O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
sábado, 13 de julho de 2013
Ricardo Pinto há quatro anos a arrumar a casa! Porque não estará ela arrumada?
Ricardo Pinto é uma figura bem conhecida em Armação de Pêra, deu aulas na Escola E.B. 2,3 Dr. António da Costa Contreiras, foi gestor desportivo no Clube de Futebol «Os Armacenenses», esteve envolvido em diversas associações e desde 2009 que integra o executivo da Junta de Freguesia. Foi, por isso, com naturalidade o escolhido para encabeçar a lista de candidatos do PSD nas eleições autárquicas de 29 de Setembro e força de vontade, empenho, ideias e projetos não faltam a este apaixonado por Armação de Pêra.
Texto e fotografia: João Pina
Embora tenha nascido em Beja, Ricardo Pinto é quase 100 por cento algarvio, uma vez que veio ainda bebé para Alcantarilha, onde viveu até aos 12 anos e iniciou o percurso académico. Quando passou para a terceira classe, mudou para a Escola Internacional de Porches, onde permaneceu até ao sexto ano. A ensino secundário foi todo feito em Lagoa e aí iniciou as suas atividades extracurriculares, tendo sido presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária Padre António Martins de Oliveira e fundador da Federação das Associações de Estudantes do Ensino Secundário. “Foi nesse período que comecei a dedicar-me verdadeiramente à causa pública, tendo estabelecido uma série de contatos e criado bases para o que viria a ser a minha vida futura”, recorda o entrevistado.
O ingresso na universidade ditou o regresso à terra onde nasceu, apesar das suas médias lhe permitirem escolher destinos mais tradicionais como Lisboa, Porto ou Coimbra. Em Beja foi o melhor aluno do curso de Professores de Ensino Básico na variante de Educação Física e de imediato iniciou o seu percurso profissional, se bem que, ainda como estudante, tivesse tido alguns empregos de Verão em Armação de Pêra. “Trabalhei na loja de desporto dos meus pais, fui nadador-salvador e estive numa rent-a-car, onde desenvolvi competências de técnico de vendas, frequentei formações e, sobretudo, percebi que, para ter algo na vida, era preciso trabalhar e lutar por isso. Trabalhei sempre durante o Verão para ter dinheiro para estudar, não porque os meus pais não me ajudassem, mas por opção minha. Conseguia aguentar-me praticamente todo o ano letivo, só nos últimos dois meses é que normalmente lhes pedia algum apoio financeiro”, frisa.
Terminada a licenciatura em Beja, Ricardo Pinto entrou como funcionário para a Câmara Municipal de Silves para abraçar o projeto de gestão do Complexo das Piscinas Municipais, inauguradas no dia 1 de junho de 2003. Ao mesmo tempo, concorreu para professor de educação física e ficou colocado na Escola E.B. 2,3 de Armação de Pêra, onde lecionou durante dois anos letivos. Em 2005/06 foi professor na Escola E.B. 2,3 Jacinto Correia, em Lagoa, último ano em que deu aulas por opção própria. “Decidi dedicar-me a 100 por cento à Câmara Municipal de Silves e ao Desporto, nomeadamente na área da Gestão. Entretanto, tive um convite para treinar uma equipa no Clube de Futebol «Os Armacenenses», mas os meus horários não o permitiam e disponibilizei-me para ajudar o clube de outras formas. Propus-me fazer algo que nunca tinha sido feito e comecei aquela que foi a fase mais bonita da minha vida em termos profissionais, em que trabalhava na Câmara de Silves, era professor e estava no clube”, indica, sorridente.
O certo é que, quando Ricardo Pinto entrou ao serviço do C.F. «Os Armacenenses», esteve possuía três ou quatro modalidades e 100 a 120 atletas. Seis anos depois, deixou o clube com património muito mais valioso e, acima de tudo, com uma escala totalmente diferente. “Quando sai, eram 400 a 500 atletas, os treinadores tinham todos formação para aquilo que existia, o clube respirava saúde do ponto de vista financeiro e reúnia todas as condições para ter um futuro melhor do que tivera até àquele momento. Sou obsecado, no bom sentido, pela organização de qualquer sítio onde estou e a cereja no topo do bolo desse percurso foi ter conseguido que o «Armacenenses» obtivesse o estatuto de utilidade pública”, destaca, sem falsas modéstias.
