O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
segunda-feira, 30 de junho de 2025
PARTICIPE HOJE NA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ARMAÇÃO DE PÊRA – POR RUAS MAIS LIMPAS E SEGURAS!
📣 Moradores de Armação de Pêra!
Hoje é dia de fazermos ouvir a nossa voz! 💬
A Assembleia de Freguesia realiza-se hoje, 30 de junho, às 21h30, na sala polivalente do edifício da Junta de Freguesia.
Queremos ruas limpas, seguras e bem cuidadas para todos nós – e isso só será possível com a participação da comunidade.
👥 A presença de cada um é essencial para exigir melhores condições na nossa freguesia.
📍 Junta-te a nós e mostra que te importas com Armação de Pêra!
🗓 Hoje, 30 de junho
🕤 21h30
📌 Sala Polivalente da Junta de Freguesia
PARTICIPA! Juntos fazemos a diferença. 💪
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participação
Câmara de Silves Inova: Turismo e Saneamento, Agora com Aroma Local!
Armação de Pêra, verão de 2025 — Num movimento audaz que mistura logística criativa com uma pitada de desafio ao bom senso, a Câmara Municipal de Silves decidiu surpreender locais e turistas com uma programação exclusiva para a época alta: a limpeza da rede pública de saneamento.
Porque, afinal, o Algarve não é só sol, mar e sardinha — é também esgoto, tubagem e cheiro a progresso!
Entre 30 de junho e 16 de julho, alguns arruamentos da pitoresca freguesia de Armação de Pêra vão ser palco de um espetáculo único: caros de limpeza de esgoto dançando entre esplanadas, tampas de saneamento abrindo como se fossem portas para o além, e um leve perfume no ar que, quem sabe, poderá ser lançado como aroma exclusivo nos souvenirs da região — Eau de Esgoto – edição limitada.
Segundo a autarquia, esta intervenção visa "garantir a qualidade, a continuidade e a eficiência dos serviços públicos". Um objetivo nobre, ainda que timidamente incompatível com a chegada em massa de turistas armados de toalhas de praia e intolerância a odores estranhos.
Fontes não confirmadas indicam que, na próxima fase, poderá ser criada uma rota turística temática: “O Circuito do Saneamento”, com paragens nos pontos de maior constrangimento e explicações ao vivo sobre o ciclo da água... e dos aromas.
A Câmara agradece a compreensão dos munícipes, dos visitantes e dos narizes mais sensíveis, prometendo que os trabalhos serão "célere e eficientes". Já os comerciantes locais aguardam com expectativa o impacto económico da nova modalidade de “turismo olfativo”.
No fundo, o que seria do verão sem uma pitada de imprevisibilidade municipal? Silves mostra, uma vez mais, que sabe surpreender — mesmo quando se trata de limpar aquilo que todos preferiam manter bem escondido.
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domingo, 29 de junho de 2025
“Papeleiras a Transbordar: É Assim que Servimos Armação de Pêra?”
Armação de Pêra, uma das vilas turísticas mais encantadoras do Algarve, recebe todos os verões milhares de visitantes atraídos pelas suas praias douradas, gastronomia e ambiente acolhedor. No entanto, basta um passeio pelo centro ou pela marginal para perceber uma triste contradição: papeleiras a transbordar, lixo espalhado pelo chão e um cheiro que compromete a experiência de quem cá vive e de quem nos visita.
A pergunta impõe-se: é esta a imagem que queremos dar ao mundo?
Não se trata apenas de estética — embora a imagem de sacos plásticos e copos de gelado amontoados cause repulsa. Trata-se de saúde pública, de sustentabilidade ambiental e de respeito por uma vila que sobrevive do turismo.
Numa época em que se fala tanto de valorização dos territórios e de experiências turísticas autênticas, como pode Armação de Pêra falhar no básico? A recolha do lixo em época alta tem de ser mais frequente. As papeleiras, que são claramente insuficientes para o volume de pessoas, devem ser aumentadas. É uma questão de planeamento e vontade política.
As fotografias que circulam nas redes sociais, mostrando a degradação dos espaços públicos, não são apenas embaraçosas — são um aviso. Se não cuidarmos da nossa casa, os turistas vão procurar outras mais limpas e organizadas. E nós, residentes, vamos continuar a pagar o preço do abandono e da má gestão.
Armação de Pêra merece melhor. Servi-la bem não passa apenas por cartazes de boas-vindas ou eventos culturais de verão. Passa por garantir que, todos os dias, os espaços públicos estão limpos, seguros e dignos de quem cá vive e de quem cá vem.
É tempo de agir. Porque esta não é — nem pode continuar a ser — a forma única de servir Armação de Pêra.
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sábado, 28 de junho de 2025
“UB6: O Novo Spa Termal de Armação de Pêra – Agora com Essência de Esgoto”
Banhos de mar, sol e... efluentes! Em plena praia de bandeira azul, a moda agora é o esgoto terapêutico.
Armação de Pêra voltou a surpreender os seus veraneantes. Conhecida pelas suas praias douradas, peixe fresco e filas intermináveis em agosto, a vila piscatória estreia agora a mais recente atração turística: o UB6 Conventinho – Centro de Esgototerapia Costeira, uma espécie de spa natural onde o luxo se encontra com a descarga doméstica.
Foi durante uma limpeza de terraços (ou será que foi um ritual secreto de invocação das águas negras?) que os nossos atentos repórteres, já com o nariz desconfiado, testemunharam a transformação mágica de um tubo aparentemente inofensivo numa fonte jorrante de civilização canalizada. E como se não bastasse, após a nossa denúncia, multiplicaram-se os vídeos, os relatos e os odores. Afinal, UB6 não está só. Há todo um circuito turístico de esgotos que brotam com orgulho para o mar.
As autoridades, numa demonstração de rara coerência, permanecem absolutamente consistentes na sua postura: cegas, surdas e ausentes. Segundo fontes não identificadas (porque estavam ocupadas a limpar os óculos de sol), “não há perigo para a saúde pública, apenas um ligeiro aroma a urbanismo mal tratado”. A bandeira azul, essa, continua a ondular estoicamente — provavelmente não tem olfato.
Especialistas em sarcasmo ambiental confirmam: “É uma inovação ecológica. Uma praia com biodiversidade química.” E já se fala até em criar uma nova distinção internacional: a Bandeira Castanha, atribuída a zonas balneares com personalidade forte e aroma persistente.
Apelo final:
Convidamos todos os leitores a visitar a UB6. Leve a família, o cão e uma pinça para o nariz. E, se possível, envie-nos vídeos. Afinal, a sátira pode ser nossa, mas o esgoto é real.
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sexta-feira, 27 de junho de 2025
Armação de Pera: Largo da Igreja Operação Coelho Verde
Armação de Pêra declara guerra às ervas daninhas… com um coelho.
Após meses de crescimento descontrolado, o Largo da Igreja em Armação de Pêra atingiu um novo patamar de naturalismo urbano: ervas daninhas, flores do acaso e até uma silva rebelde compõem agora o que alguns já chamam de “Jardim do Abandono”.
Apesar de sucessivos pedidos dos moradores à Junta de Freguesia para uma simples limpeza, a resposta tem sido... contemplativa.
