O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Regulamento de ocupação de espaço público e publicidade de Silves em consulta pública

O Regulamento Municipal de Ocupação do Espaço Público, Publicidade e Propaganda vai estar em consulta pública durante 30 dias, depois da sua publicação em Diário da República, esta quarta-feira. O documento pode ser consultado online.

Esperamos que a aplicação deste regulamento, termine de uma vez por todas com a ilegalidade, que se verifica em muitas das esplanadas existentes no concelho. Muitas das esplanadas ocupam todo o passeio, os peões tem que circular na via destinada às viaturas, pondo em causa a sua segurança.

Os proprietários dos imóveis devem ser consultados quando é solicitado à Câmara a colocação de publicidade na sua propriedade.

terça-feira, 7 de junho de 2016

domingo, 5 de junho de 2016

Turismo. Lisboa já ganha ao Algarve em números de hóspedes e receitas


Visitas. Com toda a gente à espera de novos máximos para 2016, a capital e a região algarvia deverão manter-se ombro a ombro nos números do turismo. Responsáveis sublinham que não são destinos rivais, mas complementares.


Por Susete Francisco, in “diário de Noticias” de 4 de Junho de 2016



Uma é a região turística portuguesa por excelência, a outra um caso sério de crescimento nos últimos anos. De tal forma que Lisboa já suplantou o Algarve em numero de hóspedes e receitas de hotelaria.
Em sentido contrário, a região algarvia continua a ser a campeã incontestada no número de dormidas. Para este ano ambas partilham uma certeza: o sector do turismo vai crescer. Falta saber quanto. Os dados já conhecidos deste ano confirmam a expectativa: o primeiro trimestre fechou com números superiores ao do período homologo do ano passado.

Em 2015 Lisboa passou pela primeira vez o Algarve nos proventos totais do sector hoteleiro. O valor não é muito expressivo – foram cerca de 15 milhões de euros a mais -, mas tem a carga simbólica de uma inversão de lugares que nunca tinha acontecido. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pelo Turismo de Portugal, a capital registou no ano passado proveitos totais de 772 milhões de euros, enquanto o Algarve averbou 757 milhões.

A capital portuguesa também lidera no número de hóspedes: foram 5,2 milhões na capital, contra 3,7 no Algarve. Noutro capitulo, a região algarvia registou no ano passado 16,6 milhões de dormidas (34,1% do total nacional), contra 12,2 milhões na área metropolitana da capital. O que significa que, somadas, as duas regiões representam mais de 50% das dormidas no pais. A diferença entre o número de hóspedes e de dormidas é explicado por uma substancial disparidade no perfil típico da estada em Lisboa e no Algarve, bastante mais prolongada no segundo caso.

Vitor Costa, director-geral da Associação de Turismo de Lisboa (ATL), diz que o prato da balança pode cair para um lado ou para o outro consoante o critério de comparação, mas sublinha que as duas regiões não funcionam numa lógica de competitividade, dadas as diferenças substanciais no turismo e no tipo de turista. O estrangeiro que visita Lisboa “tem como motivação principal o city break. Tem uma permanência média de 2,2 noites”. O turista-tipon”não é muito jovem, tem entre 35 e 54 anos” e tem formação superior. Mais de 80%, acrescenta Vitor Costa, são europeus e há muitos repetentes. Além da cidade propriamente dita, há duas “outras centralidades bastante procuradas” na área metropolitana da capital – Cascais e Sintra.

A sul, o Algarve recebe sobretudo um turismo de família, destaca Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, registando uma estada média de quatro a cinco noites. O responsável do Turismo algarvio refere que “Lisboa está com uma dinâmica muito forte” de crescimento, mas o Algarve “é claramente o destino turístico mais importante de Portugal”: “Representamos quase 40% de todo o turismo.” É o “destino de referência” no pais, diz Desidério Silva, defendendo também que o turismo nas duas regiões é complementar.

Com o mercado a retomar a tendência de crescimento, Desidério Silva antecipa que 2016 vai fechar com números melhores do que os do ano transato, antecipando que a região ultrapasse neste ano os 17 milhões de dormidas. É para aí que apontam as reservas já confirmadas até ao final do ano: “A taxa de reserva para o Mês de Outubro já supera os 80%, para novembro aponta para os 60% quando no ano passado era de 45%”.

Lisboa é uma moda?

Em Lisboa, e face aos números que ano a ano colocam a capital a bater recordes na área do turismo, põe-se a questão de saber se este é um crescimento sustentado ou um fenómeno de moda. Vitor Costa não tem dúvidas quanto à escolha de primeira opção. Em primeiro lugar porque o boom do turismo em Lisboa acompanha uma “tendência mundial” de crescimento do turismo urbano face a outros produtos turísticos, mais ligados ao sol e ao mar. Em segundo lugar “temos mais ligações aéreas, que vão a mais mercados e são mais baratas” – e isto é válido sobretudo para os mercados europeus, precisamente os que têm mais peso neste momento no turismo em Lisboa.

Por último, o direto-geral da Associação de Turismo de Lisboa defende que tem havido um “trabalho sustentado” na promoção de Lisboa como destino turístico: “O ponto de viragem foi a Expo 98 e foi-se crescendo por patamares, com grandes eventos que nos deram projeção, como o Euro 2004. Não é uma questão conjuntural”.

