O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
domingo, 12 de maio de 2013
A razão pela qual Rogério Pinto não faz o novo campo da Armacenense...
Ele sabe do entusiasmo que os armacenenses têm pelo clube, por isso não quer que aconteçam acidentes.
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sábado, 11 de maio de 2013
sexta-feira, 10 de maio de 2013
quinta-feira, 9 de maio de 2013
quarta-feira, 8 de maio de 2013
terça-feira, 7 de maio de 2013
Fadiga presidencial
por Manuel Maria Carrilho in DN
2/5/2013
A crise tende a multiplicar os impasses, os impasses
tendem a aprofundar a crise. Assim se adensa, tanto na vida das pessoas como na
das nações, o carrossel de todos os dramas. E o pior que nestas situações pode
acontecer é ficar-se preso na teia do que Gregory Batteson designou uma vez
como o "double bind".
Trata-se de um dilema que coloca uma pessoa ou uma
comunidade perante mensagens ou exigências conflituantes, de tal modo que
bloqueia qualquer saída, dando origem a comportamentos paradoxais. É o que
acontece quando um professor diz a um aluno "para não ser tão
obediente" - ele deve obedecer-lhe desobedecendo ou desobedecer-lhe
obedecendo?
Aníbal Cavaco Silva já tinha revelado tendência para a
criação deste tipo de situações paradoxísticas, colocando frequentemente os
portugueses perante dilemas semelhantes, ao declinar variações discursivas que
consistem em acentuar vivamente uma perspetiva para, logo depois, apontar no
sentido oposto.
Foi assim que, depois de denunciar com vigor a espiral
recessiva que ameaçava o País, veio defender sem equívocos a política que a
provocou e os protagonistas que a incentivaram. Que, depois de denunciar a
incompetência da troika, do seu memorando e do seu acompanhamento, veio exigir
e aplaudir o seu cego cumprimento. Que, depois de denunciar a desorientação e a
inação europeias e os seus custos, veio apelar à submissão aos seus mais
contraproducentes ditames...
Que, no dia da comemoração da democracia instaurada no
25 de Abril, veio fazer a apologia da sua inutilidade, aconselhando o País a
preparar-se para acolher mais ou menos de joelhos os imperativos do novo poder
global, de matriz financeiro-especulativa, que hoje corrói todos os regimes
democráticos.
Só faltava mesmo a cereja no bolo: e ela apareceu com
a insólita aposta de fazer o País caminhar para o consenso através da
intensificação dos antagonismos e em apelar à convergência político-partidária
estimulando a desconfiança na democracia!
Este passo é, todos o reconheceram, dificilmente
compatível com as funções de representação nacional, de mediação institucional
e de pedagogia política que deveria caracterizar o exercício presidencial. Não
admira por isso que, com esta espiral paradoxística de Cavaco Silva, o País dê
crescentes sinais de um novo tipo de fadiga, a fadiga presidencial...
É que há, no bizarro apelo ao consenso do Presidente
da República, dois problemas: um de timing e outro de conceito. O de timing
remete-nos para o ano de 2009, e para a incompreensão da gravidade da crise que
era já então uma evidência, e que devia ter dado lugar a um pedagógico esforço
de abertura e de realismo.
A situação deveria ter levado o Presidente da
República a procurar então uma solução governamental maioritária, dado que um
governo minoritário vive quase sempre num registo de preocupação diária com a
sua sobrevivência, o que o torna necessariamente débil e fugaz, como mais uma
vez se viu!...O Presidente da República deixou passar a oportunidade, como
depois deixaria passar outras...
O que nos leva ao segundo ponto, o do conceito. O
consenso remete sempre ora para uma identidade de valores ora para um acordo de
objetivos. Mas nem num caso nem no outro se trata de dados adquiridos ou
inequívocos, sobretudo numa comunidade em crise, como hoje acontece.
É justamente por isso que o consenso exige uma
magistratura presidencial extremamente trabalhosa e exigente do ponto de vista
da comunicação e da pedagogia . Eleito por sufrágio direto dos portugueses,
autónomo em relação aos partidos, livre das pressões do curto prazo e do
imediato, é dele que se espera uma atenção ao essencial que permita criar os
laços e estabelecer as relações que as políticas partidárias hoje dificilmente
conseguem tecer.