Em nota enviada à população, a Junta esclareceu:
“Preferimos uma abordagem sustentável e filosófica à gestão do espaço público. As ervas têm direito à vida. Cortar seria uma forma de violência botânica.”
Questionados sobre o prolongado estado de abandono, outro porta-voz acrescentou:
“Há quem veja mato, nós vemos potencial. Está em estudo um projeto-piloto de permacultura espontânea.”
Cansados de esperar por uma ação concreta (ou mesmo simbólica), os moradores decidiram avançar com uma solução de base comunitária: adquirir um coelho, por subscrição pública, para pastoreio não-autorizado. O animal, que será batizado de Sr. Relvinhas, terá como missão roer democraticamente todas as ervas que a Junta insiste em proteger.
A Junta, confrontada com a ideia, reagiu com elegância:
“Desde que o coelho pague a taxa de ocupação da via pública e não exija recibos verdes, não nos opomos.”
A comunidade está unida. Já se fala na criação de uma Associação de Amigos do Relvinhas e de um evento anual — o Festival da Monda Lenta. O Largo, por sua vez, continua firme no seu papel: crescer para cima, para os lados, e para dentro dos sapatos de quem lá passa.
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quinta-feira, 26 de junho de 2025
Chega de promessas: Armação de Pêra precisa de segurança agora
O recente Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) revelou um dado preocupante: a criminalidade violenta e grave no Algarve aumentou 9,9% em 2024. Isto contrasta com uma ligeira descida na criminalidade geral e expõe uma realidade cada vez mais sentida em Armação de Pêra — a insegurança está a crescer, e a resposta tem sido, no mínimo, insuficiente.
Apesar de uma redução global de 1,8% nos crimes registados na região, com menos 478 participações que no ano anterior, o distrito de Faro continua a ocupar o quarto lugar no ranking nacional da criminalidade, com 26.666 ocorrências. Armação de Pêra, pequena vila à beira-mar, não tem escapado a esta realidade. Casos de furtos são cada vez mais frequentes, desde bilhas de gás levadas de estabelecimentos comerciais, como a drogaria Garrocho, até viaturas vandalizadas junto ao mercado local.
É legítima a pergunta: onde está o reforço prometido das forças de segurança? A presença da GNR continua limitada, e a sensação de impunidade entre os criminosos parece crescer a cada nova ocorrência. Os residentes e comerciantes estão cansados de palavras vazias. Precisamos de medidas concretas e imediatas.
A segurança não é um luxo; é um direito. Armação de Pêra, sendo também um destino turístico importante, não pode continuar vulnerável à criminalidade, ainda mais em época alta. A proteção de quem aqui vive e de quem nos visita deve ser prioridade absoluta para as autoridades locais e nacionais.
É tempo de agir. A comunidade clama por patrulhamento mais eficaz, mais visibilidade das forças policiais e, acima de tudo, resultados. Promessas não resolvem furtos. Segurança sim.
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segurança
O Deserto Médico no Algarve: Entre Despachos e a Realidade
A recente publicação dos despachos e avisos — nomeadamente o Despacho n.º 4741-A/2025, o Despacho 5868-A/2025 e os Avisos n.º 13280-A/2025 e 13280-B/2025 — que anunciam a abertura de procedimentos concursais para 642 vagas na carreira médica, surge como uma tentativa do Governo de reforçar os cuidados de saúde primários em Portugal. Contudo, a realidade mostra-nos que, no caso do Algarve, essa intenção falha de forma preocupante: das 34 vagas disponibilizadas na região, apenas 13 foram preenchidas. Vinte e uma continuam por ocupar. Um número gritante, especialmente quando se sabe que cerca de 100 mil algarvios continuam sem médico de família.
Esta discrepância entre o que é anunciado e o que efetivamente se concretiza evidencia um problema estrutural: o Algarve continua a ser uma região esquecida no que toca ao investimento em saúde pública. Apesar de possuir uma das maiores Unidades Locais de Saúde (ULS) do país, é também uma das menos financiadas. Como se justifica esta desproporção? Como pode uma região com forte afluência turística e um número significativo de residentes permanentes continuar a ser tratada como periférica pelas políticas centrais?
O problema não está apenas na falta de médicos, mas na falta de atratividade das condições oferecidas. Não basta abrir concursos — é preciso garantir que os profissionais de saúde queiram vir e, mais ainda, permanecer. Isso passa por oferecer condições salariais e de progressão de carreira competitivas, habitação acessível, apoio à família e estabilidade contratual. Nada disto pode ser feito com medidas pontuais ou paliativas.
O desinteresse em ocupar as vagas no Algarve deve servir de alerta. A saúde pública não se pode sustentar em números anunciados em Diário da República que depois não encontram correspondência na realidade. É preciso um plano estratégico sério e contínuo de valorização dos profissionais e de reequilíbrio territorial dos recursos humanos em saúde. O contrário disso é condenar milhares de cidadãos a uma contínua exclusão do direito básico à saúde.
Chega de medidas avulsas. O Algarve merece mais — e melhor.
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Saúde
Câmara de Silves: “Façam o que eu digo, não o que eu faço?”
Entre 15 de junho e 15 de setembro, a Câmara de Silves decidiu suspender o licenciamento de novas ocupações do espaço público em Armação de Pêra. A ideia, segundo a autarquia, é garantir a livre circulação durante os meses de verão — proteger peões, melhorar acessibilidades e evitar riscos para quem tem mobilidade reduzida, como idosos, crianças ou pessoas com deficiência. Tudo muito bonito… no papel.
Mas eis o que está a acontecer na prática: a própria Câmara está a promover obras no antigo espaço do minigolfe. Um local por onde passam milhares de pessoas todos os dias nesta altura do ano — turistas, moradores, famílias. Resultado? Poeira, barulho, e… adivinhem? Circulação dificultada.
Ou seja, enquanto a população e os comerciantes são impedidos de montar estruturas no espaço público, a própria autarquia avança com obras num dos sítios mais movimentados da vila.
Será que faz sentido? A medida até pode ter boas intenções, mas acaba por soar a dois pesos e duas medidas.
Quem vive ou trabalha em Armação de Pêra já começou a comentar: “Façam o que eu digo, não o que eu faço” parece ser o lema deste verão.
Fica a pergunta no ar: se é para garantir segurança e acessibilidade, não devia começar pelo exemplo?
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quarta-feira, 25 de junho de 2025
O Armacenense Ussumani Djumo sagra-se Campeão Absoluto do Norte nos 110 metros barreiras
O atleta Ussumani Djumo brilhou este fim de semana no Estádio Dr. José Vieira de Carvalho, na Maia, ao conquistar a medalha de ouro na prova dos 110 metros barreiras, com a impressionante marca de 14.38 segundos. Esta vitória consagra-o como Campeão Absoluto do Norte de Portugal e Campeão Regional de Viana do Castelo, reforçando o seu estatuto como um dos melhores barreiristas nacionais da atualidade.
