É verdadeiramente interessante a noticia precedente sobre a justiça Australiana e a Standard & Poor’s. E não devia sê-lo!
De facto estas acções judiciais deviam “chover” nos tribunais de todo o mundo, desde muito antes de 2008, mas sobretudo depois de 2008 – com a bolha do imobiliário-!
Muitas instituições poderão ter deixado de pagar os seus serviços por deles terem prescindido. É claramente uma penalização dos mercados. Mas...terá sido suficiente?
Pensamos que não!
Os países e as instituições que carecem das notações das empresas de rating, pois carecem das mesmas para recorrerem ao crédito internacional “mantendo-se em jogo”, deixando de recorrer a tais fontes de “abastecimento” (saindo de jogo), deixaram de precisar das notações daquelas entidades e denunciaram os contratos.
Mas, não deviam ficar por aqui as consequências de uma actividade que, até podemos reconhecer a sua utilidade num sistema financeiro tal como se apresenta, não sendo exercida com o zelo e isenção necessárias, pode revelar-se autenticamente criminosa.
Todos sabemos das notações AAA que entraram rapidamente em insolvência ao primeiro abanão forte da crise do subprime.
Também ouvimos o que se diz acerca dos sócios das agências de rating e da diversidade dos interesses de que são titulares no mercado financeiro, muitas vezes cruzados quando não contraditórios e não menos vezes alavancados pelas notações daqueles ainda prestigiados faróis dos mercados do crédito planetário.
O que diríamos de um excelente cirurgião que insistisse em operar os seus pacientes bêbado ou drogado?
Diríamos que, em caso de fatalidade, deveria responder pelo resultado de uma acção culposa e indemnizar!
Podemos até sofisticar o exemplo: a operação era a um órgão vital e ninguém poderia garantir o seu sucesso! Sucederia o mesmo caso ele não zelasse por se apresentar na sala de operações na totalidade das suas capacidades técnicas e cognitivas.
Em que diferirá o caso do cirurgião adito a um qualquer vicio que lhe diminua as competências ao agir no âmbito da sua actividade especializada e o caso destas empresas que concedem notações de rating que determinam decisões de investimento pelo mundo fora exactamente baseadas naquelas informações privilegiadas?
As agências, enquanto sobreviver este sistema de desenvolvimento (e vamos lá ver se sobrevive...) são instrumentos necessários ao mercado financeiro global.
As agências em causa, através de uma enormidade de casos de notações levianas, senão de burla, causaram prejuízos incomensuráveis.
Agir sobre as agências de imediato retirando-as do mercado, ou manifestando a sua evidente incapacidade face às teias que as tecem, seria num caso, tarefa impossível pois pressupunha a capacidade politica global e concertada de o fazer e a capacidade técnica e económica de o poder fazer, ou criar um sistema alternativo que delas não carecesse, ou de as substituir por outras impolutas que teriam de recorrer aos mesmos meios humanos e técnicos que o sistema gerou.
Deste modo, os políticos do mundo, pouco ou nada se referiram ao contributo objectivo que as empresas de rating deram à crise de 2008 e aos seus episódios seguintes.
Medo de mexer nesta Caixa de Pandora que é o mercado financeiro global, foi o que foi...
Pudera! não fazem a mínima ideia de como a consertar ou sequer de como a regular.
Porém, os tribunais a quem qualquer um pode recorrer, podem e devem avaliar situações, com mais certeza quanto mais evidentes, geradoras do dever de indemnizar.
Os tribunais não estão condicionados pelos mercados, nem são objecto de notações. Acresce que são onde, com maior propriedade se aplica a lei dos cidadãos e não a lei do mercado, a do mais forte ou a da selva, constituindo por excelência o lugar onde é obrigatório fazer justiça.
A justiça civilizada da comunidade e dos seus valores, perante quem renunciou a servi-la dentro dos cânones, que conhecem o risco, a tolerância e a razoabilidade mas também a ganância, a burla e o embuste!
Seriam difíceis de executar as sentenças que viessem a ser condenatórias das agências de rating em causa? , diria um céptico. E depois? Sem prejuízo de não se dar por adquirida tal “impunidade”, não se contribuiria claramente para outro patamar de responsabilidade e competência para as funções dessas empresas, tornando tais decisões alavancas das opiniões públicas para outras exigências e pressão para uma futura regulação mais apertada e consentânea com o interesse global e comum.
Alguém acredita que o Tribunal Penal Internacional só se destina a prender um ditador louco e facínora? E o efeito preventivo e inibidor que gera nas condutas das bestas que se candidatam a serem por eles julgados?
Por tudo isso se estranha a falta de mais reações, em tribunal, como a do caso australiano! Quer seja em Portugal quer seja noutros países e, ou, instituições lesadas.
Ou talvez não!
É que, desse modo, pela omissão, não podemos saber que instituições gestoras dos dinheiros dos cidadãos, foram lesadas e em quanto!
Mas se assim for, teremos nesses putativos interessados verdadeiros cúmplices da acção potencial ou evidentemente criminosa daquelas agências!
