verdade aritmética: se a Alemanha tem uma balança de pagamentos superavitária, haverá alguém que a terá deficitária.
Se nos lembrarmos do mercantilismo, verificamos que tal situação não pode prevalecer para sempre porque o deficitário morrerá e deixará de comprar ao superavitário.
Quanto á desvalorização do euro, dá vontade de rir! Numa situação em que a MOODY'S ameaça reduzir o rating de TODOS os países do euro incluindo os bem comportados Finlândia, Holanda, Áustria e mesmo a Alemanha, o euro mantém-se firme.
Por outro lado, EEUU, Inglaterra e o Japão que têm utilizado este sistema também não vêm inflação fora de controlo ou perca de valor das respectivas moedas.
A Alemanha foi o país que mais ganhou com o euro porque é o maior fornecedor do continente e o 3º maior do mundo. O fim do euro, valorizará automaticamente a nova moeda alemã, reduzindo automaticamente as suas exportações (2/3 do PIB) por um lado, e devido ao colapso das economias suas clientes, por outro.
Portanto, mesmo alguma inflação e desvalorização do euro parece uma alternativa menos gravosa para a Alemanha.
A outra questão que quero demonstrar é o conceito emocional dos alemães trabalhadores contra os preguiçosos do sul.
A Alemanha cria riqueza, os PIIGS destroem-na. Um conceito de boa moral calvinista!
Os alemães dizem que foram eles que financiaram os PIIGS com o seu trabalho e que não estão dispostos a continuar a fazê-lo!
Veremos então a verdade:
- Os alemães ao financiarem os novos países membros da UE, nada mais fizeram do que criar um mercado para o qual vendem a maior parte das exportações. Foi portanto um excelente negócio que permitiu o crescimento económico da Alemanha e não o contrário. Foi um investimento e não uma ajuda desinteressada. As encomendas de Portugal á Alemanha, 2ª maior fornecedora, cresceram 10 vezes em 25 anos!
- Em segundo lugar a Alemanha foi o país da Europa que nos últimos 100 anos recebeu mais ajuda financeira e aquele que provocou duas guerras destruindo a vida de dezenas de milhões de seres humanos e a destruição de riquezas milenares nos países vítimas destas guerras, a saber:
- Na 1ª Guerra mundial, a Alemanha derrotada foi obrigada a desmilitarizar-se e a pagar reparações de guerra aos países que agrediram.
Dizem muitos que estas reparações levaram á Segunda Grande Guerra porque criaram uma inflação generalizada e uma humilhação que gerou sentimentos de vingança.
Ou seja, os Aliados, de agredidos passaram a agressores!
Eis o que se passou:
A Alemanha pagou essas reparações de guerra com empréstimos dos EEUU e da França, sobretudo dos EEUU!
A Alemanha nunca pagou os empréstimos respectivos sendo assim os vencedores que se pagaram a si próprios!
A Alemanha teve assim um custo de humilhação, aquele que têm todos os vencidos, mas não um custo financeiro.
É aliás curioso e sintomático ouvir os gregos dizerem que queriam de volta as dívidas perdoadas á Alemanha que eram EM IGUAL VALOR á sua dívida soberana quando começou a recente crise mais aguda!!!
A crise de inflação na Alemanha veio como consequência da crise do dólar em 1929 com o Crash de Wall Street e não por outras razões, já que a Alemanha estava inundada de dólares pelos empréstimos.
Assim foi permitido a seguir a 1931, com o generoso perdão das dívidas pelas potências ocidentais, uma política de expansão económica que levou ao rearmamento e possibilitou que em menos de 7 anos a Alemanha se equiparasse á Grã Bretanha, maior potência militar da época, que tinha reduzido as suas despesas em defesa graças á gestão desastrosa dos governos pacifistas de Macdonald, Baldwin e Chamberlain!