Natural de Armação de Pêra, Djumo representa esta época o Clube de Atletismo Olímpico Vianense (CAOV), pelo qual tem alcançado importantes resultados a nível regional e nacional. A vitória na Maia é mais uma etapa de sucesso numa carreira construída com dedicação, sacrifício e um espírito competitivo notável.
Determinando-se a alcançar o mais alto nível, Ussumani teve de deixar a sua terra natal e procurar novas condições de treino noutras paragens. Essa aposta tem dado frutos, como comprova o título agora conquistado, que é o reflexo do seu talento e do trabalho árduo desenvolvido ao longo da época.
A performance de Djumo não só lhe garantiu o lugar mais alto do pódio, como também confirma o seu potencial para alcançar feitos ainda maiores no panorama do atletismo português.
Com os olhos postos no futuro, o atleta do CAOV promete continuar a trabalhar para baixar ainda mais a sua marca e, quem sabe, alcançar patamares internacionais. Para já, Ussumani Djumo é, com todo o mérito, o rei dos 110 metros barreiras do Norte de Portugal.
terça-feira, 24 de junho de 2025
"Armação de Pêra: 24 Anos de Promessas, Lixo e Abandono?"
O Partido Social Democrata (PSD) governa a freguesia de Armação de Pêra há mais de três décadas, sendo os últimos 24 anos de forma ininterrupta. Este longo domínio político levanta uma questão legítima: o que ganhou realmente Armação de Pêra com esta governação contínua?
Apesar do tempo no poder, muitos armacenenses sentem que a vila estagnou. Problemas antigos permanecem por resolver, e os sinais de descontentamento tornaram-se visíveis nas últimas eleições autárquicas, com o PSD a registar uma queda nas votações — um claro aviso de que a paciência da população está a esgotar-se.
Entre os principais motivos de insatisfação, destaca-se a gestão do espaço público. O lixo continua a ser um problema recorrente, com ruas frequentemente sujas e contentores mal geridos. A iluminação pública é outro tema crítico: muitas zonas permanecem mal iluminadas, comprometendo a segurança e a qualidade de vida. Quanto aos espaços verdes, já escassos por natureza, encontram-se ao abandono, sem manutenção adequada ou investimento visível.
Mais do que questões estéticas ou ambientais, estes problemas refletem uma sensação generalizada de esquecimento. Há uma perceção crescente de que a freguesia tem sido negligenciada por quem a governa há décadas — um sentimento de abandono que contrasta com o potencial turístico e social de Armação de Pêra.
Com novas eleições no horizonte, talvez seja tempo de refletir sobre se a continuidade é, de facto, sinónimo de progresso — ou se, pelo contrário, tem sido um entrave à renovação que tantos habitantes anseiam.
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Eleições Autárquicas
segunda-feira, 23 de junho de 2025
Véspera de São João em Armação de Pêra: Alegria, Tradição e Espírito Escutista
Na noite de 23 de junho, Armação de Pêra voltou a encher-se de cor, música e tradição com a celebração da véspera de São João, organizada pelo Corpo Nacional de Escutas (CNE) nº 598 de Armação de Pêra. O evento, que já começa a marcar o calendário festivo da vila, juntou escuteiros, famílias e visitantes num arraial cheio de alegria, convívio e animação.
O arraial, montado na Fortaleza, trouxe à comunidade o melhor das festas populares: música tradicional e comes e bebes. Com barraquinhas de petiscos e jogos para todas as idades, o ambiente foi de pura confraternização, refletindo o espírito escutista de serviço, partilha e alegria.
Um dos momentos altos da noite foi, como manda a tradição, o famoso banho de São João, com escuteiros e populares a correrem para o mar ao toque das 00h00. Entre gargalhadas e salpicos, todos celebraram a chegada do verão da forma mais genuína e revigorante: de coração aberto e pés na água.
O Agrupamento 598 mostrou, mais uma vez, a sua dedicação à comunidade, unindo gerações em torno de uma tradição que fortalece laços e promove valores. O sucesso do evento é reflexo do empenho dos voluntários, do apoio das famílias e da alegria contagiante dos participantes.
A noite de São João em Armação de Pêra não foi apenas uma festa – foi um verdadeiro testemunho do poder da união e da alegria partilhada. Que venha o próximo ano!
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Festividades Locais
domingo, 22 de junho de 2025
Esgotos Estão a Ser Lançados Diretamente na Praia de Armação de Pêra
No dia 14 de junho, partilhámos nas nossas redes sociais uma denúncia preocupante: a descarga de esgotos provenientes da limpeza de terraços de um edifício recentemente construído em Armação de Pêra diretamente na praia. A construção em causa teve projeto aprovado pela Câmara Municipal de Silves. A publicação gerou reações diversas, com alguns leitores a apontarem que, na imagem partilhada, não era visível o esgoto em escoamento.
Hoje, voltamos ao tema com provas mais claras — um vídeo que mostra inequivocamente a água suja a ser lançada através de um tubo diretamente para a faixa costeira, num local frequentado por centenas de banhistas, especialmente nesta altura do ano.
Este tipo de situação levanta sérias questões sobre:
A qualidade da água balnear e os riscos para a saúde pública;
O impacto ambiental direto sobre o ecossistema costeiro;
A fiscalização e o cumprimento da legislação ambiental e urbanística, principalmente quando os projetos têm aval da autarquia.
Sabemos que a limpeza de terraços pode gerar águas residuais com detergentes, óleos, tintas e outros resíduos urbanos. Mesmo que não se trate de esgotos domésticos (sanitários), a descarga direta no areal ou na linha de água é proibida por lei e representa uma violação clara das normas ambientais em vigor.
Esperamos que este vídeo sirva como alerta não apenas para os responsáveis pelo edifício, mas também para as entidades competentes, nomeadamente a Câmara Municipal de Silves, a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) e a Capitania do Porto de Portimão, para que atuem de forma célere e eficaz.
A vigilância e a proteção do nosso litoral não podem depender apenas da denúncia de cidadãos. É preciso garantir que cada construção nova cumpra rigorosamente as normas ambientais, e que os impactos negativos sejam corrigidos com urgência.
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O preço da guerra: como um conflito entre EUA e Irão pode incendiar o mundo do petróleo e da inflação
Num mundo já fragilizado por incertezas económicas, a possibilidade de um conflito aberto entre Estados Unidos e o Irão acende um alerta vermelho no mundo — não apenas no campo político, mas especialmente no económico. Se essa guerra se continuar, o impacto será sentido nos postos de gasolina, nos supermercados, nas contas de luz e, inevitavelmente, no bolso das famílias. Numa frase: guerra com o Irão significa petróleo mais caro e inflação mais elevada.
O Irão não é apenas um ator regional. Ele está estrategicamente posicionado no Golfo Pérsico, controlando o Estreito de Ormuz, uma rota vital por onde passa quase um quinto do petróleo consumido no mundo. Qualquer instabilidade naquela região afeta diretamente o fornecimento global de energia. E quando a oferta de petróleo é ameaçada, o mercado reage com alta nos preços — de forma imediata e, muitas vezes, descontrolada.
