O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
domingo, 7 de fevereiro de 2016
sábado, 6 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
Conselhos médicos de aplicação imediata
A idade obriga-nos a ter cuidado com a saúde!
As
dosagens poderão variar consoante o paciente!
Protejam-se!
DOENÇA
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REMÉDIO
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POSOLOGIA
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Alergias
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Monte
Velho
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1 copo
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Anemia
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Dão Grão
Vasco
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4 copos
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Arterosclerose
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Douro Esteva
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2 copos
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Bronquite
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Quinta da
Bacalhôa
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3 copos
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Constipação
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Periquita
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4 copos
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Icterícia
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Porto
Ferreira
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2 cálices
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Diarreia
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Altas
Quintas
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4 copos
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Hepatite
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Murganheira
Reserva
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1 garrafa
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Ciática
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Barca
Velha
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4 copos
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Gripe
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João Pires
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2 garrafas
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Hipertensão
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Muralhas
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1 garrafa
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Artrite
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Raposeira
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2 taças
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Depressão
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Valle
Pradinhos tinto
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3 copos
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Obesidade
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Porto Real
C.ª Velha
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5 cálices
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Cirrose
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C.R.F.
Reserva
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3 garrafas
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Reumatismo
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Fundação
E. Almeida
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2 copos
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Enxaqueca
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Herdade
Grande
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4 copos
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Lombalgia
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Valle Pradinhos branco
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4 copos
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Alzheimer
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Fragulho
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1/2 copo
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Etiquetas:
Circulando na Net
Amnistia Internacional passa a defender descriminalização da prostituição
12/8/2015, in Observador,
por Sara Otto Coelho
A decisão é
polémica e a votação dividiu-se. Para além do fim da repressão contra os
trabalhadores do sexo, a Amnistia também vai lutar pelo fim da repressão contra
clientes e proxenetas.
O projeto
de resolução apela ao estabelecimento “de um quadro legal no qual todos os
elementos do trabalho do sexo serão despenalizados” foi adotado durante o
Conselho internacional da ONU, que reuniu em Dublin cerca de 400 delegados,
anunciou a AI. A ONG discutiu o tema durante dois anos e não
quis precisar o número de delegados que votaram a favor da moção. A secção
francesa, por exemplo, tinha colocado diversas reservas.
Ao considerar
que “a criminalização do trabalho do sexo entre adultos com consentimento pode
conduzir a um aumento das violações dos direitos dos trabalhadores do sexo”,
a ONG vai desencadear uma campanha pela supressão da repressão contra os
prostitutos e prostitutas, mas também contra os clientes e os proxenetas.
Este ponto
foi o que motivou a principal controvérsia. Assim, a ONG Equality Now, que
defende os direitos das mulheres, está de acordo para que termine a repressão
contra os trabalhadores do sexo, mas opõe-se firmemente a que esse seja o caso
para clientes, proxenetas e proprietários das casas. “Legalizar aqueles
que exploram pessoas prostituídas não é a melhor forma de proceder”,
considerou Esohe Aghatise, da Equality Now, porque “a procura comercial pelo
sexo alimenta o tráfico” de seres humanos.
A Amnistia
reconhece ser um tema “extremamente complexo” mas considera que os
trabalhadores do sexo, “um dos grupos mais marginalizados do mundo”,
beneficiarão com a despenalização. E esclarece que esta política não tem a ver
com proteger os proxenetas”. A ONG também sublinha que esta resolução não põe
em causa o seu envolvimento contra o trabalho forçado e o tráfico de seres
humanos.
Descriminalização,
não legalização
A
diversidade de legislação na Europa comprova tratar-se de um assunto longe de
ser consensual. Há dois meses, a França juntou-se à minoria de países europeus
que sancionam os clientes de prostitutos ou prostitutas, onde se incluem Suécia
e Noruega. Na maioria dos restantes países da Europa, que na generalidade
punem o proxenetismo, a prostituição é regulamentada (Alemanha, Áustria,
Holanda, Bélgica), ou tolerada.
Em
Portugal, a prostituição não é uma atividade ilegal. No entanto, não é
permitido a terceiros lucrar, promover, encorajar ou facilitar a prostituição,
o que faz com que a prostituição organizada (bordeis, grupos de
prostituição ou outras formas de proxenetismo) seja ilegal.
Descriminalizar a
prostituição significa que “os trabalhadores do sexo já não estão a violar a
lei. Não são forçados a viver à margem da lei e há uma maior possibilidade de
os seus direitos humanos serem protegidos”, explica a Amnistia na sua página.