Para o fazer não basta, todavia, jurar a constituição
perante o Parlamento. Exige-se mais, requere--se um desígnio, uma visão, um
sinal que atraia e focalize a hoje tão disputada atenção dos cidadãos. Exige-se
proximidade, afeto, cumplicidade, conversa - o contrário do estilo mestre-escola,
em que Cavaco Silva se especializou.
É onde Cavaco Silva mais tem falhado. A sua reação à
generalizada crítica que o seu discurso do 25 de Abril suscitou diz realmente
tudo: " depois não digam que eu não avisei!", comentou. Na verdade, o
seu magistério foi sempre estritamente funcional, burocrático, minimalista, no
limite vertiginosamente apolítico!...Uma im- prudência porque, como a política
tem horror ao vazio, mais tarde ou mais cedo os acontecimentos tinham de o
colocar de novo na arena político-partidária. Foi o que aconteceu com o
discurso do 25 de Abril.
Cavaco Silva não só falhou o alvo do seu apelo ao
consenso, como perdeu o "momentum" em que o podia fazer com
autoridade e eficácia. Resta-lhe agora, aos olhos dos portugueses, vacilar -
para usar os termos do filósofo Jean-François Lyotard - entre o litígio e o
diferendo: enquanto o primeiro pode ficar pela discordância mais ou menos
acentuada, já o segundo conduz ao conflito e à guerra. O tempo o dirá.
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segunda-feira, 6 de maio de 2013
domingo, 5 de maio de 2013
sábado, 4 de maio de 2013
Coisas sobre o futuro que já sabemos...
1 - Sabia que as crianças japonesas limpam as suas escolas todos os dias, por 15 minutos, juntamente com os professores, o que levou ao surgimento de uma geração de japoneses modestos e entusiasta da limpeza?
2 - Sabia que qualquer cidadão japonês que tenha um cão, é obrigado a usar sacos de pano especial para apanhar os dejectos do cão?
O desejo de manter a limpeza e a higiene faz parte da ética japonesa.
3 - Sabia que um empregado(a) de limpeza no Japão é chamado de "engenheiro da saúde" e pode ter salários de USD 5000-8000 por mês?
3 - Sabia que um empregado(a) de limpeza no Japão é chamado de "engenheiro da saúde" e pode ter salários de USD 5000-8000 por mês?
Na sua formação é sujeito a provas escritas e oral!
4 - Sabia que o Japão não tem recursos naturais, a sua população está exposta a centenas de terramotos por ano mas, ainda assim, conseguiu tornar-se a terceira maior economia do mundo?
5 - Sabia que o Japão impede o uso de telemóveis em comboios, restaurantes e esplanadas?
6 - Sabia que no Japão os alunos do primeiro ao sexto ano aprendem a ética na relação com as pessoas?
7 - Sabia que os japoneses, ainda que seja uma das populações mais ricas do mundo, não têm empregados domésticos? Os pais são responsáveis pela a casa e pelos filhos.
8 - Sabia que não há nenhuma avaliação (exame) do primeiro ao terceiro ano, porque o objectivo da educação é incutir os conceitos e o desenvolvimento do carácter ?
9 - Sabia que num restaurante, em sistema de “buffet”, as pessoas só se servem do que vão comer e comem tudo? Nenhum alimento é desperdiçado.
10 - Sabia que os comboios de alta velocidade apresentam, no máximo, um atraso de cerca de 7 segundos por ano? Eles apreciam o valor do tempo, são pontuais, à escala do minuto e segundo.
11 - Sabia que as crianças em idade escolar escovam os dentes e usam fio dental, após as refeições na escola, para aprenderem desde cedo a manter a sua saúde bocal ?
12 - Sabia que os alunos terminam as refeições em meia hora para garantir uma boa digestão.
4 - Sabia que o Japão não tem recursos naturais, a sua população está exposta a centenas de terramotos por ano mas, ainda assim, conseguiu tornar-se a terceira maior economia do mundo?
5 - Sabia que o Japão impede o uso de telemóveis em comboios, restaurantes e esplanadas?
6 - Sabia que no Japão os alunos do primeiro ao sexto ano aprendem a ética na relação com as pessoas?