Depois o tal povo” trabalhador” resolveu continuar pela política de agressão o que levou a uma guerra que matou mais de 40 milhões de seres humanos e a um genocídio e limpeza étnica dignas do pior da Idade Média!
Mais uma vez, as potências vencedoras acederam a financiar a Alemanha com a ilusão de preservarem a paz como fizeram no fim da 1ª guerra!
O Plano Marshall possibilitou á Alemanha a reconstrução e, mais uma vez, as dívidas foram perdoadas e pagas pelos agredidos (como a Grécia) que agora são vítimas de gozo e de desprezo!
Os tais trabalhadores incansáveis foram na verdade a nação mais subsidiada nos últimos 100 anos e foram-no pelas nações que perderam vidas e bens em nome do sonho da grande Alemanha.
Os tais” trabalhadores” foram extremamente eficazes na violência e destruição e tiveram como prémio o perdão e a generosidade dos outros povos!
Só para terminar, mais uma vez, quando se construiu o muro de Berlim e os soviéticos quiseram isolar os habitantes de Berlim ocidental, foram os aliados que montaram uma operação de ajuda aérea que permitiu que os seus agressores, os alemães ocidentais, conseguissem sobreviver.
Daí a comoção que os habitantes de Berlim tiveram com a famosa frase de J.F. Kennedy em Berlim: Ich bin ein berliner!
Mais tarde quando caiu o muro de Berlim, Helmut Khol financiou-se e pagou esse empréstimo em 10 anos!!!
A propósito, sabem qual foi o único país que pagou empréstimos do Plano Marshall?
Foram os preguiçosos e irresponsáveis dos Portugueses!
Quando se venceu a dívida, o Embaixador de Portugal em Washington foi pagar um cheque da dívida ao Departamento do Tesouro dos EEUU cujo representante ficou boquiaberto e não queria aceitar o cheque!
Portanto, quando os Alemães verberam os preguiçosos e irresponsáveis deveriam lembrar-se da generosidade do povos do mundo que souberam perdoar e ajudá-los apesar de reconhecerem que, afinal, ELES FORAM A NAÇÃO MAIS SUBSIDIADA NOS ÙLTIMOS 100 ANOS!
E, manifestamente não dão mostras de o ter merecido!
Dirão os cínicos que nada adianta a nossa opinião, pois ter razão não dá de comer!
Eu direi que talvez não, mas ter razão sabe muito bem e….não custa nada!!!
J.C.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
sábado, 26 de novembro de 2011
CASINO: Na encruzilhada de um Orçamento devorador, vale tudo menos tirar olhos!

O senhor Vereador Fernando Serpa denunciou através do seu blog, no passado dia 24.11, um facto recente, aquele de ter tido conhecimento, directamente da Dra Isabel Soares, ser intenção da edil vir a propôr à respectiva Câmara, a venda do ANTIGO CASINO DE ARMAÇÃO DE PÊRA.
Mais tornou público que, quanto a si, reconhece que tal espaço é pertença dos Armacenenses!
Ainda manifestou a expectativa de que a Junta de Freguesia venha, oportunamente, a defender essa “propriedade” perante o município, antes que aquela senhora se encarregue de, sem mais, pôr em marcha aquela venda.
Tais afirmações constituem uma promessa pública de apoio à conservação do edifício no domínio público dado o seu relevante INTERESSE MUNICIPAL, e mais especificamente à consagração do seu destino à vontade dos armacenenses, valendo por isso dizer que, dada a integração, significado e simbolismo do imóvel, o seu empenho enquanto Vereador irá no sentido de conservar a vocação inicial, embora reorientada de acordo com uma consulta pública, para a utilidade pública.
Tomamos nota, com agrado e não esqueceremos!
Mas não só, é também um desafio sério à Junta de Freguesia para que “se mexa” se tem amor ao Casino e sobretudo que o comunique formal e urgentemente à Câmara!
