O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Portugueses deixam hoje de trabalhar para o Fisco

Será mesmo hoje que os portugueses deixam de trabalhar para pagar impostos e começam a amealhar?


Os portugueses trabalharam este ano 133 dias para pagar os impostos. Um estudo da Associação Industrial Portugal e da Confederação Empresarial conclui que hoje é o dia da libertação dos impostos. Quer isto dizer que hoje o português médio já terá ganho o suficiente para cumprir as obrigações fiscais. Em relação a 2009 foi necessário mais um dia, menos 5 que em 2008.

Desconhecemos se será rigorosamente verdade o que consta da noticia, sobretudo atendendo ao aumento da carga fiscal que ai vem.
Como da noticia não resulta mais informação sempre ficamos sem saber o que é que esse português médio comeu nesses 133 dias, como pagou a renda, a água e a luz, o colégio dos miúdos, as explicações, os remédios na farmácia?

O tempo que passamos é de grande tensão deste ponto de vista. Continuamos a pensar que esta economia, estes empresários, esta classe politica, não nos convencem.

Mais uma vez, os dirigentes, não atacam a origem do problema de frente. A correcção do défice não constitui um fim em si mesmo, com o qual todos os nossos problemas se resolvem.

É falso e sobretudo ardiloso fazê-lo crer a todos que é por aí que vamos algum dia ter uma vida diferente.

O governo que até tem merecido algum crédito não está, claramente, à altura dos desafios. Mas a oposição muito menos.

Mais uma vez socializam-se as soluções, pela via da receita.
O corte na despesa fundamental que os irlandeses, gregos e espanhóis empreenderam (menos 5% nos sálarios da função pública) continua a não se querer encarar. Depois surpreendemo-nos pelo crédito que as medidas daqueles países obtêm!!!!

É que em Portugal pode-se atacar tudo, os ricos para inglês ver, a classe média até ajoelhar, os pobres até rastejarem e até mesmo ferir de morte a economia que, com saúde, é a única que nos poderia salvar a todos, mas nunca se mata o touro!

Para onde vais Portugal?
Para onde nos levam, portugueses?
Que projecto têm estes tipos(classe politica) para a sociedade portuguesa?

E o futuro? Haverá alguém que ainda saiba o que quer dizer?
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Post Scriptum:
Disse ainda o snr. Sócrates que tinha o governo optado por não tomar medidas dirigidas a uma camada determinada da população, mas antes por medidas que a todos afectassem.

Quis dizer claramente que optou por não afectar os funcionários públicos( a despesa principal que é responsável com os juros por 80% do orçamento)como o fizeram a Irlanda, a Grécia e depois a Espanha, em 5% dos seus salários.

Quem pensa o snr. Sócrates que engana com mais este malabarismo demagógico?

Para não afectar os funcionários que têm garantia de emprego como mais ninguém tem, afecta toda a economia que assim continua a ameaçar o emprego aos restantes que, só por si não goza de qualquer garantia como aqueles, quanto mais com o agravamento da situação económica e a concomitante redução do emprego.

Onde é que está a equidade de que fala, se á partida ela não existe?

Optou então por afectar todos com medidas que pretendem incrementar a receita. Esquecendo que a receita não aumentará, pelo menos quanto ao IVA, como ficou demonstrado quando a snra Manuela Ferreira Leite levou a cabo a mesma medida porquanto, compreensivelmente, o consumo se vai reduzir e a receita, na melhor das hipóteses ficará igual. As consequências para a economia foram as que se viram então e as que se voltarão a ver agora.

2 comentários:

Anónimo disse...

a caixa de previdência já não tem dinheiro para pagar aos reformados, graças à quantidade de velhos que não querem morrer

Anónimo disse...

Não seja arrogante e desumano(a). Será que você pretende morrer novo(a)?
Tenha tento na língua e acrescente alguma coisa com conteúdo ao blog.

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