O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Justiça australiana considera Standard&Poor's culpada de enganar municípios do país
Um tribunal australiano deu razão a vários municípios do país que perderam 16 milhões de dólares australianos ao comprarem Fundos Rembrandt, um produto financeiro que tinha recebido a nota máxima por parte da Standard & Poor’s.
Segundo os magistrados, a decisão da agência de notação financeira de dar o triplo A ao produto criado pelo banco holandês ABN AMRO foi “desorientadora e enganadora”.
A S&P já anunciou que vai recorrer da sentença mas esta decisão abre um precedente para que arranquem mais processos como este, devido à actuação das agências durante a crise financeira que eclodiu em 2008, segundo o jornal Expansíon.
Esta decisão pode vir a ter “implicações a nível global”, sobretudo na “Europa e nos Estados Unidos, onde foram vendidos produtos semelhantes a bancos e fundos de pensões”, afirmou o advogado que representa as autarquias Piper Alderman.
A magistrada Jayne Jagot descreveu os Fundos Rembrandt como “grotescamente complicados, potencialmente muito voláteis e emitidos num momento em que as restrições de crédito eram adversas para o comportamento do produto”.
As 13 autarquias que compraram Fundos Rembrandt no final de 2006 perderam 93% do seu investimento em apenas dois anos, com a S&P, o ABN AMRO e a empresa australiana LGFS a serem consideradas culpadas por estas perdas.
In dinheirovivo.pt
Segundo os magistrados, a decisão da agência de notação financeira de dar o triplo A ao produto criado pelo banco holandês ABN AMRO foi “desorientadora e enganadora”.
A S&P já anunciou que vai recorrer da sentença mas esta decisão abre um precedente para que arranquem mais processos como este, devido à actuação das agências durante a crise financeira que eclodiu em 2008, segundo o jornal Expansíon.
Esta decisão pode vir a ter “implicações a nível global”, sobretudo na “Europa e nos Estados Unidos, onde foram vendidos produtos semelhantes a bancos e fundos de pensões”, afirmou o advogado que representa as autarquias Piper Alderman.
A magistrada Jayne Jagot descreveu os Fundos Rembrandt como “grotescamente complicados, potencialmente muito voláteis e emitidos num momento em que as restrições de crédito eram adversas para o comportamento do produto”.
As 13 autarquias que compraram Fundos Rembrandt no final de 2006 perderam 93% do seu investimento em apenas dois anos, com a S&P, o ABN AMRO e a empresa australiana LGFS a serem consideradas culpadas por estas perdas.
In dinheirovivo.pt
domingo, 4 de novembro de 2012
Na sequência de uma carreira de gestora brilhante, Isabel Soares nas Águas do Algarve!
“Em vias de abandonar o cargo de presidente de câmara poderá estar também Isabel Soares, de 58 anos, que desde 1997 lidera os destinos de Silves. No dia 5 de Novembro, tudo indica que será empossada como vogal executivo da Águas do Algarve. Ganha actualmente um valor semelhante ao de Desidério (nota da redacção: 2.500,00/mês). Passará a receber mensalmente, em termos globais, cerca de 4500 euros (salário, ajudas e subsídios). Tem direito a um BMW 318TD e poderá gastar cerca de 2000 euros por ano em telemóvel. “ in Correio da Manhã.
Diante desta noticia muitos cidadãos se questionam: terá sido a sua gestão, à frente dos destinos da autarquia silvense, exemplar? Sim porque só nesse pressuposto (o qual não se verifica porquanto lá deixa uma das maiores dividas autárquicas ao nível nacional) se poderia justificar vir a ser convidada para administradora, e logo executiva, das Águas do Algarve.
Alguns autarcas, daqueles que se mantêm no cargo para que se candidataram e foram eleitos durante todo o mandato, insistem em cumprir os seus mandatos em respeito pelos que os elegeram, o que, de resto, é exigível com exclusão dos casos de força maior, outros, pura e simplesmente, não!
Os mandatos da classe política, em geral, não são um encargo moral muito pesado para essa gente. A relação que se estabelece entre eleitos e eleitores é substancialmente resultado de uma interpretação perversa sobre o que é o mandato: passam logo de mandatários a mandantes! Depois de eleitos, não tarda até que os eleitores, para aqueles, não passem de um lote de espectadores surdos e mudos a quem não se prestam contas, duma ignorância atros e sem possibilidades de contribuírem para qualquer solução, constituem um problema. Numa palavra, velha do séc. 19 e da autoria de D. Carlos I, uma piolheira.
Para
alguns cidadãos mais ingênuos, mais que o prémio representado pelo aumento do salário,
ficou a surpresa acerca de tal nomeação. Na verdade, face às tão ameaçadoras
medidas de refundação do Estado e às razões graves que as “justificam” ainda
acreditaram que Gaspassos tivesse ousado refundar, ainda que mais pela via da
inevitabilidade imposta pela crise ou mesmo pela Merkl, do que por um revolucionário
corte nas práticas perversas da classe a que pertencem, a razão primeira da
crise do Estado: o compadrio, a cunha, o pagamento de favores políticos, que
conduziu à sobrelotação da administração pública directa ou indirecta (empresas
públicas) que importa, com as prestações sociais, em 76% do orçamento do lado
da despesa.