Posteriormente a essa experiência, surgiu o convite de Fernando Santiago para ingressar numa lista para a Junta de Freguesia de Armação de Pêra e, apesar de nunca ter equacionado essa possibilidade, decidiu aceitar mais esse desafio. Infelizmente, o cenário que encontrou não foi o melhor. “Claro que era uma estrutura com mais funcionários na área administrativa, mas havia muito para fazer, um trabalho diferente. O que tenho feito nestes quatro anos é, como se costuma dizer, «arrumar a casa», juntamente com o Fernando Santiago e a Marta Prudêncio”, indica o agora candidato a presidente à junta nas eleições autárquicas do dia 29 de Setembro.
Entrevista completa na ALGARVE MAIS Especial: Armação de Pêra
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Eleições Autárquicas
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Mas isto é o PREC, Assunção? Ou o que é isto?
Henrique Monteiro in Expresso
Eu gostava que os jornalistas estudassem o PREC, o Processo Revolucionário em Curso, quando o PCP dominava os jornais e todas as manifs eram grandiosas, justas e representativas e lideres políticos defendiam, a sério, que o partido que tinha ganho as eleições não era o partido que devia governar.Na altura, era o PS o partido maioritário.
Nas declaraçoes dos dirigentes ligados ao PCP e nas manifs o PS era tratado com desprezo, como se fosse antidemocrático. Um dia, o Parlamento foi cercado, os deputados foram impedidos de sair (salvo os do PCP) e, apesar disso, a maioria dos jornais - as excepções eram o Expresso e pouco mais - não se indignou por terem cercado a casa da democracia e por terem ameaçado os representantes do povo.
Ontem, pareceu-me que um bocadinho, felizmente ínfimo, desse tempo voltou. Um grupo de sindicalistas, que sabem perfeitamente que é proibido e antidemocrático manifestarem-se nas galerias de São Bento, desatou a gritar e a distribuir papéis. A Presidente mandou-os retirar e citou uma frase de Simone de Beauvoir que parece era destinada aos nazis. Foi este o ponto de vista de quase todas as notícias. A irritação da presidente e o escândalo da frase.
Não sei se ela conhecia o contexto em que Beauvoir usou aquelas palavras (sejamos sérios, todos nós utilizamos citações de que desconhecemos o contexto exato), mas por muito que o soubesse, e por muito desastrada que tenha sido, por muito perversa que seja, a primeira condenação tem de ir sempre, e em primeiro lugar, para os manifestantes que deslealmente fintam a regra democrática e se aproveitam dela para fazer o que sabem não poder fazer.
Se permitirmos que dentro do Parlamento se crie um clima de manifestação permanente contra o que é discutido ou aprovado, cedo teremos intimidação e minamos a democracia. O PCP, e os sindicatos que ontem organizaram a sarafusca, sempre jogaram na duplicidade. Nas bancadas os seus eleitos olham benevolentemente os manifestantes (que não são o povo português, como se dizia no PREC, mas apenas alguns indivíduos com os mesmos direitos e deveres do que os outros), porque para o PCP o Parlamento não é o centro da luta política, mas apenas mais um dos muitos palcos. No entanto, para quem defende a democracia, aquela é a casa dos representantes do povo. É um local que todos devem respeitar. Por maus ou péssimos que sejam, fomos nós - agora sim, o povo português - quem os elegeu.
O que me preocupa não são os manifestantes. Sem qualquer hesitação eu digo que certos senhores nunca tiveram grande apreço pelas normas democráticas e pelas suas formalidades, que do seu ponto de vista se devem submeter aos seus humores.
O que me preocupa é termos chegado a tal ponto que para muita Comunicação Social quem tem de justificar-se é a Presidente do Parlamento e não os que conscientemente violam a lei. Ou seja, não se pedem responsabilidades aos prevaricadores, mas a quem sofre com a sua ação. O que me preocupa é já quase ninguém pensar no significado das coisas nem notar as encenações que se fazem.
Mas isto é o PREC? Ou o que é isto?
quinta-feira, 11 de julho de 2013
quarta-feira, 10 de julho de 2013
terça-feira, 9 de julho de 2013
segunda-feira, 8 de julho de 2013
domingo, 7 de julho de 2013
sábado, 6 de julho de 2013
Luisinho...Luisinho! já te tenho dito que não é bonito andares a enganar-me!
Ontem falamos da situação escandalosa que se vive ao
assistir-se à resposta das autoestradas face à redução da procura em resultado
da crise.