E se o crescimento do turismo nos últimos anos é por vezes atribuído a questões como a instabilidade noutros destinos turísticos, por exemplo no Norte de África, Vitor Costa desvaloriza esse efeito. “Não é determinante. Podemos ter ganho alguma coisa em relação a Istambul, que é uma concorrente forte, mas não mais que isso.”

Também por isso, o responsável do turismo graceja com a constatação de que o ano passado foi o melhor do turismo em Lisboa: “Discordo. Vai ser o próximo.”

sábado, 4 de junho de 2016

quarta-feira, 1 de junho de 2016

segunda-feira, 30 de maio de 2016

domingo, 29 de maio de 2016

Morreu Vicente da Câmara, um amigo de Armação de Pêra que a prestigiou com a fidelidade duma opção sistemática para gozo das suas férias de verão


Faleceu ontem um amigo de Armação de Pêra,desbotando-se um pouco mais, com este desaparecimento, uma memória viva de um certo período da história de Armação de Pêra - o periodo pioneiro da Armação de Pêra do turismo e da modernidade -.

Veraneante persistente e decano da época balnear, não resistia aos convites, renovados anualmente, de actuar no Casino, para deleite do público estival e local.

Amante e pioneiro da pesca submarina em Armação de Pêra, quase diariamente, durante o periodo estival, demonstrava o resultado da sua mestria na arte de pescar à sua basta prole e a todos os que frequentavam a praia frente à antiga estalagem Algar.



"O fadista Vicente da Câmara morreu este sábado de manhã, em Lisboa, disse à Lusa o filho, José da Câmara.
Vicente da Câmara, sobrinho da fadista Maria Teresa de Noronha, tornou-se conhecido, entre outros êxitos, pelo fado “Moda das tranças pretas”.
O velório do fadista realiza-se este sábado a partir das 16:00, na Igreja da Graça, onde será celebrada missa, disse a mesma fonte.
O funeral sai no domingo às 15:30 da Igreja da Graça em direção ao cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
Entre outros prémios, Vicente da Câmara foi distinguido com o prémio “Amália Carreira” e tinha um percurso artístico com mais de 60 anos, que iniciou na extinta Emissora Nacional.

Em 1948, incentivado pela tia, concorreu a um concurso da então Emissora Nacional. A vitória no concurso radiofónico, que no ano anterior tinha sido conquistada por Júlia Barroso, deu-lhe o passaporte para atuar aos microfones da rádio oficial em programas de grande popularidade, como "Serão para trabalhadores".

O fado "A moda das tranças pretas" que o celebrizou foi composto na década de 1950, quando assinou o primeiro contrato discográfico para a Valentim de Carvalho. Gravou, em 78 rpm, temas como "Fado das Caldas", "Uma oração", "Varina" (de sua autoria) ou "Os teus olhos", com uma letra sua.

Do seu repertório constam ainda temas como "Sino", de sua autoria, "As cordas de uma guitarra" ou "Outono", com letra de seu pai, "Triste mar", "Maldição" e "Menina de uma só trança".

O seu percurso inclui outros fados como "Fado Lopes", "Era mais que simpatia", "Milagre de St.º António", "Fado do Pão-de-Ló", ou "Fado do João", "Guitarra soluçante", "O fado antigo é meu amigo" e "Há saudades toda a vida".
Em 1964 estreou-se no cinema, em "A última pega", de Constantino Esteves, protagonizado por Fernando Farinha, no apogeu da carreira, e contracenando com Leónia Mendes, Júlia Buisel e José Ganhão.

Voltou ao cinema em 2007, sob a direção de Carlos Saura, em "Fados", e ao lado de Carminho, Ricardo Ribeiro, Mariza, Camané e Carlos do Carmo, entre outros.

O fadista, um dos fundadores da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado (APAF), integrou o elenco do espetáculo de inauguração do Museu do Fado, em 1998. Atuou na Alemanha, Luxemburgo, França, Espanha, Países Baixos, Canadá, África do Sul, Macau, Hong Kong, Coreia do Sul, Malásia, Brasil, Moçambique e Angola.

Em 1993, gravou com José da Câmara e Nuno da Câmara Pereira o CD "Tradição" (EMI/VC), em homenagem à tia Maria Teresa de Noronha.
"O rio que nos viu nascer" (2006) é o mais recente álbum de Vicente da Câmara.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou este sábado, em Lisboa, que o fado de Vicente da Câmara, falecido aos 88 anos, "ficará na nossa memória pela sua nobreza e fidelidade".

Na página da Presidência da República na Internet foi colocada uma mensagem de condolências à família do fadista, falecido na manhã de hoje em Lisboa.

Poucos intérpretes souberam conjugar tão bem as raízes populares e o cunho aristocrático do fado", salienta Marcelo Rebelo de Sousa, recordando que Vicente da Câmara era sobrinho da fadista Maria Teresa de Noronha, primo e pai de fadistas.

"O seu fado, castiço, bem timbrado, ficará na nossa memória pela sua nobreza e fidelidade", destaca o Presidente da República, na mensagem.
O funeral do fadista sai da Igreja da Graça, no domingo, às 15:30, em direção ao cemitério dos Prazeres, em Lisboa."
In: “TVI 24” de 29.05.2016

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