Nos casos em que a prostituição é legalizada, o Estado entra no jogo com leis e
políticas de regulamentação. É por isso que a ONG afirma que os trabalhadores
do sexo que consultou preferem a descriminalização, embora deixe claro que a
Amnistia não se opõe a uma possível legalização.
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Dossier Prostituição
sábado, 30 de janeiro de 2016
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Ou mentiu a Bruxelas. Ou mentiu aos portugueses
O debate parlamentar desta manhã ficou marcado pelas acusações da direita à pouca confiabilidade das linhas orientadoras do Orçamento do Estado para 2016, ancoradas na carta da Comissão Europeia ao Governo a pedir mais explicações, na avaliação da UTAO e nas sempre muito isentas análises das agências de rating. Mas para quem foi buscar lã, Passos Coelho saiu tosquiado, com a sua ausência de resposta à acusação de que garantiu a Bruxelas que os cortes nos salários e a sobretaxa do IRC eram definitivos – ao contrário do que nos disse a nós, portugueses.
Não é que não desconfiássemos ou não soubéssemos mesmo. Sempre que o ex-primeiro-ministro, Passos Coelho, aparecia com o seu ar seráfico a anunciar mais um corte salarial dos funcionários públicos, mais uma redução das pensões, mais uma sobrecarga fiscal ou outro ónus da mesma jaez, dizia-nos sempre, para nos sossegar os espíritos, que se tratavam de medidas provisórias. Tudo era provisório. Os cortes salariais seriam devolvidos – mas a sua devolução foi sempre empurrada com a barriga para datas posteriores às que foram sendo anunciadas. Os cortes nas reformas seriam corrigidos – mas sempre num amanhã que não chegava. E o “enorme” aumento de impostos que Vítor Gaspar lançou sobre os portugueses também seria revertido logo que as condições o permitissem – condições que nunca o permitiram.
Não é, pois, que não desconfiássemos. Qualquer economista de meia tigela percebe que os grandes cortes de despesa pública de que o anterior Governo tanto se orgulha concentram-se, no essencial, em cortes de salários e de pensões que foram sempre anunciados como provisórios. E a melhoria das contas públicas assentou em grande parte na subida substancial da receita fiscal, também ela anunciada como provisória.
A margem é estreita? É. O orçamento tem vários riscos? Tem. Mas talvez seja bom lembrar que nos quatro orçamentos elaborados por PSD e CDS houve oito (repito: oito!) orçamentos retificativos e Bruxelas teve sempre de puxar para cima as metas acordadas para o défice e ignorar mesmo a descida exigida de meio ponto anual no défice estrutural. Porque é que devemos acreditar mais na fiabilidade dos orçamentos de Passos e Portas do que no de António Costa e Mário Centeno?
O que nós não sabíamos é que Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque deram a entender ou garantiram mesmo aos seus pares na Comissão Europeia e no Eurogrupo que os cortes seriam definitivos, assim como a subida dos impostos. É claro que os importantes senhores da Comissão e do Eurogrupo, sempre tão atentos quando as coisas não lhes agradam, não se preocuparam minimamente em saber se o que Passos e Maria Luís diziam externamente coincidia com o que garantiam internamente. Ou se souberam não se importaram nada com a duplicidade do discurso. Como eles sobejamente sabem, os portugueses são um povo manso e de brandos costumes que aceitou de mão estendida e cerviz dobrada o brutal ajustamento que lhes foi imposto durante quatro anos, baseado em erros económicos grosseiros, cálculos financeiros mal feitos, desigualdade de tratamento com outros países como sobejamente demonstra o recente relatório de avaliação do ajustamento por parte do Tribunal de Contas Europeu.
Agora, que o atual Governo quer cumprir uma promessa do anterior, a par daquilo que está no seu próprio programa, aqui d’El-Rey, que o orçamento não é sustentável, que há demasiado otimista, que as hipóteses em que assenta não são realistas e por aí fora. Os referidos senhores bem se podem limpar à toalha com que a França, Itália e Espanha ignoraram olimpicamente os seus ais nos orçamentos que elaboraram para este ano. A margem é estreita? É. O orçamento tem vários riscos? Tem. Mas talvez seja bom lembrar que nos quatro orçamentos elaborados por PSD e CDS houve oito (repito: oito!) orçamentos retificativos e Bruxelas teve sempre de puxar para cima as metas acordadas para o défice e ignorar mesmo a descida exigida de meio ponto anual no défice estrutural. Porque é que devemos acreditar mais na fiabilidade dos orçamentos de Passos e Portas do que no de António Costa e Mário Centeno?
