O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Que futuro para Armação de Pêra e para os armacenenses?

Vemos uma terra a definhar, a viver o círculo, cada vez mais curto, do verão que se acaba e a sonhar que o próximo, ainda tão distante, será melhor que este que findou.

É sobre esta quimera: sonhar que o futuro próximo será melhor que o presente angustiante e sem soluções que a vida se esvai no dia-a-dia que passa.

Para (alguns) os mais velhos: é o “andar dos tempos”, é o “círculo da vida”, é o “antigamente já foi pior”, em suma: é o conformismo perante a realidade, a falta de meios e ânimo para recomeçar de novo, e, ou o ocaso da vida que já lhes rouba os sonhos do futuro.

E os mais novos? – Essa geração que se projecta no futuro! Para os quais, hoje é só o trampolim para o amanhã, que ansiaram ser o tempo da independência pessoal, profissional e da concretização das vidas que idealizavam?

O presente e o futuro em Armação de Pêra não são, nem se apresentam risonhos!

Acredito na viabilidade de Armação de Pêra, como destino de novas oportunidades de trabalho, de riqueza e de futuro e não como antigamente: que pela altura das festas se vinha visitar a família, ou nalguns dias de verão, se a casa ou os quartos não estivessem alugados a banhistas.

Acredito que a juventude de Armação de Pêra não se conformará com o ver os dias a passar, sem quaisquer perspectivas de futuro, largar as casas dos pais, voar com os conhecimentos que adquiriram e construir a sua independência.

O desafio que vos lanço é que utilizem o que têm em mais abundância: tempo e inteligência. Com vontade de mudar, ousem o empreendedorismo, debatam ideias, projectos, sugestões e até sonhos.

Como? Em primeiro lugar, juntando boas-vontades, gente interessada em alterar a rotina do trivial, por coisas concretas e objectivas. Utilizem um espaço físico ou virtual – em que são exímios – Em segunda lugar, escolhendo temas e temáticas que julguem adequadas, e que cada qual participe nas que se julgue mais interessado ou capaz. Façam convites a todas as instituições – escola/universidade, igreja, colectividades, instituições públicas, corporações profissionais e culturais, pessoas individuais que julguem poder enriquecer os vossos temas, ou esclarecer as vossas dúvidas. Em terceiro lugar e por último! Apresentem as vossas conclusões num fórum público, convidando todos os interessados as participar.

Notas:
Não tenham pressa pelo aparecimento de líderes, eles aparecem naturalmente com o lançamento das propostas e desenvolvimento das ideias.

Não se deixem aprisionar de nenhum movimento político, parassocial ou de qualquer outro matiz.

O futuro é já amanhã! A vida não espera…vive-se!

Uma reflexão de Luís Patrício


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Em defesa da Lagoa dos Salgados

A Plataforma dos Amigos da Lagoa dos Salgados promove no próximo sábado dia 20, pelas 15:00 horas, uma concentração em defesa daquela zona paisagística, localizada entre os concelhos de Albufeira e Silves.

Localizada entre as ribeiras de Espiche e de Alcantarilha, a chamada zona da Praia Grande (Silves) “reúne um conjunto excecional de valores naturais, com particular destaque para a avifauna aquática, pela presença de umas das mais importantes zonas húmidas do Algarve”, refere a plataforma, constituída por várias associações ambientais e outras entidades.

Nos últimos anos, a Lagoa dos Salgados tornou-se um dos locais de observação de aves mais visitados do país, assumindo hoje “um papel estratégico do ponto de vista paisagístico, turístico e ecológico da região”.

A plataforma sublinha, porém, que “não obstante o seu valor ser amplamente reconhecido, mesmo a nível internacional, a área da Praia Grande permanece sem qualquer estatuto legal de proteção”, estando o seu futuro ameaçado pela possibilidade de construção de um grande projeto imobiliário e turístico.

O protesto de sábado visa debater o futuro desta área, através da apresentação de alternativas, bem como dar a conhecer este valioso património e necessidade de o proteger.

O ponto de encontro será no parque de estacionamento da Praia Grande.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Como poupar na segurança e na justiça...