Mas
enganaram-se. Aí não há qualquer refundação pois as práticas continuam as
mesmas!
Ao que nos diz respeito, concelho de Silves, não nos parece que percamos muito – de facto a senhora presidente, apesar de sucessivamente reeleita, nunca foi pessoa de deixar, pelo obra feita, muitas saudades – mas, apesar de tudo, a ser substituída pelo snr. Vice-Presidente, consideramos que, segundo fontes próximas: “com a rédea solta, aquele senhor não tardará em mostrar-nos o pior do “soarismo” local, de má memória”. Aguardemos para ver, como diz o cego.
Mas...para já, para já, atentas as actuais atribulações da economia nacional, pública, privada ou mista: As Águas do Algarve que se cuidem...
Etiquetas:
isabel soares,
politica nacional
sábado, 3 de novembro de 2012
Face às terapias do GASPASSOS o melhor é prevenir...
Hesitámos durante meses em publicar o texto abaixo,
o qual nos foi remetido com o pedido de divulgação.
Desde logo, por não ser matéria que tratamos, entendemos que, desconhecendo a sua origem – trata-se de um texto
brasileiro – não poderíamos garantir a sua fidelidade nem a qualificação das
fontes invocadas.
É certo que através duma leitura detalhada
constata-se tratarem-se de “bons conselhos” que qualquer amigo poderia,
informalmente, dar a quem quer bem, mas, uma vez mais, não encontrávamos, na
perspectiva da publicação, razão de contexto que a justificasse.
A crise, sobretudo a sua intensidade, porém faz-nos
antever cortes significativos nas funções sociais do estado. A saúde é um
sector onde, durante 2012, já se sentiram importantes alterações,
habitualmente, em prejuízo dos utentes.
E foi aqui, nas reduções de direitos dos utentes da
saúde pública, que encontrámos justificação para recuperar o pedido de
publicação, que já conta com mais de um ano.
Na verdade em matéria de saúde, em qualquer
circunstância, o melhor é sempre tê-la, e algumas pistas de inegável bom senso
para a conservar, parecem-nos, sobretudo atendendo ao “ajustamento” que o
Serviço Nacional de Saúde irá sofrer, da mais elementar prudência.
Eis
então os famosos 50 segredos das pessoas que nunca adoecem:
1.
Beber água mesmo sem ter sede – A
água está para o corpo humano assim como o combustível para o carro. Isso
porque, sem manter os nossos níveis hídricos sempre abastecidos, todo o
organismo sofre. O líquido ajuda a aumentar a saciedade, evitando compulsões
que podem levar ao sobrepeso e ao aparecimento de diversas doenças, ao mesmo
tempo que mantém a saúde do sistema renal. “É o baixo consumo de água que
resulta em urina concentrada e na maior precipitação de cristais, justamente o
que leva à formação das pedras nos rins”, adverte a nutricionista
Amanda Epifânio Pereira, do Centro Integrado de Terapia Nutricional. Sucos
naturais, chás e água de coco também podem ser usados.
2. Ir
ao dentista regularmente – A
boca é como um espelho a refletir a saúde do organismo. Daí a importância de
permitir que um profissional a examine a cada seis meses. “Muitas
doenças sistêmicas, como diabetes, alterações hormonais e lesões cancerígenas
podem ser detectadas numa consulta de rotina”, diz o periodontista Cesário
Antonio Duarte, professor da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, o
tratamento das cáries deixa o organismo protegido contra inúmeras doenças.
“Cáries não tratadas podem se tornar a porta de entrada para micro-organismos,
que poderão atingir órgãos nobres como coração, rins e pulmões”, alerta o
especialista.
3.
Ingerir mais nozes – Bateu
aquela fome de fim de tarde? Experimente comer duas unidades de nozes todos os
dias. Esse é um dos segredos dos adventistas da Califórnia. Cerca de 25% deles
comem nozes cinco vezes por semana. E diminuíram pela metade o risco de
problemas cardíacos.
4.
Temperar com alho – “Ele
melhora a saúde do coração, diminui os níveis de colesterol, a pressão arterial
e potencializa as nossas defesas”, afirma a nutricionista funcional Gabriela
Soares Maia.
5.
Comprar alimentos regionais – Se
puder privilegiar alimentos produzidos na sua região, sua saúde sairá ganhando.
Isso porque os produtos da safra, que não recebem uma grande quantidade de
conservantes, em geral, são muito mais ricos em nutrientes.. Agora, se você
puder ir pessoalmente à feira ou à quitanda do bairro, tanto melhor.
6. Comer
mais frutas – Aumentar
o consumo de produtos de origem vegetal é uma das medidas mais significativas
na prevenção de doenças crônicas. A prática foi observada em pelo menos quatro
das cinco Blue Zones e é fácil entender o porquê. “Frutas, legumes e
verduras possuem uma quantidade de vitaminas antioxidantes, boas gorduras e
fibras que supera em muito a dos alimentos industrializados”, diz
Isis Tande da Silva, do Ganep Nutrição Humana.
