O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

A curto prazo a principal organização criminosa de um país é o próprio estado

Enquanto somos distraídos com conversas da treta, todas elas dissimulando e escondendo a realidade, iludindo a verdade e ocupando a paródia politiqueira, tal como esta história de como saímos do esforço comum que fizemos com a troika, se à irlandesa, se à portuguesa, se à grega, outro mundo está aí, bizarro, impune, que dá cada vez mais razão ao autor do livro ‘A Suíça lava mais branco’.
Jean Ziegler, uma das referências mundiais do estudo das estruturas do Estado, admite que a curto prazo a principal organização criminosa de um país, sem referências éticas e judiciais bem firmes, é o próprio Estado. O Estado-Máfia que é, em si próprio, o promotor do crime organizado em grande escala. Não se passa uma semana em que as notícias não confirmem esta caminhada apressada para a evidência absoluta deste Estado-Bandido, cada vez mais dilacerado. Ainda ontem, era noticiado que milhões de euros de fundos comunitários destinados às PME tinham escapado para contas bancárias nas Caraíbas. No arranque da semana, as notícias davam conta de que mais um grupo de funcionários do sistema de Saúde, logo funcionários do Estado, conseguira desviar milhões de euros. Na semana anterior, já fora notícia a absolvição de todos os intervenientes no chamado processo dos submarinos.

Os corruptores presos na Alemanha, os corrompidos, gente inocente aqui, na nossa terra. Na mesma semana, ficámos a saber que o Estado assumiu mais dezenas de milhões de euros desse buraco sem fundo que é o BPN. Das célebres PPP já nem vale a pena falar, embora a sangria de dinheiro do Estado não pare.

Isto é a ponta do icebergue. Se saímos à irlandesa desta terrível relação com a troika ou com programa cautelar é coisa irrelevante se esta hemorragia não parar. Se os negócios do Estado continuarem a ser movimentados nos interesses de alguns e bem se sabe até onde o negócio pode levar. Veja-se esta entrada nos PALOP de uma das mais terríveis ditaduras do mundo apenas com a finalidade de salvar um banco. É cada vez mais evidente que não há negócio anunciado que não tenha comprador acertado. É cada vez mais evidente que não fomos nós que vivemos acima das nossas possibilidades durante muitos anos. Cada vez é mais claro que o Estado permitiu que um punhado de gente poderosa roubasse acima das nossas possibilidades durante muitos anos.

Moita Flores

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Pirataria intestinal, não obrigado!


O assunto cheira mal. É mesmo, literalmente, mal cheiroso! Depois de perigoso e antes de merdoso!

Sem intenção de sucumbir à tentação de acusar as barracas de comes e bebes de falta de higiene ou equivalente o que é facto é que soubemos de várias caganeiras entre pessoas conhecidas e, até desconhecidas.

A mais dramática ocorreu, perante testemunhas presenciais, num estabelecimento para onde correu uma senhora na busca da casa de banho, infelizmente ao fundo da sala.

É lá foi a mesma, em ansias, e, sem possibilidades de se conter, foi-se borrando e ao estabelecimento até conseguir anichar-se na sanita libertadora no respectivo WC.Um verdadeiro festival de merda!

Tanto quanto se apurou, daí veio a sair aliviada é certo, mas compreensivelmente acabrunhada pedindo desculpa aos presentes, acrescentado ter comido numa das barracas “piratas”de comes e bebes! Enquanto, pacientemente, o comerciante ia limpando o estabelecimento.

Só faltava este episódio para concluir em beleza (horror!) o que não se disse a propósito da “concorrência desleal” que as tascas ambulantes fazem aos estabelecimentos de comidas e bebidas da Vila.

Desleal porquanto não pagam encargos semelhantes, se posicionam nos melhores locais de passagem a troco de uma licença pouco mais que insignificante, e não se encontram sujeitas às regras sanitárias pesadíssimas, vigiadas pela ASAE (cá dê a ASAE nestes dias?) como todos os estabelecimentos fixos!

Quantos mais ( o que desconhecemos???) consumidores incautos terão ficado de caganeira?

Entretanto, os WCs que os estabelecimentos são obrigados legalmente a ter, ficam com a merda e os “piratas” ambulantes com a facturação!

Sem querermos ser assépticos, não podemos deixar de sugerir ao responsável por este ou outros futuros eventos desta natureza na Vila que não deixe de zelar pelas regras, de resto impostas legalmente, sobre higiene e segurança alimentar.

Para que conste e para memória futura!

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

É bonita a festa, pá! Fico contente, mas quanto baste!


