O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Câmara de Silves está a ser inspeccionada pelo IGAL



O plano de Inspecções do IGAL para 2011 pode ser consultado aqui.

A fundamentação do Plano referencia algumas das matérias com especial relevância na acção da IGAL.

As matérias a analisar em inspecção são todas aquelas em que se coloquem questões de legalidade.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Loja Social da Casa do Povo de Alcantarilha, Pêra e Armação de Pêra



Loja Social da Casa do Povo de Alcantarilha, Pêra e Armação de Pêra com mais actividades.

Centro inter-geracional com actividades de "lavores femininos": onde aprender e se ensinar é o lema.

Este projecto está aberto a mais gente solidária que nele queira participar, por isso esperamos por si todas as terças e quintas-feiras, das 15h às 18h.

domingo, 8 de maio de 2011

Tributação do património e o acordo com a “Troika”



O acordo assinado entre o governo Português e a “Troika” prevê “mexidas” na tributação do património.

No final de 2012, o valor tributável de todos os bens devem estar próximo do valor de mercado, prevendo-se que a avaliação dos imóveis seja actualizada regularmente (a cada ano para imóveis comerciais e uma vez a cada três anos para imóveis residenciais).

Pretende-se, de forma gradual, reequilibrar a tributação sobre a propriedade imobiliária para o imposto recorrente (IMI) e dar menos importância ao imposto de transferência de propriedades (IMT).

Neste sentido, a isenção temporária de IMI para habitação ocupada pelo proprietário será consideravelmente reduzida e o custo para propriedades devolutas ou não arrendadas será significativamente aumentado.

Parece-nos adequado que a avaliação do imóvel seja feita regularmente e de acordo com o valor de mercado. Até aqui tudo bem! Sucede é que, actualmente, a fórmula de cálculo do valor do património para efeitos de tributação, para edifícios novos ou que sofreram actualizações em Armação de Pêra, é cerca de 30 % superior aos valores a que são actualmente transaccionados, logo ao seu valor de mercado!Como fazer então? Mantem-se a o conceito e atende-se ao real valor de mercado, baixando o vlor do imposto, ou fixa-se o valor do IMI porque sim e abandona-se a demagogia do valor de mercado?

Baseando-se a economia da nossa Vila no turismo, com bom destaque para o de segunda habitação, como serão entendidas por parte do legislador as: “propriedades devolutas ou não arrendadas”?

sábado, 7 de maio de 2011

A questão da qualidade da intervenção da reabilitação da Fortaleza de Armação de Pêra







É necessário assegurar a qualidade das intervenções de reabilitação em geral e a das realizadas em monumentos históricos, em particular.

A falta de qualidade das intervenções em monumentos históricos, pode traduzir-se em danos irreversíveis ao património histórico-arquitectónico.

Um monumento ou um edifício histórico é, ao mesmo tempo, uma construção e um bem cultural.
As intervenções que o envolvam pressupõem conhecimentos técnicos dos materiais e sistemas construtivos tradicionais e contemporâneos: por um lado, as velhas "artes e ofícios" e os materiais originais são, muitas vezes, preferíveis às tecnologias que hoje têm mais peso nos hábitos dos construtores; por outro lado, pode haver vantagem em lançar mão de materiais e tecnologias avançadas, que ainda não entraram nesses hábitos.

Tratando-se de intervenções sobre bens culturais, elas devem respeitar os princípios da conservação, pressupõem uma filosofia própria e métodos especializados de estudo, avaliação e intervenção multidisciplinares, capazes de se adaptarem a cada caso concreto.

As intervenções de conservação do património histórico-arquitectónico são sempre perturbadoras do equilíbrio em que ele se encontra, representando um risco para a sua integridade e autenticidade. Devem, por consequência, cingir-se ao mínimo necessário para atingir, com eficácia, os objectivos preconizados.