Afinal existem alternativas e os chineses dizem-nos como se pode fazer!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

domingo, 14 de outubro de 2012

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Dia Internacional contra a Pena de Morte: Abolição total já!

Hoje, dia 10 de Outubro é celebrado o Dia Internacional contra a Pena de Morte.

Sobre a Pena de Morte, um espaço de Cidadania, só pode ser inequivocamente favorável à sua abolição, onde quer que ainda seja aplicada, por forma a bani-la definitivamente deste planeta do Homem.

São muitas as razões que nos levam a, quase sistematicamente, nos auto-criticarmos e aos nossos dirigentes, historicamente falando, mas muitas outras razões justificam orgulho em ser Português.

No que à Abolição da Pena de Morte diz respeito, estamos perante uma dessa razões, precursora na consolidação do humanismo no mundo.

Na verdade, Portugal foi dos primeiros países da Europa a abolir, definitivamente, a pena de morte, em 1867. Desde 1847, no entanto, estava abolida de facto a pena máxima neste país, pois não se executava.

Em 1864 apenas cinco pequenos Estados haviam abolido a pena máxima: Ducado de Nassau e Grão-Ducado de Oldemburgo (1849); Cantão de Neufchâtel (1854); Toscana (1859); São Marinho (1861). A Roménia aboliu-a em 1861. Na Bélgica deu-se a abolição de facto desde 1863. Nos Estados Unidos da América, a pena capital havia sido abolida em Michigan (1846) e Rhode Island (1852).

No relatório que apresentou a propósito à Academie dês sciences morales et politiques, em 1868, CHARLES LUCAS informava que o governo português promovera a queima, em praça pública, dos instrumentos destinados às execuções e que na Câmara dos Deputados, ao ser votado o projeto abolicionista, 98 dos 100 membros da Assembleia, foram favoráveis à proposta, pronunciando-se o Senado por unanimidade dos votos.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PASSOS COELHO CONFESSA-SE ...

"Se nós temos um Orçamento e não o cumprimos, se dissemos que a despesa devia ser de 100 e ela foi de 300, aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa também têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos e pelas suas acções"

"Não podemos permitir que todos aqueles que estão nas empresas privadas ou que estão no Estado fixem objetivos e não os cumpram.
Sempre que se falham os objectivos, sempre que a execução do Orçamento derrapa, sempre que arranjamos buracos financeiros onde devíamos estar a criar excedentes de poupança, aquilo que se passa é que há mais pessoas que vão para o desemprego e a economia afunda-se"

"Não se pode permitir que os responsáveis pelos maus resultados andem sempre de espinha direita, como se não fosse nada com eles". "Quem impõe tantos sacrifícios às pessoas e não cumpre, merece ou não merece ser responsabilizado civil e criminalmente pelos seus actos?"

Palavras "sábias" de Passos Coelho

sábado, 6 de outubro de 2012

Alzheimer dos Santos Pereira: A memória dos seus estudos economicos ou a economia da sua memória?



Um estudo do Economista Álvaro Santos Pereira, o agora ministro da Economia, Professor da Simon Fraser University, no Canadá, reza o seguinte:

Portugal tem hoje 349 Institutos Públicos, dos quais 111 não pertencem ao sector da Educação. Se descontarmos também os sectores da Saúde e da Segurança Social, restam ainda 45 Institutos com as mais diversas funções.

Há ainda a contabilizar perto de 600 organismos públicos, incluindo Direcções Gerais e Regionais, Observatórios, Fundos diversos, Governos Civis, etc.) cujas despesas podiam e deviam ser reduzidas, ou em alternativa - que parece ser mais sensato - os mesmos serem pura e simplesmente extintos.

Para se ter uma noção do despesismo do Estado, atentemos apenas nos supra-citados Institutos, com funções diversas, muitos dos quais nem se percebe bem para o que servem.