A história oferece precedentes claros. Basta lembrar o que ocorreu em 1979, durante a Revolução Iraniana, ou mais recentemente, em 2022, com a guerra na Ucrânia. O resultado foi o mesmo: o barril de petróleo disparou, os combustíveis encareceram e a inflação global ganhou força. Um conflito EUA-Irão, com potencial para fechar rotas estratégicas e atacar infraestruturas de energia no Médio Oriente, pode ser ainda mais grave.
Mais preocupante ainda é o efeito dominó. O petróleo mais caro pressiona os custos de transporte, produção e distribuição. Isso significa que os preços dos alimentos, das mercadorias e dos serviços sobem, afetando principalmente os mais pobres. Como se não bastasse, os bancos centrais, ao tentarem conter a inflação, tendem a elevar os juros — o que pode travar o crescimento económico e empurrar países para a recessão.
Não se trata, portanto, de uma guerra localizada. Os seus efeitos são globais e profundamente regressivos. É legítimo discutir geopolítica, segurança e soberania, mas é irresponsável ignorar o impacto humano e econômico de um conflito dessa magnitude. A retórica belicista pode parecer firme, mas seu custo é alto demais.
Em tempos de tanta instabilidade, o mundo precisa de diplomacia, não de pólvora. A paz, nesse caso, não é apenas um ideal — é uma necessidade urgente para manter a estabilidade económica e social no mundo.
sábado, 21 de junho de 2025
Raízes expostas e insegurança na Av. Beira Mar: é urgente uma solução definitiva
Na Av. Beira Mar, em frente ao Casino, uma árvore de grande porte está a causar problemas há meses. As suas raízes, em busca natural de água e nutrientes, levantaram o pavimento, danificando a calçada numa área considerável. Esta situação tem origem nas características do solo – compacto e com pouca drenagem – que força o crescimento superficial das raízes.
A Câmara Municipal de Silves, embora ciente do problema, optou por uma solução provisória: retirou parte da calçada ao redor da árvore e delimitou o espaço com uma simples fita plástica presa em varetas de ferro. Esta medida, longe de resolver a situação, agrava-a, pois representa um obstáculo perigoso para peões, especialmente para pessoas com mobilidade reduzida, idosos e crianças.
A falta de uma intervenção adequada levanta questões sobre a segurança pública e o planeamento urbano sustentável. Árvores em meio urbano são essenciais – proporcionam sombra, melhoram a qualidade do ar e embelezam o espaço público – mas é fundamental que a sua presença seja compatibilizada com a segurança e o conforto dos cidadãos.
É necessário agir com responsabilidade e celeridade. Há soluções técnicas viáveis, como a reestruturação da calçada com materiais permeáveis, instalação de grelhas de proteção para raízes ou a criação de uma área verde ao redor da árvore. Espera-se que a autarquia tome medidas mais eficazes e seguras, valorizando tanto o património natural como o bem-estar dos munícipes.
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sexta-feira, 20 de junho de 2025
Armação de Pêra: De Freguesia a Vila – Uma Conquista Histórica
A freguesia de Armação de Pêra, situada no concelho de Silves, no Algarve, é hoje conhecida pelo seu dinamismo turístico, pelas suas praias e tradições piscatórias. Contudo, um dos marcos mais importantes da sua história administrativa ocorreu em 1991, com a sua elevação à categoria de vila.
A proposta para essa mudança de estatuto foi formalmente apresentada na Assembleia da República no dia 18 de janeiro de 1991, através do Projeto de Lei n.º 665/V/4. A iniciativa partiu dos deputados do Partido Socialista António Esteves, Luís Filipe Madeira e José Apolinário, que reconheceram a importância social, económica e cultural da freguesia e defenderam a sua valorização no contexto administrativo nacional.
O projeto viria a concretizar-se com a aprovação da Lei n.º 94/91, de 16 de agosto, que consagrou oficialmente a elevação de Armação de Pêra à categoria de vila. Esta mudança foi mais do que simbólica: representou o reconhecimento do crescimento da localidade, do seu papel regional e das aspirações da sua população.
A elevação a vila veio reforçar a identidade local e potenciar o desenvolvimento de infraestruturas e serviços públicos, consolidando Armação de Pêra como um polo relevante no concelho de Silves e na região algarvia.
Mais de três décadas depois, a vila continua a afirmar-se como um destino de eleição no sul de Portugal, orgulhosa da sua história e do caminho que percorreu desde o tempo em que era apenas uma pequena comunidade de pescadores.
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História da Vila
quinta-feira, 19 de junho de 2025
Alojamentos Locais em Silves: Seguro Obrigatório é Responsabilidade de Todos
No concelho de Silves, estão registados atualmente 2.491 alojamentos locais (AL), um número significativo que reflete o crescimento do turismo e a crescente procura por este tipo de alojamento alternativo. Contudo, este crescimento acentuado traz também uma responsabilidade acrescida – a segurança de quem usufrui destes espaços.
Desde 2023, a lei portuguesa exige que todos os AL tenham um seguro multirriscos, cobrindo riscos de responsabilidade civil, nomeadamente em caso de incêndio, danos a terceiros ou outros imprevistos que possam afetar hóspedes, vizinhos ou o próprio imóvel. Trata-se de uma exigência básica e justa, que protege tanto os proprietários como os utilizadores e a comunidade envolvente.
Apesar disso, em Silves, muitos dos proprietários ainda não entregaram comprovativos do seguro obrigatório às entidades competentes. Esta omissão coloca em causa não só a conformidade legal, mas também a credibilidade e sustentabilidade do setor turístico local.
Cabe à Câmara Municipal de Silves, como autoridade de proximidade e promotora da organização urbana e turística, zelar pelo cumprimento da lei. É legítimo que os proprietários esperem uma comunicação clara e transparente sobre as consequências da não regularização. O que fará a Câmara aos infratores? Quando será comunicada uma decisão formal?
É imperativo que o município atue com firmeza, mas também com pedagogia. Uma fase de aviso formal, com prazo para regularização, seguida da aplicação de coimas aos incumpridores persistentes, seria um passo equilibrado. Além disso, deve ser criado um canal de apoio aos proprietários para esclarecer dúvidas sobre as coberturas exigidas e os procedimentos de entrega do seguro.
A confiança no setor do alojamento local constrói-se com regras claras, fiscalização eficaz e, acima de tudo, com o compromisso dos proprietários. Quem explora um AL deve fazê-lo com responsabilidade, protegendo o seu negócio, os seus clientes e a sua comunidade.
Silves tem potencial para continuar a crescer como destino de excelência, mas esse crescimento deve assentar em bases sólidas. E um seguro em dia é o mínimo que se pode exigir.
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Alojamento Local
quarta-feira, 18 de junho de 2025
A entrada dos EUA no conflito do Médio Oriente: uma escolha moral ou interesse estratégico?
Oenvolvimento americano, seja ele militar direto, através de apoio a grupos armados ou com sanções econômicas, deve ser analisado com cuidado. Ainda que haja violações graves de direitos humanos por parte de atores locais, a militarização da resposta raramente leva à resolução dos conflitos. O que vemos, na maioria das vezes, é a perpetuação da violência e o agravamento da crise humanitária.