7 - Sabia que os japoneses, ainda que seja uma das populações mais ricas do mundo, não têm empregados domésticos? Os pais são responsáveis pela a casa e pelos filhos.
8 - Sabia que não há nenhuma avaliação (exame) do primeiro ao terceiro ano, porque o objectivo da educação é incutir os conceitos e o desenvolvimento do carácter ?
9 - Sabia que num restaurante, em sistema de “buffet”, as pessoas só se servem do que vão comer e comem tudo? Nenhum alimento é desperdiçado.
10 - Sabia que os comboios de alta velocidade apresentam, no máximo, um atraso de cerca de 7 segundos por ano? Eles apreciam o valor do tempo, são pontuais, à escala do minuto e segundo.
11 - Sabia que as crianças em idade escolar escovam os dentes e usam fio dental, após as refeições na escola, para aprenderem desde cedo a manter a sua saúde bocal ?
12 - Sabia que os alunos terminam as refeições em meia hora para garantir uma boa digestão.
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sexta-feira, 3 de maio de 2013
quinta-feira, 2 de maio de 2013
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Um concuso à medida...
AVISO
ADMISSÃO DE PESSOAL EM REGIME DE CONTRATO DE TRABALHO A TERMO CERTO- 1 (Um) Assistente Técnico -
- Local: Freguesia de Armação de Pêra.
- Categoria: Assistente Técnico.
- Remuneração ilíquida mensal: Valor equivalente à 1ª. Posição Remuneratória Nível 5 da T.R.U., (683,13€).
- Caracterização do Posto de trabalho: De acordo com o conteúdo funcional inerente à carreira geral e categoria de Assistente Técnico, conforme o Anexo à Lei nº.12-A/2008, de 27 de Fevereiro referido no nº.2 do artigo 49 da mesma.
- Candidaturas: Deverão ser efectuadas através do preenchimento de formulário de candidatura próprio a ser entregue na Secretaria da Freguesia de Armação de Pêra, durante o horário de expediente (9H00 às 16H00) ou enviado por correio com aviso de receção, dirigido ao Sr. Presidente da Freguesia de Armação de Pêra.
As candidaturas deverão ser acompanhadas, sob pena de exclusão, de: Fotocópia do Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão, devidamente actualizado; Fotocópia do Cartão de Identificação Fiscal; Fotocópia do Certificado de Habilitações Literárias; Curriculum Vitae, detalhado, datado e assinado; Fotocópias de documentos comprovativos das habilitações profissionais (formação ou experiencia).
- Requisitos de Admissão: Os requisitos gerais de admissão são os constantes no art.º 8.º da Lei n.º12-A/2008, de 27 de Fevereiro.
- Habilitações Literária exigidas:12º. Ano de escolaridade ou curso que lhe seja equiparado.
- Prazo de Candidatura: É de dez dias a contar da data de publicação deste aviso no Jornal "Terra Ruiva".
E, para que ninguém possa alegar desconhecimento, se publica este e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos de costume, publicados no sítio electrónico da freguesia (www.jf-armacaodepera.com) e no jornal regional, "Terra Ruiva".
- Método de Seleção: Avaliação curricular e entrevista profissional.
- Prazo: O referido contrato terá início após assinatura do mesmo e será válido por seis meses, não configurando nem constituindo uma necessidade permanente de serviço./ E eu, Marta Filipa Prudêncio Camarinha, Secretária o subscrevi.
Armação de Pêra, 18 de Abril de 2013
Fernando Santiago Bernardo
Presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pêra
terça-feira, 30 de abril de 2013
segunda-feira, 29 de abril de 2013
domingo, 28 de abril de 2013
Portugal: um caminho
Por António
Costa Silva, professor do IST , in "Expresso" de 27.04.2013
Portugal
está hoje numa situação muito difícil sem crescer desde 2000, com o
investimento a cair há 18 trimestres consecutivos, a recessão profunda, a alta
dívida pública, os níveis recorde do desemprego, as falhas sistemáticas das
metas do défice orçamental. A crise é muito grave e há que abandonar o
dogmatismo da austeridade sendo que a austeridade é necessária mas há que mudar
o ritmo e dosear a aplicação, como aqui há muito escrevi. Há que abandonar as
ortodoxias de direita e de esquerda, fazer uma síntese criativa com respostas
adequadas e ir buscar ideias boas a todo o espectro político. Há que
restabelecer a cooperação política a todos os níveis numa situação de
emergência nacional. A cooperação implica discutir caminhos diferentes para se
atingir um mesmo fim: construir o futuro do país, pô-lo a crescer, equilibrar
as contas públicas e combater o desemprego. Para isso são necessárias quatro
condições fundamentais.
