O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Mas isto é o PREC, Assunção? Ou o que é isto?

Henrique Monteiro in Expresso



Eu gostava que os jornalistas estudassem o PREC, o Processo Revolucionário em Curso, quando o PCP dominava os jornais e todas as manifs eram grandiosas, justas e representativas e lideres políticos defendiam, a sério, que o partido que tinha ganho as eleições não era o partido que devia governar.Na altura, era o PS o partido maioritário.

Nas declaraçoes dos dirigentes ligados ao PCP e nas manifs o PS era tratado com desprezo, como se fosse antidemocrático. Um dia, o Parlamento foi cercado, os deputados foram impedidos de sair (salvo os do PCP) e, apesar disso, a maioria dos jornais - as excepções eram o Expresso e pouco mais - não se indignou por terem cercado a casa da democracia e por terem ameaçado os representantes do povo.

Ontem, pareceu-me que um bocadinho, felizmente ínfimo, desse tempo voltou. Um grupo de sindicalistas, que sabem perfeitamente que é proibido e antidemocrático manifestarem-se nas galerias de São Bento, desatou a gritar e a distribuir papéis. A Presidente mandou-os retirar e citou uma frase de Simone de Beauvoir que parece era destinada aos nazis. Foi este o ponto de vista de quase todas as notícias. A irritação da presidente e o escândalo da frase.

Não sei se ela conhecia o contexto em que Beauvoir usou aquelas palavras (sejamos sérios, todos nós utilizamos citações de que desconhecemos o contexto exato), mas por muito que o soubesse, e por muito desastrada que tenha sido, por muito perversa que seja, a primeira condenação tem de ir sempre, e em primeiro lugar, para os manifestantes que deslealmente fintam a regra democrática e se aproveitam dela para fazer o que sabem não poder fazer.

Se permitirmos que dentro do Parlamento se crie um clima de manifestação permanente contra o que é discutido ou aprovado, cedo teremos intimidação e minamos a democracia. O PCP, e os sindicatos que ontem organizaram a sarafusca, sempre jogaram na duplicidade. Nas bancadas os seus eleitos olham benevolentemente os manifestantes (que não são o povo português, como se dizia no PREC, mas apenas alguns indivíduos com os mesmos direitos e deveres do que os outros), porque para o PCP o Parlamento não é o centro da luta política, mas apenas mais um dos muitos palcos. No entanto, para quem defende a democracia, aquela é a casa dos representantes do povo. É um local que todos devem respeitar. Por maus ou péssimos que sejam, fomos nós - agora sim, o povo português - quem os elegeu.

O que me preocupa não são os manifestantes. Sem qualquer hesitação eu digo que certos senhores nunca tiveram grande apreço pelas normas democráticas e pelas suas formalidades, que do seu ponto de vista se devem submeter aos seus humores.

O que me preocupa é termos chegado a tal ponto que para muita Comunicação Social quem tem de justificar-se é a Presidente do Parlamento e não os que conscientemente violam a lei. Ou seja, não se pedem responsabilidades aos prevaricadores, mas a quem sofre com a sua ação. O que me preocupa é já quase ninguém pensar no significado das coisas nem notar as encenações que se fazem.

Mas isto é o PREC? Ou o que é isto?


quinta-feira, 11 de julho de 2013

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Está o baile armado!

Depois da intervenção de Cavaco Silva, só nos resta dizer que o baile está armado!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

sábado, 6 de julho de 2013

Luisinho...Luisinho! já te tenho dito que não é bonito andares a enganar-me!


Ontem falamos da situação escandalosa que se vive ao assistir-se à resposta das autoestradas face à redução da procura em resultado da crise.

Ora se é certo que uma asneira é sempre uma asneira, e que uma asneira pública ou na órbita pública, assume, invariavelmente, uma dimensão expressiva porquanto, em geral, tem como destinários uma enormidade de gente (habitualmente o público), diversamente de uma asneira privada, a qual se destina a um segmento muito menor de consumidores.

Outras diferenças existem, não de menor importância; Enquanto os custos de uma asneira privada são, em principio e se não for enorme como o BPN, suportados pelos asnos que gerem o seu negocio, os custos de uma asneira pública são suportados pelos asnos que somos todos nós, que o permitimos.

