O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Escárnio e Maldizer, sempre em contraciclo, não param!






São inumeras  as "correntes" de "fé" ou tão só de "fezadas" as quais, percorrendo a net, chegam às "paletes" aos nossos endereços electrónicos.

Nem todas captam adeptos, mas muitas delas cativam milhões de "crentes" que ajudam a multiplicar o seu numero por milhares de milhões.

Não há, que saibamos, forma de avaliar números exactos ou sequer aproximados. No entanto estamos em crer que, a que recebemos hoje e publicamos, é daquelas que atingirá uma mega difusão, tal o grau de certeza no retorno que seguramente vai gerar a cada um dos seus destinatários.

O escárnio e maldizer não estão em crise e quantos mais anos de governações mediocres maior é a exuberância da sua produção. É um bom exemplo dos chamados Contraciclos.

Este Governo não é susceptivel de mudar de face!




Não há uma segunda oportunidade para criar uma primeira impressão:



A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos.
(Mia Couto)

O mágico fez um gesto e desapareceu a fome, fez outro e desapareceu a injustiça, fez um terceiro e desapareceram as guerras.
O político fez um gesto e desapareceu o mágico.
(Woody Allen)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Das Pessoas que Atingem Posições Elevadas

Das pessoas que atingem posições elevadas,
cerimónias, riqueza, erudição, e similares:
para mim tudo isso a que chegam tais pessoas
afunda diante delas — a não ser quando acrescenta
um resultado qualquer para seus corpos e almas —
de modo que elas muitas vezes me parecem
desajeitadas e nuas, e para mim
uma está sempre zombando das outras
e a zombar dele mesmo ou dela mesma,
e o cerne da vida de cada qual
(a que se dá o nome de felicidade)
está cheio de pútrido excremento de larvas,
e para mim muitas vezes esses homens e mulheres
passam sem testemunhar as verdades da vida
e andam correndo atrás de coisas falsas,
e para mim são muitas vezes pessoas
que pautam as suas vidas por um hábito
que a elas foi imposto, e nada mais,
e para mim é gente triste muitas vezes,
gente afobada, estremunhados sonâmbulos
tacteando no escuro.

Walt Whitman, in "Leaves of Grass"

Dedicamos este poema à futura administradora

domingo, 21 de outubro de 2012

A via do Gaspar de Treblinka com falsos slogans de que só a obediência concede a felicidade, por uns instantes, antes da morte!



Os cidadãos em geral encontram-se em circunstâncias deveras difíceis, de grande perplexidade quando serenos, de enorme ira quando fustigados com novas fronteiras traçadas adentro do seu pequeno quintal onde, já só com enorme criatividade, atinge o limiar da subsistência digna. Os que o conseguem, pois muitos outros já vêm aquela fronteira ser traçada sobre si próprios, convertendo-os em meio cidadãos.

Sabem porque vêem e sentem na pele, se não na própria, na de muitos e muitos outros, da crise e das perspectivas devastadoras que, anuncia-se, por aí vem.

Os portugueses em geral tem aguentado, firmes, progressivamente menos serenos é certo, as politicas de austeridade com a atitude de um bom pai de um filho que fez asneira da grossa.

Primeiro irrita-se, depois lamenta justificadamente a sua sorte e depois começa a equacionar a forma de resolver o problema do seu filho.

Claro que o bom pai a que nos referimos, no entretanto questiona-se, invariavelmente, onde terá errado, detectando frequentemente, se for exaustivo, nalguma das suas omissões - e há sempre uma quando somos inquisitoriais connosco próprios - a eventual causa remota da asneira do seu filho.

E a estória processar-se-á sempre assim, enquanto for possível àquele pai solver a divida do seu infeliz filho, ainda que com algum sacrifício.

Enfim, age como se a divida fosse sua e, agindo assim, age como se aquela tivesse sido contraída por si.

De algum modo e com as excepções sempre justificadíssimas, tem sido assim, resignados e serenos que os portugueses têm assistido ao empobrecimento generalizado que as politicas de austeridade tendentes à redução do défice e ao pagamento da divida, obrigam.

Sem correr o risco de imodéstia, consideramos os portugueses um povo com uma capacidade extraordinária de sacrifício. Para quem tiver dúvidas o “espectáculo” televisivo diário que o povo grego exibe, está aí para o demonstrar à contrario sensu!

Mas, voltando ao protagonista deste post, o bom pai de família, nem sempre agiria da mesma forma...
Bastaria que o montante da divida do seu filho ultrapassasse a sua capacidade de pagamento, ainda que no limite da sua capacidade de sacrifício.