Ora se é certo que uma asneira é sempre uma asneira, e que
uma asneira pública ou na órbita pública, assume, invariavelmente, uma dimensão
expressiva porquanto, em geral, tem como destinários uma enormidade de gente
(habitualmente o público), diversamente de uma asneira privada, a qual se
destina a um segmento muito menor de consumidores.
Outras diferenças existem, não de menor importância;
Enquanto os custos de uma asneira privada são, em principio e se não for enorme
como o BPN, suportados pelos asnos que gerem o seu negocio, os custos de uma
asneira pública são suportados pelos asnos que somos todos nós, que o permitimos.
Sendo certo que uma asneira privada, vive em concorrência,
com outras ofertas, melhores, piores ou iguais e confere ao cidadão-consumidor
uma possibilidade de escolha que lhe dá alguma margem de defesa, contrariamente
a uma asneira pública que, habitualmente imposta, reduz muito a capacidade de
escolha do cidadão-utente.
Enfim, entre asneira pública e privada venha o diabo e
escolha!
Vem isto a propósito de um email que nos foi dirigido por um
visitante frequente com pedido de publicação depois de ser dada à noticia um
tratamento jornalístico.
Como estamos em plena época balnear o assunto tem muita atualidade
e não resistimos em trata-lo, uma vez que nos parece revelar, em concurso,
comportamentos comerciais aberrantes e outros estimulantes.
Mais se nos impôs por vermos que Armação, neste concurso,
ficou com a “fava” e Albufeira com o “brinde”.
O nosso visitante vive em Armação de Pêra e é cliente
frequente, de há anos, da concessão de praia da Rocha da Palha (Rochinha do
Luisinho).
Assistindo como assiste aos telejornais, se outras razões
não existissem, que existem, convenceu-se que o preço das sombrinhas, este ano,
não aumentaria, mantendo-se no €12,00/dia, do ano passado, preço este que já
era desajustado em 2012 face à crise que então se sentia claramente.
Qual não foi a sua surpresa quando verificou que este ano, o
famigerado 2013 da era cristã, de crise profunda, o preçário era outro. É hoje
de €16,00, ao invés dos€12,00 de 2012. Repare-se que, mantendo-se o custo dos
factores de produção, se é que alguns não se reduziram, registou-se um aumento
de 33,33%! Extraordinário!!!
Ainda se poderia fundar numa melhoria no serviço? Não é
claramente o caso! O serviço é prestado por amadores, nalguns caso muito pouco
simpáticas, que parecem menores (se for esse o caso numa relação contratual de
legalidade, pelo menos questionável);
Ainda se poderia fundar no aumento do IVA? Não é claramente
o caso! O IVA o ano passado já era de 23% (do que não temos a certeza) mas
ainda que fosse de 13%, não justificaria um aumento superior a 10%, enquanto o
que se verificou foi de 33,33%!
Ainda poderia fundar-se no aumento do horário do usufruto e
serviço à sombrinha? Não, o nosso visitante foi corrido às 18horas!
Ainda se poderia fundar num aumento desmesurado da procura?
A procura não aumentou mantendo-se muitas sombrinhas por alugar!
O que justifica então o aumento do preço das sombrinhas na
concessão da Rocha da Palha? A titularidade de uma concessão que dá ao
concessionário a tez de pequeno imperador no reino do “beautiful people” do
subúrbio em que ele pensa viver, sem enxergar que aquilo que nunca foi, já
deixou de o ser e não voltará mais!
Danado, o nosso visitante decidiu procurar em Albufeira novo
poiso.
Dá por si à primeira com um cartaz na praia informando que a
sombrinha custava €12,00/dia, que quem alugasse sombrinha teria 25% de desconto
nas bebidas, que havia uma “happy hour” com reduções substanciais do preço das
bebidas, e um horário muito mais alargado.
Em Armação parece que se vive no espartilho da antiga
economia de plano, tristemente celebre e inevitavelmente desaparecida por ter
tentado ser alternativa e ter soçobrado aos vícios que gerou e procriou. É que só se dá bem com capelinhas e sem concorrência!
É bem conhecida a preferência do Luisinho por Albufeira para
se divertir. Percebe-se bem porque nunca preferiu Albufeira para montar um
negocio!
Provavelmente porque nunca se deu com a economia de mercado!
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Os monopólios do nosso descontentamento...
Gerir monopólios deve ser uma ciência...
É-nos muito difícil compreender, por exemplo, a gestão da auto estradas, uma espécie muito particular de monopólio gerado por concessão estatal.