Sendo certo que uma asneira privada, vive em concorrência, com outras ofertas, melhores, piores ou iguais e confere ao cidadão-consumidor uma possibilidade de escolha que lhe dá alguma margem de defesa, contrariamente a uma asneira pública que, habitualmente imposta, reduz muito a capacidade de escolha do cidadão-utente.

Enfim, entre asneira pública e privada venha o diabo e escolha!

Vem isto a propósito de um email que nos foi dirigido por um visitante frequente com pedido de publicação depois de ser dada à noticia um tratamento jornalístico.

Como estamos em plena época balnear o assunto tem muita atualidade e não resistimos em trata-lo, uma vez que nos parece revelar, em concurso, comportamentos comerciais aberrantes e outros estimulantes.

Mais se nos impôs por vermos que Armação, neste concurso, ficou com a “fava” e Albufeira com o “brinde”.

O nosso visitante vive em Armação de Pêra e é cliente frequente, de há anos, da concessão de praia da Rocha da Palha (Rochinha do Luisinho).

Assistindo como assiste aos telejornais, se outras razões não existissem, que existem, convenceu-se que o preço das sombrinhas, este ano, não aumentaria, mantendo-se no €12,00/dia, do ano passado, preço este que já era desajustado em 2012 face à crise que então se sentia claramente.

Qual não foi a sua surpresa quando verificou que este ano, o famigerado 2013 da era cristã, de crise profunda, o preçário era outro. É hoje de €16,00, ao invés dos€12,00 de 2012. Repare-se que, mantendo-se o custo dos factores de produção, se é que alguns não se reduziram, registou-se um aumento de 33,33%! Extraordinário!!!

Ainda se poderia fundar numa melhoria no serviço? Não é claramente o caso! O serviço é prestado por amadores, nalguns caso muito pouco simpáticas, que parecem menores (se for esse o caso numa relação contratual de legalidade, pelo menos questionável);
Ainda se poderia fundar no aumento do IVA? Não é claramente o caso! O IVA o ano passado já era de 23% (do que não temos a certeza) mas ainda que fosse de 13%, não justificaria um aumento superior a 10%, enquanto o que se verificou foi de 33,33%!
Ainda poderia fundar-se no aumento do horário do usufruto e serviço à sombrinha? Não, o nosso visitante foi corrido às 18horas!
Ainda se poderia fundar num aumento desmesurado da procura? A procura não aumentou mantendo-se muitas sombrinhas por alugar!

O que justifica então o aumento do preço das sombrinhas na concessão da Rocha da Palha? A titularidade de uma concessão que dá ao concessionário a tez de pequeno imperador no reino do “beautiful people” do subúrbio em que ele pensa viver, sem enxergar que aquilo que nunca foi, já deixou de o ser e não voltará mais!

Danado, o nosso visitante decidiu procurar em Albufeira novo poiso.

Dá por si à primeira com um cartaz na praia informando que a sombrinha custava €12,00/dia, que quem alugasse sombrinha teria 25% de desconto nas bebidas, que havia uma “happy hour” com reduções substanciais do preço das bebidas, e um horário muito mais alargado.


Em Albufeira estamos numa economia de mercado e os agentes da mesma agem em conformidade.
Em Armação parece que se vive no espartilho da antiga economia de plano, tristemente celebre e inevitavelmente desaparecida por ter tentado ser alternativa e ter soçobrado aos vícios que gerou e procriou. É que só se dá bem com capelinhas e sem concorrência!

É bem conhecida a preferência do Luisinho por Albufeira para se divertir. Percebe-se bem porque nunca preferiu Albufeira para montar um negocio!

Provavelmente porque nunca se deu com a economia de mercado!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Os monopólios do nosso descontentamento...

Gerir monopólios deve ser uma ciência...
É-nos muito difícil compreender, por exemplo, a gestão da auto estradas, uma espécie muito particular de monopólio gerado por concessão estatal.

São milhões já, o numero de utentes que deixaram, nos últimos doze meses, de utilizar as autoestradas.

