O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

O Deutsche Bank afunda-se e afunda a Europa...



O Deutsche Bank tornou mais agressiva a sua campanha para captação das poupanças dos portugueses. Recusar tais ofertas será neste momento o mais sensato.

O investir contra o orçamento português por parte de personalidades da nomenclatura da EU também pareceu estar a esconder outra coisa por tão despropositado que era.

O Maple Bank, alemão, seria quase desconhecido internacionalmente se não tivesse desempenhado um papel numa das batalhas de aquisição mais espetaculares na história da Alemanha: a tentativa, que acabou por fracassar, do fabricante de carros desportivos Porsche engolir a sua muito maior rival Volkswagen, em 2008.

Os gerentes financeiros da Porsche fizeram transações complexas e fraudulentas com  derivados financeiros para a empresa com sede em Stuttgart para se apropriarem da empresa com sede em Wolfsburg. Este fato foi considerado uma  manipulação criminosa do mercado. Esta investigação ainda decorre.

Se bem que o Maple Bank não tenha "importância sistémica" e, portanto, não constitua uma ameaça para a estabilidade financeira, vai afetar milhares de clientes, principalmente institucionais, que não podem retirar de lá o seu dinheiro. Cerca de 2.600 milhões de euros de passivos representam apenas uma pequena parcela dos depósitos de clientes individuais.

Se a BaFin (autoridade reguladora financeira federal) determinar a compensação, o dinheiro é protegido pelo Fundo de Protecção de Depósitos da Associação de Bancos Alemães até 100.000 euros por cliente. Isso pode significar uma perda de impostos para a Alemanha de mais de 1.000 milhões de euros.

O encerramento do Maple Bank é até agora a ação mais dura na Alemanha contra um banco em virtude de operações duvidosas, e passa a ser um aviso para outros bancos e fundos que têm manipulado o mercado inflacionando o valor de algumas acções ou afundando outras.

Depois disto o Deutsche Bank começou a tremer: O maior banco privado na Europa tem 80 biliões (milhões de milhões) em derivados financeiros que se vão afundar como um castelo de cartas.

Desta vez, sim, haverá risco sistêmico: é mais de 20 vezes o PIB da Alemanha e quase cinco vezes o PIB dos EUA e o Deutsche Bank pode desencadear um novo caso Lehman Brothers.

As ações do banco caíram 40 por cento, até agora neste ano, e mais de 95 por cento desde 2008, ficando à vista  as nuvens negras e as tempestades que pairam sobre a Europa.

Os problemas do Deutsche Bank não vieram à tona em 2013. Ficaram escondidos, porque o que importava para os dirigentes da UE salientar era a crise grega, "a mãe de todos os problemas europeus", com a troika (FMI, BCE, CE), e mais recentemente também  Portugal foi atingido.

As autoridades financeiras da zona do euro começaram a fechar bancos por fraude e lavagem de dinheiro, logo o Deutsche Bank é abanado nos seus próprios alicerces.

O maior banco privado na Alemanha, e também o maior da Europa, teve de confessar perdas de 6.890 milhões de euros em 2015 (dos quais 2.000 milhões foram no quarto trimestre) e anunciou que irá despedir 35 mil trabalhadores!.

O Deutsche Bank foi multado em 2.500 milhões de dólares pelas autoridades do Reino Unido e dos EUA, na sequência de uma investigação de sete anos sobre o seu papel na manipulação das taxas de juro.

A empresa alemã vai ser forçada a abandonar vários países e o seu novo presidente teve que reconhecer que só um milagre poderia salvar o Deutsche Bank.

Por esta altura, e depois de sete anos de apoios do BCE, as metástases do problema têm-se expandido. Tudo o que algumas teorias económicas negaram durante décadas que pudesse acontecer, aconteceu nestes oito anos de crise.

Se em 2013 os media preferiram ignorar o colapso do banco alemão para dar prioridade à crise grega, era apenas para dar tempo para o Deutsche Bank  recuperar. Mas a realidade económica e o passado criminoso do banco agravaram a situação que se torna impossível de recuperar.

O Deustsche Bank é talvez o exemplo mais claro do antes e depois de um banco depois da crise financeira. À euforia de empréstimos fáceis, seguiram-se as trevas da deflação e estagnação do crédito.

Se as injeções de liquidez bilionárias do BCE não recuperarem o banco e derem dinamismo à economia real, é porque o sistema entrou em colapso. E então há que o assumir, em vez da Alemanha disparar contra os riscos de não cumprimento dos déficites de outros países de economias mais débeis.

Os derivados financeiros não só distorceram toda a economia por via dos preços, como incubaram bolhas financeiras para cobrir posições e ganhar tempo. Mas eles não esperavam pela armadilha deflacionária porque, de acordo com o atual modelo económico, esse termo não existe.