O mundo precisa de mediação, diplomacia e soluções sustentáveis — e não de mais aviões de reabastecimento estacionados na base das Lages. Se os EUA realmente desejam ser protagonistas da paz, talvez seja hora de trocar as armas pelo diálogo.
terça-feira, 17 de junho de 2025
Câmara de Silves fechada: tolerância de ponto em tempo de eleições levanta questões
A Câmara Municipal de Silves decidiu encerrar os seus serviços no dia 20 de junho, concedendo tolerância de ponto aos seus trabalhadores. À primeira vista, poderá parecer um gesto de valorização e bem-estar laboral. Mas a decisão levanta dúvidas legítimas — não tanto pela legalidade do ato, mas pela sua oportunidade e sentido político.
Estamos a poucos dias de eleições legislativas. Num período em que a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas exige reforço e seriedade, decisões como esta podem ser vistas como desajustadas — ou, pelo menos, desnecessariamente polémicas. Quando a Administração Pública suspende serviços essenciais, deve fazê-lo com fundamento claro e com atenção às implicações práticas para os munícipes.
Neste caso, não se tratou de uma festa, nem de um feriado nacional. Foi uma escolha deliberada da vereação. E, como tal, está sujeita a escrutínio. Quantos utentes planeavam deslocar-se aos serviços nesse dia? Quantos assuntos urgentes ficarão pendentes? E que mensagem se passa à população, num momento em que a mobilização cívica é fundamental?
Não se pretende, com isto, desvalorizar os direitos dos trabalhadores da autarquia. Pelo contrário: o equilíbrio entre bem-estar laboral e compromisso com o serviço público é fundamental. Mas quando esse equilíbrio é rompido por uma decisão que afasta a Câmara do cidadão — ainda que por um só dia — é natural e legítimo que se levantem críticas.
Em tempo pré-eleitoral, o gesto pode até parecer pequeno, mas simbolicamente tem peso. Fechar portas ao público nunca é um ato neutro. E os silvenses merecem que as suas instituições estejam, sobretudo nestes momentos, de portas abertas, firmes no seu papel de serviço e proximidade.
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segunda-feira, 16 de junho de 2025
Sem emigrantes, o Algarve estagna – e Armação de Pêra definha
A imagem idílica do Algarve como terra de sol, praias e tranquilidade esconde uma realidade cada vez mais evidente: a economia da região, especialmente em freguesias como Armação de Pêra, depende fortemente da imigração. Ignorar este facto é fechar os olhos a uma verdade desconfortável, mas incontornável.
Segundo o Censo de 2011, cerca de 22,5% da população residente no Algarve era estrangeira, uma das proporções mais altas do país. E esse número não parou de crescer. No concelho de Silves, onde se insere Armação de Pêra, os estrangeiros representavam cerca de 17,9% da população em 2022, com presenças que vão desde reformados europeus a trabalhadores agrícolas sazonais.
No caso particular de Armação de Pêra, os trabalhadores migrantes sazonais são o motor invisível da economia local. Na hotelaria, na restauração, na agricultura intensiva em estufas e até na construção civil, os rostos por trás dos serviços são muitas vezes de origem sul-asiática, brasileira ou africana. Sem eles, a vila simplesmente não teria braços suficientes para responder à procura dos meses de verão – altura em que a população quintuplica.
Além disso, a presença estrangeira atenua o envelhecimento da população, um dos maiores desafios do interior algarvio. Os imigrantes em idade ativa mantêm escolas a funcionar, serviços públicos justificados e pequenos negócios viáveis. Sem eles, Armação de Pêra teria hoje menos 1 em cada 5 residentes. Estaríamos a assistir ao esvaziamento social de uma comunidade inteira.
Mais ainda, muitos destes migrantes não vêm apenas “para trabalhar e partir”. Alguns constroem aqui vida, criam famílias, compram casa ou alugam a longo prazo, contribuindo para a economia local durante todo o ano. Nómadas digitais e reformados estrangeiros também representam uma fatia importante da população flutuante, especialmente fora da época alta, trazendo consumo e investimento.
É ilusório pensar que, sem imigração, os postos de trabalho seriam automaticamente ocupados por portugueses. A realidade é que muitos desses empregos são rejeitados pela população local, quer por questões salariais, quer pelas condições exigidas. O resultado seria inevitável: cafés fechados, hotéis com falta de pessoal, restaurantes com menor capacidade de resposta e campos agrícolas abandonados.
Em vez de discutir se o Algarve “pode” sobreviver sem emigrantes, a pergunta deveria ser: como podemos integrar melhor os que já cá estão e garantir condições dignas para que continuem a contribuir para o futuro da região?
Armação de Pêra é hoje uma freguesia viva graças à sua diversidade. Sem os migrantes, seria apenas mais um postal bonito, mas sem gente.
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domingo, 15 de junho de 2025
Transparência à deriva em Armação de Pêra
Num tempo em que a exigência por transparência na administração pública é cada vez maior, é lamentável constatar que, na Junta de Freguesia de Armação de Pêra, os princípios básicos de boa governação parecem ter sido esquecidos ou, pior ainda, deliberadamente ignorados.
Desde 2022, os relatórios de prestação de contas deixaram de ser publicados no site da junta. Esta omissão é grave. Impede os cidadãos de exercerem o seu direito fundamental à fiscalização dos atos dos seus representantes. Num município onde o executivo deveria prestar contas com clareza, o silêncio torna-se ensurdecedor.
A situação não melhora quando se analisam as atas do executivo, que simplesmente não estão disponíveis. Este vazio informativo compromete a participação cívica e mina a confiança dos munícipes na atuação dos eleitos. A transparência não pode ser uma promessa vã, mas sim um compromisso efetivo.
Quanto às atas da Assembleia de Freguesia, apenas a ata de instalação de 2021 está acessível ao público. Três anos de decisões, deliberações e debates estão assim ocultos, longe do escrutínio que qualquer democracia local deveria promover.
E se a ausência de informação já é preocupante, a análise dos números orçamentais revela uma face ainda mais inquietante da gestão local: as despesas de investimento representam menos de 5% do orçamento total. Como é possível projetar desenvolvimento, qualificar os espaços públicos ou responder às necessidades dos cidadãos com tamanha falta de ambição? Em que está a ser gasto o dinheiro dos contribuintes?
Estas práticas levantam uma pergunta inevitável: Isto é transparência? Ou é apenas um exercício de opacidade encoberto por discursos vazios e promessas não cumpridas?
Os cidadãos de Armação de Pêra merecem mais. Merecem respeito, informação clara e uma gestão comprometida com o bem comum. A democracia local não pode ser feita à porta fechada. Está na hora de exigir responsabilidade, exigir mudanças e, sobretudo, exigir que quem foi eleito para servir a comunidade, o faça com rigor, transparência e respeito pelas regras.
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sábado, 14 de junho de 2025
Esgotos para a praia? O que está a falhar em Armação de Pêra
Como é possível que, em pleno século XXI, um edifício recente, com projeto aprovado pela Câmara Municipal de Silves, descarregue águas sujas diretamente para a praia? Armação de Pêra ostenta orgulhosamente a bandeira azul, mas será que está mesmo a ser cuidada como merece?