Em resposta as concessionárias decidiram e conseguiram aumentar as tarifas, em 1 de Janeiro.

Esta realidade deixa-nos perplexos antes de nos sentirmos completamente enfurecidos... e mais tarde...absolutamente descrentes e ausentes.

Enquanto assistimos à concretização de um plano que se destina a empobrecer os portugueses, do lado do seu rendimento, quer pela via do mercado, pois enquanto a oferta aumenta desmesuradamente a uma velocidade estonteante, a procura reduz-se desmesuradamente à mesma velocidade, quer pela via da pressão e carga fiscais as quais aumentam na certeza de que os cidadãos-contribuintes tem todos uma arca carregada de ouro sob a sua cama, com a qual os iluminados governantes vão construindo os orçamentos do lada da receita, quer pelo lado dos bens essenciais dos quais depende a existência do cidadão-consumidor, os quais vão aumentando como se estes fossem afinal ricos cidadãos-consumidores de um pais desenvolvido da classe AAA, o que, agravado pelo conjunto, não pode deixar de constituir uma verdadeira aberração que só os responsáveis por esta experiência social e económica – o governo – não veem, apesar de estar escancaradamente à vista, assistindo-se, voltando às autoestradas, a aumentos das tarifas, como se os custos dos factores de produção estivessem vertiginosamente a subir em razão de um desenvolvimento económico invejável.

Não compreendemos como esperam estas alimárias tornar-nos pobres mas ativos, como parece ser o projeto, mantendo os custos de existência insuportáveis e, ao mesmo tempo, manterem os fornecedores de bens essenciais sustentáveis, já para não falar dos fornecedores de bens acessórios. Será que o projeto é mesmo convertermo-nos em plantadores de arroz?


Enfim parece-nos que a política conformadora do cenário a que chegámos é irracional, ou então somos, nós e uma centenas de observadores bem mais qualificados, absolutamente ignorantes.

Não tendo qualquer qualificação para gerir monopólios e muito menos aqueles que decorrem de concessões estatais, como as autoestradas, face à redução massiva de utentes, a qual se cifra em muitos milhões, tentaríamos inverter a tendência, melhorando a oferta, seduzindo a utilização enfim tentando vender mais autoestrada, como faz qualquer merceeiro nos dias – nos tempos - em que a venda vai menos bem!

É evidente que reduziríamos os preços durante os períodos do dia em que se verifica muito menos trafego, criando as “Happy Hours” por exemplo entre a 1hora e as 7horas da manhã!!!!

É evidente que criaríamos condições para instalar abastecedoras de combustível Low price!

É igualmente evidente que incentivaríamos os profissionais à utilização da autoestrada mediante a criação de passes profissionais para quem projetasse um certo numero mínimo de passagens frequentes!

É também evidente que reduziríamos as rendas das estações de serviço por forma a que um café não tivesse de custar €1,00!!!

Claro que só empreenderiam politicas de negocio deste tipo, gajos como nós que não percebemos nada da gestão de monopólios ou de concessões desta natureza.

Parece-nos igualmente claro que, quem não tem necessidade de ser criativo e de empreender politicas que acentuem as vendas, não o será por ser parvo, mas sim por ter a possibilidade de aumentar as tarifas até atingir o montante necessário à sua sustentabilidade. Isto é, se o numero de passantes continuar a diminuir, certamente que o preço das tarifas continuará a aumentar, qualquer que seja o estado da nossa economia ou do bolso do cidadão-automobilista-utente-consumidor!

De algum modo agem como o governo quanto à necessidade premente de ser criativo na redução da despesa, necessidade cuja satisfação vai atrasando porque tem à sua disposição uma máquina fiscal que cria a receita que for necessária.

Tal como as tarifas das autoestradas, quanto menos riqueza a economia criar e mais tempo se mantiver a despesa no nível acima do razoavelmente adequado, maior vai ser a pressão e a carga fiscais. Como se a capacidade de pagar do cidadão contribuinte não tivesse limite!

Por isso se diz que existem outros estados dentro do Estado. Funcionando como vasos comunicantes, dizemos nós!

