O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
domingo, 19 de agosto de 2012
sábado, 18 de agosto de 2012
Entrevista(Parte VI) uma administração transparente e participada

BC – Como disse o turismo é um campo extenso e será naturalmente a iniciativa privada que terá de dar os passos necessários, se nisso tiver interesse, o que pode uma limitada Junta de Freguesia fazer mais?
X – A Junta tem meios limitados, desde logo, nas suas atribuições e competências. Pode, no entanto, assumir-se como elemento catalisador visando aumentar o investimento, logo a oferta, logo a procura. Tudo faremos desde que ao nosso alcance.
É claro que o rumo que o “desenvolvimento” de Armação prosseguiu marcou-a indelevelmente num determinado sentido que não é, digamos, o mais consensual.
Esse caminho trouxe muitas limitações que impedem soluções variadas. É certo que continuamos a ter o Mar e o Sol, a beleza da baía, mas no concelho já pouco sobra e o que sobra tem projectos aprovados de muito duvidoso interesse que só a crise conseguiu suspender.
De qualquer forma pensamos de grande utilidade a existência de mais um ou dois hotéis, geradores de emprego e, desde que integrantes duma cadeia internacional, úteis na captação de turismo do norte da Europa, no qual Armação, se comparada com Albufeira, não é muito atreita.
No âmbito da “microeconomia” da Junta, posso garantir-lhe que será possível evitar o espectáculo degradante das filas para alugar toldos, a qual pelo ridículo é tema de todos os telejornais. É, a troco de nada, publicidade que Armação dispensa bem.
Não tenho qualquer dúvida acerca da criação de um sistema decente de respeitar as solicitações, no respeito pela sua ordem de chegada, sem obrigar os cidadãos a tamanho despropósito.
BC – Estamos prestes a concluir esta entrevista, gostaria de deixar algumas ideias-força que caracterizarão a sua eventual candidatura?
X – Claro que sim, e começando por agradecer a oportunidade resta-me deixar sublinhado que pretendemos cortar com o passado, de todos os pontos de vista, retirando do passado, se quiser, o grande empenho e dedicação à sustentabilidade económica da Vila, ao melhoramento das condições para o desenvolvimento da sua principal actividade: o turismo, só claramente patente no seu pioneirismo.
Para isso e para o resto faremos questão de ser uma administração transparente e tão participada quanto possível no interesse da Vila e da sua comunidade de cidadãos.
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Entrevista(Parte V) Uma panóplia de iniciativas, qual delas a mais útil!

BC – Tendo esse pendor económico na sua gestão, qual será o primeiro passo?
X - A leitura económica da gestão da Junta não desvirtua a acção convencional que as populações esperam da mesma e decorre da legislação em vigor. Mas, para responder à sua pergunta, devo esclarecer que se impõe desde logo, uma auditoria às contas dos exercícios anteriores. Não vejo razão para tantos atrasos na apresentação das contas do último exercício e só isso é revelador de procedimentos que muito provavelmente terão de alterar-se.
BC – E que outras iniciativas tem em carteira?
X – Uma das que mais me motiva, apesar de saber das dificuldades com que virei a deparar-me, é o estimulo à constituição de uma associação de comerciantes.
Os interesses da iniciativa privada devem ser conhecidos dos poderes públicos para que estes ao agirem no concelho ou na Vila, possam consultar aqueles que conhecem directamente a economia real e com isso potenciar as intervenções, no interesse da Vila . Pretendem retirar-se para a economia de Armação de Pêra todas as sinergias possíveis decorrentes de uma articulação mais eficiente entre os interesses públicos e privados até onde a sintonia nas acções e intervenções for possível, sempre adentro da legalidade e do bom senso.
BC – A intenção é boa, mas o histórico individualismo dos comerciantes não augura grande futuro para essa iniciativa?
X – Temos consciência da realidade e das dificuldades em alcançar esse objectivo, mas gostaríamos de partir com algum optimismo e só depois de tentarmos, expondo as vantagens evidentes na união nos objectivos comuns, saberemos o que concluir.
Os comerciantes são habitualmente gente esclarecida e objectiva que tem hoje em dia dificuldades acrescidas face à crise. Quem sabe não descobrirão algumas vantagens na unidade na prossecução de vantagens colectivas?
BC – E no turismo tem algum projecto em carteira?
X – É um domínio ambicioso, pela sua extensão. Mas, mesmo aqui, dentro das limitações orçamentais existentes, como noutros casos, é sempre possível com meios reduzidos fazer mais e melhor, de tão básico que é o trabalho entre comas que tem sido desenvolvido.
BC – Quer concretizar?