Uma construção recente com um problema antigo
Um edifício com apenas um ano de existência deveria cumprir todas as normas ambientais e urbanísticas em vigor. No entanto, os esgotos provenientes da limpeza dos terraços estão a ser direcionados... para a praia. Isto levanta várias questões:
Porque foi esta solução aprovada no projeto inicial?
Onde está a fiscalização ambiental?
Quem está a zelar pela qualidade da água e pela saúde dos banhistas?
Silêncio por parte das autoridades
Aparentemente, a Câmara Municipal de Silves pouco tem feito para resolver este problema. É legítimo questionar:
A bandeira azul está a ser levada a sério?
O que vale mais: o investimento privado ou a saúde pública?
A população e os visitantes de Armação de Pêra merecem respeito, transparência e soluções. Este é mais do que um problema técnico — é um reflexo da forma como o espaço público e o meio ambiente estão a ser (mal) tratados.
As autoridades devem ser responsabilizadas e os cidadãos têm o direito — e o dever — de exigir explicações.
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sexta-feira, 13 de junho de 2025
Ei-los que chegam...
São esquisitos, baixos e com bigodes e barbas. Chegam, na esmagadora maioria, homens. Elas, quando vêm, cobrem os cabelos com panos e não usam saia acima do joelho. Muitas são proibidas pelos maridos de cortarem o cabelo. Por vezes, eles ameaçam-nas com uma chapada ou um murro; elas, subservientes, baixam a cabeça e colam as mãos ao ventre. Trazem com eles uma paixão fervorosa pela religião. Usam colares com o símbolo das suas crenças e são capazes de dar mais do que têm para que o seu local de culto, na sua terra natal, tenha um relógio ou um telhado novo. Rezam, pelo menos, de manhã e à noite. Se puder ser, ao final da tarde, cumprem mais um ritual.
Chegam sem falar uma palavra da nossa língua. Parece que fogem de uma guerra qualquer lá no país deles, da fome e da miséria. Não têm, por isso, noção de amor à nação. Fogem em vez de defenderem o seu país e lutarem por uma vida melhor lá, na terra deles, vêm para aqui sujar o nosso país com a sua imundície. Atravessam países inteiros a pé ou à boleia para chegarem aqui. Pagam milhares para saírem do seu país e vêm ficar na miséria. Alguns têm muitos filhos, muito mais do que aquilo a que estamos habituados. Deixam-nos sozinhos ou com os irmãos mais velhos, que não vão à escola. Mas são muito trabalhadores.
(...)
São diferentes de nós e isso causa-nos má impressão. Não são muito limpos, cospem para o chão e as suas maneiras em público deixam muito a desejar. Vivem em bairros de lata que mais parecem campos de refugiados. Não sei como conseguem. Se é para viverem na miséria, mais valia ficarem na terra deles.
Diário de um parisiense,1969
in Ei-los que chegam por Ricardo M. Santos.
Parte de um texto escrito em 1969 por um francês sobre a chegada dos Portugueses a França....
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quinta-feira, 12 de junho de 2025
VÉSPERA DE SANTO ANTÓNIO EM FESTA!
Na noite de 12 de junho, a Marcha de Armação de Pêra saiu à rua com toda a alegria e cor que esta tradição merece! 💃🕺
Pelas ruas da vila, os marchantes encantaram moradores e visitantes, num desfile cheio de música, sorrisos e espírito popular. A festa culminou com uma linda atuação no Largo do Mini-Golfe, onde a energia foi contagiante! 🌟
👏 Um enorme obrigado a todos os participantes e ao público que fez desta noite um verdadeiro sucesso!
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quarta-feira, 11 de junho de 2025
Suspensão de Licenciamentos em Armação de Pêra: Medida Certa, Fiscalização em Falta?
Entre 15 de junho e 15 de setembro de 2025, estão suspensos os licenciamentos para novas ocupações do espaço público em Armação de Pêra que envolvam:
🔹 Instalação de andaimes ou bailéus para pinturas em edifícios
🔹 Colocação de gruas
🔹 Instalação de contentores para resíduos de construção civil
➡️ Esta decisão da Câmara Municipal de Silves visa garantir a livre circulação de pessoas e bens durante o verão, período em que a vila se transforma num dos principais destinos turísticos da região, com um aumento expressivo da população.
🧓👩🦽 A medida também pretende proteger os mais vulneráveis — crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida — de situações de risco decorrentes da obstrução ou ocupação irregular da via pública.
❗No entanto, a prática nem sempre acompanha a teoria. Como já noticiámos no post de 5 de junho, continuam a verificar-se ocupaçōes indevidas do espaço público, com estaleiros de obra sem condições mínimas de segurança.
📸 As fotos que recebemos recentemente são prova disso.
⚠️ O que parece faltar em Armação de Pêra não é uma nova suspensão de licenciamentos — é uma fiscalização eficaz e consequente.
👉 Sem fiscalização, as regras servem apenas para decorar o papel.
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O caos nos aeroportos é previsível – e evitável
Por mais uma vez, o verão aproxima-se e, com ele, regressam os atrasos, as filas intermináveis e a frustração nos principais aeroportos portugueses. Desta vez, a Ryanair decidiu fazer o que muitas outras companhias preferem evitar: expôs publicamente a situação insustentável nos controlos fronteiriços de Faro, Lisboa e Porto, onde passageiros aguardam até 2,5 horas para passar pelo controlo de passaportes – muitos deles acompanhados por crianças pequenas.
O alerta é legítimo. Portugal depende fortemente do turismo. É incompreensível que um país que aposta tanto na sua imagem internacional continue a oferecer uma primeira impressão tão desorganizada e caótica a quem nos visita.
Mais grave ainda é o facto de esta situação não ser apenas um problema de falta de pessoal. Trata-se também de um erro de planeamento. Como é possível que o Governo tenha avançado com a implementação de um novo sistema de controlo de passaportes – que, segundo várias fontes, demora o triplo do tempo do anterior – sem antecipar os impactos que isso teria em plena época de grande afluência?
Não se trata de um imprevisto. Trata-se de uma falta clara de visão estratégica e operacional. Quando se altera um processo crítico num setor sensível como o da aviação, é obrigatório prever os efeitos secundários, reforçar os meios humanos e tecnológicos e, sobretudo, testar antes de aplicar em larga escala.
O problema dos atrasos nas fronteiras não é novo, mas a sua persistência e agravamento mostram um padrão preocupante: a falta de articulação entre decisões políticas e a realidade do terreno. As companhias aéreas têm razão em reclamar – e os passageiros, ainda mais.
Chegou o momento de o Governo agir com seriedade. Não basta reagir a cada crise; é preciso planear, investir e respeitar quem visita o país – e quem aqui trabalha todos os dias para o manter a funcionar.
Se Portugal quer continuar a atrair turistas e negócios internacionais, precisa de começar pela porta de entrada: os seus aeroportos. E neste momento, essa porta está emperrada.
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Marchas Populares de Santo António & Arraial em Armação de Pêra!
📅 12 de junho
📍 Largo do Mini-Golfe
🕤 21h30
📣 Entrada livre!