Compreenderia facilmente que honrar a divida do filho, nos termos em que o credor o exige, determinaria não utilizar transportes para o trabalho (ir a pé obrigá-lo-ia a levantar-se todos os dias pelas cinco da manhã e chegar às dez da noite), determinaria tirar os outros filhos da escola (os transportes e os livros e as refeições seriam insuportáveis) determinaria terem uma refeição por dia (açorda, as vezes com alho e uma vez ou outra com ovo) determinaria deixar de pagar a hipoteca ou a renda (ainda que baixa) e depois, viver ao relento (sem renda paga é despejado) determinaria que deixasse de pagar o Lar onde a sua mãe, doente de Alzheimer, se encontrava hospedada, determinaria cancelar o seguro de saúde e claro, deixar de pagar os impostos que lhe cabem neste orçamento, e ainda assim, porque o seu rendimento familiar é de €1.350,00, ainda assim não conseguiria pagar a divida que lhe impunha uma mensalidade de 1.400,00 mensais.

Mas, o que diria qualquer pessoa, se ainda assim, o bom pai de família insistisse em pagar a divida naquelas condições, fazendo ver à mulher e aos outros filhos que conseguiria?

E o que diria qualquer pessoa, se ainda assim, o bom pai de família insistisse em pagar acima da prestação da divida, nas mesmas condições, fazendo ver à mulher e aos outros filhos, não só que conseguiria, como ainda que seria melhor assim pois acaba de pagar a divida mais cedo?

Em qualquer caso que estava louco e precisava de ser internado, urgentemente, uma vez que se impunha que trabalhasse para o sustento da sua família!

Grosso modo, o que o governo propõe com o presente OGE é a loucura que o bom pai de família da nossa estória faria se insistisse em pagar(atingir o défice exigido), nas condições determinadas pela Troika ou agravadas pela arrogância da ignorância do governo da nação.

É, declaradamente, optar por se portar bem num campo de extermínio, visando manter-se vivo por mais alguns dias!

Sabemos que a nossa economia é pequena! E sabemos que as nossas elites ainda são mais pequenas que aquela.

Sabendo a verdade, sabemos a sua consequência: como poderemos e sobretudo quando, ser um pais sustentável economicamente depois de o colocarmos de novo nos anos cinquenta ou mesmo quarenta?

Com a solidariedade europeia? Não nos parece que essa via seja credível, pois não se verificando agora, quando é patente, necessária e urgente, é patente que o projecto europeu, tal como foi contratado, deixou de existir!

O caminho que escolhemos e a solução que não discutimos conduz-nos para uma existência próxima de um modelo que já nem sequer imaginamos: o de uma Bulgária ou uma Roménia dos tempos da Cortina de Ferro.

O único aspecto positivo que tal expectro encerra é o de sabermos de entemão que lá não iremos ter que levar com o Gaspar (nem como outros que tais). É que nessa altura ele vai estar certamente a viver em Bruxelas ou Nova Iorque, bem longe desta piolheira!


sábado, 20 de outubro de 2012

Os crocodilos que voam baixinho, não deixam, por isso, de ser predadores!

O senhor Gaspar, durante uma conferência de imprensa visando a apresentação do OGE, referiu que, se repetissem a pergunta acerca de alternativas a este orçamento, a sua resposta seria a mesma e provavelmente usando um tom de voz ligeiramente diferente.

Tal linguagem de mau-gosto motivou, justamente, as inevitáveis reacções no commentariat nacional.

Não teremos, certamente, lido ou ouvido todas, mas qualquer coisa nos diz que ninguém lhe deu uma resposta à letra!

Esqueceram-se de o informar que, na rua, os portugueses já subiram o tom de voz há muito! Evidência do mal-estar que as "políticas" financeiras do governo, mais propriamente do snr. Gaspar, de sentido único, há muito esgotaram a paciência, essa sim de Job, dos contribuintes.

O snr. Gaspar, também na elevação do seu tom de voz atrasado, continua a reboque de uma estratégia estrangeira, ou, na melhor das hipóteses péssimas, sem perceber das consequências, económicas e sociais, que aquela determinará para Portugal e para os portugueses, ou, na pior das péssimas hipóteses, sabendo muito bem o que está a fazer.

No primeiro caso, não passará do "nabo mais competente que conhecemos", como Mário Soares um dia apodou Victor Constâncio, no segundo caso, tratar-se-á um verdadeiro Conde Andeiro!

