O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
quinta-feira, 10 de julho de 2025
Enquanto uns agem, outros calam-se: Armação de Pêra esquecida no combate à insegurança
Enquanto o Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Luís Encarnação, se desloca a Lisboa para reivindicar mais segurança e policiamento para a Praia do Carvoeiro, em Armação de Pêra — uma das zonas balneares mais frequentadas do concelho de Silves — reina o silêncio das autoridades locais.
A iniciativa do autarca de Lagoa, que fez questão de reunir pessoalmente com o Comandante Operacional da GNR, Tenente-General Borlido da Rocha, demonstra uma postura ativa, responsável e preocupada com o bem-estar dos residentes e turistas. A reunião visou dar resposta à crescente sensação de insegurança, impunidade e revolta que se vive entre os moradores e empresários locais da vila de Carvoeiro.
Enquanto isso, em Armação de Pêra, os relatos de comportamentos ilícitos, desacatos, estacionamento abusivo e a ausência visível de patrulhamento policial continuam a ser ignorados. Nem a Câmara Municipal de Silves, nem a Junta de Freguesia de Armação de Pêra demonstram qualquer tipo de reação ou esforço para reverter este cenário preocupante.
Num verão em que o Algarve volta a encher-se de turistas, é inaceitável que localidades com alta densidade populacional sazonal não tenham um plano de reforço de segurança eficaz. Armação de Pêra é, todos os anos, um dos destinos mais procurados por famílias, jovens e visitantes estrangeiros — mas a perceção de segurança tem vindo a degradar-se.
Enquanto em Lagoa já se discute policiamento a cavalo, reforço de investigação criminal e patrulhas de apoio ao turista, em Armação de Pêra, a população vê-se sozinha e desprotegida.
A passividade dos responsáveis políticos locais, face à evidente degradação do sentimento de segurança, é preocupante e exige uma resposta imediata. A segurança pública não pode ser uma questão secundária nem sazonal, e muito menos um tema ignorado por quem tem o dever de representar e proteger a comunidade.
Armação de Pêra não pode continuar esquecida.
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segurança
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