X – Desde logo o Lixo, como já tive oportunidade de referir. Se se revolucionar a recolha do lixo, estaremos a dar um passo de gigante pelo turismo nesta Vila, mas não só. Todos sabemos das limitações que as guias turísticas têm na oferta de programas aos turistas. Ora, Armação, infelizmente, para além do Sol e Mar, tem muito pouco mais para oferecer, porém a Baia de Pêra tem património natural digno de ser visitado: são as velhas visitas às grutas. Elas existem mas, com um pequeno empurrão no marketing e publicitação, pode fazer toda a diferença.
As guias profissionais precisam de um mínimo de profissionalismo administrativo para poderem “vender” o produto “Passeio às Grutas”. Fornecendo-lhes esse centro de marcações, o mercado dos interessados poderá ampliar-se enormemente, com vantagem para a oferta turística e para os marítimos que se queiram dedicar a essa tarefa sazonal que pode melhorar em muito o seu rendimento.
O nosso papel aqui será de mero facilitador para um patamar de negocio diverso no interesse de todos.
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sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Entrevista (Parte IV):Temos três objectivos: melhorar, depois melhorar e por fim melhorar e um só “timing” : o mais rapidamente possível!

BC – E que tipo de relações pretende manter com os munícipes? Tem em vista alguma inovação?
X – Naturalmente que sim. Vamos instituir uma linha verde para recebermos todas as reclamações e sugestões dos munícipes.
Sabe que trabalhar com princípios e um programa de acção torna tudo fácil no âmbito das relações com os cidadãos. Uma vez estabelecido e conhecido um modus operandi tudo fica facilitado.
As gestões baseada num pressuposto balofo de autoridade versus submissão o qual, apesar de ultrapassado há séculos ainda é um modelo a que muitos aderem para esconder as suas limitações e dar curso a alguns complexos de inferioridade , torna tudo mais difícil e é o caminho mais curto para a frustração. Desde logo dos próprios e de seguida de todos os outros.
BC – E consigo vai ser diferente?
X – Exactamente como lhe disse anteriormente. Temos três objectivos: melhorar, depois melhorar e por fim melhorar e um só “timing” : o mais rapidamente possível!
BC – Há quem defenda que devemos ir devagar quando temos pressa?
X – Compreendo. O nosso “timing”: o mais rapidamente possível, se por um lado parece uma corrida é logo seguido do termo “possível” que é o travão do realismo a que queremos subordinar a nossa acção, como também já tínhamos referido a propósito da politica que pretendemos implementar na Junta.
Deste “timing” o que pode ser retido para o futuro é que não faremos amanhã, aquilo que puder ser feito hoje!
Convenhamos que, no contexto da história recente da Vila, fazer o que nos incumbe e em tempo é, lamentavelmente, ousado e inovador!
BC – E quanto à actividade piscatória da Vila, tem planos?
X – Nessa matéria temos igualmente ideias devidamente sedimentadas. Os pescadores directamente ou através de quem os represente terão da Junta toda a solidariedade e cooperação.
Tudo o que por parte da Junta for necessário, possível e dentro das suas atribuições e competências, será prestado a esta actividade ancestral que entendemos imprescindível, na sua exacta medida, a Armação e à economia nacional. É uma questão de principio e se me permite a imodéstia, de elementar inteligência.
BC – Mas cabem nas atribuições da Junta essa abordagem económica da sua acção?
X – Meu caro senhor, em que pais e em que conjuntura é que o snr. vive? Tudo hoje tem, como já devia ter tido já que somos um pais, objectivamente, subdesenvolvido, um pendor económico que urge acautelar. Naturalmente que subordinado ao poder politico, mas será sempre um crime deixar a economia subjugada ao poder administrativo ou aos devaneios da actividade politica. Por isso estamos onde nos encontramos.
Quero viver num pais de valores e os valores, por si sós, impõem um ritmo que temos a obrigação de acompanhar e o dever de preservar.
A receita que suporta o Estado social não se faz com empréstimos mas com a criação de riqueza liquida: a produção!
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Entrevista (Parte III): não é mais possível repetir os modelos de gestão antigos e invocar inocência

BC – Ser-se rigoroso nas contas e realizar um trabalho que se veja, não é bem a receita habitual?
X – Está a tocar num outro ponto quente da vida politica nacional. Na verdade a incompetência e, ou, a negligência passaram a ser branqueadas com mais um chafariz, uma piscina, um estrada ou um ginásio! As famosas inaugurações...
No presente contexto encontramo-nos mais próximos de concluir que as soluções antigas estão estafadas e que não é mais possível repeti-las e invocar inocência.