Por isso o conjunto de alimárias que rege esta orquestra é merecedora da defenestração.


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Regras para um naufrágio



por Viriato Soromenho Marques in DN 3/7/13

O que define a dignidade é a capacidade de respeitar algumas regras que são maiores do que nós, e que dão sentido à vida humana.

Mesmo nos naufrágios, sobretudo neles, vislumbra-se a grandeza da dignidade, ou a sua falta.

Quando em 1912 o Titanic se afundou, algumas centenas dos mais abastados homens da época aceitaram a morte, para permitir que as mulheres e as crianças fossem salvas. Já em 1816, quando o navio francês Medusa se afundou na rota do Senegal, os nobres e altos funcionários fugiram nos escaleres, deixando os soldados e subordinados para perecer ao abandono.

Quando Vítor Gaspar saiu do Governo, percebia-se que estávamos a viver um naufrágio.

A demissão de Paulo Portas dá o golpe de misericórdia, numa embarcação mantida à tona pelos flutuadores de Belém. As razões de consciência invocadas por Gaspar e Portas não desculpam o seu duplo e inconfessado fracasso.

Primeiro, amarraram durante dois anos o País à narrativa errónea e castradora dos nossos credores, que transformaram a Zona Euro num Moloch à beira da implosão.

Segundo, demitem-se sem terem cuidado de uma alternativa negocial com a troika. Onde estão as propostas, os argumentos e a força que só as boas alianças permitem reunir?

Este Governo sai de cena, para fugir ao desmoronar dos escombros de um país que ajudou a tornar mais frágil.

O "melhor povo do mundo" aceitou os sacrifícios de Gaspar, mas não vai esquecer nunca um Governo que transformou Portugal, por incompetência política e nulidade moral, na "Medusa" da tempestade europeia em curso.

Quando um governo é composto por um bando de putos o resultado só podia ser este!

Passados alguns meses após a tomada de posse de Passos e Portas percebemos que nenhum deles sabia para onde ia, mas nenhum teve a humildade de o confessar. Fingem que sabem - e nós pagamos a sua infinita arrogância e a sua desmesurada vaidade.

O esforço que todos fizemos para tentar estabilizar a economia do país foram por água abaixo.

O que nos resta agora?

Emigrar com sugeriu o primeiro-ministro, ou exigir que esta garotada volte para a escola.

O presidente da república, se é que ainda existe deve demitir este governo e convocar eleições para o mesmo dia das eleições autárquicas.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Armação de Pera: Promessas levam o vento...


Em 2009 o atual candidato à Junta de Freguesia pelo PSD Ricardo Pinto acompanhando pelas personagens que todos conhecemos, percorria as ruas de Armação de Pera prometendo, e pedindo-nos o voto.
Ainda nos recordamos da promessa da biblioteca, da divulgação do património histórico, gastronómico e religioso, da requalificação do casino, do projeto para requalificação da Fortaleza, do museu e da dinamização da frente de mar.

Promessas levam o vento.... ou "As promessas, como as pessoas, perdem a força quando envelhecem."

Cultura, Turismo e Património *

Diligenciar para a instalação de uma biblioteca;

Divulgar o património histórico, cultural, gastronómico e religioso da Freguesia;

Colaborar com a Paróquia nas festas religiosas;

Acompanhar o Projecto de requalificação do Casino da Praia de Armação de Pêra;

Acompanhar o Projecto de requalificação da Fortaleza de Armação de Pêra;

Acompanhar a criação de Museu em Armação de Pêra;

Dinamizar a Frente de Mar de Armação de Pêra, promovendo actividades de animação;

* Propostas retiradas do desdobrável de campanha do PSD para a freguesia de Armação de Pera

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Armação de Pera: O Ricardo tem ideias...

Pagar para sentar é a proposta do Ricardo Pinto, certamente influência do Vitor Gaspar.
Os turistas vão ter que pagar, sentar o "rabo" nos bancos de jardim deixa de ser "grátis", arrecadar mais receitas para a Junta de Freguesia de Armação de Pera é o objetivo.

Welcome Croácia


Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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Património Natural

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