Vejam-se então as transferências feitas em 2010 pelo governo socialista de Sócrates para estes organismos:



ORGANISMOS        ................... .DESPESA (em milhões de €)
Cinemateca Portuguesa            -----------------------------------   3,9
Instituto Português de Acreditação -------------------------------  4,0
Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos ------ 6,4
Administração da Região Hidrográfica do Alentejo -------------7,2
Instituto de Infra Estruturas Rodoviárias --------------------------7,4
Instituto Português de Qualidade ---------------------------------- 7,7
Administração da Região Hidrográfica do Norte ----------------8,6
Administração da Região Hidrográfica do Centro -------------- 9,4
Instituto Hidrográfico  ----------------------------------------------10,1
Instituto do Vinho do Douro -------------------------------------- 10,3
Instituto da Vinha e do Vinho ------------------------------------  11,5
Instituto Nacional da Administração  ---------------------------- 11,5
Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural ---------------  12,3
Instituto da Construção e do Imobiliário   -----------------------12,4
Instituto da Propriedade Industrial--------------------------------14,0
Instituto de Cinema e Audiovisual -------------------------------16,0
Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional--------18,4
Administração da Região Hidrográfica do Algarve ------------18,9
Fundo para as Relações Internacionais  --------------------------21,0
Instituto de Gestão do Património Arquitectónico ------------- 21,9
Instituto dos Museus             ---------------------------------------22,7
Administração da Região Hidrográfica do Tejo ---------------- 23,4
Instituto de Medicina Legal ----------------------------------------27,5
Instituto de Conservação da Natureza --------------------------- 28,2
Laboratório Nacional de Energia e Geologia --------------------28,4
Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu -------------------28,6
Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público ------------32,2
Laboratório Militar de Produtos Farmacêuticos -----------------32,2
Instituto de Informática -------------------------------------------- 33,1
Instituto Nacional de Aviação Civil -------------------------------44,4
Instituto Camões    --------------------------------------------------45,7
Agência para a Modernização Administrativa ------------------49,4
Instituto Nacional de Recursos Biológicos ----------------------50,7
Instituto Portuário e de Transportes Marítimos -----------------65,5
Instituto de Desporto de Portugal ---------------------------------79,6
Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres ----------89,7
Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana -----------------328,5
Instituto do Turismo de Portugal --------------------------------340,6
Inst. Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação --589,6
Instituto de Gestão Financeira -----------------------------------804,9
Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas ---------920,6
Instituto de Emprego e Formação Profissional -------------1.119,9
TOTAL.............................................................................. 5.018,4


- Se se reduzissem em cerca de 20% as despesas com estes - e apenas estes - organismos, as poupanças rondariam os 1000 milhões de €uros.

- Se se estudassem devidamente os respectivos dossiers e, na sequência desses aturados estudos, fossem feitas fusões, extinções ou reduções mais ousadas, a poupança poderia ser da ordem dos 4000 milhões de €uros. 

-Não será necessário concluir acerca do que estes cortes na Despesa poderiam evitar para o bolso dos contribuintes.

- Contribuintes estes que, face ao imperativo nacional que a situação financeira determina, até poderiam aceitar serem compelidos a, por exemplo, canalizar os seus subsidios de Férias ou Natal para a compra de bilhetes do tesouro, imobilizáveis durante dois ou três anos.

Enfim, outras formas, bem mais decentes e, convenhamos, democráticas de obter o concurso dos cidadãos no esforço a que a gestão calamitosa da classe politica, de décadas note-se, nos conduziu.

Para isso duas condições prévias são necessárias:
- Por um lado e em primeiro lugar uma política assente no exemplo por parte da Classe Politica no poder, na patente redução da Despesa;
- Por outro nas circunstâncias públicas e notórias da necessidade deste esforço generalizado, bem sentidas pela comunidade.

Enquanto a segunda condição se encontra realizada como, provavelmente, jamais sucedeu depois da Segunda Grande Guerra, a primeira continua por verificar quer porque a Classe Politica escolhe invariavelmente o aumento da Receita como terapia para todos os males, como se esta pudesse crescer até ao Céu, e como se tivesse legitimidade para tanto - o que não é possivel ter quando em campanha eleitoral se anunciou não aumentar os impostos - quer porque a pedagogia do exemplo não faz parte do seu ADN, atentos os sistemáticos desvios prevaricadores que caracterizam a sua passagem pelo poder.
 

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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