O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Momento de poesia (indecente)!

A culpa


A culpa é do pólen dos pinheiros

Dos juízes, padres e mineiros

Dos turistas que vagueiam nas ruas

Das strippers que nunca se põem nuas

Da encefalopatia espongiforme bovina

Do Júlio de Matos do João e da Catarina

A culpa é dos frangos que têm HN1

E dos pobres que já não têm nenhum

A culpa é das prostitutas que não pagam impostos

Que deviam ser pagos também pelos mortos

A culpa é dos reformados e desempregados

Cambada de malandros feios, excomungados

A culpa é dos que têm uma vida sã

E da ociosa Eva que comeu a maçã

A culpa é do Eusébio que já não joga a bola

E daqueles que não batem bem da tola

A culpa é dos putos da casa Pia

Que mentem de noite e de dia

A culpa é dos traidores que emigram

E dos patriotas que ficam e mendigam

A culpa é do Partido Social Democrata

E de todos aqueles que usam gravata

A culpa é do BE do CDS e do PCP

E dos que não querem o TGV


A culpa até pode ser do urso que hiberna

Mas não será nunca de quem governa.



( autor desconhecido )

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