São milhões já, o numero de utentes que deixaram, nos últimos doze meses, de utilizar as autoestradas.
Em resposta as concessionárias decidiram e conseguiram aumentar as tarifas, em 1 de Janeiro.
Esta realidade deixa-nos perplexos antes de nos sentirmos completamente enfurecidos... e mais tarde...absolutamente descrentes e ausentes.
Enquanto assistimos à concretização de um plano que se destina a empobrecer os portugueses, do lado do seu rendimento, quer pela via do mercado, pois enquanto a oferta aumenta desmesuradamente a uma velocidade estonteante, a procura reduz-se desmesuradamente à mesma velocidade, quer pela via da pressão e carga fiscais as quais aumentam na certeza de que os cidadãos-contribuintes tem todos uma arca carregada de ouro sob a sua cama, com a qual os iluminados governantes vão construindo os orçamentos do lada da receita, quer pelo lado dos bens essenciais dos quais depende a existência do cidadão-consumidor, os quais vão aumentando como se estes fossem afinal ricos cidadãos-consumidores de um pais desenvolvido da classe AAA, o que, agravado pelo conjunto, não pode deixar de constituir uma verdadeira aberração que só os responsáveis por esta experiência social e económica – o governo – não veem, apesar de estar escancaradamente à vista, assistindo-se, voltando às autoestradas, a aumentos das tarifas, como se os custos dos factores de produção estivessem vertiginosamente a subir em razão de um desenvolvimento económico invejável.
Não compreendemos como esperam estas alimárias tornar-nos pobres mas ativos, como parece ser o projeto, mantendo os custos de existência insuportáveis e, ao mesmo tempo, manterem os fornecedores de bens essenciais sustentáveis, já para não falar dos fornecedores de bens acessórios. Será que o projeto é mesmo convertermo-nos em plantadores de arroz?
Enfim parece-nos que a política conformadora do cenário a que chegámos é irracional, ou então somos, nós e uma centenas de observadores bem mais qualificados, absolutamente ignorantes.
Não tendo qualquer qualificação para gerir monopólios e muito menos aqueles que decorrem de concessões estatais, como as autoestradas, face à redução massiva de utentes, a qual se cifra em muitos milhões, tentaríamos inverter a tendência, melhorando a oferta, seduzindo a utilização enfim tentando vender mais autoestrada, como faz qualquer merceeiro nos dias – nos tempos - em que a venda vai menos bem!
É evidente que reduziríamos os preços durante os períodos do dia em que se verifica muito menos trafego, criando as “Happy Hours” por exemplo entre a 1hora e as 7horas da manhã!!!!
É evidente que criaríamos condições para instalar abastecedoras de combustível Low price!
É igualmente evidente que incentivaríamos os profissionais à utilização da autoestrada mediante a criação de passes profissionais para quem projetasse um certo numero mínimo de passagens frequentes!
É também evidente que reduziríamos as rendas das estações de serviço por forma a que um café não tivesse de custar €1,00!!!
Claro que só empreenderiam politicas de negocio deste tipo, gajos como nós que não percebemos nada da gestão de monopólios ou de concessões desta natureza.
Parece-nos igualmente claro que, quem não tem necessidade de ser criativo e de empreender politicas que acentuem as vendas, não o será por ser parvo, mas sim por ter a possibilidade de aumentar as tarifas até atingir o montante necessário à sua sustentabilidade. Isto é, se o numero de passantes continuar a diminuir, certamente que o preço das tarifas continuará a aumentar, qualquer que seja o estado da nossa economia ou do bolso do cidadão-automobilista-utente-consumidor!
De algum modo agem como o governo quanto à necessidade premente de ser criativo na redução da despesa, necessidade cuja satisfação vai atrasando porque tem à sua disposição uma máquina fiscal que cria a receita que for necessária.
Tal como as tarifas das autoestradas, quanto menos riqueza a economia criar e mais tempo se mantiver a despesa no nível acima do razoavelmente adequado, maior vai ser a pressão e a carga fiscais. Como se a capacidade de pagar do cidadão contribuinte não tivesse limite!
Por isso se diz que existem outros estados dentro do Estado. Funcionando como vasos comunicantes, dizemos nós!
Por isso o conjunto de alimárias que rege esta orquestra é merecedora da defenestração.
É-nos muito difícil compreender, por exemplo, a gestão da auto estradas, uma espécie muito particular de monopólio gerado por concessão estatal.