A
primeira é aprender com os erros. Portugal já esteve oito vezes na bancarrota e
nos últimos 30 anos já foi resgatado três vezes. Então como agora, as razões são
as mesmas: vícios profundos na gestão económica do Estado, trajetória
insustentável da dívida, falta de atenção à economia produtiva, modelo
económico esgotado com crescimento anémico e financiamento a partir da dívida.
As consequências são as mesmas: perda de soberania, colapso económico, cerco
dos credores, dívida galopante, crise política, revolta nas ruas. É crucial
fazer a anatomia destas crises, estudar o que se passou e pensar em políticas
públicas que as evitem no futuro.
A
segunda é compreender que é possível o país voltar a crescer e para isso não
pode falhar o comboio da globalização. Há que definir os nichos de mercado
global onde devemos estar, especializar a indústria e o tecido económico e
alinhá-los com objetivos, explorar as nossas vantagens competitivas à escala
global, encorajar com políticas públicas adequadas a participação do maior
número de pessoas na atividade económica, estabelecer mecanismos de crédito
para as PME e para empreendedores que queiram lançar novos negócios, dar a possibilidade
a quem tem boas ideias de criar a sua empresa, capitalizar o talento e
estabelecer mecanismos de incentivo para premiar boas ideias e boas iniciativas
empresariais. Há que ter uma justiça funcional, melhorar a qualidade da gestão
a todos os níveis, definir uma nova atitude empresarial mostrando que o modelo
para o futuro começa no indivíduo, começa com a escolha e iniciativa individual
e com a competição e não com o “financismo”.
A
terceira é entender que para voltarmos a crescer precisamos de uma nova síntese
criativa entre as várias teorias económicas e ideias novas. A discussão sobre o
crescimento é muito polarizada: ou é com investimento privado mas este é
difícil com a situação das empresas, a falta de crédito, a baixa
competitividade, a enorme carga fiscal; ou é com mais procura interna e
investimento do Estado, o que faz aumentar o défice e a dívida e resulta em
mais despesa pública. E ficamos neste “ou, ou” quando é preciso um “e e. Em
Portugal precisamos de um modelo económico inteligente que transforme ideias em
negócios à escala global em áreas onde temos investigação de ponta como nas
ciências da saúde, nas biotecnologias, nas telecomunicações, nas tecnologias da
informação, nas nanotecnologias, nas energias renováveis, nas redes energéticas
inteligentes, na robótica, na aquacultura, nos videojogos. É essencial ligar o
design dos produtos à engenharia, criar aceleradores de novos negócios e
produzir uma nova geração de campeões globais. Não existe um país de sucesso
sem um bom porto de águas profundas (e nós temos Sines), sem um bom mercado
financeiro (temos muito a melhorar), sem cidades globais (Lisboa/Sines e
Porto/Aveiro podem sê-lo no futuro), sem uma inserção nas redes comerciais e
energéticas globais (com a extensão da plataforma continental, os nossos portos
e a nossa posição geográfica este é um desafio que podemos ganhar).
Finalmente
temos que fazer uma reflexão profunda sobre as nossas falhas coletivas. Porque
tem o país falhado? Desta reflexão deve nascer uma visão nova e integradora que
mobilize o país para o futuro, restabeleça a vontade coletiva, agregue forças,
crie mecanismos de participação dos cidadãos, reconecte a política com a
realidade e com a sociedade. Não podemos fechar as portas do futuro a toda uma
geração de jovens e a todo um povo. Não podemos deixar que os mecanismos da
esperança sejam destruídos. Como Dante escreveu em “A Divina Comédia”: “Fechar
a porta do futuro é tornar o conhecimento e o homem inertes.”
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