Esperamos sinceramente que o Vereador Fernando Serpa não reduza a vontade dos armacenenses aquilo que a Junta de Freguesia expressa perante a Câmara. Se assim for padecerá de miopia grave uma vez que armação não se reduz a tão fraca representação e o que aqui se passa e releva excede largamente a capacidade de apreensão e, ou, atenção do senhor Presidente da referida Junta.
No entanto não esquecemos que a Junta e o seu Presidente existem e têm as suas atribuições e competências!
Daí que daqui apelemos ao primeiro subscritor da Petição para a classificação do imóvel como de INTERESSE MUNICIPAL, LUIS PATRICIO RICARDO, para que, enquanto membro da ASSEMBLEIA DE FREGUESIA, promova nessa instância, a análise e discussão desta matéria, em ordem a que a Junta tome uma posição quanto ao futuro do Casino e a comunique à Câmara com a maior brevidade.
Ainda apelamos ao mandato politico do Vereador Fernando Serpa, que com os votos de Armação de Pêra também foi eleito e que os tem justificado na atenção que à Vila tem dado, designadamente no que ao caso concreto diz respeito, no qual tem sido singular (com o pedido de desculpas a qualquer outro Vereador que o tenha feito sem que disso tenhamos registo), para se conservar atento e fiel à promessa pública que registámos e agradecemos.
Por nós, vamos coligir as listas de assinaturas recolhidas, sem que se dê conclusão ao processo de recolha em curso, porquanto, face aquela ameaça da Madame VALE TUDO, todos nunca seremos demais!
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
ESCÂNDALO em Armação de Pêra: Casino à Venda!



Enquadramento histórico do edifício conhecido por Antigo Casino de Armação de Pêra
As décadas de 50 e 60 em Portugal foram um período de grande construção e do ordenamento do território.
Planos, projectos, modernismo, experimentalismo, abertura ao exterior, deram lugar à edificação dos novos pólos turísticos, equipamentos, como os casinos de segunda geração, os hotéis, grande hotéis, as piscinas, etc., foi a era dos equipamentos, das infra-estruturas, e do turismo de massas cujo desenvolvimento se acentuava na Europa do pós-guerra e do qual se anteviu poder o pais vir a beneficiar, justificando pesado investimento relativo no urbanismo balnear.
Armação de Pêra pelas extraordinárias condições naturais de que dispunha foi objecto de um, entre esse grande número de planos para a costa portuguesa então levados a cabo o que, tendo apetrechado a povoação com outros meios de sustentabilidade e desenvolvimento económico, fê-la suportar, a prazo, um pesado custo: o da completa descaracterização!
De pequena aldeia no inicio do seu desenvolvimento turístico, passou a ter dois pólos bem distintos: a aldeia propriamente dita, dos pescadores, e o bairro novo balnear.
Com eles, outros tantos pólos de sustentabilidade e fixação da população: a actividade piscatória e o turismo.
A massificação da procura que durante a década de 70 e as seguintes se foi progressivamente acentuando determinou a descaracterização definitiva quer do pólo primitivo, a aldeia dos pescadores, quer do pólo constituído pelo bairro novo balnear, por via da proliferação generalizada da construção em altura, implantada de forma desordenada.
Esta explosão de fogos para habitação poupou alguns, poucos, ex libris da Vila, dos quais merece destaque o Antigo Casino, o qual simboliza uma época, caracterizada pelo desenvolvimento e ordenamento do território, criação de infra estruturas, concepção e implementação do urbanismo balnear e concomitante abertura ao exterior, e o fim de um ciclo de vários séculos de existência da pacata e tranquila povoação de Armação de Pêra.
Uma referência integrante do ambiente cultural da Vila
Porém, em resultado do primeiro enxerto que recebeu esta primitiva povoação de pescadores, foi-lhe legado um edifício excêntrico na sua relação com os demais, ontem, como, por outras razões, hoje, de arquitectura revivalista, que foi implantado em localização que lhe atribuiu a vocação patente de cómodo e retém de um esplêndido desfrute da singular beleza natural da baía de Armação de Pêra.