Mas voltemos à vaca fria. Passos Coelho ou enganou os seus pares em Bruxelas ou enganou os portugueses. Não há outra possibilidade. Mas dado o seu histórico – cumprir escrupulosamente e para além do exigido todos os contratos com os credores externos e rasgar todos aqueles que existiam internamente com os cidadãos portugueses – conclui-se sem grande margem para dúvidas que Passos enganou os seus concidadãos. Ou, para usar uma palavra de que não gosta, mentiu aos seus concidadãos. E isso fica para memória futura. Ponto final.
Nicolau Santos, in Expresso Diário, 29/01/2015
Não é que não desconfiássemos ou não soubéssemos mesmo. Sempre que o ex-primeiro-ministro, Passos Coelho, aparecia com o seu ar seráfico a anunciar mais um corte salarial dos funcionários públicos, mais uma redução das pensões, mais uma sobrecarga fiscal ou outro ónus da mesma jaez, dizia-nos sempre, para nos sossegar os espíritos, que se tratavam de medidas provisórias. Tudo era provisório. Os cortes salariais seriam devolvidos – mas a sua devolução foi sempre empurrada com a barriga para datas posteriores às que foram sendo anunciadas. Os cortes nas reformas seriam corrigidos – mas sempre num amanhã que não chegava. E o “enorme” aumento de impostos que Vítor Gaspar lançou sobre os portugueses também seria revertido logo que as condições o permitissem – condições que nunca o permitiram.
Não é, pois, que não desconfiássemos. Qualquer economista de meia tigela percebe que os grandes cortes de despesa pública de que o anterior Governo tanto se orgulha concentram-se, no essencial, em cortes de salários e de pensões que foram sempre anunciados como provisórios. E a melhoria das contas públicas assentou em grande parte na subida substancial da receita fiscal, também ela anunciada como provisória.
A margem é estreita? É. O orçamento tem vários riscos? Tem. Mas talvez seja bom lembrar que nos quatro orçamentos elaborados por PSD e CDS houve oito (repito: oito!) orçamentos retificativos e Bruxelas teve sempre de puxar para cima as metas acordadas para o défice e ignorar mesmo a descida exigida de meio ponto anual no défice estrutural. Porque é que devemos acreditar mais na fiabilidade dos orçamentos de Passos e Portas do que no de António Costa e Mário Centeno?
O que nós não sabíamos é que Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque deram a entender ou garantiram mesmo aos seus pares na Comissão Europeia e no Eurogrupo que os cortes seriam definitivos, assim como a subida dos impostos. É claro que os importantes senhores da Comissão e do Eurogrupo, sempre tão atentos quando as coisas não lhes agradam, não se preocuparam minimamente em saber se o que Passos e Maria Luís diziam externamente coincidia com o que garantiam internamente. Ou se souberam não se importaram nada com a duplicidade do discurso. Como eles sobejamente sabem, os portugueses são um povo manso e de brandos costumes que aceitou de mão estendida e cerviz dobrada o brutal ajustamento que lhes foi imposto durante quatro anos, baseado em erros económicos grosseiros, cálculos financeiros mal feitos, desigualdade de tratamento com outros países como sobejamente demonstra o recente relatório de avaliação do ajustamento por parte do Tribunal de Contas Europeu.
Agora, que o atual Governo quer cumprir uma promessa do anterior, a par daquilo que está no seu próprio programa, aqui d’El-Rey, que o orçamento não é sustentável, que há demasiado otimista, que as hipóteses em que assenta não são realistas e por aí fora. Os referidos senhores bem se podem limpar à toalha com que a França, Itália e Espanha ignoraram olimpicamente os seus ais nos orçamentos que elaboraram para este ano. A margem é estreita? É. O orçamento tem vários riscos? Tem. Mas talvez seja bom lembrar que nos quatro orçamentos elaborados por PSD e CDS houve oito (repito: oito!) orçamentos retificativos e Bruxelas teve sempre de puxar para cima as metas acordadas para o défice e ignorar mesmo a descida exigida de meio ponto anual no défice estrutural. Porque é que devemos acreditar mais na fiabilidade dos orçamentos de Passos e Portas do que no de António Costa e Mário Centeno?
Mas voltemos à vaca fria. Passos Coelho ou enganou os seus pares em Bruxelas ou enganou os portugueses. Não há outra possibilidade. Mas dado o seu histórico – cumprir escrupulosamente e para além do exigido todos os contratos com os credores externos e rasgar todos aqueles que existiam internamente com os cidadãos portugueses – conclui-se sem grande margem para dúvidas que Passos enganou os seus concidadãos. Ou, para usar uma palavra de que não gosta, mentiu aos seus concidadãos. E isso fica para memória futura. Ponto final.
Nicolau Santos, in Expresso Diário, 29/01/2015
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