7.
Aprender a planejar – A tensão
constante é extremamente prejudicial à saúde. “Ela afeta o funcionamento do
sistema nervoso, hormonal e imunológico”, alerta o psicólogo Armando Ribeiro
das Neves Neto, professor da USP. Uma boa maneira de controlar essas reações é
não deixar todos os compromissos para a última hora. “Acostume-se a anotar
suas pendências em uma lista“, diz o especialista em produtividade pessoal
Christian Barbosa.
8.
Fracionar a dieta – Comer mais vezes ao dia e optar por porções menores é um
jeito inteligente de manter o peso estável. “Os jejuns prolongados desencadeiam uma fome tão intensa que
é fácil se exceder nas refeições”, explica a endocrinologista Ellen Simone
Paiva, do Centro Integrado de Terapia Nutricional. Quando dividimos a nossa
alimentação diária em cinco ou seis refeições, também estamos dando uma
forcinha ao processo de digestão e ao intestino, evitando sobrecargas.
9.
Aproveitar o contato com a natureza – Sinta o cheiro da grama molhada, escute os pássaros, sente-se
na sombra de uma árvore… Pratique essa terapia sempre que possível, já que ela
é altamente relaxante. “A vegetação transfere umidade ao ar e, portanto, o
ambiente fica ionizado negativamente. Isso provoca uma reação química no
organismo, gerando uma sensação de muita calma”, explica a arquiteta Pérola
Felipetti Brocanelli, professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
A psicóloga Solange Martins Ferreira, do Hospital Santa Catarina, garante
que as atividades ao ar livre também contribuem para recuperação de pacientes:
“Quando observam a natureza, eles tiram a atenção da doença”.
10. Levantar
peso – A ideia não é
apenas ficar forte. “Um dos principais benefícios é o aumento da densidade
óssea, auxiliando na prevenção da osteoporose e na reversão da
sarcopenia (diminuição no número de sarcômero, a unidade do músculo
esquelético). Isso evita a incapacidade funcional, muito comum em idades
avançadas”, diz Ricardo Zanuto, fisiologista e professor de Educação Física das
Faculdades Integradas de Santo André.
por Rita Trevisan e Giovana Pessoa
11.
Ser um voluntário – Se
você ainda não conseguiu um tempo para isso, é bem provável que não tenha
encontrado a causa certa. “Quando se apaixonar de verdade por um trabalho
social, acabará colocando-o na lista de prioridades“, garante o
especialista em produtividade pessoal Christian Barbosa. “Dedicar uma noite por
semana já é um bom começo”, diz Dan Buettner.
12.
Celebrar a vida – Não
espere algo de extraordinário acontecer, mas acostume-se a comemorar as
pequenas vitórias. Essa é a receita de longevidade dos italianos que vivem
na Sardenha, uma das Blue Zones. Eles chamam a atenção pela disposição que
têm para festejar tudo e todos.
13.
Cultivar a sua fé – “A
religião empresta sentido às buscas e conquistas do ser humano, dá uma nova
dimensão às vitórias e também às perdas. Além disso, orienta e ajuda as
pessoas a tomar decisões difíceis“, explica Jorge Claudio Ribeiro,
professor de Teologia da PUC-SP.
14.
Trocar o café pelo chá-verde – Ainda
que você precise do café para acordar, faça a substituição. Afinal, o chá-verde
também contém cafeína, que funciona como estimulante. O bom é que ele oferece
outros extras. “Diversos estudos mostram que a bebida atua na prevenção e no
tratamento de doenças como Alzheimer e Parkinson”, afirma a nutricionista Andréia
Naves.
15.
Pegar leve com as carnes vermelhas – Embora
sejam importantes fontes de ferro, são alimentos de difícil digestão e,
portanto, retardam o funcionamento intestinal. Então, se você é do tipo que não
pode viver sem um bifinho, contente-se com um filé médio por dia.
16.
Praticar mais atividade aeróbica – Pode
ser uma caminhada ou uma corrida. Esse tipo de exercício tem impacto direto
sobre os fatores de risco associados à hipertensão, ao diabetes e à obesidade.
“A prática regular melhora a força e a flexibilidade, fortalece ossos e
articulações, facilita a perda de peso e diminui o colesterol”, afirma Zanuto.
17.
Encontrar a sua tribo – Se
você gosta de esportes, certamente irá sentir-se bem com amigos que também
gostam. Portanto, faça um esforço para encontrar pessoas com quem possa
compartilhar e trocar ideias. “Uma das atitudes mais importantes para garantir
a longevidade é cercar-se de pessoas que vão lhe dar suporte e que conectam ou
reconectam você com o sentido maior que você dá à sua vida”, diz Dan
Buettner.
18.