Os meios são escassos e milagres...só em Fátima. Não consta que por Silves eles alguma vez tenham ocorrido.
BC – Então a que tipo de gestão se propõe na freguesia?
X – Perdoe-me, mas eu diria de outro modo, sem qualquer pretensiosismo, a que tipo de politica me proponho!
BC – Pois seja, que politica pretende implementar, a ser eleito?
X – Uma politica de realismo, implementada com muita determinação, potenciando os meios disponíveis ao limite, seguindo um “caderno de encargos” predeterminado por uma análise sustentada e participada dos problemas.
Encontrado o naipe dos problemas, e depois de devidamente hierarquizados, a única opção será atacar a fundo as soluções através de um trabalho empenhado e sério.
BC – Certamente que terá algum exemplo para concretizar melhor?
X – Concerteza! Posso dar-lhe já um exemplo paradigmático. O lixo. Não é possível assentarmos a economia de Armação no turismo e mantermos a Vila nesta lixeira.
Qualquer que seja o futuro, caso me candidate e seja eleito, durante o meu mandato acabo com o lixo, nem que seja comigo a ajudar!
Não cremos que o problema seja de tal forma complexo que não tenha uma solução razoável com os meios disponíveis e pelos vistos, muita determinação. É um problema antigo mas se o resolver, como considero ser possível e desejável, constituirá um beneficio novo para a nossa comunidade e para a sustentabilidade económica da Vila.
BC – E que tipo de relações pretende estabelecer com o Município?
X – Boas. Na medida do possível! Terá a minha cooperação empenhada quando a sua acção se destinar a resolver, ou a ajudar a resolver problemas essenciais da Vila.
Terá a minha reivindicação intransigente quando puder resolver ou ajudar a resolver um problema essencial da Vila e não o faça por negligência, despeito, indiferença, irresponsabilidade, “partidarite” ou qualquer outro desvalor semelhante.
Terá a minha colaboração quando a sua intervenção puder concorrer para resolver ou ajudar a resolver e não disponha de todos os meios, mas seja patente a sua vontade de o fazer.
Armação de Pêra encontra-se no concelho de Silves e só por isso não deve nada a ninguém! Concorre para as receitas do concelho em medida significativa e não deve reivindicar , como será compreensível, o retorno integral do que aqui é arrecadado, uma vez que o concelho é composto de várias localidades que não recolhem receitas semelhantes embora tenham custos públicos elevados.
O que Armação não vai tolerar, e eu com ela, será continuar a ser descriminada nos impostos, como é o caso do IMI, como localidade de luxo em virtude de ter infraestruturas que afinal não tem!
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quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Entrevista (Parte II):O xico-espertismo é a contrafacção da inteligência!

BC – Mas os partidos são um mal necessário?
X – Claro que são necessários. Não há democracia sem partidos ou sem classe politica. O problema não reside nas instituições democráticas, e seus modelos de abordagem dos problemas. O mal está nos vícios e descaminhos das suas vocações. O mal é, se quiser, da contrafacção!
BC – Mas, como é possível, “furar” esse cerco da contrafacção?
X – Pelo trabalho sério, dedicado e esclarecido. Se assim não for não teremos futuro!
BC – Mesmo na Oposição?
X – Sobretudo na oposição. Quem se pretende candidatar tem de conhecer os “dossiês” e conhecendo-os...não há como não tomar posição. Os governos tem de se preparar exactamente na oposição.
BC – E no poder?
X – No poder haverá que agir atacando, com seriedade e elevado sentido de responsabilidade, os problemas e, avaliando sempre com rigor os interesses predominantes em causa, agir em conformidade com os mesmos, na medida do orçamentalmente possível.
Só uma pedagogia do exemplo, tão participada quanto possível, permitirá augurar um futuro melhor, designadamente através de representantes do povo mais fieis aos mandatos.
BC – Você é um ingénuo ou um candidato sem qualquer perspectiva de êxito?
X – Nem uma coisa, nem outra, se me permite. É precisamente na centração nessa dualidade que se perde o concurso de excelentes mandatários para a causa pública.
Até quando vamos conceder ao xico-espertismo a aura de inteligência? O xico-espertismo é a contrafacção da inteligência!
BC – Mas convenhamos que quem não promete não augura uma conquista eleitoral. É uma regra de ouro na politica, ou não?
X – É verdade que assim costuma ser, sobretudo ao nível nacional. Os nossos dois últimos primeiros-ministros prometeram não aumentar os impostos e foi o que se viu. Porém, ao nível local, sobretudo ao nível da Freguesia, penso que o “pulso” do candidato é medido, ou pode, ou deve, ser medido com outro rigor.
