O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
quinta-feira, 5 de junho de 2025
Parque de Estacionamento Municipal de Armação de Pera: Para que serve?
Inaugurado com a promessa de facilitar a vida de quem vive, trabalha ou visita Armação de Pera, o parque de estacionamento municipal continua... vazio.
O regulamento publicado no Diário da República n.º 223 - II série, de 17 de novembro no n.º 2 do artigo n.º 7 avisa, “que os residentes no concelho poderão dispor de condições especiais de utilização, desde que cumpram os requisitos constantes dos artigos seguintes” – ou seja beneficiam de um preço mais baixo do que os restantes utilizadores.
Nos anos anteriores o valor cobrado aos não residentes (aqueles que não tem morada fiscal em Armação), mas que provavam que residiam nesta vila, e apresentavam por exemplo um recibo da água, eram considerados para efeitos da cobrança da taxa de estacionamento, como residentes.
Este ano a administração municipal resolveu e bem, que o parque de estacionamento abra mais cedo (Abril) e vai feche no final de Setembro, como era costume. No entanto o entendimento que existiu anteriormente de considerar quem tem segundo domicílio em Armação com residente está a afastar muitos utilizadores do parque, pois o valor da taxa duplica.
Preços elevados afastam os utilizadores, que preferem arriscar as ruas ou deixar o carro em zonas mais distantes. O resultado? Um investimento público subaproveitado e mais trânsito à superfície.
Enquanto o parque de estacionamento municipal permanece vazio por causa dos preços elevados, as ruas da cidade viraram um verdadeiro caos.
Carros em cima de passeios, nas curvas, em locais proibidos — e tudo isso sem fiscalização. A falta de ação transforma o desrespeito em hábito e coloca peões, ciclistas e outros condutores em risco.
Não faria mais sentido ajustar as tarifas e incentivar a utilização? Um parque cheio é mais útil do que um parque às moscas.
Armação de Pera necessita de soluções acessíveis, não de estruturas fantasma.
É hora de repensar esta política de mobilidade.
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