E foi nessa vocação que a povoação primeiramente se reviu porquanto, nas demais que também caracterizaram a oferta do Casino, as diferenças sociais, culturais, os hábitos e os afazeres não permitiram, durante os primeiros anos da sua actividade, que delas, a grande generalidade dos autóctones, tivesse serventia, sem que tenha alguma vez renunciado à noção de pertença que a natureza pública da construção do implante no seio da sua Baía, que constituiu o pólo do desenvolvimento que se lhe seguiu, sempre justificou e legitimou.
O edifício constitui assim desde a data da sua inauguração, em 1958, para a população da Vila, uma autêntica referência.
Uma referência do reconhecimento público da beleza da sua paisagem natural e da modernidade, reportados à época da sua instalação.
Uma referencia enquanto bem cultural, gerador de valores de civilização e de cultura, numa povoação num estádio de desenvolvimento pouco mais que rural.
Uma referência de abertura e desenvolvimento que contribuiu para fixar os seus naturais no seu meio próprio, reduzindo as necessidades de recurso à emigração e generalizando a sustentabilidade da comunidade.
Uma referência de acolhimento e serviço que caracterizou a abertura da povoação ao turismo de massas, o qual se veio a constituir como a sua actividade económica por excelência.
Uma referência de desenvolvimento, harmonioso, proporcionado em coexistência pacífica com a caracterização original da povoação.
Uma referência de pausa e serenidade em alto contraste com os restantes elementos construídos da paisagem urbana da Vila, que lhe foram sendo adicionados posteriormente, e por isso,
Uma referência do ciclo que aí se concluiu, o qual se confinou ao longo de séculos à aldeia piscatória e à ruralidade envolvente.
Uma referência de recuperação intra-psíquica, prazer estético, conforto decorrente de um ambiente limpo e despoluído, de espaço público disponível, de visão do equipamento público disponível.
Referências estas que constituem claramente contornos definidores do facto de estarmos perante um imóvel que constitui elemento do chamado meio ambiente cultural, de Armação de Pêra, conceito já autonomizado há muito pelos especialistas, mas ainda um pouco arredado do conhecimento comum.
A “patrimonialização” devida, pela vontade do povo de Armação, em razão da relação estabelecida com o edifício, pela simbologia histórica do mesmo e pelos seus atributos arquitectónicos e paisagísticos.
As sociedades contemporâneas, em resultado da tendência de homogeneização cultural, carecem de uma ligação afectiva às referências do passado, uma vez que padecem do que alguns especialistas designam como “amnésia colectiva”, em virtude do seu distanciamento e alheamento relativamente ao passado.
Perante tal circunstancialismo, é tão comum quanto legitimo pretender-se que não só o passado seja recuperado, como também sejam sublimadas todas as actividades e expressões que se possam transformar num instrumento ao serviço do fortalecimento da identidade de uma comunidade.
As acções em que tais pretensões resultam, verdadeiros resgates do passado mediante a “patrimonialização” dos elementos culturais locais, assumem para além de uma vertente identitária, um carácter instrumental, pois permitem a oferta de bens e actividades culturais, as quais respondem aos anseios de uma população carente de vínculos de identificação, para com o território, com o passado e com a comunidade dos seus concidadãos.
Na verdade, a herança cultural contribuí para uma certa estabilidade, permanência e continuidade dos pertences culturais que, ao mesmo tempo que permitem estabelecer uma simbologia entre o passado, o presente e o futuro, promovem um sentimento de pertença por parte de todos nós.
É sabido que o Património não é só o legado que é herdado, mas o legado que, através de uma selecção consciente, um grupo significativo da população deseja legar ao futuro.