O que hoje o Deutsch Banca representa é um enorme esquema Ponzi, com o desmoronamento da pirâmide criada nos anos 90 com a desregulação financeira mundial que nunca levou em conta os riscos reais.

A crise, fermentando, estava sob os narizes de todos, porque enquanto Merkel, Schäuble, Juncker Lagarde e Dijsselbloem argumentavam que o problema era dos bancos na periferia (Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha), eles não queriam revelar o verdadeiro problema da enorme dívida tóxica do Deutsche Bank, o maior banco privado da Europa!.

O colapso do Deutsche Bank está a agitar todo o sistema financeiro mundial. Nas primeiros seis semanas do ano, o Deutsche Bank perdeu 40 por cento do seu valor mas não ficou sozinho nas perdas. O Citibank caiu 25 por cento, o Bank of America, o UBS e o Crédit Suisse 23 por cento,  o Goldman Sachs 20 por cento e o JP Morgan 18 por cento. O sistema financeiro está em queda livre.

 Só que desta vez, nem os bancos centrais nem os governos têm  quaisquer munições, a menos que saceiem raízes e façam desaparecer os fundos de pensões

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Aí português...português, o que tu tens de aturar...

Aqui vai uma explicação muito pertinente para uma questão actual:

A jornalista Pilar del Rio costuma explicar, com um ar de catedrática no assunto, que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que não existia a palavra presidenta... Daí que ela diga insistentemente que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção Esteves como Presidenta da Assembleia da República.

Ainda recentemente, escutei Helena Roseta dizer: «Presidenta!», retorquindo ao comentário de um jornalista da SIC Notícias, muito segura da sua afirmação...

A propósito desta questão recebi o texto que se segue e que reencaminho:

Uma belíssima aula de português.
 Foi elaborada para acabar de uma vez por todas com toda e qualquer dúvida se temos presidente ou presidenta. 
A presidenta foi estudanta? 
Existe a palavra: PRESIDENTA?
 


Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?!



No português existem os particípios activos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio activo do verbo ser? O particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente.

Aquele que tem entidade... 
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a acção que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. 
Portanto, em Português correcto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. 
Diz-se capela ardente, e não capela "ardenta"; diz-se estudante, e não estudanta"; diz-se adolescente, e não "adolescenta"; diz-se paciente, e não "pacienta". 


Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
 
"A candidata a presidenta comporta-se como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. 
Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

 
Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repasse essa informação... JÁ CHEGA DE ANALFABETISMO CATEDRÁTICO !!!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Indecoroso

Especialmente dedicada aos "ministros" Poiares Maduro e Maria Luís Albuquerque pelas suas "brilhantes" declarações proferidas acerca da sustentabilidade das reformas...
VERGONHA é comparar a Reforma de um Deputado com a de uma Viúva.
VERGONHA é um Cidadão ter que descontar 40 ou mais anos para receber Reforma e aos Deputados bastarem somente 3 ou 6 anos conforme o caso e que aos membros do Governo para cobrar a Pensão Máxima só precisam do Juramento de Posse.
VERGONHA é que os Deputados sejam os únicos Trabalhadores (???) deste País que estão Isentos de 1/3 do seu salário em IRS…e reformarem-se com 100% enquanto os trabalhadores se reformam na base de 80%...
VERGONHA é pôr na Administração milhares de Assessores (leia-se Amigalhaços) com Salários que desejariam os Técnicos Mais Qualificados.
VERGONHA é a enorme quantidade de Dinheiro destinado a apoiar os Partidos, aprovados pelos mesmos Políticos que vivem deles.
VERGONHA é que a um Político não se exija a mínima prova de Capacidade para exercer o Cargo (e não falamos em Intelectual ou Cultural).
VERGONHA é o custo que representa para os Contribuintes a sua Comida, Carros Oficiais, Motoristas, Viagens (sempre em 1ª Classe), Cartões de Crédito.
VERGONHA é que s. exas. tenham quase 5 meses de Férias ao Ano (48 dias no Natal, uns 17 na Semana Santa mesmo que muitos se declarem não religiosos, e uns 82 dias no Verão).
VERGONHA é s. exas. quando cessam um Cargo manterem 80% do Salário durante 18 meses.
VERGONHA é que ex-Ministros, ex-Secretários de Estado e Altos Cargos da Política quando cessam são os únicos Cidadãos deste País que podem legalmente acumular 2 Salários do Erário Público.
VERGONHA é que se utilizem os Meios de Comunicação Social para transmitir à Sociedade que os Funcionários só representam encargos para os Bolsos dos Contribuintes.
VERGONHA é ter Residência em Sintra e Cobrar Ajudas de Custo pela deslocação à Capital porque dizem viver em outra Cidade.

Adriano Moreira

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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