Ser agradável – Facilita
a convivência social e cria vínculos com pessoas que poderão apoiá-lo quando
necessário. Mas como tornar-se uma pessoa agradável? O autor Dan Buettner
é quem responde: “Para isso, é preciso ser interessado e não apenas
interessante. Pessoas simpáticas perguntam a você como está em vez de
falarem apenas de si mesmas“.
19.
Definir seus objetivos – É
o que os moradores de Okinawa chamam de ikigai e os habitantes de
Nicoya nomeiam de plano de vida. Seja como for, o fato é que eles têm
muito bem definidas as suas razões de viver e investem nesses propósitos.
20. Conhecer
melhor a meditação – Ela
une exercícios para o equilíbrio. A prática tem ainda um efeito importante
na redução do estresse.
21.
Guardar o despertador na gaveta – Dormir
bem significa dar ao corpo a chance de se recompor totalmente. “Se você se
deita, dorme logo e acorda bem disposto, pode dizer que tem um sono de
qualidade”, ensina o neurofisiologista Flavio Alóe, do Centro de
Estudos do Sono do Hospital das Clínicas (SP). Quem não tem, corre um risco
muito maior de adoecer. “Aqueles que dormem pouco podem ter um aumento do
colesterol e dos triglicérides”, complementa Alóe.
22.
Apostar nos integrais – Não
basta comer pão integral. Com um pouco de criatividade, é possível incluir a
farinha e aveia integrais na preparação de inúmeros pratos. Quer um bom motivo
para fazer isso? Pois saiba que os alimentos não processados oferecem um aporte
muito maior de nutrientes. “No processo de refinamento, o germe dos grãos são
retirados, restando praticamente o amido”, explica a nutricionista Patrícia
Morais de Oliveira, do Ganep.
23.
Pensar na sua vocação – Fazer o que gosta é uma forma eficiente de afastar o
estresse. Além disso, é
interessante que o seu tipo de trabalho seja capaz de fazê-lo sentir-se
realizado. Por último, saiba que aquele que se empenha em uma carreira para a
qual há um sentido profundo, além da manutenção da renda, se sente mais
motivado a investir na atualização dos conhecimentos. E estudar, como já vimos,
é um santo remédio para o cérebro.
24.
Doar seus pratos grandes – A
população de Okinawa descobriu um jeito de comer 30% menos:
eles utilizam pratos de apenas 23 cm de diâmetro. “Há experiências
promissoras sendo realizadas por meio da restrição calórica orientada, que já
se mostrou capaz de aumentar o tempo de vida de animais de laboratório em 60%”,
afirma Ellen Paiva.
25.
Ter atitudes positivas – “As
emoções fazem parte daquilo que somos e, portanto, são capazes de provocar
reações físicas muito claras. As positivas curam e determinam uma maior e
melhor qualidade de vida”, diz Armando Ribeiro das Neves Neto.
26.
Emagrecer a despensa – Na
hora da compra, elimine os alimentos que possuem qualquer quantidade de gordura
trans e evite os que contêm gorduras saturadas. E por um motivo simples:
as chamadas gorduras ruins têm relação com o aumento dos níveis de colesterol
LDL e triglicérides, fazendo crescer o risco de infarto e de acidente
vascular cerebral. “Além dos industrializados, convém tomar cuidado com os
alimentos de origem animal, como carnes gordas”, alerta a nutricionista
Andréia Naves, da VP Consultoria Nutricional.
27. Saber
como usar a soja – Em
Okinawa, no Japão, o consumo de produtos da soja é o maior de todo o mundo. O
resultado? Dos cerca de 1 milhão de habitantes locais, mais de 900 pessoas já
passaram dos 100 anos. “O consumo frequente reduz os riscos de doenças
cardiovasculares”, afirma a nutricionista Renata C. C. Gonçalves, do
Ganep.
28.
Estudar sempre – Manter
as atividades intelectuais é uma maneira de garantir anos extras de vida e
muito mais saúde, principalmente nas idades avançadas. “Exercitar o cérebro vai
deixá-lo mais protegido contra doenças. Na prática, isso significa um risco
menor de limitações físicas, mesmo se algo der errado porque, nesse caso, a
recuperação será muito melhor”, explica o neurologista André Gustavo Lima, do
Hospital Barra D’or.
29. Ter
um dia só para você - Os
Adventistas do Sétimo Dia que vivem em Loma Linda, na Califórnia, recolhem-se
em suas casas aos sábados e aproveitam a ocasião para meditar e orar. E esse
parece ser mais um bom hábito que poderíamos nos esforçar em copiar. Afinal,
essas pessoas vivem de cinco a dez anos mais que o resto da população
americana. “Se for impossível fazer isso, tente conseguir pelo menos 15 a 20
minutos por dia para não fazer nada, ou melhor, para pensar apenas. É como
marcar uma reunião consigo mesmo”, diz Christian Barbosa.
30.
Apagar o cigarro – Quem
tem menos 40 anos e fuma até 20 cigarros por dia tem quatro vezes mais chances
de infartar. Agora, se o consumo for maior, o risco sobe 20 vezes. A explicação
é simples: as substâncias do cigarro levam à contração dos vasos sanguíneos, à
aceleração dos batimentos cardíacos, além abaixar o HDL, que age como um
protetor das artérias. por Rita Trevisan e Giovana Pessoa
31.
