Em campanha da PETA
O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
AUSCHWITZ
Foi Há 65 anos
Como foi possível?
Como foi possível?
Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no fato de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões.
Bertrand Russell
Bertrand Russell

terça-feira, 26 de janeiro de 2010
As conchas de Armação e as de Pablo Neruda

Com cerca de vinte milímetros de comprimento e oito de diâmetro, o minúsculo Fusinus albacarinoides foi encontrado, entre as zonas marítimas de Albufeira e Armação de Pêra, durante um trabalho de campo em 2009 o qual tinha como objectivo traçar um mapa da biodiversidade da costa algarvia, por Carlos Afonso, um biólogo do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve.
Foi a primeira vez que este gastrópode foi identificado e registado a nível mundial, embora o género Fusinus seja bastante comum e exista um pouco por todo o mundo. O que é facto é que a nova espécie foi, para já, apenas identificada na costa algarvia, acreditando o biólogo tratar-se de uma espécie endémica na nossa costa.
Concluímos nós que, apesar de conviver com outras espécies na zona, este gastrópode, que também habita outras paragens, será típico de Armação de Pêra.
Bem procurámos ao longo de anos características típicas nos habitantes desta Vila que justificassem o destino que o seu património natural levou. Nunca as encontrámos tão distintas que pudessem ser autonomizadas. Daí a grande curiosidade pela descoberta cientifica do biólogo que garante que, pelo menos no mundo dos gastrópodes, o género armacenense tem as suas especificidades que o distinguem dos outros que povoam os mares por esse mundo fora.
Nalguma coisa haveríamos de ser exclusivos...
Os gastrópodes e outros quejandos, procurados tradicionalmente na nossa praia pelos banhistas, são objecto de colecções, mais ou menos completas e variadas, no propósito da recolha e conservação de verdadeiras obras de arte natural, resultado do desenvolvimento de certas espécies da vida animal, despertando a sensibilidade até de grandes criadores artísticos.
Do facto, recolhemos um post de Carla Romualdo no site www.aventar.eu que, revelando-nos a este propósito informação singular, transcrevemos:

Pablo Neruda, o grande poeta chileno, colecionava conchas e búzios. Fê-lo ao longo de décadas, recolhendo exemplares um pouco por todo o mundo. Doou a sua coleção à Universidade do Chile, mas durante décadas, e por dificuldades várias, essa coleção ficou semi-oculta, estando apenas uma pequena parte em exibição. Recentemente, e com a colaboração de instituições espanholas, a coleção foi reorganizada, e mostra-se agora em Madrid, na sede do Instituto Cervantes, sob o título "Amor al mar".
São perto de quatro centenas de exemplares, que Neruda recolheu e preservou ao longo de vários anos, desde os seus quinze anos, quando viu pela primeira vez o mar, até cerca de 35 anos depois, quando decidiu oferecer a sua coleção à Universidade, em conjunto com a sua vastíssima biblioteca, dizendo:“El esplendor de estos libros, la gloria oceánica de estas caracolas, cuanto conseguí a lo largo de la vida, a pesar de la pobreza y en el ejercicio constante del trabajo, lo entrego a la Universidad, es decir, la doy a todos.
Sem ter ainda cumprido o que recomendo, atrevo-me a dizer que vale a pena ir de propósito a Madrid apenas para descobrir a coleção de conchas e búzios que Pablo Neruda resgatou aos mares do mundo inteiro, e, deixando-se perder na perfeição geométrica das suas curvas, escutar a voz do poeta:
"Hermano, ésta es mi casa, entra en el mundo
de flor marina y piedra constelada
que levanté luchando en mi pobreza.
Aquí nació el sonido en mi ventana
como en una creciente caracola
y luego estableció sus latitudes
en mi desordenada geología."
“Testamento (I)”
"Canto general"
Etiquetas:
Beleza,
História da Vila,
Pablo Neruda
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Um mar de plástico
Talvez agora perceba porque é que a sardinha não lhe sabe tão bem!
Rejeitamos, em média, 90(noventa) quilos de plástico por ano!
A Europa e os Estados Unidos vêm, no topo da lista desta média mundial!
Em Portugal apenas 5% (cinco por cento)do plástico utilizado vai para reciclagem. Do restante, o destino são os aterros, sendo que o resto vai parar ao mar.
O fundo dos oceanos está por isso transformado numa espécie de sopa de plástico, um problema a que os cientistas não sabem como pôr fim, garantindo que já hoje sofremos as consequências mesmo que não as sintamos.
Problema este cuja redução substâncial nós sabemos como empreender: sermos muito mais cuidadosos!
A utilização das praias pelos banhistas negligentes, dá um contributo importante para este cenário terrivel. Talvez seja de concluir, entre nós, com a extensão de areal que temos e a extraordinária afluência de banhistas, que:
- Não existem, habitualmente, caixotes de lixo suficientes para satisfazer as necessidades;
- Os que existem, não são vazados à cadência diária que a afluência e utilização justificam;
- Não são feitas campanhas de sensibilização eficientes sobre a matéria durante todo o Verão, como se justifica;
Sucede que responsáveis pela solução são os cientistas, os politicos que titulam o ambiente, as organizações ambientais, os municipios e todos nós consumidores de plásticos...
As acções de sensibilização podem e devem ser empreendidas pelas ong's, escolas, associações e também pelos municipios ou juntas de freguesia, mas também por todos e qualquer um de nós.
Em qualquer caso podendo exigir-se a qualquer um de nós um comportamento mais ecológico e amigo do ambiente, pode e deve-se, enquanto cidadãos-contribuintes perguntar que verba dos nossos impostos pagos nesta Vila de Luxo, destina a C.M. de Silves a Caixotes de Lixo e Campanhas de sensibilização para a higiene publica da Praia de Armação de Pêra?
Os eleitos são cidadãos como nós! Acontece é que foram eleitos exactamente para, profissionalmente, se ocuparem da gestão destes problemas e sobretudo para a sua resolução!
Que tarda!
Etiquetas:
ambiente,
politica municipal
domingo, 24 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Alterações de trânsito em Armação de Pêra
Por sugestão do vereador Fernando Serpa foi adiada a votação da proposta de alteração de transido em algumas das vias da vila de Armação de Pêra.
Para que a proposta seja do conhecimento de todos os armacenenses e sobre a mesma possam dar o seu contributo público, publicamos a proposta que foi apresentada na reunião de câmara do passado dia 20 de Fevereiro.




Registamos com agrado a posição exemplar defendida pelo snr. Vereador Fernando Serpa:
Um pequeno acto em obediência à consagração de um grande princípio, o da administração participativa, o da consulta à comunidade acerca de questões com efeito directo e imediato no seu dia-a-dia.
Manifestação de uma atitude nova e, no caso de Armação de Pêra, diferente daquela a que Isabel Soares nos habituou.
Bem Haja Vereador Fernando Serpa bem como a nobreza duma atitude exemplar!
Para que a proposta seja do conhecimento de todos os armacenenses e sobre a mesma possam dar o seu contributo público, publicamos a proposta que foi apresentada na reunião de câmara do passado dia 20 de Fevereiro.