São milhões já, o numero de utentes que deixaram, nos últimos doze meses, de utilizar as autoestradas.
Em resposta as concessionárias decidiram e conseguiram aumentar as tarifas, em 1 de Janeiro.
Esta realidade deixa-nos perplexos antes de nos sentirmos completamente enfurecidos... e mais tarde...absolutamente descrentes e ausentes.
Enquanto assistimos à concretização de um plano que se destina a empobrecer os portugueses, do lado do seu rendimento, quer pela via do mercado, pois enquanto a oferta aumenta desmesuradamente a uma velocidade estonteante, a procura reduz-se desmesuradamente à mesma velocidade, quer pela via da pressão e carga fiscais as quais aumentam na certeza de que os cidadãos-contribuintes tem todos uma arca carregada de ouro sob a sua cama, com a qual os iluminados governantes vão construindo os orçamentos do lada da receita, quer pelo lado dos bens essenciais dos quais depende a existência do cidadão-consumidor, os quais vão aumentando como se estes fossem afinal ricos cidadãos-consumidores de um pais desenvolvido da classe AAA, o que, agravado pelo conjunto, não pode deixar de constituir uma verdadeira aberração que só os responsáveis por esta experiência social e económica – o governo – não veem, apesar de estar escancaradamente à vista, assistindo-se, voltando às autoestradas, a aumentos das tarifas, como se os custos dos factores de produção estivessem vertiginosamente a subir em razão de um desenvolvimento económico invejável.
Não compreendemos como esperam estas alimárias tornar-nos pobres mas ativos, como parece ser o projeto, mantendo os custos de existência insuportáveis e, ao mesmo tempo, manterem os fornecedores de bens essenciais sustentáveis, já para não falar dos fornecedores de bens acessórios. Será que o projeto é mesmo convertermo-nos em plantadores de arroz?
Enfim parece-nos que a política conformadora do cenário a que chegámos é irracional, ou então somos, nós e uma centenas de observadores bem mais qualificados, absolutamente ignorantes.
Não tendo qualquer qualificação para gerir monopólios e muito menos aqueles que decorrem de concessões estatais, como as autoestradas, face à redução massiva de utentes, a qual se cifra em muitos milhões, tentaríamos inverter a tendência, melhorando a oferta, seduzindo a utilização enfim tentando vender mais autoestrada, como faz qualquer merceeiro nos dias – nos tempos - em que a venda vai menos bem!
É evidente que reduziríamos os preços durante os períodos do dia em que se verifica muito menos trafego, criando as “Happy Hours” por exemplo entre a 1hora e as 7horas da manhã!!!!
É evidente que criaríamos condições para instalar abastecedoras de combustível Low price!
É igualmente evidente que incentivaríamos os profissionais à utilização da autoestrada mediante a criação de passes profissionais para quem projetasse um certo numero mínimo de passagens frequentes!
É também evidente que reduziríamos as rendas das estações de serviço por forma a que um café não tivesse de custar €1,00!!!
Claro que só empreenderiam politicas de negocio deste tipo, gajos como nós que não percebemos nada da gestão de monopólios ou de concessões desta natureza.
Parece-nos igualmente claro que, quem não tem necessidade de ser criativo e de empreender politicas que acentuem as vendas, não o será por ser parvo, mas sim por ter a possibilidade de aumentar as tarifas até atingir o montante necessário à sua sustentabilidade. Isto é, se o numero de passantes continuar a diminuir, certamente que o preço das tarifas continuará a aumentar, qualquer que seja o estado da nossa economia ou do bolso do cidadão-automobilista-utente-consumidor!
De algum modo agem como o governo quanto à necessidade premente de ser criativo na redução da despesa, necessidade cuja satisfação vai atrasando porque tem à sua disposição uma máquina fiscal que cria a receita que for necessária.
Tal como as tarifas das autoestradas, quanto menos riqueza a economia criar e mais tempo se mantiver a despesa no nível acima do razoavelmente adequado, maior vai ser a pressão e a carga fiscais. Como se a capacidade de pagar do cidadão contribuinte não tivesse limite!
Por isso se diz que existem outros estados dentro do Estado. Funcionando como vasos comunicantes, dizemos nós!
Por isso o conjunto de alimárias que rege esta orquestra é merecedora da defenestração.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Regras para um naufrágio
por Viriato Soromenho Marques in DN 3/7/13
O que define a dignidade é a capacidade de respeitar algumas regras que são maiores do que nós, e que dão sentido à vida humana.