Ouvir a sua música – A
musicoterapeuta Maristela Smith, das Faculdades Metropolitanas Unidas
(FMU), tem uma receita interessante para quem quer tirar proveito da terapia da
música. “Faça um CD com as músicas que marcaram positivamente a sua vida para
criar a sua identidade sonora musical. Escute-o regularmente, principalmente
quando estiver precisando melhorar o astral”, ensina a especialista.
32.
Respirar com consciência – Quando
estiver precisando relaxar ou desacelerar seu ritmo, faça a respiração
completa. “Inspire calmamente o ar pelo nariz, contando três segundos. Então,
bloqueie a respiração por um tempo, retendo o ar, e expire pela boca em seis
segundos. Assim, você estará atuando diretamente sobre o sistema nervoso
autônomo”, ensina o educador físico Estélio Dantas, professor da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro.
33.
Curtir os animais – Mesmo
que não possa ter um em casa, descubra aqueles com os quais possui mais afinidades
e dê a si mesmo a oportunidade de tocá-los. Para a veterinária Maria de Fátima
Martins, professora de Zooterapia da USP, a convivência com os bichos é
uma rica fonte de benefícios psicológicos, físicos e sociais. Ela coordena uma
experiência de terapia assistida com animais em asilos. “O contato com os
animais tem melhorado a vida dessas pessoas. Para alguns idosos, a experiência
foi tão positiva que eles chegaram a diminuir o número de medicamentos que
tomavam”, conta.
34.
Ser muito mais ativo – Comece
descendo alguns pontos antes do ônibus. Fazer mais atividades a pé ou de
bicicleta, cozinhar, cuidar do jardim, brincar com o seu cachorro (fora de
casa), todas essas maneiras de se mexer são válidas. “Um dos segredos da
longevidade é encontrar meios de se manter sempre em movimento. De preferência,
concentre-se em atividades que também lhe dão prazer, e os benefícios serão
maiores”, sugere Dan Buettner.
35.
Desacelerar o ritmo – “Se
você não cria um tempo para estar bem, terá que ter tempo para se cuidar quando
ficar doente”, alerta Dan Buettner. O primeiro estágio do estresse é a fase de
alerta. Ele nos permite realizar muitas tarefas em pouco tempo e aí nos
sentimos bem. Porém, quando persistimos na tensão, o organismo entra em fadiga.
36.
Comer mais iogurtes – “Eles reforçam
a nossa imunidade”, explica a nutricionista Gabriela Maia, da Clínica
Patricia Davidson Haiat. O que as bactérias vivas contidas nesses
potinhos também fazem é melhorar o nosso humor. Afinal, é o intestino que
responde pela produção de 95% da serotonina de todo o corpo.
37. Investir
no ômega-3 - Peixes
de água fria (salmão, arenque, sardinha, atum), sementes de linhaça moídas e
óleos de peixe, de soja e de canola são ótimas fontes desse nutriente, que
têm ação comprovada na redução dos níveis de colesterol e de triglicérides,
além de ajudar no controle da pressão e de prevenir o risco de tromboses, que
danificam os vasos sanguíneos. O composto ainda é coadjuvante em tratamentos
neurológicos e de osteoporose.
38.
Controlar o álcool – A
curto e médio prazos, o álcool pode engordar, acelerar o processo de
envelhecimento e ainda aumentar a pressão arterial. A longo prazo, causa
dependência e ainda compromete o funcionamento de todos os sistemas do corpo,
com danos mais sérios para o fígado.
39.
Brincar com as crianças – É
uma excelente estratégia para tirar o foco das preocupações, aproximar a
família ou amigos e facilitar o contato intergeracional. E todos esses aspectos
estão associados à longevidade. Porém, para funcionar, é preciso que se tenha
um mínimo de afinidade com os pequenos.
40. Construir
o próprio jardim – Mexer
com plantas e flores pode ser um hobby interessante e saudável, desde que você
realmente consiga tirar prazer da atividade. “Esse tipo de passatempo é muito
válido para prevenir o estresse, tanto quanto fazer trabalhos manuais ou
cozinhar. Só não pode virar rotina e obrigação. Se a pessoa tem que cozinhar ou
cortar a grama todos os dias, por exemplo, isso passará a representar, na vida
dela, mais uma fonte de tensão. E aí os benefícios não virão”, explica Armando
Ribeiro Neto.
41.
Desfrutar do sol – Sentir
na pele o calor dos raios solares não é somente uma receita para adquirir
disposição e ânimo. Com cerca de 15 minutos de exposição, oferecemos ao corpo
algo que só o sol pode dar: a energia necessária para a síntese de vitamina D.
“O composto é importantíssimo na fixação de cálcio no organismo, prevenindo a
osteoporose, além de fortalecer o sistema imunológico”, afirma a
endocrinologista Bárbara Carvalho Silva, da Universidade Federal de Minas
Gerais.
42.