Pelo que observamos, as obras que decorrem na Fortaleza de Armação de Pêra não tem em atenção os sistemas construtivos tradicionais, nomeadamente na aplicação dos materiais utilizados.
Não queremos pôr em causa a bondade da realização das obras, dada a sua evidente necessidade, mas, perguntamos nós, tratando-se de um monumento classificado o cuidado na realização das obras não deveria ter sido outro?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Barack Obama e Cristóvão Colombo, também conhecido por Salvador Gonçalves Zarco

[(a história original, passada e repassada para alguns amigos, foi-se difundindo por um grupo progressivamente maior, chegando, por email até nós)

(independentemente da sua veracidade que não podemos assegurar, constitui um resumo interessante e dinâmico de um largo período histórico e comporta uma ironia apreciável, factores suficientemente atractivos que justificam a sua publicação)]


HISTÓRIA DE UM PEDIDO DE EMPRÉSTIMO BANCÁRIO


Um advogado de nome Barack Hussein Obama II, na época, 1995, líder comunitário, membro fundador da organização sem fins lucrativos Public Allies, membro da direcção da Fundação filantrópica Woods Fund of Chicago, advogado na defesa de direitos civis e professor de direito constitucional na escola de direito da Universidade de Chicago, Estado de Illinois (e actual Presidente dos Estados Unidos da América) em certa ocasião, em representação de um cliente que perdera sua casa em resultado dos efeitos devastadores de um furacão, e que pretendia reconstruí-la, dirigindo-se a um determinado Banco, formulou um pedido de empréstimo.


Foi-lhe comunicado que o empréstimo seria concedido logo que ele pudesse apresentar o título de propriedade original da parcela da propriedade que estava a ser oferecida como garantia.

O advogado Obama levou três meses para seguir a pista do título de propriedade, o qual remontava a 1803.


Depois de enviar as informações para o Banco, recebeu a seguinte resposta:

"Após a análise do seu pedido de empréstimo, notamos que foi

apresentada uma certidão do registo predial.

Cumpre-nos elogiar a forma minuciosa do pedido, mas é preciso

salientar que o senhor tem apenas o título de propriedade desde 1803.

Para que a solicitação seja aprovada, será necessário apresentá-lo com o registo anterior a essa data."


Naturalmente indignado, o advogado Obama terá respondido da seguinte forma:


"Recebemos a vossa carta respeitante ao processo nº.189156.

Verificamos que os senhores desejam que seja apresentado o título de propriedade para além dos 194 anos abrangidos pelo presente registo.


De fato, desconhecíamos que qualquer pessoa que fez a escolaridade neste país, particularmente aqueles que trabalham na área da propriedade, não soubesse que a Luisiana foi comprada pelos EUA à França, em 1803.


Para esclarecimento dos mal informados burocratas desse Banco, informamos que o título da terra da Luisiana, antes dos EUA terem a sua propriedade, foi obtido a partir da França, que a tinha adquirido por direito de conquista da Espanha.


A terra entrou na posse da Espanha por direito de descoberta feita no ano 1492 por um navegador e explorador dos mares chamado Cristóvão Colombo, casado com dona Filipa, filha de um navegador de nome Perestrelo.

Este Colombo era pessoa respeitada por Reis e Papas e até ouso aconselhar-vos a ler sua biografia para avaliar da seriedade de seus feitos e intenções. Esse homem parece ter nascido em 1451 em Génova, uma cidade que naquela época era governada por mercadores e banqueiros, conquistada por Napoleão Bonaparte em 1797 e actualmente parte da Região da Ligúria, República Italiana.


A ele, Colombo, havia sido concedido o privilégio de procurar uma nova rota para a Índia pela Rainha Isabel de Espanha.


A boa Rainha Isabel, sendo uma mulher piedosa e quase tão cautelosa com os títulos de propriedade como o vosso Banco, tomou a precaução de garantir a bênção do Papa, ao mesmo tempo em que vendia as suas jóias para financiar a expedição de Colombo.


Presentemente, o Papa – isso, temos a certeza de que os senhores sabem - é o emissário de Jesus Cristo, o Filho de Deus, e Deus – é comummente aceite - criou este mundo a partir do nada com as palavras Divinas: Fiat lux que significa "Faça-se a luz", em língua latina.


Portanto, creio que é seguro presumir que Deus também foi possuidor da região chamada Luisiana por que antes, nada havia. Deus, portanto, seria o primitivo proprietário e as suas origens remontam a antes do início dos tempos, tanto quanto sabemos e o Banco também.


Esperamos que, para vossa inteira satisfação, os senhores consigam encontrar o pedido de crédito original feito por Deus.