Vem viver a magia das Marchas Populares com a participação especial das Marchas de:
✨ Armação de Pêra
✨ Pedreira
✨ Tunes
💃 E prepara-te para dançar noite dentro ao som de Mário M&M — música de baile para todas as idades!
🍻 Arraial, alegria, tradição e muita animação!
Organização: ACRAP – Associação Cultural e Recreativa de Armação de Pêra
👉 Marca os amigos e junta-te à festa!
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terça-feira, 10 de junho de 2025
10 de Junho – Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades
Hoje é dia de celebrar o fado da saudade, o mar que nos molda, a língua que canta nas bocas do mundo.
É o dia de Camões, que eternizou em versos a alma de um povo navegante, sonhador e resistente.
É o dia de Portugal, que cabe inteiro num coração e ainda sobra espaço para levar ao peito nas terras distantes.
É o dia de quem partiu sem nunca deixar de ser daqui.
De quem fala "Portugal" com sotaque diferente, mas com o mesmo amor.
De caravela ou avião, de carta ou chamada, de lágrima ou riso — somos feitos de distância, mas movidos por raízes.
Hoje, celebramos mais que um país.
Celebramos o sentido de pertença que não se explica — sente-se.
Quem cuida da nossa terra também precisa de cuidado!
Em Armação de Pêra, há homens e mulheres que todos os dias saem cedo, enfrentam o sol, o vento e o cansaço para manter as nossas ruas limpas. São os nossos cantoneiros de limpeza – rostos muitas vezes invisíveis, mas essenciais.
Infelizmente, há mais de um ano, dois sopradores de folhas e duas varredoras estão avariados, sem que nada tenha sido feito para os reparar. Sem estes equipamentos, o trabalho torna-se muito mais pesado, mais demorado… e impossível de chegar a todos os cantos da freguesia.
Mesmo assim, eles não desistem. Fazem o que podem, com o pouco que têm. Mas até quando vão ter de compensar com esforço o que falta em apoio?
A nossa terra está mais suja, sim. Mas a culpa não é de quem trabalha – é de quem tem o dever de agir e não o faz.
Armação de Pêra merece mais.
Os nossos trabalhadores merecem respeito, condições, e ferramentas para fazerem o seu trabalho com dignidade.
É urgente que o presidente da junta assuma responsabilidades e dê prioridade à manutenção e reparação dos equipamentos. Armação de Pêra merece estar limpa, e os seus trabalhadores merecem ferramentas à altura da sua missão!
Vamos dar voz a quem todos os dias cuida de nós, muitas vezes em silêncio.
Porque cuidar de Armação de Pêra é também cuidar de quem a limpa.
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segunda-feira, 9 de junho de 2025
THC encontrado em loja de bebidas em Armação de Pera: detido cidadão estrangeiro de 66 anos
Uma operação de fiscalização realizada pela GNR em Armação de Pera, resultou na apreensão de produtos contendo tetrahidrocanabinol (THC) — principal substância psicoativa da planta Cannabis sativa — numa loja de bebidas. O caso ocorreu recentemente e levantou preocupações sobre o comércio irregular de substâncias controladas.
Segundo informações apuradas, o responsável pela loja é um cidadão estrangeiro de 66 anos, já identificado pelas autoridades. A presença de THC nos produtos foi confirmada após análises laboratoriais.
A comercialização de substâncias psicotrópicas sem autorização legal constitui crime, com enquadramento previsto na legislação em vigor. As autoridades destacam o risco que esse tipo de prática representa para a saúde pública, uma vez que tais substâncias podem causar efeitos adversos graves quando consumidas sem controlo médico.
O caso segue agora para investigação, com possível responsabilização criminal do envolvido.
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domingo, 8 de junho de 2025
sábado, 7 de junho de 2025
Desbaratização e desratização na Freguesia de Armação de Pera
Entre os dias 11 e 18 julho a câmara de Silves, irá promover uma ação de desbaratização e desratização na Freguesia de Armação de Pera.
Durante ou após uma desratização nas ruas da freguesia, alguns ratos podem deslocar-se para áreas mais seguras, como habitações ou estabelecimentos comerciais próximos. Isso acontece porque existe uma:
1. Perturbação no seu habitat: A aplicação de veneno ou armadilhas nas ruas ou esgotos perturba os locais onde os ratos viviam.
2. Procura por abrigo e alimento: Ao sentirem-se ameaçados, eles tendem a fugir e procurar novos locais com abrigo, água e comida — que podem encontrar em casas, principalmente se houver falhas estruturais (ralos abertos, frestas, restos de alimento etc.).
3. Efeito de dispersão temporária: Em alguns casos, os ratos intoxicados com iscas demoram a morrer e nesse intervalo podem migrar.
O que fazer para evitar que eles entrem em casa:
• Vedar frestas, ralos e buracos com rede, cimento ou grelhas apropriadas.
• Evitar acumulação de lixo ou restos de alimento, tanto dentro quanto fora da das habitações.
• Manter quintais e áreas externas limpos e livres de entulho.
• Instalar redes anti roedores em aberturas.
• Observar sinais de infestação, como fezes, marcas de roedura ou ruídos, e agir rapidamente.
Relativamente á desbaratização que a Câmara vai efetuar nas ruas — especialmente quando se aplicam inseticida nas câmaras de visita dos esgotos, as baratas podem ser expulsas de seus esconderijos e acabando por migrar para os locais mais próximos, como casas, comércios e prédios.
Como prevenir que isso aconteça:
1. Feche ralos e rachas com telas ou tampas, principalmente durante e após a desbaratização.
2. Coloque tampas nos ralos e use vedantes de portas e janelas.
3. Mantenha o ambiente limpo: não deixe restos de comida, gordura ou lixo exposto.
4. Use inseticida em gel nos cantos da casa como forma de barreira interna.
Se a desbaratização for feita de forma bem coordenada, com ações conjuntas em ruas e imóveis ao mesmo tempo, o risco de migração diminui bastante
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sexta-feira, 6 de junho de 2025
Incêndio deflagra em edifício de habitação em Armação de Pera
Um incêndio atingiu, ao início da tarde de hoje um edifício de habitação localizado na rua D. João II em Armação de Pera.
As chamas terão começado por volta das 13h 30m por razões ainda por apurar. No local encontram-se os bombeiros de Silves a proceder ao combate ao fogo.
De acordo com as primeiras informações, não há feridos.
A origem do incêndio está a ser investigada pelas entidades competentes.
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Donald Trump é pedófilo?
Elon Musk afirmou publicamente que o nome de Donald Trump aparece nos chamados "arquivos de Epstein", referindo-se a documentos relacionados com falecido financeiro Jeffrey Epstein, acusado-o de tráfico sexual de menores. Musk sugeriu que essa seria a razão pela qual tais arquivos ainda não foram divulgados integralmente pelas autoridades.
Musk não apresentou evidências para sustentar sua alegação, nem esclareceu como teria acesso a esses documentos. A acusação surgiu no meio a uma crescente disputa pública entre Musk e Trump, envolvendo divergências sobre políticas fiscais e cortes em subsídios para veículos elétricos.