Perdoar mais – “Para
envelhecer bem, é preciso olhar para a nossa trajetória de vida aceitando os
erros cometidos e desculpando-se por eles. Da mesma forma, é interessante perdoar
aos outros, percebendo que não fomos apenas vítimas”, diz a psicóloga
Dorli Kamkhagi, colaboradora do Laboratório dos Estudos do Envelhecimento
do Hospital das Clínicas (SP). “Perdoar é retirar objetos pesados de uma
mochila que carregamos“, compara.
43.
Dar uma chance à laranja
- Uma única unidade é capaz de prover a necessidade que o nosso corpo
tem de vitamina C a cada dia. “Protege contra o câncer, afasta aquela gripe
chata e até ajuda a pele a se recuperar mais rapidamente dos estragos
promovidos pelo sol”, diz a nutricionista Gabriela Soares Maia.
44.
Alongar o corpo todo - Os
problemas mais frequentes do aparelho locomotor, e que estão relacionados ao
envelhecimento, são a perda da mobilidade e a osteoporose. “O alongamento,
enquanto um treinamento da flexibilidade, é um dos principais fatores de
manutenção da autonomia funcional em idosos”, garante o educador físico Estélio
Dantas.
45.
Cochilar após o almoço -
Na Península de Nicoya, na Costa Rica, a sesta é um costume institucionalizado.
E, em muitas outras partes do mundo, as pausas para um cochilo também são
comuns. “Para quem dorme pouco, essa pode ser uma estratégia compensatória”,
diz o neurofisiologista Flavio Alóe. É como renovar as energias,
antes de recomeçar a jornada.
46. Priorizar
as pessoas amadas – Este é
outro ponto comum dos que vivem nas chamadas Blue Zones.
“Eles contam
com famílias fortes e se apoiam mutuamente“, conta Dan Buettner. Relações
verdadeiras nos protegem de situações adversas.
47.
Esquecer do sal – A
redução de seu consumo é imprescindível para prevenir e controlar a hipertensão
que, por sua vez, oferecem as condições favoráveis para que inúmeros problemas
de saúde progridam rapidamente, tais como a insuficiência renal e as
complicações cardíacas. “O sal em excesso faz o corpo reter mais líquido, o
que, além de causar inchaço, também aumenta o volume sanguíneo, elevando a
pressão nas artérias”, explica a nutricionista Andréia Naves. Para passar
bem longe desse drama, vale cortar o sal de cozinha que adicionamos aos pratos
durante a preparação, para colocá-lo apenas no momento de consumir, e sempre
usando o bom senso. Outra dica é reduzir o consumo de condimentos, pratos
prontos, embutidos ou enlatados.
48.
Praticar sexo com prazer – A
atividade sexual ajuda a aliviar as tensões, já que, durante a relação, ocorre
a liberação de endorfinas, substâncias que melhoram o humor. O sexo ainda faz
bem para a circulação. Por fim, vale como um excelente exercício e ajuda a
reforçar vínculos de afeto.
49.
Criar um tempo para a família – A
união e o apoio mútuo entre cônjuges, pais e filhos precisam certo investimento
de tempo e atenção. Mas como encontrar períodos livres para dedicar a essas
pessoas todo o carinho que merecem? “Vale programar um jogo que possam fazer
juntos, que permita confraternizar e trocar ideias“, diz Christian
Barbosa.
50.
Usar as dicas diariamente – Caminhar
só aos finais-de-semana ou encontrar mais tempo para os amigos apenas nos
períodos em que a rotina de trabalho sossega um pouco podem ser um bom começo,
na tentativa de transformar a sua vida para melhor. É preciso, porém, garantir
que mudanças pontuais se transformem em hábitos, para colher resultados
significativos no que diz respeito à saúde e à longevidade. “As pessoas que eu
conheci enquanto preparava o livro possuem diferentes segredos, mas uma
coisa que todas elas têm em comum é a disciplina; elas usam seus segredos
diariamente, ou seja, fazem da boa saúde uma prioridade, um hábito mesmo”,
finaliza Gene Stone.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Os motivos que levam a imagem da TDT a falhar em Armação de Pêra
Em Setembro publicamos um post onde relatamos as dificuldades que muitos residentes em Armação de Pêra tem para receber em condições o sinal da TDT.
Depois de muitos gastos na compra de novos equipamentos e pagamento a técnicos especialistas os problemas continuam.
A ANACOM como regulador do setor lava as mãos como Pitatos, ou "apoia" a PT comunicações, colocando a responsabilidade no utilizador, como pode ser verificado pela transcrição de e-mail enviado ao blog por um lesado residente em Armação de Pêra.
"Lembramos que dificuldades na receção do sinal relacionadas com problemas nos equipamentos e instalações (descodificadores, antenas, ligações, entre outros) são da responsabilidade de cada utilizador TDT."
Assim atua a PT e o regulador!
Para melhor se perceber o que se passa consulte aqui post colocado no blog TV DIGITAL EM PORTUGAL.
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Interpretações gráficas sobre o momento histórico...