Diz o povo que “Quem em Agosto ara, riquezas prepara”, mas é a mesma sabedoria popular que adverte que: “Por um cravo se perde uma ferradura, por uma ferradura um cavalo, por um cavalo um cavaleiro, por um cavaleiro um exército inteiro”

Isto a propósito do clima de festa permanente que hoje em dia se vive nas noites de Armação!

O clima de festa é bem vindo sobretudo durante o mês de Agosto, aquele que, sem qualquer dúvida, reúne a preferência dos portugueses –a larguíssima maioria dos “banhistas” - para recarregar baterias.

Tal clima é igualmente bem vindo em Armação de Pêra que de há muito tem sido caracterizada por uma certa incapacidade de retribuir aos seus inúmeros simpatizantes demonstração suficiente de como são importantes para a sua economia, deixando para o “sol e mar” toda a despesa de representação, promoção e gratidão. Apesar dos muitos “handycaps” que o modelo de desenvolvimento por que optou lhe deixaram.

Sem pretender curar de saber que orçamento da Junta de Freguesia comporta esta despesa e que receita a sustenta, acreditamos que um bom gestor de eventos poderá conseguir uma realização sustentável que não ameaçe o equilíbrio orçamental que, hoje em dia, constitui preocupação de todos nós.

O nosso foco é outro!

Sabemos que a restauração constitui, hoje mais que nunca dada a crise da construção civil, certamente o maior numero de empresas locais, certamente o maior empregador, certamente o sector empresarial maior contribuinte liquido directo, seja de IVA, seja de IRC, seja da Segurança Social, e indirecto, seja por via do IRS dos empregados e senhorios que retem e entrega ao erário público.

Sem esquecer os direitos de autor e a derrama municipal (A taxa geral de Derrama, lançada pelos diferentes municípios, pode ascender até 1,50%, sobre o lucro tributável do exercício, antes da dedução de prejuízos fiscais reportáveis,
hoje em dia não incidente no conselho de Silves, mas tal circunstância não constitui garantia para o futuro)

Sabemos também que o arrendamento estável dos estabelecimentos permite ao senhorios o pagamento do IMI sem sobressalto e nesse sentido, como nos outros já referidos, a sustentabilidade das empresas da Vila, aquelas que asseguram as receitas que referimos, são desejáveis e absolutamente necessárias à despesa pública realizada na mesma.

Sabemos igualmente que a intervenção do Estado na economia já teve melhores dias, mas não esquecemos que, atenta a importância, infelizmente não decisiva, das elites económicas nacionais para inverterem o curso da recessão que objectivamente vive a nossa economia, “isto sem o Estado não vai lá”, quer gostem os neo liberais quer não gostem, é um facto!

E a intervenção do Estado na economia não tem necessariamente de colidir com a sacramental “economia de mercado” ou determinar maior despesa, isto é, determinar mais empréstimos externos para sustentar os desmandos da despesa pública como muitos neo liberais gostam de apregoar, com fundamento ou não, com justificação ou não.

Aterrando na incipiente economia da Vila e na aplicação de todos estes factos ou conjecturas às festas de Armação, ocorre-nos perguntar aos organizadores dos eventos porque razão são emitidas tantas licenças para tendas de restauração, com esplanadas e tudo o resto?

Para explorarem o mercado exactamente no mês de Agosto, mês durante o qual a grande maioria dos empreendedores locais – precisamente neste sector - se desforra de um ano habitualmente parco de receita que os sustente e aos seus inúmeros compromissos, o que aliás motiva, em geral, o seu encerramento sazonal?

Sabem os organizadores dos eventos que até o Snr. Belmiro de Azevedo, nos seus Centros Comerciais, não aceita qualquer número de comerciantes por sector de actividade?

É que para um empreendedor profissional e de sucesso, o êxito dos seus clientes é o seu próprio êxito!

Não seria curial pensar e agir em conformidade com estes princípios salutares do capitalismo, para beneficio da sustentabilidade das empresas da Vila e com ela da economia local e da receita pública?

Será que a motivação da festa é tão só a própria festa?

Ou será que a festa não visa, no essencial a economia da Vila quer mediata quer imediatamente, mas sim outras finalidades, designadamente de performance pessoal que nada têm que ver com a Vila e muito menos com a sua economia, preparatórias de outras festas?

É que mesmo a política do Pão e circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, sendo o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio [frase com origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal (por volta do ano 100 d.C.) e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento] carece de pão.

E, convenhamos,por esta via cá dê o pão para a economia de Armação?

sábado, 6 de agosto de 2016

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

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Armação de Pêra em Revista

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Algarve