Registamos com agrado a posição exemplar defendida pelo snr. Vereador Fernando Serpa:
Um pequeno acto em obediência à consagração de um grande princípio, o da administração participativa, o da consulta à comunidade acerca de questões com efeito directo e imediato no seu dia-a-dia.
Manifestação de uma atitude nova e, no caso de Armação de Pêra, diferente daquela a que Isabel Soares nos habituou.
Bem Haja Vereador Fernando Serpa bem como a nobreza duma atitude exemplar!
Etiquetas:
Administração participativa
A Cultura do Desenvolvimento Insustentável...
O filme abaixo, é suficientemente representativo do sistema de desenvolvimento que adoptámos.
A recente (e presente) crise é manifestamente sistémica. No entanto as terapias adoptadas constituem “mais do mesmo”, isto é, não passam de “variações sobre o mesmo tema”.
Na busca de soluções ninguém parece ter ponderado no facto de que a crise foi manifestação da “fadiga” do sistema. Se alguém o tivesse feito, perceberia que urge conceber um novo sistema. Sabemos que tal não acontece por encomenda, nem “de um dia para o outro”, mas sabemos também que “o caminho se faz caminhando”.
Todos sabemos que errar contem algumas virtualidades. De entre elas o conhecimento das consequências do erro que nos permite evitar repeti-lo.
Sucede é que nesta sede a aparente ingenuidade dos responsáveis resulta ou da ignorância sobre erros anteriores, o que seria lamentável, ou resulta da insistência em erros anteriores, quer ela resulte de mera teimosia quer ela resulte de dolo consciente, sendo, nestes casos não só lamentável mas também execrável. Em qualquer dos casos porém todas estas atitudes face ao erro são repudiáveis.
Dizia Benjamin Franklin que "A tragédia da vida é que nos tornamos velhos cedo demais e sábios tarde demais.", no que tem toda a razão, fundada esta na experiencia de todos nós ao longo dos tempos.
Por isso a cultura é imprescindível, já que nos permite recuperar o resultado de experiências anteriores conferindo-nos a possibilidade do aproveitamento da sabedoria por aqueles que ainda não a atingiram.
O que podemos fazer
desde já, não por mero efeito de exercício demonstrativo, mas para evidenciar a estupidez de quem pensa dar resposta à crise com o “pelo do mesmo cão”. Ensinou-nos aquele que tem sido considerado o cérebro do qual melhor aproveitamento se retirou, o Senhor Albert Einstein o conceito de insanidade: “ Insanity: doing the same thing over and over again and expecting different results.”, o que em Português, permitam-nos a tradução livre, quer dizer que consiste a insanidade em continuar repetidamente a fazer a mesma coisa esperando por um resultado diferente.
Ora sabendo nós isto, não somos obrigados a fazer diferente? E não o fazendo, independentemente do resultado, como ficaremos conhecidos para a História, se houver alguém para escrevê-la ou para lê-la?
A recente (e presente) crise é manifestamente sistémica. No entanto as terapias adoptadas constituem “mais do mesmo”, isto é, não passam de “variações sobre o mesmo tema”.
Na busca de soluções ninguém parece ter ponderado no facto de que a crise foi manifestação da “fadiga” do sistema. Se alguém o tivesse feito, perceberia que urge conceber um novo sistema. Sabemos que tal não acontece por encomenda, nem “de um dia para o outro”, mas sabemos também que “o caminho se faz caminhando”.
Todos sabemos que errar contem algumas virtualidades. De entre elas o conhecimento das consequências do erro que nos permite evitar repeti-lo.
Sucede é que nesta sede a aparente ingenuidade dos responsáveis resulta ou da ignorância sobre erros anteriores, o que seria lamentável, ou resulta da insistência em erros anteriores, quer ela resulte de mera teimosia quer ela resulte de dolo consciente, sendo, nestes casos não só lamentável mas também execrável. Em qualquer dos casos porém todas estas atitudes face ao erro são repudiáveis.
Dizia Benjamin Franklin que "A tragédia da vida é que nos tornamos velhos cedo demais e sábios tarde demais.", no que tem toda a razão, fundada esta na experiencia de todos nós ao longo dos tempos.
Por isso a cultura é imprescindível, já que nos permite recuperar o resultado de experiências anteriores conferindo-nos a possibilidade do aproveitamento da sabedoria por aqueles que ainda não a atingiram.


Ora sabendo nós isto, não somos obrigados a fazer diferente? E não o fazendo, independentemente do resultado, como ficaremos conhecidos para a História, se houver alguém para escrevê-la ou para lê-la?
Etiquetas:
modelo de desenvolvimento
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Correio para:
Visite as Grutas

Património Natural