BC- Mas, olhemos o exemplo de Armação de Pêra, o Presidente da Junta, que será um bom homem, jamais revelou qualquer competência para o cargo, jamais apresentou quaisquer resultados, nem as contas dentro dos prazos legalmente estipulados apresenta, para além de absolutamente ausente no que às principais questões da Vila diz respeito, será que os eleitores de Armação lhe mediram o pulso, para usar a sua terminologia, e o reelegeram por mérito?
X – Claro que não. O efeito das marcas partidárias e do posicionamento das pessoas em função de lealdades ao emblema não são bons conselheiros e só por sorte correm o risco de acertar.
Este é um dos “handicap” gerado pela “clubite” partidária, isto é, alguma falta de maturidade democrática.
Com o peso da má gestão dos Governos a entrar pelo bolso adentro dos portugueses, acredito que esta maturidade vai sofrer um aperfeiçoamento rápido.
As pessoas vão passar a querer saber melhor o que os eleitos fazem com o seu dinheiro! Melhor ainda: as pessoas começam a saber agora que é o seu dinheiro que mantém todo o circo em que as gestões perdulárias têm vivido. Que é em si e na sua capacidade de contribuir que assenta o pais. E que se se desperdiça é sempre o mesmo que paga: o cidadão-contribuinte.
O futuro é inevitavelmente mais participativo. E esses senhores começam a perceber que o exercício dos cargos vai passar a fiar mais fino!
BC – Mas vai demorar certamente?
X – Só demorará o que a comunidade dos cidadãos permitir!
BC – Voltemos a Armação. Se vier a candidatar-se e tiver êxito, vai ser o Vítor Gaspar da nossa história?
X – Não. Longe disso. Pode ser-se rigoroso nas contas sem se ser financeiro! Isto é: economicamente míope.
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Entrevista a um candidato diferente(Parte I)

Iniciamos hoje a transcrição da entrevista com um, ainda potencial, candidato à Junta de Freguesia de Armação de Pêra, conforme prometido.
Dada a sua extensão publicamo-la fraccionadamente correndo o risco de assim se esbater o interesse jornalístico da mesma.
O “candidato” escolheu manter o anonimato, o que respeitámos e designamo-lo por Snr. “X”. “BC” designa, naturalmente o Blogue Cidadania!
BC- Boa noite senhor X! Agradecemos a sua presença no BC.
X – Boa noite, eu é que agradeço a oportunidade que o BC me deu de poder divulgar os meus pontos de vista à comunidade.
BC- Já decidiu candidatar-se à Junta de Armação, com tanta antecedência?
X – Para ser objectivo, ainda não. Apesar do impulso que tento controlar pela via da racionalidade, ainda não tomei a decisão definitiva.
BC – Então o que fazemos aqui, hoje?
X – As circunstâncias verdadeiramente indecentes criadas pela gestão autárquica, no seu todo, em Armação de Pêra, indignam qualquer cidadão minimamente preocupado. A questão que se coloca a muitos deles é a de saber se têm efectivamente condições de dedicar à salvaguarda dos interesses comunitários todo esse tempo.
BC – É só uma questão de tempo?
X – Claro que não!
BC – Então que mais?
X – Outra questão, não menos importante, é se podemos viver com o ordenado que o Orçamento de Estado prevê para o cargo. Se o orçamento pessoal permite ser ajustado a tal rendimento.
BC – Pois, pois, aí reside um dos problemas da classe politica! Os mais qualificados não se sentem atraídos pelo rendimento de um cargo público?
X – Muitos dos que poderiam vir por bem, não podem aceitar reduzir drasticamente o orçamento das suas famílias. Outros ou não vêm por bem, ou já são ricos.
BC – Quer dizer que só poderemos ter políticos competentes e sérios se forem ricos?
X – Nada disso. O problema não se pode reduzir a uma síntese dessa natureza e sobretudo desse teor.
BC – Então em que ficamos?
X – Ficamos em que muitos dos que podiam ajudar nas áreas de maior exigência técnica, e que são realmente necessários se quisermos dar um salto qualitativo, só pagos a peso de ouro! Outros, pelas suas competências especificas, não são “controláveis” nem sequer “partidarizáveis”, nada vocacionados para “YES MAN”, não se encontram, desde logo, no espectro do convite para tais incumbências.
BC – Mesmo ao nível local, a dinâmica das coisas é essa?
X – Ao nível local, tudo se passa como no Portugal dos Pequeninos. O sistema ajusta-se à dimensão das coisas, e o principio aplica-se mas em ponto pequeno.