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Os credores de Portugal recebem mais uma tranche dos juros da divida... |
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A governação portuguesa sabe muito bem o que quer e sobretudo por onde vai..... |
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quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Vamos mostar a Merkel que Portugal merece melhor que...
Fernandos, Soares, Pintos, Portas e Passos
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terça-feira, 30 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
domingo, 28 de outubro de 2012
Problemas com o financiamento do orçamento da Secretaria de Estado da Cultura
É só cortar na roupa, a resposta vem da China!
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sábado, 27 de outubro de 2012
Até nos restarem duas cabeças de sardinha para saciar uma mãe de família, ainda falta muita crise...Descansem que o Gaspassos disso se vai encarregar!
Há dias, um amigo que conta pouco mais de
sessenta anos, a propósito da crise e da pressão e carga fiscais, narrava um
episódio da sua vida remota, o qual, fazendo parte integrante de si jamais pôde
deixar de revisitar amiúde, embora nunca tenha partilhado para além do circulo
restrito da sua família.
Ainda aí, quando o fazia, visava, não
propriamente antever e muito menos augurar, o retorno às condições económicas
precárias da sua primeira década de existência, mas deixar nota aos seus filhos
da enormidade do caminho percorrido atendendo à distancia a que o seu núcleo
familiar se encontrava de tal espectro.
Naturalmente que, invariavelmente com orgulho evidente,
mas jamais exuberante...
Face àquela mesma distância a que se
encontravam todos, a invocação esporádica daquele espectro da sua origem foi
perdendo qualquer interesse pedagógico porquanto ganhou uma patine de “conto de
fadas”, absolutamente irreal e já visivelmente fastidiante para os
destinatários da sua tribo.
Recordou o protagonista que, nesses anos, seu
pai tinha trabalho esporádica e precariamente. A vida em Portugal não era fácil
e no Alentejo ainda menos.
Um dia, durante o salazarismo, na sequência da
criação de um imposto novo [talvez o imposto profissional(?)] um agente do
fisco terá procurado o seu pai para que o mesmo pagasse o referido imposto, o
qual teria sido liquidado em 16$00 (dezasseis escudos).
O seu pai que só tinha biscates de quando em
vez, disse que não o pagaria, primeiro porque não tinha emprego certo, depois
porque não tinha esses dezasseis escudos para lhe dar.
O agente do fisco não conformado pretendeu
penhorar a mesa de refeições da família já que mais não viu naquela casa que
pudesse ser objecto de penhora.
A mesa de refeições foi habilmente construída
pelo seu pai, a partir de umas tábuas de caixotes abandonados, recolhidas ao
longo de algum tempo, estruturadas por pregos velhos, endireitados
(recuperados)para servirem tal propósito.
Nem sequer se tratava de um móvel que pudesse
ser representante de um qualquer estilo com valor num mercado que há época não
existia.
Não se recordava com nitidez de como tinha
acabado a estória porquanto sabia que a mesa tinha continuado a dar à família a
serventia para que tinha sido construída, sabendo no entanto que os dezasseis
escudos do tal imposto não foram pagos, já que, realmente, não existiam.
De facto, melhor dito, não recordo eu como
acabou a estória porque a conversa caiu rapidamente da mesa para as refeições e
nelas ficámos porquanto, em factos elucidativos sobre a economia durante a sua
infância, eram bem mais abundantes !
As refeições, invariavelmente pão na forma de
açorda, algumas vezes com um outro ingrediente disponível.
Dia de festa era aquele onde havia uma ou duas
sardinhas.
Três filhos, pai e mãe que guardava para si as
cabeças (das duas sardinhas) para poder privilegiar cada um dos filhos e o
marido com um lombo das mesmas!
O Portugal de então, pelos vistos, não tão
distante quanto isso, pela mão destes gestores da crise – o governo – teima em
voltar!
E, convenhamos que, até nos restarem duas
cabeças de sardinha para saciar uma mãe de família, ainda falta muita crise.
Acontece é que, no que à metamorfose da crise
diz respeito, a velocidade a que se atinge a profundeza da mesma, aumenta para
o dobro por cada metro que se percorre no sentido da descida. Pelo contrário, a
velocidade a que se sai da crise no sentido ascendente reduz-se para metade por
cada metro que se percorre no sentido da saída.
Infelizmente, esta realidade que ainda está
presente na memória do mais comum dos portugueses com sessenta ou mais anos de
idade, não faz parte do curriculum escolar dos portugueses que nos governam,
nem pela via da aprendizagem que, claramente, alguma vez tenham tido por
experiência vivida.
Estes senhores, pela incapacidade evidente de
avaliarem a situação, pela inconsistência das soluções que defendem e pela
patente inconsequência das medidas empreendidas, são, com o poder de que dispõem,
pessoas perigosas.
E os destinos de Portugal não pode estar
entregue a pessoas perigosas. Disso não temos qualquer dúvida!
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sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Armação: O conceito aberrante de desenvolvimento perpetrado pelos responsáveis de Silves, pela via do "cartoon"!
Excelente representação artística representativa dos últimos vinte anos da política urbanística da Câmara de Silves
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