Como ensina Ballard, a noção de património surge “quando um indivíduo ou um grupo de indivíduos identifica como seus um objecto ou um conjunto de objectos” (Ballard, 1997:17). E falar de património pressupõe, por tudo o que preteritamente vem referido, falar de identidades, na medida em que pode ser definido como uma síntese simbólica de valores identitários (Santana, 1998:37-49), que contribuem para um sentimento de pertença e de identificação de um colectivo social.
Mas se é certo que o património, enquanto operação simbólica, não deve ser confundido com a cultura, constituída esta pela acumulação da experiência cultural humana em toda a sua profundidade e diversidade, não é menos certo que, enquanto síntese simbólica, o património fornece elementos de significação cultural, particularmente relevantes num contexto de globalização onde coexistem leituras diferenciadas, permitindo situar-nos em relação ao passado quando, muitas vezes, já nada resta dele.
Não esquecendo que, as acções de patrimonialização e a criação de produtos turístico-patrimoniais, permitem configurar as opções estratégicas em torno de uma politica de turismo, a qual integra, em Portugal, qualquer politica de desenvolvimento e afirmar o respectivo território simbólico, nas escalas de prestigio dos destinos turísticos, o que, de algum modo, conservará activamente o edifício ao serviço da sua vocação original depois da mesma lhe ter sido subtraída, em razão de indefinições a que importa pôr fim.
(Fundamentação da petição:
PETIÇÃO
CASINO DE ARMAÇÃO DE PÊRA BEM CULTURAL DE INTERESSE MUNICIPAL)
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Os saudáveis negócios da Saúde!

«O BURACÃO» (do jornal «O Médico»)
(alguém foi entrevistado por um jornalista e disse o seguinte:)
«- Há uma grande fraude que se está a passar nas farmácias. -
Ai sim? Ora conte lá isso...
- O senhor jornalista lembra-se de quando ia aviar remédios à farmácia e lhe cortavam um bocadinho da embalagem e a colavam na receita, que depois era enviada para o Ministério da Saúde, para reembolso às farmácias?
- Lembro, perfeitamente... Mas isso já não existe, não é verdade?
- É... Agora é tudo com código de barras. E é aí que está o problema... É aí que está a fraude.
Deixe-me explicar: como o senhor sabe, há muita gente que não avia toda a receita. Ou porque não tem dinheiro, ou porque não quer tomar um dos medicamentos que o médico lhe prescreveu e não lhe diz para deixar de o receitar.
Ora, em algumas farmácias - ao que parece, muitas - o que está a acontecer é que os medicamentos não aviados são na mesma processados como se o doente os tivesse levantado. É só passar o código de barras e já está. O Estado paga!
- Mas o doente não tem que assinar a receita em como levou os medicamentos? - Perguntei.
- Tem. Mas assina sempre, quer o levante, quer não. Ou então não tem comparticipação... Teria que ir ao médico pedir nova receita...
- Continue, continue – Convidei...
- Esta trafulhice acontece, também, com as substituições. Como também saberá, os medicamentos que os médicos prescrevem são muitas vezes substituídos nas farmácias. Normalmente, com a desculpa de que "não há... Mas temos aqui um igualzinho, e ainda por cima mais barato".
Pois bem: o doente assina a receita em como leva o medicamento prescrito, e sai porta fora com um equivalente, mais baratinho.
Ora, como não é suposto substituírem-se medicamentos nas farmácias, pelo menos quando o médico tranca as receitas, o que acontece é que no processamento da venda, simula-se a saída do medicamento prescrito.
É só passar o código de barras e já está. E o Estado paga pelo mais caro...
Como o leitor certamente compreenderá, não tomei de imediato a denúncia como boa. Até porque a coisa me parecia simples de mais. Diria mesmo, demasiado simples para que ninguém tivesse pensado nela. Ninguém do Estado, claro está, que no universo da vigarice há sempre gente atenta à mais precária das possibilidades.