Meus Senhores, se perdurar algumas dúvidas quanto a origem e feitos do descobridor destas terras, posso adiantar-lhes que desta dúvida, certeza mesmo, só Deus a terá por que inúmeros historiadores e investigadores, concluíram baseados em documentos que, Cristóvão Colombo, nasceu em Cuba (Portugal) e, não em Génova (Itália), como está oficializado:

Segundo eles,


Em primeiro lugar, Christovam Colon, foi o nome que Salvador Gonçalves Zarco, escolheu para persuadir os Reis Católicos de Espanha, a financiar-lhe a viagem à Rota das Índias, pelo Ocidente, escondendo assim a sua verdadeira identidade.

Segundo, este pseudónimo não aparece por acaso, porque Cristóvão está associado a São Cristóvão, que é o protector dos viajantes (existe inclusive uma ilha baptizada de São Cristóvão). Cristóvão, que também deriva de Cristo, que propaga a fé, por onde anda, acresce que Cristo, está associado a Salvador (1º nome verdadeiro do ilustre navegador).

Colon, porque é a abreviatura de colono e derivado do símbolo das suas assinaturas"." ( Duas aspas, com dois pontos no meio).

Terceiro, Salvador Gonçalves Zarco, está devidamente comprovado, nasceu em Cuba ( Portugal) e, é filho ilegítimo do Duque de Beja e de Isabel Gonçalves Zarco.

Quarto, era prática usual na época, os navegadores darem às primeiras terras descobertas, nomes religiosos, no caso dele, foi São Salvador (Bahamas), por coincidência ou talvez não, deriva do seu primeiro nome verdadeiro, a segunda baptizou de Cuba (Terra Natal) e, seguidamente Hispaniola (Haiti e República Dominicana), porque estava ao serviço da Coroa Espanhola.


Quinto, a "paixão" pelos mares, estava no sangue da família Zarco, nomeadamente em, João Gonçalves Zarco, descobridor de Porto Santo (1418), com Tristão Vaz Teixeira e da Ilha da Madeira (1419), com o sogro de "Christovam Colon", Bartolomeu Perestrelo.

Por fim, em sexto, existem ilhas nas Caraíbas, com referência a Cuba (além da mencionada Cuba; São Vicente, na época existia a Capela de São Vicente, da então aldeia de Cuba).

Posteriormente (Sec-XVI), foi edificada a actual Igreja Matriz de São Vicente.


São coincidências (pseudónimo, nome das ilhas, família nobre e ligada ao mar, habitou e casou em Porto Santo, ilha que fica na Rota das Índias pelo Ocidente), mais do que suficientes, para estarmos em presença de Salvador Gonçalves Zarco e, consequentemente do português Christovam Colon.


Christovam Colon, morreu em Valladolid (Espanha) em 1506, tendo os seus ossos sido transladados, para Sevilha em 1509, contudo em 1544, foram para a Catedral de São Domingos, na época colónia espanhola, satisfazendo a pretensão testamental do prestigiado navegador.


A odisseia das ossadas não ficaria por aqui, porquanto em 1795, os espanhóis tiveram de deixar São Domingos, tendo os ossos sido transferidos para Cuba (Havana), para em 1898, depois da independência daquela ilha, serem depositados na Catedral de Sevilha.


Coincidência ou não, em 1877, os dominicanos, ao reconstruírem a Catedral de São Domingos, encontraram um pequeno túmulo, com ossos e intitulado “Almirante Christovam Colon".


Existem na Ilha da Madeira e nos Açores, pessoas da famílias Zarco, descendentes directos de João Gonçalves Zarco e, consequentemente da mãe (Isabel Gonçalves Zarco) de Christovam Colon, disponíveis para darem uma amostra do seu cabelo aos cientistas, para analisar o seu DNA e, para comparar os seus resultados nas ossadas do navegador, se, efectivamente forem as pretensões deste Banco para certificar-se da origem do navegador.


Quanto a Deus, ainda não tenho sua biografia, apenas sei que caso a conseguisse, até o maior e mais potente computador do planeta não seria suficiente para comportar um resumo do resumo da mesma, por isso sugiro-vos educadamente e após muito pensar, que, por serem banqueiros e, portanto poderosos, tentem pelos vossos meios.


Agora, que está tudo esclarecido, gostaria de saber se podemos ter o nosso empréstimo? "

Barack Hussein Obama II

Advogado

*O empréstimo terá sido, obviamente, concedido.*

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Momento de poesia (indecente)!