Sabemos que Trump e Epstein mantiveram uma relação de amizade nos anos 1990 e início dos anos 2000, frequentando os mesmos círculos sociais em Palm Beach e Nova Iorque. Trump chegou a elogiar Epstein em entrevistas da época. Posteriormente, Trump afirmou ter se afastado de Epstein após desentendimentos, incluindo uma disputa por uma propriedade em 2004.
Embora o nome de Trump tenha sido mencionado em registos como agendas e listas de contatos de Epstein, até o momento não há provas públicas de envolvimento direto de Trump nos crimes atribuídos a Epstein. A alegação de Musk reacende especulações, mas carece de provas documentais.
A Casa Branca respondeu à acusação de Musk classificando-a como um "episódio infeliz" e reiterou que o presidente Trump não se opõe à divulgação dos arquivos relacionados a Epstein.
Apesar da afirmação de Elon Musk sobre Donald Trump estar nos "arquivos de Epstein" é uma acusação sem evidências apresentadas até o momento e ocorre em um contexto de disputa política e pessoal entre os dois.
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quinta-feira, 5 de junho de 2025
Parque de Estacionamento Municipal de Armação de Pera: Para que serve?
Inaugurado com a promessa de facilitar a vida de quem vive, trabalha ou visita Armação de Pera, o parque de estacionamento municipal continua... vazio.
O regulamento publicado no Diário da República n.º 223 - II série, de 17 de novembro no n.º 2 do artigo n.º 7 avisa, “que os residentes no concelho poderão dispor de condições especiais de utilização, desde que cumpram os requisitos constantes dos artigos seguintes” – ou seja beneficiam de um preço mais baixo do que os restantes utilizadores.
Nos anos anteriores o valor cobrado aos não residentes (aqueles que não tem morada fiscal em Armação), mas que provavam que residiam nesta vila, e apresentavam por exemplo um recibo da água, eram considerados para efeitos da cobrança da taxa de estacionamento, como residentes.
Este ano a administração municipal resolveu e bem, que o parque de estacionamento abra mais cedo (Abril) e vai feche no final de Setembro, como era costume. No entanto o entendimento que existiu anteriormente de considerar quem tem segundo domicílio em Armação com residente está a afastar muitos utilizadores do parque, pois o valor da taxa duplica.
Preços elevados afastam os utilizadores, que preferem arriscar as ruas ou deixar o carro em zonas mais distantes. O resultado? Um investimento público subaproveitado e mais trânsito à superfície.
Enquanto o parque de estacionamento municipal permanece vazio por causa dos preços elevados, as ruas da cidade viraram um verdadeiro caos.
Carros em cima de passeios, nas curvas, em locais proibidos — e tudo isso sem fiscalização. A falta de ação transforma o desrespeito em hábito e coloca peões, ciclistas e outros condutores em risco.
Não faria mais sentido ajustar as tarifas e incentivar a utilização? Um parque cheio é mais útil do que um parque às moscas.
Armação de Pera necessita de soluções acessíveis, não de estruturas fantasma.
É hora de repensar esta política de mobilidade.
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As calçadas não são depósito de entulho!
É cada vez mais comum ver em Armação de Pera restos de obras, móveis velhos e outros materiais ocupando as vias públicas. Além de prejudicar a mobilidade e causar riscos à saúde e segurança, esta conduta é ilegal.
A fiscalização da Câmara de Silves anda a dormir! A atuação urgente dos órgãos responsáveis é fundamental!
A omissão só agrava o problema. É dever do poder público fiscalizar, notificar e multar quem desrespeita o espaço coletivo.
O espaço é de todos — e deve ser respeitado!
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Porque cocó no chão… não é decoração
A Junta de Freguesia colocou dispensadores, para sacos para a recolha de dejetos caninos em vários locais de Armação de Pera e durante um algum tempo disponibilizou os respetivos sacos.
Mas a Junta de Freguesia deixou de colocar os sacos para apanhar os dejetos dos cães, alegando que “não é necessário”.
Mas quem passeia nas nossas ruas sabe: necessário é — e muito!
Nem todos os donos trazem sacos consigo (infelizmente), e o resultado está à vista... ou debaixo do sapato.
Manter os dispensadores com sacos não resolve tudo, mas ajuda bastante:
• Evita esquecimentos;
• Facilita a vida a quem anda com o cão;
• Promove higiene e civismo
A Junta deve reconsiderar esta decisão e voltar a apostar numa freguesia mais limpa, amiga dos animais — e dos sapatos de todos!
Porque cocó no chão… não é decoração.
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quarta-feira, 4 de junho de 2025
Quando voltam os bancos ao miradouro da Rocha da Palha?
Quem se lembra dos bancos que existiam no miradouro da Rocha da Palha, antes da construção do novo edifício? Eram um espaço de descanso, de encontro e contemplação — e até hoje, após a obra finalizada, nunca mais para lá voltaram.
O que era provisório tornou-se permanente?
Fica o pedido (bem sentado, por enquanto só no espírito): devolvam os bancos ao miradouro! A vista contínua linda — só falta o conforto.
Um espaço público só cumpre sua função quando é pensado para as pessoas — e os bancos são essenciais para isso.
A câmara municipal e a junta de freguesia estão a dormir na forma, esqueceram-se das populações que os elegeram, defendem os intereses privados em vez do interesse público.
Praia para todos: onde está o passadiço de madeira na concessão do conventinho?
O que deveria ser um espaço de lazer democrático continua a excluir quem se desloca com dificuldade. A praia da unidade balnear 6 em Armação de Pera, com toda sua beleza e liberdade, ainda não é um lugar verdadeiramente acessível para todos. Basta observar quem consegue — e quem não consegue — chegar até aos toldos.
Pessoas com mobilidade reduzida, idosos, quem se desloca em cadeira de rodas, pais com carrinhos de bebê... Todos enfrentam uma verdadeira batalha para atravessar a areia fofa. Uma tarefa que para muitos é simples, para outros torna-se um obstáculo quase intransponível. E por quê? Porque a junta de freguesia não colocou os respetivos passadiços de madeira na unidade balnear do conventinho, faltam estas estruturas básicas que garantam o direito de ir e vir e que foram colocadas nas outras unidades balneares.
Não se trata de um luxo, mas sim de dignidade. É inadmissível tendo aberto a época balnear no dia 1 de junho, nem todas as pessoas, sem exceção, tem o direito de fruir a praia com segurança, conforto e autonomia.
A praia é pública. Mas, sem acessibilidade, ela é privilégio de poucos.
Está na hora de mudar isto.
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terça-feira, 3 de junho de 2025
Largo da Igreja de Armação de Pera voltada ao abandono pela Junta de Freguesia
Verifica-se um acentuado estado de abandono do espaço circundante da Igreja de Armação de Pera.
A acumulação de lixo, as ervas daninhas e resíduos diversos, compromete não só a imagem do local — de reconhecido valor histórico e cultural — mas também a saúde e o bem-estar dos habitantes e visitantes.
Considerando que se trata de um espaço público de grande visibilidade e frequentado por munícipes de todas as idades, solicita-se ao Sr.º Presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pera, que tome as devidas diligências, para garantir a sua limpeza regular e adequada, contribuindo assim para a preservação do património local e para a melhoria da qualidade de vida da comunidade.
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