Em qualquer dos casos, defenestrá-lo da politica portuguesa, gentilmente e num tom de voz suave, parece-nos de elementar decência democrática.



Enquanto Gaspar conserva o tom palaciano, monocórdico e entediante das suas comunicações fatais, o volume elevado da contestação vai recorrendo a figuras de estilo neo realistas...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Que futuro para Armação de Pêra e para os armacenenses?

Vemos uma terra a definhar, a viver o círculo, cada vez mais curto, do verão que se acaba e a sonhar que o próximo, ainda tão distante, será melhor que este que findou.

É sobre esta quimera: sonhar que o futuro próximo será melhor que o presente angustiante e sem soluções que a vida se esvai no dia-a-dia que passa.

Para (alguns) os mais velhos: é o “andar dos tempos”, é o “círculo da vida”, é o “antigamente já foi pior”, em suma: é o conformismo perante a realidade, a falta de meios e ânimo para recomeçar de novo, e, ou o ocaso da vida que já lhes rouba os sonhos do futuro.

E os mais novos? – Essa geração que se projecta no futuro! Para os quais, hoje é só o trampolim para o amanhã, que ansiaram ser o tempo da independência pessoal, profissional e da concretização das vidas que idealizavam?

O presente e o futuro em Armação de Pêra não são, nem se apresentam risonhos!

Acredito na viabilidade de Armação de Pêra, como destino de novas oportunidades de trabalho, de riqueza e de futuro e não como antigamente: que pela altura das festas se vinha visitar a família, ou nalguns dias de verão, se a casa ou os quartos não estivessem alugados a banhistas.

Acredito que a juventude de Armação de Pêra não se conformará com o ver os dias a passar, sem quaisquer perspectivas de futuro, largar as casas dos pais, voar com os conhecimentos que adquiriram e construir a sua independência.

O desafio que vos lanço é que utilizem o que têm em mais abundância: tempo e inteligência. Com vontade de mudar, ousem o empreendedorismo, debatam ideias, projectos, sugestões e até sonhos.

Como? Em primeiro lugar, juntando boas-vontades, gente interessada em alterar a rotina do trivial, por coisas concretas e objectivas. Utilizem um espaço físico ou virtual – em que são exímios – Em segunda lugar, escolhendo temas e temáticas que julguem adequadas, e que cada qual participe nas que se julgue mais interessado ou capaz. Façam convites a todas as instituições – escola/universidade, igreja, colectividades, instituições públicas, corporações profissionais e culturais, pessoas individuais que julguem poder enriquecer os vossos temas, ou esclarecer as vossas dúvidas. Em terceiro lugar e por último! Apresentem as vossas conclusões num fórum público, convidando todos os interessados as participar.

Notas:
Não tenham pressa pelo aparecimento de líderes, eles aparecem naturalmente com o lançamento das propostas e desenvolvimento das ideias.

Não se deixem aprisionar de nenhum movimento político, parassocial ou de qualquer outro matiz.

O futuro é já amanhã! A vida não espera…vive-se!

Uma reflexão de Luís Patrício


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Em defesa da Lagoa dos Salgados

A Plataforma dos Amigos da Lagoa dos Salgados promove no próximo sábado dia 20, pelas 15:00 horas, uma concentração em defesa daquela zona paisagística, localizada entre os concelhos de Albufeira e Silves.

Localizada entre as ribeiras de Espiche e de Alcantarilha, a chamada zona da Praia Grande (Silves) “reúne um conjunto excecional de valores naturais, com particular destaque para a avifauna aquática, pela presença de umas das mais importantes zonas húmidas do Algarve”, refere a plataforma, constituída por várias associações ambientais e outras entidades.

Nos últimos anos, a Lagoa dos Salgados tornou-se um dos locais de observação de aves mais visitados do país, assumindo hoje “um papel estratégico do ponto de vista paisagístico, turístico e ecológico da região”.

A plataforma sublinha, porém, que “não obstante o seu valor ser amplamente reconhecido, mesmo a nível internacional, a área da Praia Grande permanece sem qualquer estatuto legal de proteção”, estando o seu futuro ameaçado pela possibilidade de construção de um grande projeto imobiliário e turístico.

O protesto de sábado visa debater o futuro desta área, através da apresentação de alternativas, bem como dar a conhecer este valioso património e necessidade de o proteger.

O ponto de encontro será no parque de estacionamento da Praia Grande.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Como poupar na segurança e na justiça...

Afinal existem alternativas e os chineses dizem-nos como se pode fazer!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

domingo, 14 de outubro de 2012

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Património Natural

Algarve