A culpa


A culpa é do pólen dos pinheiros

Dos juízes, padres e mineiros

Dos turistas que vagueiam nas ruas

Das strippers que nunca se põem nuas

Da encefalopatia espongiforme bovina

Do Júlio de Matos do João e da Catarina

A culpa é dos frangos que têm HN1

E dos pobres que já não têm nenhum

A culpa é das prostitutas que não pagam impostos

Que deviam ser pagos também pelos mortos

A culpa é dos reformados e desempregados

Cambada de malandros feios, excomungados

A culpa é dos que têm uma vida sã

E da ociosa Eva que comeu a maçã

A culpa é do Eusébio que já não joga a bola

E daqueles que não batem bem da tola

A culpa é dos putos da casa Pia

Que mentem de noite e de dia

A culpa é dos traidores que emigram

E dos patriotas que ficam e mendigam

A culpa é do Partido Social Democrata

E de todos aqueles que usam gravata

A culpa é do BE do CDS e do PCP

E dos que não querem o TGV


A culpa até pode ser do urso que hiberna

Mas não será nunca de quem governa.



( autor desconhecido )

terça-feira, 3 de maio de 2011

A linguagem como uma janela aberta para a Natureza Humana

Steven Pinker mostra-nos como a mente transforma os blocos de construção finita da linguagem em significados infinitos.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

domingo, 1 de maio de 2011

Primeira medida drástica do FMI: o fim do Dolce Fare Niente, pela via da mudança do clima!

O FMI encontra-se profundamente empenhado em agir sobre as causas mais profundas do atraso português que se encontram na origem da crise nacional, hoje em dia mais evidente através do défice abissal do orçamento geral do estado e na descontrolada divida do Pais.


Uma das causas determinantes encontradas pelo FMI é o clima. As sociedades do Norte da Europa caracterizadas por um clima frio e hostil constituem o baluarte da eficiência, do trabalho e da riqueza, ao invés das sociedades do sul com um clima moderado e agradável propicio ao dolce fare niente.

Assim a primeira medida do FMI, inesperada por todos, foi implementada com uma eficiência cirúrgica e uma eficácia gélida e teve por objectivo a almejada alteração climática que transfigure radicalmente os portugueses convertendo-os em trabalhadores, eficientes e, a muito longo prazo, ricos!


Claro que o FMI arriscou muito ao ter executado esta medida sem a autorização da Assembleia da Republica e do Governo apesar das bondade das razões invocadas (o sigilo impossível de conservar com a classe política nacional e as intermináveis discussões acerca dos aspectos acessórios da questão que poderiam durar meses) pode constituir justa causa de expulsão do pais, caso os portugueses se transfigurem naquilo que a experiência visa. Mas só nesse caso.


Não fora a inconfundível 8ª Maravilha de Portugal (A Catedral da Luz) e poderíamos estar em Helsinki


Não se conseguiu apurar porém a razão da escolha da zona de Benfica e Amadora para a realização da medida experimental e os meios de comunicação, desta feita, não conseguiram atingir o grau de especulação habitual, dando-nos o produto da sua imaginação como se de informação se tratasse.


De parabéns está o FMI pelo sigilo que conseguiu manter na concepção, preparação e execução da referida medida.


No entanto, fontes habitualmente bem informadas referem que apesar de não ter contado o FMI, em qualquer das fases do seu plano, com o concurso de um cidadão nacional sequer, a operação foi considerada um verdadeiro insucesso uma vez que o microclima experimental objecto da “Operação Travesti” deveria ter tido a sua zona de impacte entre o Terreiro do Paço e Belém passando por São Bento e não na zona de Benfica e arredores.

Anteveem aquelas fontes, com base em informações obtidas na mesma origem, que irão certamente rolar cabeças no departamento do FMI, responsável pelos efeitos especiais, o qual, segundo se consta, encontra-se empestado por técnicos finlandeses e alemães (especialistas em causar arrepios).


O snr. Presidente da República, intramuros, considerou a experiência um êxito e a ideia interessante e, se tiver que ser, pois que seja, lamentando nunca ter-se lembrado desta solução.

O snr. Primeiro Ministro, entre correligionários, lamentou mais esta consequência desastrosa da não aprovação do PEC IV, evitável se têm "ido por ele" e o Dr. Passos Coelho congratulou-se por não ter visto o Estado envolvido na experiência fazendo do facto prova das potencialidades da iniciativa privada. Entretanto deu instruções à sua esposa para comprar imediatamente um casaco de peles, "nem que tenhas que de ir a Badajoz! - terá dito", pois não queria mais especulações dos opinion makers acerca da sua falta de preparação para o frio que aí vem.