BC – Essa “leitura” esgota o tema?
X – Claro que não! Pois o que sucede é que a ausência no jogo do poder de cidadãos mais capazes deixa o campo livre aos mais poderosos, qualquer que seja o domínio multifacetado das expressões do poder. Pode até ser o poder de dispor do seu tempo. Abrir diariamente uma sede partidária em “Freixo de Espada à Cinta” e servir os cafés à meia dúzia de militantes que lá aparecem semanalmente, pode conduzir alguém à Assembleia de freguesia, municipal ou até à Assembleia da República.
BC – E quem tem esse tempo para dar ao Partido?
X – Desde logo quem estiver desocupado, ou quem tiver muito pouca ocupação!
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As soluções inteligentes são inumeras vezes as mais baratas! O Amor às funções é muitas vezes, uma delas.
As limitações orçamentais não limitam necessariamente as soluções inteligentes!
São unidades de espécies diferentes! A ausência do conhecimento profundo das realidades que se administram, o comodismo da gestão burocrática de gabinete, a falta de consciência da natureza das funções públicas que se exercem e de cultura democrática, acompanhadas da prosápia, são inimigos figadáis da inovação e da criatividade e, pior que tudo, da proactividade.
As limitações orçamentais, muitas vezes, não passam de boas oportunidades para a manutenção do "dolce fare niente"! Para o "tudo como d'antes no quartel de Abrantes"!
Muitos dos problemas que temos apontado a dedo, os quais brotam como cogumelos em Armação de Pêra, não resultam de dificuldades orçamentais!
Todos eles se resolveriam com proactividade, consciência da natureza das funções públicas que se exercem, alguma criatividade e, ou, inovação e sobretudo entrega e profissionalismo.
É claro que amar Armação de Pêra, ajudaria muito!
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quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Lagoa da bosta
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Saude Pública
Os outros prometem, Rogério Pinto cumpre! Se não temos capacidade para manter as árvores, então o melhor é acabar com elas!
Actos preparatórios do crime
O crime foi consumado!
Ponderados bem os factos, ficamos sem saber se chorar, se rir! Provavelmente rimos até chorar!
Por onde começar?
As árvores, todas nesta rua, foram negligentemente tratadas desde que foram implantadas.
A solução encontrada foi acabar com as caldeiras das árvores!
Depois da despesa significativa representadas pelas próprias caldeiras, rega contemplada na empreitada, a qual provavelmente, a avaliar pela morte sistemática das árvores, apesar de paga, ou pelo menos facturada, não terá sido fornecida, e a respectiva árvores, decidiu brilhantemente a CMSilves tapar as caldeiras como se de buracos se tratassem!
Para esta brilhante acção usou a CMS de todos os cuidados! A segurança dos transeuntes foi devidamente acautelada! Tudo o que não fez durante a obra grossa, quando os riscos eram enormes, apesar de toda a gente o reclamar e mesmo depois de alguns pés partidos!
Para conservar as árvores, nem tanto e o resultado está à vista!
O ridículo tem sido explorado até à náusia na comédia. Na política, não sendo predicado desconhecido, não é, de todo, estranho e, no caso de Silves, pode dizer-se tratar-se de uma preferência obsessiva!
Há poucos post atrás referimos o abuso do restaurante "Clipper" que devastou a árvore que "inadvertidamente foi plantada na sua esplanada", hoje, para resolver aquele abuso, devastam-se até as próprias caldeiras e assim, já ninguém pode reclamar.
Isto é, resolveu-se o problema o desaparecimento da àrvore devastando toda a floresta!
Sem floresta, a ausência da árvore, não é notada!
Brilhante resolução, ao nível da produção intelectual da mais básica das cavalgaduras!
Por outro lado, não esqueçamos que o Beco do Casino Velho, hoje em dia, zona de estacionamento, careçe de acessos escorreitos e as árvores constituíam um impedimento absurdo. Pena foi o dinheiro público despendido com o projectado, executado, facturado e pago com a sua implantação.
Por fim, mas não em último lugar fica a utilidade das árvores e o seu beneficio geral que a todos aproveita.
Daí que, hoje em dia, os cidadãos interessados, do bem, entre a vida e a morte daquelas, raramente hesitam, optando habitual e naturalmente pela vida! Pensam duas vezes!
Um dia no final de uma entrevista na radio, o interlocutor questionou um experimentado jornalista criminal brasileiro, sobre a diferença entre um "policial" e um "bandido".
O jornalista não hesitou: "Um policial pensa sempre duas vezes antes de atirar! Bandido não!"

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terça-feira, 14 de agosto de 2012
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Património Natural