Telefonei a alguns farmacêuticos amigos a questionar...
- E isso é possível, assim, de forma tão simples, perguntei.
- É!... Sem funfuns nem gaitinhas! É só passar o código de barras e já está, responderam-me do outro lado da linha.
- E ninguém confere? - Insisti.
- Mas conferir o quê? - Só se forem ter com o doente a confirmar se ele aviou toda a receita e que medicamentos lhe deram. De outro modo, não têm como descobrir a marosca.
E ó Miguel, no estado a que as coisas chegaram, com muita malta à rasca por causa das descidas administrativas dos preços dos medicamentos... Não me admiraria nada se viessem a descobrir que a fraude era em grande escala...
E pronto... Aqui fica a denúncia, tal qual ma passaram... Se for verdade... Acho que é desta que o Carmo e a Trindade caem mesmo!»
___________________________________________________________
Outras questões, das inúmeras, que o mercado da saúde suscita:

Também recebemos de um visitante assíduo e atento observador das questões da saúde a seguinte reflexão:
A CONSISTE, link empresa de tecnologias de informação do universo empresarial da Associação Nacional das Farmácias (ANF), dirigida pelo engenheiro Costa Freire, adquiriu recentemente a CPCHS – Companhia Portuguesa de Computadores, Healthcare Solutions, S.A., link empresa responsável pela gestão do SGICM – Sistema de gestão Integrada do Circuito do Medicamento (gestão dos Serviços de Aprovisionamento e Farmácia dos Hospitais, integrada com a Prescrição Médica Hospitalar), na maioria dos hospitais do SNS.
Esta solução da CPCHS foi desenvolvida com a colaboração dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).
A exploração do SGICM pela CONSISTE levanta um conjunto de questões que importa, a breve trecho, analisar. Limitar-me-ei, neste post, a enunciar alguns dos pontos mais importantes:
a)- A ANF através da CONSISTE passou a ter acesso ao conteúdo da Base de Dados (BD) sobre o consumo e prescrição de medicamentos hospitalares;
b)- A ANF organizou e explora a única BD fiável sobre os medicamentos dispensados pelas farmácias comunitárias, prescritos pelos médicos do SNS;
c)- Que consequências podemos prever da concentração destas bases de dados (prescrição e dispensa de medicamentos do SNS) na CONSISTE?
d)- A CPCHS mantinha com o HUC um acordo especial, relativamente à exploração do SGICM, uma vez que esta solução foi desenvolvida, ao longo de vários anos, com a colaboração dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Será que este acordo vai ser mantido?
e)- A ANF, além do comércio retalhista, detém parte importante do sector armazenista e de distribuição de medicamentos.
Dentro em breve passará a ser responsável pela exploração das farmácias hospitalares em processo de concessão.
A ANF com a compra da CPCHS passou a dominar também um importante sector dos sistemas de informação da Saúde.
Esta concentração crescente de poderes na ANF, traduzir-se-á certamente em dificuldades crescentes na gestão do SNS.
f)- Há indícios que a nova empresa, responsável pelo SGICM, se prepara para rever em alta os encargos dos contratos de assistência técnica e de prestação de serviços, a suportar pelos HHs do SNS, relativos à exploração desta aplicação informática;
g) - Atendendo às circunstâncias especiais atrás referidas, a aquisição da CPCHS pela CONSISTE não devia ser objecto de apreciação por parte da AdC? (Autoridade da Concorrência)
Luis Barbosa
Armação de Pêra: Restaurante The Ocean ganha mais uma estrela Michelin

Segundo a edição de 2012 do Guia Michelin, o restaurante "Ocean", de Armação de Pêra, conquistou a sua segunda estrela.
O Chefe Hans Neuner está de parabéns assim como toda a sua equipa por terem, ganho a segunda estrela para o Restaurante “The Ocean”.
Trabalho árduo e esforço compensaram.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
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Património Natural