Enquanto isto os principais banqueiros reuniam-se e preparavam um comunicado acerca dos prejuízos causados pelas inundações nas agências bancárias da zona, o que constitui lamentavelmente razão fundada para adiar o aumento de capital que estavam a prever realizar nos seus bancos, já a seguir, lá prá semana.


O snr. Zé Manel, soldador de Porto Brandão não achou graça nenhuma ao sucedido e muito menos às dificuldades que teve em chegar ao Centro Comercial Colombo, enquanto a dona Cátia, massagista de profissão, ficou possessa por ter rasgado o novo vestido primaveril durante o seu resgate do cabeleireiro, às costas de um bombeiro, por acaso muito giro e um gajo muita porreiro.


Na venda do Bulhocas, Arménio, trolha da Areosa, entre duas mines, questionava-se porque não tinha nevado no Dragão e sobre a sorte do Benfica que apesar do granizo se manteve majestaticamente de pé, quando muito bem poderia ter ficado subterrado (para sempre) para glória do FêCêPê.


Todos eles decidiram no seu íntimo, sem que dessa conclusão dessem noticia a ninguém para evitar a concorrência, que algo podia realmente mudar e que por isso tinham de passar a ser eficientes e sistemáticos a jogar no Euromilhões, coisa que, lamentavelmente, pouco tinham feito, por falta de tempo.

sábado, 30 de abril de 2011

Região de turismo do Estoril

Uma região nossa concorrente!



Para reflectirmos
Síntese da performance de turismo por região


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Armação de Pêra: Remendos da treta

Requalificação da frente de mar.
Uma obra que ainda não foi inaugurada, mas já com muitos remendos.

Um pais de loucos (?)....


Transcrição do artigo do médico psiquiatra Pedro Afonso, publicado no jornal 
Público, de 2010-06-21



Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.

Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da
Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.



Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes.

Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.


Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade.

Enquanto o legislador se entretém maquinal mente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos
ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.



Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família.

Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e
produtividade.

Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a
casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejada de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão
cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.



Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho
presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição
da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.



Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês,
enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário.
Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.



Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos
números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um
mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência
neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.



E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se
há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.



Pedro Afonso

Médico psiquiatra

“A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas.” (Horácio)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Esta gente(afinal) é do norte...

Com o pedido de publicação, foi-nos remetido este texto, de qualidade diga-se de passagem, do Embaixador Seixas da Costa, dirigido aos Finlandeses através de um diplomata Finlandês.

O assunto merece atenção e outros mais cuidados (designadamente o aproveitamento mediático que está a ser feito do mesmo pelos midea nacionais) mas aquela e aquele que o Embaixador lhe concedeu com delicadeza e acutilância merece, também pela forma, o nosso mais sincero aplauso. Por isso o publicamos.

Naturalmente que, das razões que nos colocam neste estado de necessidade, destacando as que nos dizem obviamente respeito ( o que não nos temos cansado de fazer e concernem, entre outras, à despesa descontrolada) não podemos deixar de destacar aquelas que decorrem da crise internacional, designadamente a financeira, o que só por si justifica outra solidariedade dos parceiros, sem prejuízo de carecer sobretudo de outras políticas bem mais adequadas, que tanto se impõem quanto tardam.

notas pouco diárias do embaixador português em França
terça-feira, 19 de abril de 2011
Carta a um diplomata finlandês

Caro Steinbroken

Por estes dias, recordo as noitadas em que nos cruzávamos nos salões dos Maias, no Ramalhete, às Janelas Verdes, nas tertúlias que o José Maria retratou no livro a que deu o nome daquela família.

Lembro-me da generosidade com que você, diplomata finlandês, era recebido naquele cenáculo, onde, com carinho lusitano mas cosmopolita, entre mesas de whist ou numa ronda de bilhar, ou ouvindo-o a si como "barítono plenipotenciário", procurávamos atenuar a sua nórdica solidão.
Muita água passou sob as pontes. Você regressou aos gelos da sua Finlândia, eu por aqui fiquei, com a escassa fortuna que Celorico me deixou.