Mesmo nos naufrágios, sobretudo neles, vislumbra-se a grandeza da dignidade, ou a sua falta.
Quando em 1912 o Titanic se afundou, algumas centenas dos mais abastados homens da época aceitaram a morte, para permitir que as mulheres e as crianças fossem salvas. Já em 1816, quando o navio francês Medusa se afundou na rota do Senegal, os nobres e altos funcionários fugiram nos escaleres, deixando os soldados e subordinados para perecer ao abandono.
Quando Vítor Gaspar saiu do Governo, percebia-se que estávamos a viver um naufrágio.
A demissão de Paulo Portas dá o golpe de misericórdia, numa embarcação mantida à tona pelos flutuadores de Belém. As razões de consciência invocadas por Gaspar e Portas não desculpam o seu duplo e inconfessado fracasso.
Primeiro, amarraram durante dois anos o País à narrativa errónea e castradora dos nossos credores, que transformaram a Zona Euro num Moloch à beira da implosão.
Segundo, demitem-se sem terem cuidado de uma alternativa negocial com a troika. Onde estão as propostas, os argumentos e a força que só as boas alianças permitem reunir?
Este Governo sai de cena, para fugir ao desmoronar dos escombros de um país que ajudou a tornar mais frágil.
O "melhor povo do mundo" aceitou os sacrifícios de Gaspar, mas não vai esquecer nunca um Governo que transformou Portugal, por incompetência política e nulidade moral, na "Medusa" da tempestade europeia em curso.
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Viriato Soromenho-Marques
Quando um governo é composto por um bando de putos o resultado só podia ser este!
Passados alguns meses após a tomada de posse de Passos e Portas percebemos que nenhum deles sabia para onde ia, mas nenhum teve a humildade de o confessar. Fingem que sabem - e nós pagamos a sua infinita arrogância e a sua desmesurada vaidade.
O esforço que todos fizemos para tentar estabilizar a economia do país foram por água abaixo.
O que nos resta agora?
Emigrar com sugeriu o primeiro-ministro, ou exigir que esta garotada volte para a escola.
O presidente da república, se é que ainda existe deve demitir este governo e convocar eleições para o mesmo dia das eleições autárquicas.
O esforço que todos fizemos para tentar estabilizar a economia do país foram por água abaixo.
O que nos resta agora?
Emigrar com sugeriu o primeiro-ministro, ou exigir que esta garotada volte para a escola.
O presidente da república, se é que ainda existe deve demitir este governo e convocar eleições para o mesmo dia das eleições autárquicas.
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terça-feira, 2 de julho de 2013
Armação de Pera: Promessas levam o vento...
Em 2009 o atual candidato à Junta de Freguesia pelo PSD Ricardo Pinto acompanhando pelas personagens que todos conhecemos, percorria as ruas de Armação de Pera prometendo, e pedindo-nos o voto.
Ainda nos recordamos da promessa da biblioteca, da divulgação do património histórico, gastronómico e religioso, da requalificação do casino, do projeto para requalificação da Fortaleza, do museu e da dinamização da frente de mar.
Promessas levam o vento.... ou "As promessas, como as pessoas, perdem a força quando envelhecem."
Cultura, Turismo e Património *
Diligenciar para a instalação de uma biblioteca;
Divulgar o património histórico, cultural, gastronómico e religioso da Freguesia;
Colaborar com a Paróquia nas festas religiosas;
Acompanhar o Projecto de requalificação do Casino da Praia de Armação de Pêra;
Acompanhar o Projecto de requalificação da Fortaleza de Armação de Pêra;
Acompanhar a criação de Museu em Armação de Pêra;
Dinamizar a Frente de Mar de Armação de Pêra, promovendo actividades de animação;
* Propostas retiradas do desdobrável de campanha do PSD para a freguesia de Armação de Pera
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segunda-feira, 1 de julho de 2013
Armação de Pera: O Ricardo tem ideias...
Pagar para sentar é a proposta do Ricardo Pinto, certamente influência do Vitor Gaspar.
Os turistas vão ter que pagar, sentar o "rabo" nos bancos de jardim deixa de ser "grátis", arrecadar mais receitas para a Junta de Freguesia de Armação de Pera é o objetivo.
Os turistas vão ter que pagar, sentar o "rabo" nos bancos de jardim deixa de ser "grátis", arrecadar mais receitas para a Junta de Freguesia de Armação de Pera é o objetivo.
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