Há uns anos, caro Steinbroken, você escreveu-me para Lisboa, dizendo do agrado com que vira Portugal apoiar, com entusiasmo, a entrada do seu país na União Europeia. Elogiou o facto de, ao contrário de outros, não termos achado que a "finlandização" havia sido um imperdoável pecado histórico de agnosticismo estratégico, um genérico triste da "realpolitik". E recordar-se-á de eu lhe ter respondido, na volta do correio, que, conhecendo-o a si, nunca o tivera por seguidor do "better red than dead".

Noutra ocasião, você veio bater-me epistolarmente à porta, pedindo que deixasse cair uma palavra nas Necessidades, com vista a evitar que Portugal cedesse a um compreensível egoísmo, por mor dos fundos estruturais, a ponto de poder criar obstáculos aos Estados bálticos, “primos” da Escandinávia, que queriam então aceder à NATO e à União Europeia. A resposta da nossa diplomacia foi, reconheça, soberba: embora o alargamento fosse um passo que tinha em Portugal um dos países mais prejudicados, adoptávamos uma visão solidária da Europa, pelo que entendíamos que um mínimo de respeito histórico nos obrigava a acolher aqueles Estados no nosso seio. Da caixa de vodka que você me mandou, com um cartão catita, a agradecer a diligência, ainda me resta uma botelha.

Pensava partilhá-la consigo, Steinbroken, numa sua próxima vinda a Portugal, à cata de sol e de olho nos corpos morenos, Chiado abaixo. Passaríamos pelo Grémio, jantaríamos no Tavares e iríamos degustar o resto dos álcoois no meu terraço, Tejo à vista. Eu contar-lhe-ia a poética aventura eleitoral do Alencar, a carreira como banqueiro da besta do Dâmaso, o folhetim da venda da “Corneta do Diabo” à Prisa, a colaboração do Cruges com os “Deolinda”, a agitação do Gouvarinho e de outros tantos, nas lides que levam às Cortes.

Mas, agora, o que me chega? Que você foi ouvido, num dos últimos dias, passeando sob as árvores onde o verde já brota, ali na Promenade, no centro de Helsínquia, recém-saído do spa do vizinho Kämp, de braço dado com um alemão, com tiradas muito pouco simpáticas sobre Portugal e os portugueses. E que dizia você? Que, afinal, o compromisso político que a Finlândia havia dado à estabilidade do euro, que servira para a Grécia e para a Irlanda, poderia já não valer para Portugal. Ao seu lado, o alemão ecoava coisas parecidas, quiçá esquecido que o meu país, como todos os outros parceiros europeus, andou anos a pagar elevadas taxas de juro, para liquidar a fatura da reunificação da Alemanha, que hoje é, como sempre foi, o grande beneficiário do mercado interno europeu.

É triste, caro Steinbroken, é muito triste que a frieza do vosso egoísmo lhes faça esquecer que a solidariedade é uma estrada de dois sentidos. Aqui, por Portugal, estamos a atravessar uma conjuntura difícil. Outras já tivemos, todas ultrapassámos. Mais recentemente, cometemos alguns erros, revelámos fragilidades que a crise sublinhou. Pensávamos poder contar com os amigos. Ao longo dos tempos, aprendemos a ser gratos a quem nos ajuda, a ser-lhes leais quando de nós necessitam. Não somos rancorosos, porque alimentar ressentimentos mesquinhos não está na nossa maneira de ser. E sabe porquê? Porque, na vida internacional, mantemos alguns sólidos valores, os mesmos que nos permitiram sobreviver nove séculos como país, um dos mais antigos do mundo, sabia?

A vossa atitude, a vossa quebra de solidariedade, porque revela o conceito instrumental que têm da Europa, para utilizar uma frase que você repetia, entre outras platitudes árticas, pelas noites do Ramalhete, “c’est très grave, c'est excessivement grave…”.

Receba um abraço, ainda amigo, orgulhosamente (quase) mediterrânico do

João da Ega
Postado por Francisco Seixas da Costa

A não perder também os comentários em : http://duas-ou-tres.blogspot.com/2011/04/carta-um-diplomata-finlandes_19.html#ixzz1K4pkXkOr

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Armação de Pêra: Obras da treta...





Foram gastos mais de 6 milhões de euros na requalificação da frente de mar, mas mais uma vez a Dr.ª Isabel Soares esqueceu-se de gastar uns trocados numa lata de tinta e nuns quilos de cimento para reparação deste “símbolo” da praia de Armação de Pêra.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

Visite as Grutas

Visite as Grutas
Património Natural

Algarve